SEJAM BEM-VINDOS!

Caríssimos(as) Irmãos(as), saudamos a todos vocês com a Paz e o Bem contidas no Cristo Jesus e em São Francisco de Assis.



segunda-feira, setembro 30, 2013

São Jerônimo - 30 de setembro

Branco. 2ª-feira da 26ª Semana Tempo Comum 
S. Jerônimo, PresbDr, memória


Leituras
1ª Leitura - Zc 8,1-8
Salmo - Sl 101, 16-18. 19-21. 29.22-23 (R. 17)
Evangelho - Lc 9,46-50
Neste último dia do mês da Bíblia, celebramos a memória do grande “tradutor e exegeta das Sagradas Escrituras”: São Jerônimo, presbítero e doutor da Igreja. Ele nasceu na Dalmácia em 340, e ficou conhecido como escritor, filósofo, teólogo, retórico, gramático, dialético, historiador, exegeta e doutor da Igreja. É de São Jerônimo a célebre frase: “Ignorar as Escrituras é ignorar a Cristo”.

Com posse da herança dos pais, foi realizar sua vocação de ardoroso estudioso em Roma. Estando na “Cidade Eterna”, Jerônimo aproveitou para visitar as Catacumbas, onde contemplava as capelas e se esforçava para decifrar os escritos nos túmulos dos mártires. Nessa cidade, ele teve um sonho que foi determinante para sua conversão: neste sonho, ele se apresentava como cristão e era repreendido pelo próprio Cristo por estar faltando com a verdade (pois ainda não havia abraçado as Sagradas Escrituras, mas somente escritos pagãos). No fim da permanência em Roma, ele foi batizado.

Após isso, iniciou os estudos teológicos e decidiu lançar-se numa peregrinação à Terra Santa, mas uma prolongada doença obrigou-o a permanecer em Antioquia. Enfastiado do mundo e desejoso de quietude e penitência, retirou-se para o deserto de Cálcida, com o propósito de seguir na vida eremítica. Ordenado sacerdote em 379, retirou-se para estudar, a fim de responder com a ajuda da literatura às necessidades da época. Tendo estudado as línguas originais para melhor compreender as Escrituras, Jerônimo pôde, a pedido do Papa Dâmaso, traduzir com precisão a Bíblia para o latim (língua oficial da Igreja na época). Esta tradução recebeu o nome de Vulgata. Assim, com alegria, dedicação sem igual e prazer se empenhou para enriquecer a Igreja universal.

Saiu de Roma e foi viver definitivamente em Belém no ano de 386, onde permaneceu como monge penitente e estudioso, continuando as traduções bíblicas, até falecer em 420, aos 30 de setembro com, praticamente, 80 anos de idade. A Igreja declarou-o padroeiro de todos os que se dedicam ao estudo da Bíblia e fixou o “Dia da Bíblia” no mês do seu aniversário de morte, ou ainda, dia da posse da grande promessa bíblica: a Vida Eterna.



São Jerônimo, rogai por nós!

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domingo, setembro 29, 2013

Almoços dos pobres oferecido pela OFS - 29 de setembro de 2013

Hoje aconteceu o almoço dos pobres, oferecido pela OFS ( Ordem Franciscana Secular ) aos irmãos necessitados de rua. O almoço foi servido no pátio interno do convento e teve a ajuda dos membros da Ronda Paz e Bem.









Santos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael - 29 de setembro

Verde. 26º DOMINGO Tempo Comum
Leituras1ª Leitura - Am 6,1a.4-7
Salmo - Sl 145,7.8-9a.9bc-10 (R.1)
2ª Leitura - 1Tm 6,11-16

Com alegria, comemoramos a festa de três Arcanjos neste dia: Miguel, Gabriel e Rafael. A Igreja Católica, guiada pelo Espírito Santo, herdou do Antigo Testamento a devoção a estes amigos, protetores e intercessores que do Céu vêm em nosso socorro pois, como São Paulo, vivemos num constante bom combate. A palavra “Arcanjo” significa “Anjo principal”. E a palavra “Anjo”, por sua vez, significa “mensageiro”.

São Miguel
O nome do Arcanjo Miguel possui um revelador significado em hebraico:“Quem como Deus”. Segundo a Bíblia, ele é um dos sete espíritos assistentes ao Trono do Altíssimo, portanto, um dos grandes príncipes do Céu e ministro de Deus. No Antigo Testamento o profeta Daniel chama São Miguel de príncipe protetor dos judeus, enquanto que, no Novo Testamento ele é o protetor dos filhos de Deus e de sua Igreja, já que até a segunda vinda do Senhor estaremos em luta espiritual contra os vencidos, que querem nos fazer perdedores também. “Houve então um combate no Céu: Miguel e seus anjos combateram contra o dragão. Também o dragão combateu, junto com seus anjos, mas não conseguiu vencer e não se encontrou mais lugar para eles no Céu”. (Apocalipse 12,7-8)

São Gabriel
O nome deste Arcanjo, citado duas vezes nas profecias de Daniel, significa “Força de Deus” ou “Deus é a minha proteção”. É muito conhecido devido a sua singular missão de mensageiro, uma vez que foi ele quem anunciou o nascimento de João Batista e, principalmente, anunciou o maior fato histórico: “No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré… O anjo veio à presença de Maria e disse-lhe: ‘Alegra-te, ó tu que tens o favor de Deus’…” a partir daí, São Lucas narra no primeiro capítulo do seu Evangelho como se deu a Encarnação.
São Rafael
Um dos sete espíritos que assistem ao Trono de Deus. Rafael aparece no Antigo Testamento no livro de Tobit. Este arcanjo de nome “Deus curou” ou “Medicina de Deus”, restituiu à vista do piedoso Tobit e nos demonstra que a sua presença, bem como a de Miguel e Gabriel, é discreta, porém, amiga e importante. “Tobias foi à procura de alguém que o pudesse acompanhar e conhecesse bem o caminho. Ao sair, encontrou o anjo Rafael, em pé diante dele, mas não suspeitou que fosse um anjo de Deus” (Tob 5,4).

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Festival Franciscano de Rimini 2013


Entrevista com Frei Paolo Martinelli, OFMCap., por ocasião do "Festival franciscano", realizado em Rimini.

“Começar consigo; sem que a meta seja si mesmo; conhecer a si, mas não se preocupar consigo mesmo." São Francisco certamente não leu "O caminho do homem, de Martin Buber" (Qiqajon 1990), mas certamente caminhou 'transcendendo' a si mesmo.

Lê-se no comunicado do Festival Franciscano 2013, elaborado entre outros por Frei Paolo Martinelli, Capuchinho, presidente do Instituto de espiritualidade franciscana na Faculdade Antonianum, em Roma.
MSA (Mensageiro de Santo Antônio): O que significa caminhar, para São Francisco?Martinelli: Em sua experiência e na dos franciscanos, caminhar é um sinal de itinerância, isto é, da vida como itinerário, com uma meta e um destino: o mundo está passando, não é negativo, mas não é o objetivo final. Para certas filosofias o universo em si é negativo, mas não é assim em Francisco. Basta pensar no Cântico do Irmão Sol: a existência terrena, mesmo marcada pelo pecado, é vontade de Deus.

Atravessar significa não parar?
Sim, não parar: a melhor forma para viver no mundo é atravessá-lo, vivendo todas as circunstâncias com uma perspectiva final. O caminho é sempre sentido como antecipação do sabor da meta, onde as coisas são belas porque levam para outro lugar.
O objetivo, portanto, está além desta vida...
Definitivamente. A existência franciscana tem um valor escatológico, isso não significa automaticamente a vida após a morte: o que vivemos tem um significado que vai além do imediato.

O senhor mencionou a vida após a morte: muitas vezes é representada como fixo e imóvel. Nada a ver com o "caminhar" então...Somos herdeiros de uma cultura que separou o elemento histórico do sobrenatural, por isso, mesmo a vida após a morte é apresentada como imponderável, estática e abstrata. Se fosse assim, também seria pouco desejável... Em vez disso, os santos nos dão uma percepção de Deus extremamente vital e vivo, portanto, o caminho que o homem percorre na existência, de alguma forma antecipa a existência de Deus, que é vida em si. Deus é a profundidade máxima de tudo que vivemos no mundo, justamente porque é a origem e o destino. A ideia da Trindade, um Deus que é comunhão, evento eterno de amor, tem uma radical atracão vital. Cria o mundo como exuberância de vida, tal como a liberdade que participamos.

Mesmo os cristãos são acusados de "estagnação". Em qualquer caminho de peregrinação, evidente que sim, os cristãos estão a percorrer, mas também as pessoas que estão “em busca”, como se o cristão não procurasse mais nada.
A realidade é, paradoxalmente, o oposto. Ter descoberto a resposta oferecida por Deus sugere ainda mais a pergunta, mas não fecha a partida, que é continuamente despertada pelo encontro com o Senhor. Santo Agostinho compreendeu: a busca do homem em relação a Deus está continuamente aberta, porque Ele é infinito, nunca se torna um 'conceito' para colocar no bolso.

