Evangelho - Lc 16,19-31
Este trecho do Evangelho de hoje – segundo Lucas – faz parte de uma sequência de parábolas mencionadas por Jesus: a do filho pródigo, a do administrador infiel e, automaticamente, a parábola do rico e Lázaro.
Existe uma suposição de que Jesus queria dizer através desta parábola que os homens bons e maus recebiam suas recompensas após a morte, porém, esta alegoria contradiz dois princípios:
1º) Um dos princípios mais relevantes de interpretação é que cada parábola tem um propósito de ensinar uma verdade fundamental.
2º) O sentido de cada parábola deve ser analisado a partir do contexto geral da Bíblia.
Na verdade, Jesus – nesta parábola – não estava tratando do estado do homem na morte, nem do tempo quando se darão as recompensas. Ademais, interpretar que esta parábola ensina que os homens recebem sua recompensa imediatamente após a morte, é contradizer claramente o que a Bíblia apresenta por um todo (Mt 16,27; 25,31-40; I Cor 15,51-55; Is 4,16-17; Ap 22,12), dentre outros textos.
Obviamente, nesta parábola Jesus estava fazendo uma clara distinção entre a vida presente e a futura, pretendendo através desta relação mostrar que a salvação do judeu-fariseu, ou de qualquer homem, seria individual e não coletiva (como criam) e isso através da verdadeira consideração à imutável Lei de Deus aos profetas (Lc 16,27-31).
A parábola do rico e Lázaro tem o propósito de ensinar que o destino futuro fica determinado pelo modo que o homem aproveita as oportunidades nesta vida.
Em conexão com o contexto da parábola anterior do administrador infiel, Jesus adverte: “Se, pois, não vos tornardes fiéis na aplicação das riquezas de origem injusta, quem vos confiará a verdadeira riqueza?” (Lc 16,11).
Sendo assim, compreende-se que os fariseus não administravam suas riquezas de acordo com a vontade divina, e por isso estavam arriscando seu futuro, perdendo a vida eterna.
Portanto, fica estabelecido que interpretar esta parábola de forma literal, resultaria em ir contra os próprios princípios encontrados nas Sagradas Escrituras. Fosse essa história uma narrativa real, enfrentaríamos o absurdo de ter que admitir ser o “seio de Abraão” o lugar onde os justos desfrutarão o gozo, e que os ímpios podem se ver e falar uns com os outros.
As lições apresentadas nesta parábola são claras e convincentes, porém, os justos ou injustos receberam suas recompensas somente no dia da ressurreição (Jo 14,12-15.20-21; Sl 6,5; 115,17; Ecl 9,3-6 e Is 38,18).
Na verdade, esta parábola traça um contraste entre o rico que não confiava em Deus e o pobre que n’Ele depositava sua confiança. Os judeus criam ser a riqueza um sinal das bênçãos de Deus pelo fato de serem descendentes de Abraão, e a pobreza indício do seu desagrado para com os ímpios.
O problema não estava no fato do homem ser rico, mas sim por ser egoísta. A má administração dos bens concedidos por Deus havia afastado os fariseus e os judeus da verdadeira riqueza, que é a vida eterna. Infelizmente, eles esqueceram do segundo objetivo que se encerra na Lei de Deus: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22,39).
Padre Bantu Mendonça
cancaonova.com
Existe uma suposição de que Jesus queria dizer através desta parábola que os homens bons e maus recebiam suas recompensas após a morte, porém, esta alegoria contradiz dois princípios:
1º) Um dos princípios mais relevantes de interpretação é que cada parábola tem um propósito de ensinar uma verdade fundamental.
2º) O sentido de cada parábola deve ser analisado a partir do contexto geral da Bíblia.
Na verdade, Jesus – nesta parábola – não estava tratando do estado do homem na morte, nem do tempo quando se darão as recompensas. Ademais, interpretar que esta parábola ensina que os homens recebem sua recompensa imediatamente após a morte, é contradizer claramente o que a Bíblia apresenta por um todo (Mt 16,27; 25,31-40; I Cor 15,51-55; Is 4,16-17; Ap 22,12), dentre outros textos.
Obviamente, nesta parábola Jesus estava fazendo uma clara distinção entre a vida presente e a futura, pretendendo através desta relação mostrar que a salvação do judeu-fariseu, ou de qualquer homem, seria individual e não coletiva (como criam) e isso através da verdadeira consideração à imutável Lei de Deus aos profetas (Lc 16,27-31).
A parábola do rico e Lázaro tem o propósito de ensinar que o destino futuro fica determinado pelo modo que o homem aproveita as oportunidades nesta vida.
Em conexão com o contexto da parábola anterior do administrador infiel, Jesus adverte: “Se, pois, não vos tornardes fiéis na aplicação das riquezas de origem injusta, quem vos confiará a verdadeira riqueza?” (Lc 16,11).
Sendo assim, compreende-se que os fariseus não administravam suas riquezas de acordo com a vontade divina, e por isso estavam arriscando seu futuro, perdendo a vida eterna.
Portanto, fica estabelecido que interpretar esta parábola de forma literal, resultaria em ir contra os próprios princípios encontrados nas Sagradas Escrituras. Fosse essa história uma narrativa real, enfrentaríamos o absurdo de ter que admitir ser o “seio de Abraão” o lugar onde os justos desfrutarão o gozo, e que os ímpios podem se ver e falar uns com os outros.
As lições apresentadas nesta parábola são claras e convincentes, porém, os justos ou injustos receberam suas recompensas somente no dia da ressurreição (Jo 14,12-15.20-21; Sl 6,5; 115,17; Ecl 9,3-6 e Is 38,18).
Na verdade, esta parábola traça um contraste entre o rico que não confiava em Deus e o pobre que n’Ele depositava sua confiança. Os judeus criam ser a riqueza um sinal das bênçãos de Deus pelo fato de serem descendentes de Abraão, e a pobreza indício do seu desagrado para com os ímpios.
O problema não estava no fato do homem ser rico, mas sim por ser egoísta. A má administração dos bens concedidos por Deus havia afastado os fariseus e os judeus da verdadeira riqueza, que é a vida eterna. Infelizmente, eles esqueceram do segundo objetivo que se encerra na Lei de Deus: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22,39).
Padre Bantu Mendonça
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