O cartaz do Festival identifica três formas de caminhar: a do errante, a do turista e a do peregrino. Quais são as diferenças?O errante não tem uma meta,o turista conhece a meta, mas não permite a mudança da viagem. Somente o peregrino intercepta o trajeto do desejo profundo, permanecendo fiel ao coração do homem. Nesta dimensão antropológica comum a todos, o cristão acrescenta um elemento: a peregrinação conta a verdadeira relação com Cristo, Aquele a quem deve sempre seguir e reencontrar.

Como cultivar um espírito de peregrino na vida cotidiana?Através da pobreza, que é guardiã do espírito de itinerância. A alternativa é deter-se em alguma coisa ecriar uma meta falsa. Se nos prendemos em coisas, esperando o que não podem nos dar, no final, o caminho torna-se cheio de decepções. T


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Papa Francisco: "Que toda a Igreja seja Franciscana!


[Rádio Vaticana] O Papa Francisco deseja, em nome de toda a Igreja Católica, “uma adesão sempre maior à espiritualidade do pobrezinho de Assis, ícone de Cristo Senhor e generoso testemunho evangélico continuamente amparado por um sincero amor fraterno”.

É o que afirma o Pontífice em uma mensagem enviada ao quinto ‘Festival Franciscano’, recém-inaugurado na cidade de Rimini, norte da Itália.

No texto, o Papa se diz “próximo desta iniciativa que leva o carisma franciscano às praças e em meio ao povo”. Francisco também pede que rezem por ele e por seu ministério.

O Festival, que se encerra domingo, 29, é dedicado ao tema do Caminho, ocasião para recordar a passagem de São Francisco pela região da Romagna, há 800 anos, e também para falar da “viagem como uma metáfora da condição existencial dos homens e mulheres de hoje”. T

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sábado, setembro 28, 2013

Esse Jesus que precisa sempre ser descoberto

Leituras

1ª Leitura - Zc 2,5-9.14-15a

Salmo - Jr 31,10. 11-12ab. 13 (R. 10d)
Evangelho - Lc 9,43b-45

Lucas vai descrevendo os passos de Jesus. O começo do texto proclamado em nossa liturgia de hoje nos mostra um Jesus como que bem sucedido. Ele causava impacto. “Todos estavam admirados com todas as coisas que Jesus fazia”. Ele falava com autoridade, curava os doentes, fazia-se presente no meio da vida e no coração das pessoas.

Jesus, no entanto, não perde de vista a meta final de seu caminhar. A partir do capítulo 9 de Lucas Jesus olha resolutamente, com o rosto enrijecido, na direção de Jerusalém. Não quer ele que seus ouvintes se enganem com o êxito do momento. “O filho do homem vai ser entregue nas mãos dos homens”. Assim, de maneira quase totalmente clara, fala de sua morte. Continuando ser fiel ao Pai, ao seu interior, Jesus pressente que haverá uma oposição não apenas de palavras. Não poucas vezes ele, ao longo da vida de pregação, precisou fugir do que o queriam matar. Suas palavras nem sempre foram bem acolhidas. Ele tinha o dom de incomodar.

Jesus precisa sempre ser descoberto e redescoberto pelos seus discípulos. Ele é o manso Galileu cheio de ternura e de compaixão. Mas ele é também o cordeiro levado ao matadouro. Em sua boca não se encontra delito nem mentira. Vive apegado à vontade do Pai, desejoso de realiza-la a todo custo. Pessoa fiel a esse Pai com o qual mantinha profunda intimidade ao longo do tempo de sua vida. Sabia que tudo isso comportava risco. Nem todos estavam de acordo. Por isso ele afirma que o filho do homem vai ser entregue nas mãos dos homens…

Mistério da morte do mais belo dos filhos dos homens. De Getsêmani para o tribunal de Pilatos, conhece o olhar covarde de Herodes, é traído por Judas e negado por Pedro. Num determinado momento se vê totalmente abandonado. Abandonado até mesmo pelo Pai que se torna silencioso. Dá o ultimo suspiro. Entrega-se ao Pai, entrega-se à esposa, a Igreja, cujas vestes ele deseja alvejar com a água de seu peito e o sangue de suas veias. Mistério da passagem, da páscoa de Cristo e nossa páscoa com ele. Morremos com Cristo e com ele ressuscitamos.

“O filho do homem vai ser entregue nas mãos dos homens”.

Frei Almir Ribeiro Guimarães
www.franciscanos.org.br

sexta-feira, setembro 27, 2013

Papa Francisco adverte na Audiência Geral: "O mundo precisa de unidade e reconciliação. O cristão morda sua língua antes de difamar"

Mais de 80 mil fiéis lotaram a Praça São Pedro na manhã desta quarta-feira, 25 de setembro, para a Audiência Geral com o Papa Francisco. Em sua catequese, o Pontífice falou da Igreja “una”, como confessamos no Credo. “Se olharmos para a Igreja Católica no mundo descobrimos que ela compreende quase 3.000 dioceses espalhadas em todos os continentes. Mesmo assim, milhares de comunidades católicas formam uma unidade – unidade na fé, na esperança, na caridade, nos Sacramentos e no Ministério”.

O Santo Padre ensinou que onde quer que esteja, “mesmo na menor paróquia no ângulo mais remoto desta Terra, há uma única Igreja; nós estamos em casa, somos uma família, estamos entre irmãos e irmãs. E este é um grande dom de Deus! A Igreja é uma só para todos. Não há uma Igreja para os europeus, uma para os africanos, uma para os americanos, uma para os asiáticos, uma para quem vive na Oceania, mas é a mesma em todos os lugares.”

Como exemplo dessa unidade, o Papa então citou a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro: “Naquela multidão sem fim de jovens na praia de Copacabana, ouviam-se falar tantas línguas, se viam tantos rostos com traços diferentes, e mesmo assim havia uma profunda unidade, se formava uma única Igreja”.

Francisco propôs um questionamento aos fiéis, se todos sentem e vivem esta unidade ou se privatizam a Igreja a um grupo, a uma nação ou a amigos. “Quando ouço falar de cristãos que sofrem no mundo, fico indiferente ou sinto-o como se sofresse um da minha família? É importante olhar para fora do próprio recinto, sentir-se Igreja, única família de Deus!”

Às vezes, constatou o Pontífice, surgem incompreensões, conflitos, tensões, divisões que ferem a Igreja. “Somos nós a criar dilacerações! E se olharmos para as divisões que ainda existem entre cristãos, católicos, ortodoxos, protestantes... sentimos a fadiga de tornar plenamente visível esta unidade. É preciso buscar, construir a comunhão, educar-nos à comunhão, a superar incompreensões e divisões, começando pela família, pelas realidades eclesiais, no diálogo ecumênico. O nosso mundo necessita de unidade, de reconciliação, de comunhão e a Igreja é Casa de comunhão. Antes de fazer intrigas, um cristão deve morder a própria língua.”

Papa Francisco, o motor da unidade da Igreja é o Espírito Santo, que faz a harmonia na diversidade. “Por isso é importante rezar”, concluiu Francisco: “Peçamos ao Senhor que nos faça cada vez mais unidos e jamais nos deixe ser instrumentos de divisão. Como diz uma bela oração franciscana, que levemos amor onde há ódio, o perdão onde há ofensa, união onde há discórdia”.


LITURGIA DO DIA - 27 DE SETEMBRO
Branco. 6ª-feira da 25ª Semana Tempo Comum 
S. Vicente de Paulo, Pb, memória

Leituras
1ª Leitura - Ag 1,15b-2,9
Salmo - Sl 42,1. 2. 3. 4. (R. 5bc)
Evangelho - Lc 9,18-22

SANTO DO DIA - São Vicente de Paulo

“Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e espírito e amarás ao teu próximo como a ti mesmo” (Mat 22,37.39).


Se não foi o lema da vida deste santo, viveu como se fosse. O santo de hoje, São Vicente de Paulo, nasceu na Aquitânia (França) em 1581. No seu tempo a França era uma potência, porém convivia com as crianças abandonadas, prostitutas, pobreza e ruínas causadas pelas revoluções e guerras.

Grande sacerdote, gerado numa família pobre e religiosa, ele não ficou de braços cruzados mas se deixou mover pelo espírito de amor. Como padre, trabalhou numa paróquia onde conviveu com as misérias materiais e morais; esta experiência lhe abriu para as obras da fé. Numa viagem foi preso e, com grande humildade, viveu na escravidão até converter seu patrão e conseguiu depois de dois anos sua liberdade.

A partir disso, São Vicente de Paulo iniciou a reforma do clero, obras assistenciais, luta contra o jansenismo que esfriava a fé do povo e estragava com seu rigorismo irracional. Fundou também a “Congregação da Missão” (lazaristas) e unido a Santa Luísa de Marillac, edificou as “Filhas da Caridade” (irmãs vicentinas).

Sabia muito bem tirar dos ricos para dar aos pobres, sem usar as forças dos braços, mas a força do coração. Morreu quase octogenário, a 27 de setembro de 1660.

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quinta-feira, setembro 26, 2013

Fotos da novena - 26 de setembro de 2013





FESTA DE SÃO FRANCISCO - de 25 de setembro à 04 de outubro de 2013

FESTA DE SÃO FRANCISCO - Convento de Santo Antônio, 
"Jesus disse: Coragem! Sou eu, não tenhais medo." Mt 14,27

25/09 ( quarta-feira ), às 18:30
Noiteiros: Ronda Paz e Bem, Grupo São Pio, Casa do Terço, Patronato da Medalha Milagrosa
Pregador: Pe. Francisco Flávio Herculano do Nascimento

26/09 ( quinta-feira ), às 18:30
Noiteiros: MESCE, Terço com os homens, Acólitos
Pregador: Pe. João Medeiros Filho

27/09 ( sexta-feira ), às 18:30
Noiteiros: Apostolado da Oração, Irmandade dos Passos, Irmandade do Santíssimo
Pregador: Pe. José Gilberto dos Santos

28/09 ( sábado ), às 19:00
Noiteiros: Pastoral Missionária da Comunidade de Moradores das ruas Santo Antônio e Padre Pinto, Crisma
Pregador: Monsenhor Amilcar Motta da Silva

29/09 ( domingo ), às 19:00
Noiteiros: Grupo da Liturgia e Catequese
Pregador: Frei José Walden de Oliveira, OFMCap

30/09 ( segunda-feira ), às 18:30
Noiteiros: Terço com a mulheres, Oficina de oração e vida
Pregador: Pe. Mario Gomes de França

01/10 ( terça-feira ), às 18:30
Noiteiros: Renovação Carismática Católica, Ministério de Música
Pregador: Frei Francisco de Assis Barreto ( Ministro Provincial da Província Nossa Senhora da Penha do Nordeste do Brasil )

02/10 ( quarta-feira ), às 18:30
Noiteiros: Pia União de Santo Antônio, Movimento da Mãe Rainha ( Peregrina )
Pregador: Frei José Xavier da Paixão, OFMCap

03/10 ( quinta-feira ), às 18:30
Noiteiros: Ordem Franciscana Secular, Pequena Família Franciscana, Formandos e Postulantes
Pregador: Frei Carlos Alexandre Lima da Silva, OFMCap

04/10 ( sexta-feira )
Às 6:30 - missa em ação de graças aos bem feitores falecidos
Pregador: Frei Carlos Alexandre Lima da Silva, OFMCap

Às 11:30 - MISSA SOLENE DE SÃO FRANCISCO
Pregador: Frei José Xavier da Paixão, OFMCap

Às 14:00 - Benção dos animais

Às 18:30 - MISSA E PROCISSÃO DE ENCERRAMENTO 
Pregador: Pe. José Freitas Campos


PROGRAMAÇÃO SOCIAL
- 29/09 ( domingo ) : ALMOÇO DOS POBRES
- 26/10 ( sábado ): 7a tarde festiva, às 16h

26 de Setembro - São Cosme e São Damião

Leituras

1ª Leitura - Ag 1,1-8

Salmo - Sl 149, 1-2. 3-4. 5-6a.9b (R. 4a)
Evangelho - Lc 9,7-9

Cosme e Damião eram irmãos e cristãos. Na verdade, não se sabe exatamente se eles eram gêmeos. Mas nasceram na Arábia e viveram na Ásia Menor, Oriente. Desde muito jovens, ambos manifestaram um enorme talento para a medicina. Estudaram e diplomaram-se na Síria, exercendo a profissão de médico com muita competência e dignidade. Inspirados pelo Espírito Santo, usavam a fé aliada aos conhecimentos científicos. Com isso, seus tratamentos e curas a doentes, muitas vezes à beira da morte, eram vistos como verdadeiros milagres.

Deixavam pasmos os mais céticos dos pagãos, pois não cobravam absolutamente nada por isso. A riqueza que mais os atraía era fazer de sua arte médica também o seu apostolado para a conversão dos pagãos, o que, a cada dia, conseguiam mais e mais.

Isso despertou a ira do imperador Diocleciano, implacável perseguidor do povo cristão. Na Ásia Menor, o governador deu ordens imediatas para que os dois médicos cristãos fossem presos, acusados de feitiçaria e de usarem meios diabólicos em suas curas.

Mandou que fossem barbaramente torturados por negarem-se a aceitar os deuses pagãos. Em seguida, foram decapitados. O ano não pode ser confirmado, mas com certeza foi no século IV. Os fatos ocorreram em Ciro, cidade vizinha a Antioquia, Síria, onde foram sepultados. Mais tarde, seus corpos foram trasladados para uma igreja dedicada a eles.

Quando o imperador Justiniano, por volta do ano 530, ficou gravemente enfermo, deu ordens para que se construísse, em Constantinopla, uma grandiosa igreja em honra dos seus protetores. Mas a fama dos dois correu rápida no Ocidente também, a partir de Roma, com a basílica dedicada a eles, construída, a pedido do papa Félix IV, entre 526 e 530. Tal solenidade ocorreu num dia 26 de setembro; assim, passaram a ser festejados nesta data.

Os nomes de são Cosme e são Damião, entretanto, são pronunciados infinitas vezes, todos os dias, no mundo inteiro, porque, a partir do século VI, eles foram incluídos no cânone da missa, fechando o elenco dos mártires citados. Os santos Cosme e Damião são venerados como padroeiros dos médicos, dos farmacêuticos e das faculdades de medicina.


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FESTA DE SÃO FRANCISCO - fotos da abertura - 25 de setembro

 FESTA DE SÃO FRANCISCO - Convento de Santo Antônio, 
"Jesus disse: Coragem! Sou eu, não tenhais medo." Mt 14,27

25/09 ( quarta-feira ), às 18:30
Noiteiros: Ronda Paz e Bem, Grupo São Pio, Casa do Terço, Patronato da Medalha Milagrosa
Pregador: Pe. Francisco Flávio Herculano do Nascimento



quarta-feira, setembro 25, 2013

Discípulos leves e ágeis

LEITURA
Esdras 9, 5-9; 
Lucas 9, 1-6

Jesus convocou os doze, deu-lhes o poder e autoridade sobre todos os demônios e para curar doenças e enviou-os a proclamar o reino de Deus e a curar os enfermos (Lc 9, 1-2).

Os apóstolos são enviados. Apóstolo quer dizer enviado. Desde a tomada de consciência do Concilio do Vaticano II sentimos que há uma urgência: ir pelos caminhos, encontrar as pessoas, trocar ideias, partilhar a vida. Nos últimos tempos o Papa Francisco fala da cultura do encontro, do deixar as sacristias, do ir pelo mundo, do tentar conviver com as pessoas, fortalecer as ovelhas que estão no rebanho e atrair outras pessoas para o fascínio do Evangelho.

No evangelho hoje proclamado Jesus pede que os apóstolos sejam pessoas leves e ágeis. Que não levem muita bagagem. Na realidade que não levem nada: nem cajado, nem pão, nem dinheiro, nem mesmo duas túnicas. Pessoas que confiam no Senhor e não em seus recursos. Que sejam portadoras da paz. Portanto, discípulos generosos e leves, ágeis e lépidos.

Duas citações do Documento de Aparecida podem nutrir nossa reflexão: “A pessoa amadurece constantemente no conhecimento, amor e seguimento de Jesus Mestre, se aprofunda no mistério de sua pessoa, de seu exemplo, de sua doutrina. Para esse passo são de fundamental importância a catequese permanente e a vida sacramental, que fortalecem a conversão inicial e permitem que os discípulos missionários possam perseverar na vida cristã” (n 278 c).

“O discípulo, à medida que conhece e ama seu Senhor, experimenta a necessidade de compartilhar com outros a sua alegria de ser enviado, de ir ao mundo para anunciar Jesus Cristo, morto e ressuscitado, e tornar realidade o amor e o serviço na pessoa dos mais necessitados, em uma palavra, a construir o Reino de Deus. A missão é inseparável do discipulado, o qual não deve ser entendido como etapa posterior à formação, ainda que seja realizada de diversas maneiras de acordo com a própria vocação e com o momento da maturidade humana e cristã em que se encontra a pessoa” (n. 278 e).

Lucas pede ainda que os discípulos viageiros façam sua parte. Nem sempre serão bem acolhidos. “Todos aqueles que não vos acolherem, ao sairdes daquela cidade, sacudi a poeira dos vossos pés, como protesto contra eles”.

Frei Almir Ribeiro Guimarães
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[OFMCap.] No último 21 setembro 2013, na Catedral de Bérgamo, o Cardeal Ângelo Amato, Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, proclamou Beato, Frei Tomás de Olera, frade Capuchinho que viveu entre os séculos XV e XVI. “Nós, acolhendo o desejo do nosso irmão Francesco Beschi, bispo de Bérgamo, de muitos outros irmãos no episcopado e de muitos fiéis, depois de ter recebido o parecer favorável da Congregação das Causas dos Santos, com nossa autoridade apostólica concedemos que o venerável Servo de Deus Tomás de Olera (no século Tomás Acerbis), leigo professo da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, que contemplando Cristo crucificado, tornou-se testemunha e zeloso catequista da alta caridade e divina Sabedoria, seja de agora em diante chamado Beato e que se possa celebrar a sua festa nos lugares e segundo as regras estabelecidas pelo Direito, cada ano em 04 de maio” – São as palavras de Papa Francisco na carta apostólica lida sábado, 21 de setembro pelo Cardeal Ângelo Amato, na Catedral de Bérgamo, cheia de fiéis, ao início da celebração pela beatificação de Frei Tomás de Olera, da qual participaram numerosos frades capuchinhos, inclusive da Cúria geral com o Ministro geral e os Definidores.


“O amor de Deus – escreveu o novo Beato – está nos corações humildes”. A vida de Tomás de Olera se reflete profundamente nestas palavras. Desde adolescente compartilha com os pais dificuldades e trabalho, primeiro como pastor e depois como lavrador. A vocação o leva, à idade de 17 anos, a entrar na Ordem dos Frades Capuchinhos no convento de Verona. Depois da formação, torna-se um pregador incansável do Evangelho e, sobretudo, um humilde esmoleiro. Todo dia pede a todos, sem distinção, ofertas e pão para os frades e os pobres. Garante a cada um consolações e orações. Tomás aproxima-se de todos e fala de Deus aos grandes do mundo, dentre os quais soberanos e imperadores e à gente humilde. Em 1618 foi transferido para Pádua, onde serviu como porteiro do convento. No ano sucessivo foi chamado a Innsbruck pelo Arquiduque do Tirol, Leopoldo V, e retoma a tarefa de pedir esmolas, exercendo fielmente até o fim da vida tal ofício. Tomás morre na sua humilde cela aos 3 de maio de 1631. A sua vida – destaca o Cardeal Amato – é um modelo para todos: “O Beato Tomás é um exemplo de vida cristã para todos. Era este o desejo do venerável Paulo VI, o qual, em 1963, escrevia: ‘Possa, a recordação deste humilde filho da forte terra bergamasca animar os sacerdotes e fieis a uma sempre maior doação de si na adesão consciente à verdade revelada, no esforço de testemunho cristão em todos os setores da vida e no exercício incansável e árduo das virtudes, especialmente da caridade”. (Rádio Vaticana)
Obedecendo às palavras de Papa Francisco, pronunciadas durante a oração do Ângelus domingo passado em Cagliari, “rendamos graças a Deus por este testemunho da humildade e da caridade de Cristo!” T

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segunda-feira, setembro 23, 2013

São Pio de Pietralcina - 23 do setembro

Branco. 2ª-feira da 25ª Semana Tempo Comum 
S. Pio de Pietrelcina Presb, memória


Leituras
1ª Leitura - Esd 1,1-6
Salmo - Sl 125 (126),1-2ab.2cd-3. 4-5. 6 (R. 3a)
Evangelho - Lc 8,16-18 

CONSAGRAÇÃO A SÃO PIO DE PIETRELCINA 

Ó glorioso São Pio de Pietrelcina,
Tu que és o Santo deste novo milênio,
Tu que és meu amigo,
Consolador da minha alma, auxílio de mim, que sou pecador,
Que pelo teu sofrimento compreende bem todos os meus sofrimentos.
A ti me consagro e aos que me são caros;
A ti confio meu espírito, para que o tornes capaz de suportar todas as tribulações que tenho no coração;
A ti confio a súplica de apresentar minha alma à Nossa Senhora das Graças, para que eu possa obter de Deus a eterna salvação;
A ti confio meu pedido de intercessão para que eu obtenha da Divina Bondade a graça de ....., que ardentemente desejo.
Acolhe-me sob a tua proteção.
Defende-me dos ataques do maligno.
E, sobretudo, intercede junto ao Altíssimo para que, com o perdão dos meus pecados, eu me torne perseverante nos caminhos do bem.
Glória ao Pai ao filho e ao Espírito Santo, assim como era no princípio agora e sempre.

Amém!




Sacerdote da Primeira Ordem (1887-1968). Beatificado por João Paulo II em 1999.

Nasceu em Pietrelcina (Sul de Itália) no dia 25 de Maio de 1887. Chamava-se Francisco Forgione. O nome de Frei Pio de Pietrelcina recebeu-o em 1903, quando entrou na Ordem dos Capuchinhos. Foi ordenado sacerdote a 10 de Agosto de 1910.

Viveu uma vida de exigência pessoal. Venceu os maus instintos. Foi rigoroso na luta contra os vícios, simples no vestir e na comida e extremamente cuidadoso em evitar atos que pudessem ofender a Deus, aos irmãos ou a qualquer pessoa. A vida de família iniciou-o nesta radicalidade e no Convento também encontrou ambiente que a favoreceu.

Frei Pio é considerado um grande místico por todas as pessoas a quem chegou a sua ação e influência. Nisto consistiu a radicalidade profunda e original da sua espiritualidade, que o faz ter admiradores em todos os Continentes, apesar de a maior parte das pessoas de hoje não entenderem o que se quer dizer com a palavra místico. Nada mais contrário ao mundo naturalista em que vivemos do que o conjunto de fenômenos sobrenaturais que se tornaram vulgares na vida do Frei Pio. Foram muitos os fenômenos, humanamente inexplicáveis, que marcaram fortemente a existência deste homem de Deus.

Assim como aconteceu com São Francisco de Assis, o Senhor crucificado quis partilhar com ele as dores da sua Paixão concedendo-lhe a graça dos estigmas, a 20 de Setembro de 1915. Este foi o acontecimento místico mais marcante na vida do Frei Pio, mas há outros que importa, pelo menos, enumerar: o dom da profecia, o dom do discernimento dos espíritos, o dom da bilocação, o dom das curas, o dom das conversões, o dom dos perfumes.

O que mais atraiu as multidões de todos os continentes ao Convento de São Giovanni Rotondo durante a sua vida, foi a celebração da Eucaristia, o heroico atendimento de confissões e a direção espiritual (a quem recorreu muitas vezes o Papa João Paulo II, então estudante de Teologia em Roma).

O Senhor concedeu ao Frei Pio a graça de deixar duas obras para a posteridade: a Casa do Alívio para o sofrimento e os Grupos de Oração. Acerca destes últimos, dizia: Os grupos de oração são os corações e as mãos que sustentam o mundo. Morreu no dia 23 de setembro de 1968.

Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola.
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domingo, setembro 22, 2013

“O Senhor levanta do pó e do lixo o pobre”! domingo 22.09.2013.


Verde. 25º DOMINGO Tempo Comum 

Leituras

1ª Leitura - Am 8,4-7
Salmo - Sl 112, 1-2.4-6.7-8 (R. cf. 1a.7b)
2ª Leitura - 1Tm 2,1-8
Evangelho - Lc 16,1-13



1.Introdução.

Os antigos adoravam ídolos feitos de ouro, de prata e de madeira preciosa! Quais são os ídolos que o mundo moderno adora e levam para a perdição? Quais são os nossos ídolos pessoais que, certamente, não facilitam nossa salvação?

Deus liberta a pessoa humana, mas os ídolos escrevisam e causam a morte. Somos, de fato, curtos de inteligência, pois não nos damos conta que os defeitos e os ídolos modernos causam sofrimento e morte! Longe de Deus é a morte; perto de Deus é a salvação. “De tal maneira amou Deus o mundo que nos deu o seu próprio Filho para nossa salvação!” (Jo 3, )

Somos tão imediatistas e materialistas que não nos damos conta que Deus nos mostrou um outro caminho, o caminho da vida eternal, vida de filhos de Deus, imortais como Ele!


2.Palavra de Deus.

Am 8,4-7 – Deus chamou um agricultor para exercer a profecia junto aos poderosos do Povo de Israel que escrevisavam e exploravam os pobres. Mesma durante a “Celebração do Sábado” eles preparavam maldades contra os pobres . Deus não entrava na cabeça desse povo!

1Tm,2,1-8 – O Apóstolo Paulo, provavelmente prisioneiro, recomenda aos cristãos uma vida humilde e pacífica procurando colaborar com as autoridades mediante a oração e o bom comportamento, pois, o Senhor quer a salvação de todos, mesmo daqueles que nos perseguem e caluniam. Paulo considera-se apóstolo para anunciar esta verdade a todos.

Lc 16,1-13 – A parábola, contada por Jesus, ensina que todos teremos de prestar contas da administração dos bens e talentos recebidos de Deus: “Presta contas de tua administração!” De tudo deveremos prestar contas um dia a Deus! Como devemos proceder para sermos confirmados na administração dos bens do Senhor e não despedidos do emprego?


3.Reflexão

• O ser humano é, por natureza, imediatista: vivemos e apreciamos aquilo que nossos sentidos percebem e captam. O gozo imediato dos bens materiais! Os bens espirituais são de outro nível, escapam e não são percebidos pelos nossos sentidos carnais. A própria Escritura diz: Come bem, bebe de teu vinho e goza com tua mulher, porque é isto que está a teu alcance!

• Santo Agostinho (que provou muitos caminhos, inclusive, o do pecado) afirma: “Nosso coração, Senhor, foi feito por ti e ele não consegue descansar enquanto não repousar em ti”! O ser humano descobre o caminho certo de sua existência, somente, quando se deixa iluminar pela Palavra de Deus! Deus é a luz de nosso caminho!

• Jesus, com a parábola do administrador astuto, não quis elogiar sua esperteza , mas quis dizer que deveríamos ser tão inteligentes e perspicazes na administração dos bens espirituais como o funcionário da fazenda foi esperto nos negócios materiais. Não raro, nós merecemos “nota 10” nos negócios materiais, inclusiuve, injustos e, com certeza, não seríamos elogiados na vida cristã e espiritual!

• E Jesus conclui sua “homilia” dizendo: “Ninguém pode servir a dois senhores (…) Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro!” O dinheiro é necessário para avida neste mundo, mas ele não precisa ser o senhor de nossa vida! Ele mesmo nos previne com a exclamação: “Filhinhos, como é difícil a um rico entrar no Reino dos Céus!”

“Eu sou a salvação do povo; se ele clamar por mim’

Eu o ouvirei e serei seu Deus para sempre!”


Frei Carlos Zagonel 
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sábado, setembro 21, 2013

São Mateus - 21 de setembro

Vermelho. São Mateus, Apóstolo e Evangelista, Festa

Leituras
1ª Leitura - Ef 4,1-7.11-13
Salmo - Sl 18(19A),2-3.4-5 (R. 5a)
Evangelho - Mt 9,9-13


Nesta festa do apóstolo Mateus vale a pena meditar a partir da bela homilia de São Beda Venerável.

Jesus viu um homem chamado Mateus, assentado à banca dos impostos, e disse-lhe: Segue-me (Mt 9, 9). Viu-o não tanto com os olhos corporais, quanto com a vista da íntima compaixão. Viu o publicano, dele se compadeceu e o escolheu. Disse-lhe então: Segue-me. Segue, quis dizer, imita; segue, quis dizer não tanto pelo andar dos pés, quanto pela realização dos atos. Pois quem diz que permanece deve andar como ele andou (1Jo 2,6).

E levantando-se o seguiu (Mt 9,9). Não é de admirar que o publicano, ao primeiro chamado do Senhor, tenha abandonado os lucros terrenos de que cuidava e, desprezando a opulência, aderisse aos seguidores daquele que via não possuir riqueza alguma. Pois o próprio Senhor que o chamou exteriormente com a palavra, interiormente lhe ensinou por instinto invisível a segui-lo, infundindo em seu espirito a luz da graça espiritual. Com esta compreenderia que quem o afastava dos tesouros temporais podia dar-lhe nos céus os tesouros incorruptíveis.

E aconteceu que, estando ele em casa, muitos publicanos e pecadores vieram e puseram-se à mesa com Jesus e seus discípulos (Mt 9, 10). A conversão de um publicano deu a muitos publicanos e pecadores o exemplo da penitência e do perdão. Belo e verdadeiro prenúncio! Aquele que será apóstolo e doutor dos povos, logo no primeiro encontro arrasta após si para a salvação um grupo de pecadores. Assim inicia o ofício de evangelizar desde os primeiros começos de sua fé aquele que viria a realizar este ofício plenamente com o merecido progresso das virtudes. Contudo, se quisermos indagar pelo sentido mais profundo deste acontecimento nós o entenderemos: a Mateus foi muito mais grato o banquete na casa de seu coração preparado pela fé e pelo amor do que o banquete terreno que ele ofereceu ao Senhor. Atesta-o aquele mesmo que diz: Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele e ele comigo (Ap 3,20).

Ouvindo a sua voz, abrimos a porta para recebe-lo, ao aceitarmos de bom grado suas advertências secretas ou evidentes e nos pormos a realizar aquilo que compreendemos como nosso dever. Ele entra para que ceemos, ele conosco e nós com ele, porque, pela graça de seu amor, habita nos corações dos eleitos para alimentá-los sempre com a luz de sua presença. Possam assim os eleitos cada vez mais progredir no desejo do alto, e ele mesmo sem alimente com os desejos deles como com pratos deliciosos.

Liturgia das Horas IV, p.1299-1301

Frei Almir Ribeiro Guimarães

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sexta-feira, setembro 20, 2013

O adubo que fez crescer a semente da Bíblia

Não é qualquer chão que serve para que uma árvore possa crescer. O canteiro, onde a semente da Bíblia criou raízes e de onde lançou os seus 73 galhos em todos os setores da vida, foi a celebração do povo oprimido, ansioso de se libertar. A maior parte da Bíblia começou a ser decorada para poder ser usada nas celebrações, e foi escrita ou colecionada por sacerdotes e levitas, os responsáveis pela celebração do povo.

Além disso, as romarias e as peregrinações, os santuários com as suas procissões, as festas e as grandes celebrações da aliança, o templo e as casas de oração (sinagogas), os sacrifícios e os ritos, os salmos e os cânticos, a catequese em família e o culto semanal, a oração e a vivência da fé, tudo isso marca a Bíblia, do começo ao fim!

O coração da Bíblia é o culto do povo! Mas não qualquer culto. É o culto ligado à vida do povo, onde este se reunia para ouvir a palavra de Deus e cantar as suas maravilhas; onde ele tomava consciência da opressão em que vivia ou que ele mesmo impunha aos irmãos; onde ele fazia penitência, mudava de mentalidade e renovava o seu compromisso de viver como um povo irmão; onde reabastecia a sua fé e alimentava a sua esperança; onde celebrava as suas vitórias e agradecia a Deus pelo dom da vida.

É também no culto que deve estar o coração da interpretação da Bíblia. Sem este ambiente de fé e de oração e sem esta onsciência bem viva da opressão que existe no mundo, não é possível agarrar a raiz de onde brotou a Bíblia, nem é possível descobrir a sua mensagem central.

Trecho da “Bíblia Sagrada”, da Editora Vozes.

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quinta-feira, setembro 19, 2013

O Papa: A Igreja é Mãe e oferece o perdão de Deus também aos que estão no abismo

Verde. 5ª-feira da 24ª Semana Tempo Comum

Leituras
1ª Leitura - 1Tm 4,12-16
Salmo - Sl 110 (111),7-8. 9. 10 (R. 2a)
Evangelho - Lc 7,36-50


VATICANO, 18 Set. 13 / 12:25 pm (ACI/EWTN Noticias).- A Igreja como mãe, foi novamente o tema que o Papa Francisco escolheu para a catequese da audiência geral das quartas-feiras. O Santo Padre explicou que a Igreja oferece o perdão de Deus a todos, inclusive aos que caíram no abismo.

Na audiência celebrada nesta manhã ante uma multidão de peregrinos em uma ensolarada Praça de São Pedro, o Papa disse que a Igreja como mãe "é uma imagem que eu gosto muito porque nos diz não somente como é a Igreja, mas também qual rosto deveria ter sempre mais a Igreja, esta nossa mãe Igreja".

Para explicar essa imagem, o Papa partiu do que uma mãe faz por seus filhos. Em primeiro lugar "ensina a caminhar na vida, ensina a seguir bem na vida, sabe como orientar os filhos, procura sempre indicar o caminho certo na vida para crescerem e tornarem-se adultos. E o faz com ternura, com afeto, com amor, sempre também quando procura endireitar o nosso caminho porque nos dispersamos um pouco na vida ou tomamos caminhos que levam a um abismo".

"A Igreja faz a mesma coisa: orienta a nossa vida, dá-nos os ensinamentos para caminhar bem. Pensemos nos dez Mandamentos: indicam-nos um caminho a percorrer para amadurecer, para ter pontos firmes no nosso modo de nos comportarmos. E são frutos da ternura, do amor próprio de Deus que os doou a nós. Vocês poderiam me dizer: mas são mandamentos! São um conjunto de "não"! Eu gostaria de convidar vocês a lê-los – talvez vocês tenham se esquecido um pouco deles – e então pensá-los de modo positivo".

"Vejam que se referem ao nosso modo de nos comportarmos com Deus, com nós mesmos e com os outros, propriamente aquilo que nos ensina uma mãe para viver bem. Convidam-nos a não fazermos ídolos materiais que depois nos tornam escravos, a recordar-nos de Deus, a ter respeito pelos pais, a sermos honestos, a respeitar o outro…".

"Tentem vê-los assim e considerá-los como se fossem as palavras, os ensinamentos que a mãe dá para seguir bem na vida. Uma mãe não ensina nunca aquilo que é mal, quer somente o bem dos filhos, e assim faz a Igreja".

Em segundo lugar, "quando um filho cresce, torna-se adulto, toma o seu caminho, assume as suas responsabilidades, caminha com as próprias pernas, faz aquilo que quer e, às vezes, acontece também de sair do caminho, acontece qualquer acidente. A mãe sempre, em toda situação, tem a paciência de continuar a acompanhar os filhos. Aquilo que a impulsiona é a força do amor; uma mãe saber seguir com discrição, com ternura o caminho dos filhos e mesmo quando erram encontra sempre o modo para compreender, para ser próxima, para ajudar. Na minha terra dizemos que uma mãe sabe ‘dar a cara’ por seus filhos, quer dizer, está disposta a defendê-los sempre".

"A Igreja é assim, uma mãe misericordiosa, que entende, que procura sempre ajudar, encorajar também diante dos seus filhos que erraram e que erram, não fecha nunca as portas da Casa; não julga, mas oferece o perdão de Deus, oferece o seu amor que convida a retomar o caminho mesmo para aqueles filhos que caíram em um abismo profundo, a Igreja não tem medo de entrar na noite deles para dar esperança; a Igreja não tem medo de entrar na nossa noite quando estamos na escuridão da alma e da consciência, para dar-nos esperança! Porque a Igreja é mãe!"

Por último, "uma mãe sabe também pedir, bater a toda porta pelos próprios filhos, sem calcular, o faz com amor. E penso em como as mães sabem bater também e, sobretudo, na porta do coração de Deus!".

"As mães rezam tanto pelos próprios filhos, especialmente por aqueles mais frágeis, por aqueles que têm mais necessidade, por aqueles que na vida tomaram caminhos perigosos ou errados...".

"E assim faz também a Igreja: coloca nas mãos do Senhor, com a oração, todas as situações dos seus filhos. Confiemos na força da oração da Mãe Igreja: o Senhor não permanece insensível. Sabe sempre nos surpreender quando não esperamos. A Mãe Igreja o sabe!".
"Estes eram os pensamentos que queria dizer para vocês hoje: vejamos na Igreja uma boa mãe que nos indica o caminho a percorrer na vida, que sabe ser sempre paciente, misericordiosa, compreensiva e que sabe colocar-nos nas mãos de Deus".

acidigital.com

quarta-feira, setembro 18, 2013

Hino de louvor a Cristo - 18 de setembro

Leituras do dia
1ª Leitura - 1Tm 3,14-16
Salmo - Sl 110 (111),1-2. 3-4. 5-6 (R. 2a)
Evangelho - Lc 7,31-35


A primeira leitura da liturgia desta quarta-feira é tirada de um trecho da primeira carta de Paulo a Timóteo. Contém um escrito em forma de hino. Fala do mistério da piedade. 

“Não pode haver dúvida de que é grande o mistério da piedade: ele foi manifestado na carne, foi justificado no espírito, contemplado pelos anjos, pregado às nações, acreditado no mundo, exaltado na glória!” (1Tm 3,16).

Foi manifestado na carne – Houve e epifania de Deus na carne. Aquele que os olhos não podiam ver e os ouvidos não alcançavam escutar se tornou carne. Num começo sem começo, num eterno começo, o Pai, fornalha de amor gera o Verbo no dom irrestrito vivendo com ele com o sopro, o espírito, uma comunhão sem fim, nunca interrompida. Quando chegou a plenitude dos tempos, esse Deus comunhão, esse Altíssimo, fornalha de amor, toma a decisão de mostrar-se na carne, de manifestar-se aos homens nascendo como uma criança, caminhando por nossos caminhos e machucando os pés nas pedras do caminho, bebendo a água de nossas fontes e chorando as lágrimas mornas que costumam cair de nossos olhos. O mistério foi manifestado na carne. O Altíssimo se torna carne.

Foi justificado no Espírito - Na sinagoga de Nazaré ele havia dito que sua vida era cumprimento de uma unção do Espírito. Antes, quando penetrara nas águas do Jordão para ser batizado o Espírito pairara sobre ele, como planara sobre o caos anterior à formação do mundo e à criação do homem. Esse Espírito dele e do Pai é que foi derramado em nossos corações, de tal forma que fomos nele “justificados”. O Filho do Pai eterno é ungido para uma missão.

Contemplado pelos anjos - O sonho de Deus foi nascer entre homens, partilhar nossa vida. O Verbo não se fez presente tão proximamente dos anjos quanto dos homens. O ministério dos anjos é colocado a serviço dos homens. Um mensageiro se aproxima de Maria para trazer-lhe o anúncio. Um anjo consola o Cristo no Jardim de Getsêmani. E os anjos contemplam o Senhor no face a face da glória e circundam o altar da celebração da Eucaristia. Aquele que era a igual a Deus não quis ser outra coisa senão servo. Os anjos se extasiam com sua majestade e com sua humildade.

Pregado às nações - Desde sua peregrinação pela terra, depois de ter passado pela porta estreita e pelo túnel escuro da morte e alcançado as estrelas passou a ser pregado às nações pelos líderes das comunidades, por todos os que morreram a si e renasceram nele, pela palavra forte e firme e pelo testemunho de vida de tantos… Verdadeiramente pregado a todos os povos… Esse que foi exaltado na glória.

Frei Almir Ribeiro Guimarães
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Capelania divulga festa dos Mártires
A festa dos Mártires Potiguares será realizada de 22 de setembro a 3 de outubro. A primeira atividade será uma motorromaria, que será realizada dia 22 próximo, saindo às 9 horas, da Catedral Metropolitana, passando por Parnamirim, Macaíba e, por último, o Monumento dos Mártires, na Comunidade de Uruaçu, em São Gonçalo do Amarante.

A partir do dia 23 até 2 de outubro, às 19 horas, haverá celebração de novenas, no Monumento. O encerramento das festividades acontecerá dia 3 de outubro, feriado estadual no Rio Grande do Norte. Neste dia, a partir das 8 horas, haverá missas e outras atividades, no Monumento e na capela, situada no Povoado de Uruaçu. Às 16 horas, será realizado show, com o Padre Reginaldo Manzotti e, às 17h30, missa, presidida pelo Arcebispo, Dom Jaime Vieira Rocha.

Os 'Protomártires do Brasil' foram beatificados pelo Papa João Paulo II, em 5 de março de 2000, na Praça de São Pedro, no Vaticano. A data escolhida pela Igreja Católica para celebrar a memória dos Bem Aventurados Mártires foi 3 de outubro, data do martírio de Uruaçu.

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terça-feira, setembro 17, 2013

17 de setembro - Impressão das Chagas de São Francisco

No dia 17 de setembro a Família Franciscana celebra, em todo o mundo, a festa da impressão das Chagas, também chamada de Estigmas de São Francisco de Assis.

O sentido e o significado das Chagas
Frei Régis G. Ribeiro Daher

Mais do que desvendar o caráter histórico das Chagas de São Francisco, importa refletir sobre a experiência de vida que se esconde sobre este fato. O que significa a expressão de Celano “levava a cruz enraizada em seu coração”? O que isso significou para o próprio Francisco? Há um significado para nós hoje, naquilo que com ele ocorreu?

Um erro comum é o de ver São Francisco como uma figura acabada, pronta, sem olhar para a caminhada que ele fez até chegar à semelhança perfeita (configuração) com o Cristo. O que ocorreu no Monte Alverne é o cume de toda uma vida, de uma busca incessante de Francisco em “seguir as pegadas de Jesus Cristo”. Francisco lançou-se numa aventura, sem tréguas, na qual deu tudo de si: a vontade, a inteligência e o amor. As chagas significam que Deus é Senhor de sua vida. Deus encontrou nele a plena abertura e a máxima liberdade para sua presença.

O segundo significado das chagas é o de que Deus não é alienação para o ser humano, ao contrário, é sua plena realização e salvação. Colocando-se como centro da própria vida é que o homem se aliena e se destrói; torna-se absurdo para si mesmo no fechamento do seu ‘ego’. O homem só encontra sua verdadeira identidade, sua própria consistência e o sentido de sua existência em Deus. E Francisco fez esta descoberta: Jesus Cristo foi crucificado em razão de seu amor pela humanidade – “amou-os até o fim” – , e ele percorre este mesmo caminho.

O terceiro significado: as chagas expressam que a vivência concreta do amor deixa marcas. A exemplo de Cristo, Francisco quis suportar/carregar e amar os irmãos para além do bem e do mal (amor incondicional). Essa atitude o levou a respeitar e acolher o ‘negativo’ dos outros mantendo a fraternidade apesar das divisões. Esse acolher e integrar o negativo da vida é a única forma de vencer o ‘diabólico’, rompendo com o farisaísmo e a autosuficiência, aniquilando o mal na própria carne. Só assim, o homem é de fato livre, porque não apenas suporta, mas ama e abraça o negativo que está em si e nos outros.

O quarto significado: seguir o Cristo implica em morrer um pouco a cada dia: “Quem quiser ser meu discípulo, tome a sua cruz a cada dia e me siga” (Lc 9,23). Não vivemos num mundo que queremos, mas naquele que nos é imposto. Não fazemos tudo o que desejamos, mas aquilo que é possível e permitido. Somos chamados a viver alegremente mesmo com aquilo que nos incomoda, vencendo-se a si mesmo e integrando o ‘negativo’, de modo que ele seja superado. Nós seremos nós mesmos na mesma medida em que formos capazes de assumir nossa cruz. As chagas de São Francisco são as chagas de Cristo, e elas nos desafiam: ninguém pode conservar-se neutro, sem resposta diante da vida.

São Francisco não contentou-se em unicamente seguir o Cristo. No seu encantamento com a pessoa do Filho de Deus, assemelhou-se e configurou-se com Ele. Este seu modo de viver está expresso na “perfeita alegria”, tema central da espiritualidade franciscana: “Acima de todos os dons e graças do Espírito Santo, está o de vencer-se a si mesmo, porque dos todos outros dons não podemos nos gloriar, mas na cruz da tribulação de cada sofrimento nós podemos nos gloriar porque isso é nosso”


Oração a São Francisco
Papa João Paulo II

Ó São Francisco, estigmatizado do Monte Alverne,
o mundo tem saudades de ti como imagem de Jesus Crucificado.
Tem necessidade do teu coração aberto para Deus e para o homem,
dos teus pés descalços e feridos,
das tuas mãos trespassadas e implorantes.
Tem saudades da tua voz fraca, mas forte pelo Evangelho.
Ajuda, Francisco, os homens de hoje a reconhecerem
o mal do pecado e a procurarem a purificação da penitência.
Ajuda-os a libertarem-se das próprias estruturas de pecado,
que oprimem a sociedade hodierna.

Reaviva na consciência dos governantes a urgência da paz
nas Nações e entre os povos.
Infunde nos jovens o teu vigor de vida, capaz de fazer frente
às insídias das múltiplas culturas da morte.

Aos ofendidos por toda espécie de maldade,
comunica, Francisco, a tua alegria de saber perdoar.
A todos os crucificados pelo sofrimento, pela fome e
pela guerra, reabre as portas da esperança. Amém.

(Em 17.09.1983, na Capela dos Estigmas – Alverne)
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segunda-feira, setembro 16, 2013

A PALAVRA DE DEUS ILUMINA OS CAMINHOS DE QUEM SE FAZ DISCÍPULO E MISSIONÁRIO NO SEGUIMENTO DE JESUS

Vermelho. 2ª-feira da 24ª Semana Tempo Comum 
S. Cornélio Pp, e S. Cipriano B Mts, memória

Leituras

1ª Leitura - 1Tm 2,1-8
Salmo - Sl 27 (28),2. 7. 8-9 (R. 6)
Evangelho - Lc 7,1-10


Setembro, “mês da Bíblia”, temos como tema para este ano: Discípulos missionários a partir do Evangelho de Lucas. Lema: “Alegrai-vos comigo, encontrei o que havia perdido” (Lc 15).

A Palavra de Deus como fonte da Sabedoria divina, ilumina os caminhos de quem se faz discípulo e missionário no seguimento de Jesus.

O encontro com Jesus Cristo nos leva à conversão, a sermos discípulos, a viver em comunidade e ao compromisso com a realização eficaz do Reino de Deus. A conversão pedida por Jesus é ‘convertei-vos e crede no evangelho’ (cf Mt 4,17). Não é apenas uma mudança moral ou de algumas práticas religiosas, mas é uma ‘mudança de mentalidade’, uma ‘vida nova’, reorientação de critérios, valores, decisões e compromissos de vida. As pessoas que acolhem a ‘boa nova’ do Reino, seguem Jesus, estão com ele, e vêem seus atos, ouvem seus ensinamentos e com a vinda do Espírito Santo, começam a viver unidos num só coração e numa só alma, como filhos de Deus e irmãos (cf At 2,42-46).

Alguns elementos necessários para se ingressar no discipulado. O primeiro desses elementos é a humildade. Quem cultiva a humildade, atrai o olhar divino e é acolhido pelo outro, porque a humildade não dá o primado a si mesmo, mas ao outro; o outro que é Deus e que é outra pessoa. O cultivo da humildade em nossas vidas é a chave que abre a porta de nossos corações e de nossas inteligências para sermos iluminados pela sabedoria divina.

Mas, como compreender a Sabedoria divina? O que é a Sabedoria divina? São duas questões pertinentes para compreender do que estamos falando. A teologia e a doutrina bíblica descrevem a sabedoria divina como a atividade iluminadora da vida humana, pela presença do Espírito de Deus em nossas vidas. Podemos pensar com o espírito do mundo ou podemos pensar e conduzir nossas vidas com o Espírito de Deus, que recebemos no Batismo. Sábio é aquele que se deixa conduzir pelo Espírito Santo, nos caminhos de Deus. O melhor modo para se deixar conduzir pelo Espírito Santo, para se ter a Sabedoria divina em nossas vidas, é através do discipulado.

A Sabedoria divina não consiste na compreensão da Bíblia, mas consiste em entrar no caminho de Deus. E isso acontece de modo excelente através do discipulado. Quando nos tornamos discípulos e discípulas de Jesus, elegemos Jesus como Mestre de nossas vidas e começamos a caminhar nos caminhos de Deus, conduzidos pelo próprio Jesus. O discipulado ( 2º elemento) é o melhor modo para iluminar a vida, para iluminar o coração e a inteligência com a luz da Sabedoria divina. Mas, Jesus coloca uma advertência, para que isso não seja feito de qualquer jeito. Para se tornar discípulo e discípula de Jesus faz-se necessário um novo alicerce onde se construirá sua própria vida; é o alicerce do Evangelho. Quem se tornar discípulo e discípula de Jesus precisa também preparar-se para a batalha de lutar contracorrente e viver em paz consigo mesmo.

Igreja não pode ser movida pelo entusiasmo das multidões, mas pela Sabedoria do Espírito Santo. Quando a gente está no meio da multidão, gritamos, choramos, torcemos... somos movidos pela emoção. Este não é o melhor momento para se fazer opção pelo seguimento de Jesus. O melhor momento é aquele que refletimos, se podemos construir uma nova vida sobre o fundamento do Evangelho. O melhor momento é aquele quando prudentemente nos deparamos com a batalha contracorrente do modo de pensar da cultura de nossos dias e nos preparamos para essa luta. É importante considerar isso, diz Jesus, porque o discípulo não é aquele que caminha com Jesus, mas atrás dele, no seguimento: “quem não carrega a sua Cruz (sua vida) e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo.” Jesus não quer uma Igreja de multidões, de shows, de festivais, de grandes concentrações; quer uma Igreja de discípulos(3º elemento:sair do meio da muldidão). Só posso ser discípulo e discípula de Jesus à medida que a iluminação da Sabedoria divina orientar minha vida, e isso exige renunciar à lógica do pensamento do mundo, fundamentada no ter e no poder, ao passo que a lógica do pensamento divino se fundamenta na partilha e no serviço. Levemos a sério o compromisso de seremos realmente discípulos e discípulas de Jesus, vivendo de acordo com os valores do Evangelho.

Frei William O. Almeida, OFMCap.

domingo, setembro 15, 2013

BÊNÇÃO É UM ATO RELIGIOSO? 15 de setembro - Nossa Senhora das Dores

Comecemos com um pouco de história. Os textos mais antigos da Bíblia hebraica recorrem com frequência (cerca de 400 vezes) à palavra berâkâh ou à sua raiz brk no sentido de “poder de vida e de salvação”. Trata-se de um gesto, quase sempre acompanhado de alguma palavra, que realiza o que exprime. Na Bíblia, ela costuma vir junto das palavras que significam paz, felicidade e vida. Por exemplo, a palavra hebraica ‘ashrè (feliz) quer dizer: quem recebeu a bênção e caminha na lei do Senhor (cf. Sl 1,1-2). Essa palavra, ‘ashrè, traduzida em grego por makarios, é o termo que aparece no Evangelho quando Jesus proclama as bem-aventuranças (cf. Mt 5,3-11).

Veja, então, que princípio bonito para meditar: abençoada é toda pessoa feliz e feliz é quem vive as bem-aventuranças! Abençoar alguém, na Bíblia, é conceder-lhe ou desejar-lhe o poder necessário ao cumprimento de uma tarefa particular. No Novo Testamento, Jesus deixa claro que tarefa é essa: segui-lo, dando testemunho de seu Reino de justiça e de amor.
Porém, poderíamos perguntar: será que, muitas vezes, o ato de abençoar ou receber uma bênção não é feito ou percebido em sentido mágico? Bem provável que sim. Em várias religiões e mesmo dentro das Igrejas cristãs não é raro encontrar esse tipo de atitude. Entretanto, os textos bíblicos se distanciam dessa compreensão. Para a Bíblia, a eficácia da bênção vem da Palavra de Deus, de um Deus que só deseja a nossa felicidade, mas que nada faz à revelia de nossa liberdade. A bênção de Deus para nós é aquele ardor no coração nos puxando para o amor e aquela angústia que, lá no fundo, denuncia que não somos felizes porque nos iludimos em ciladas egoístas.

Companhia de Deus – Bênção não é magia dos deuses. É companhia de Deus. É parceria com Deus em seu plano de amor. É harmonia, em Deus, com toda a sua criação. É energia de Deus que gera amor entre nós. “Sabemos que Deus existe porque podemos amar as pes­soas” – diz São João (cf. 1Jo 4).
Abençoar e bendizer não é, portanto, mero ritualismo. E também é mais do que “falar bem” de algo ou alguém. Na Bíblia, Deus é o primeiro bendito (cf. Lc 1,68), como Criador (cf. Rm 1,25) e como Pai de Jesus Cristo (cf. 2Cor 11,31), e nós podemos ser benditos se quisermos participar de seu plano divino.

Mas, quando Jesus, na ceia, pronunciou a bênção sobre o pão e o vinho (cf. Mt 26,26; Mc 14,22), não estaria ensinando uma “fórmula mágica” a seus sucessores? De forma alguma. As narrativas da ceia associam “bênção” com “eucaristia” no sentido de “dar graças” e de “louvar”. De novo, não é mágica nem um rito para obter isso ou aquilo. É agradecimento exuberante por sabermos que Deus, em Jesus Cristo, quis deixar claro que nos ama e sempre nos amará independentemente do que fizermos.
Enfim, só bendiz a Deus quem percebeu que não precisa bendizê-lo (ritualmente) para ser amado e abençoado de fato. Só é abençoado quem partilha com os demais essa alegria de viver mergulhado no amor de Deus.

E quem são os amaldiçoados? Aqueles e aquelas que ainda não perceberam que a bênção, o amor, a graça de Deus já estão neles; basta que se abram. E como poderão eles se abrir a essa graça? Tomar ou oferecer a bênção é um ato religioso no melhor sentido da palavra; é desejar às pessoas que sempre sejam porosas ao intenso amor de Deus. Aproveitemos essas ocasiões para partilhar com familiares, catequizandos e amigos o sentido bíblico da bênção.



Professor Dr. Afonso Maria Ligorio Soares
Teólogo da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica), de São Paulo

paulinas.org.br



Nossa Senhora das Dores


“Quero ficar junto à cruz, velar contigo a Jesus e o teu pranto enxugar!”


Assim, a Igreja reza a Maria neste dia, pois celebramos sua compaixão, piedade; suas sete dores cujo ponto mais alto se deu no momento da crucifixão de Jesus. Esta devoção deve-se muito à missão dos Servitas – religiosos da Companhia de Maria Dolorosa – e sua entrada na Liturgia aconteceu pelo Papa Bento XIII.

A devoção a Nossa Senhora das Dores possui fundamentos bíblicos, pois é na Palavra de Deus que encontramos as sete dores de Maria: o velho Simeão, que profetiza a lança que transpassaria (de dor) o seu Coração Imaculado; a fuga para o Egito; a perda do Menino Jesus; a Paixão do Senhor; crucifixão, morte e sepultura de Jesus Cristo.

Nós, como Igreja, não recordamos as dores de Nossa Senhora somente pelo sofrimento em si, mas sim, porque também, pelas dores oferecidas, a Santíssima Virgem participou ativamente da Redenção de Cristo. Desta forma, Maria, imagem da Igreja, está nos apontando para uma Nova Vida, que não significa ausência de sofrimentos, mas sim, oblação de si para uma civilização do Amor.

Nossa Senhora das Dores, rogai por nós!

cancaonova.com

sábado, setembro 14, 2013

Festa da Exaltação da Santa Cruz - Olhemos para a cruz com olhar de fé

Vermelho. Exaltação da Santa Cruz, Festa
Leituras1ª Leitura - Nm 21,4b-9
Salmo - Sl 77(78),1-2.34-35.36-37.38 (R. cf. 7c)
2ª Leitura - Fl 2,6-11
Evangelho - Jo 3,13-17

HOMILÍA DIÁRIA

Olhemos para a cruz que temos na nossa casa, a cruz que, muitas vezes, carregamos conosco, aquela está na Igreja… A cruz nossa de cada dia. E olhemos para ela com olhar de fé.

“Pois Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16).

Nós celebramos, hoje, o dia da Exaltação da Santa Cruz. Louvores, honras e glórias se deem a Jesus Cristo Crucificado, Aquele que morreu por mim e por você.

Que nós, hoje, olhemos para a cruz que temos na nossa casa, a cruz que, muitas vezes, carregamos conosco, aquela está na Igreja, no cemitério… A cruz nossa de cada dia. E olhemos para ela com olhar de fé.

Sabe, meus irmãos, a cruz, no Antigo Testamento – o madeiro –, era tida como um sinal de maldição. O livro do Deuteronômio diz: “Maldito seja todo aquele que for pregado no madeiro” (cf. Dt 21,22-23). Era o pior dos espetáculos! Era o pior castigo para os crimes mais bárbaros, hediondos, que se cometiam naquela época. Era a pena de morte mais cruel: alguém ser exposto e pregado numa cruz.

Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, no entanto, que não cometeu pecado algum, não cometeu crime algum, por nós foi crucificado. Desde então, a cruz – que era maldição – tornou-se bênção. A cruz que era o sinal dos perdidos, tornou-se o sinal dos redimidos, dos salvos pelo Senhor. Por isso, a Igreja exalta a Santa Cruz. Não é a “cruz pela cruz”, mas a cruz onde foi crucificado Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

Quando olhamos para o Cristo Crucificado, damos mais sentido às cruzes nossas de cada dia, os nossos sofrimentos, as nossas dores, a tudo aquilo que temos de passar na vida como consequência da nossa existência.

O Cristo Crucificado nos dá força. Ele dá um sentido novo, salvífico, um sentido redentor à cruz que cada um de nós carregamos.

No dia de hoje, eu quero convidar você a não desanimar, a carregar firme a sua cruz, a olhar para Jesus Crucificado e clamar: “Senhor, piedade, misericórdia de mim! Senhor, dê-me força, coragem, ânimo para que eu não desanime com a minha cruz”.

Que Jesus Crucificado seja para nós luz e salvação.

Deus abençoe você!

Pe Roger Araújo
cancaonova.com

sexta-feira, setembro 13, 2013

Francisco, Homo totus Evangelicus

Francisco entrou na intimidade do Evangelho e percebeu-o puro e sem retoques. Por isso, a Igreja o chamará de Homo totus Evangelicus, quer dizer, que “se evangelizou” na totalidade do ser e na radicalidade das exigências. E mostrou, ao mesmo tempo, que o Evangelho, no seu todo, é algo possível de ser traduzido em vida.

O próprio Papa, Inocêndo III, observara que a norma de vida da primitiva comunidade era por demais árdua para compor um programa de vida, mas a tempo foi advertido que não poderia declará-la impossível, pois declararia impossível o Evangelho de Cristo.

Para Francisco a afirmação do Papa significava a impossibilidade de seguir os passos de Nosso Senhor Jesus Cristo, pois vinham eles retraçados, concretamente, nas páginas do Evangelho. Esta concreteza com que percebia o Evangelho fazia com que Francisco a ele recorresse com a simplicidade e a confiança de quem recorre a um “diretor espiritual”.

Com naturalidade, colocava os livros dos Evangelhos à sua frente e os abria, a esmo, encontrando exatamente a Palavra que lhe servia de resposta. Não argumentava, não discutia, não duvidava. Deus acabara de lhe falar. E feliz partia para executar as ordens que acabara de ler.

Assim fala Celano, na vida I (n° 92-93): que abrindo o Evangelho, pôs-se de joelhos e pediu a Deus que lhe revelasse qual a sua vontade. “Levantando-se, fez o sinal da cruz, tomou o livro do altar e o abriu com reverência e temor. A primeira coisa que deparou, ao abrir o livro, foi a paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, no ponto em que anunciava as tribulações por que haveria de passar. Mas, para que ninguém pudesse suspeitar de que isso tivesse acontecido por acaso, abriu o livro mais duas vezes e o resultado foi o mesmo. Compreendeu, então, aquele homem cheio do espírito de Deus, que deveria entrar no reino de Deus depois de passar por muitas tribulações, muitas angústias e muitas lutas…”

Texto de Frei Hugo Baggio (extraído do livro “São Francisco Vida e Ideal, da Editora Vozes)
www.franciscanos.org.br

Pia União de Santo Antônio

Pia União de Santo Antônio