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Caríssimos(as) Irmãos(as), saudamos a todos vocês com a Paz e o Bem contidas no Cristo Jesus e em São Francisco de Assis.



domingo, setembro 01, 2013

O humilde será exaltado / Setembro - mês da Bíblia

22º DOMINGO Tempo Comum

LITURGIA DA PALAVRA
1ª Leitura - Eclo 3,19-21.30-31 (gr. 17 -18.20.28-29)

Salmo - Sl 67, 4-5ac.6-7ab.10-11 (R. Cf. 11b
2ª Leitura - Hb 12,18-19.22-24a
Evangelho - Lc 14,1.7-14


REFLEXÃO

A humildade é uma virtude e Nosso Senhor é o nosso máximo modelo: "aprendei de mim que sou manso e humilde de coração" (Mt 11, 29).

Baseado em Santo Tomás de Aquino, o Padre Antonio Royo Marín define a humildade como "uma virtude derivada da temperança que nos inclina a coibir o apetite desordenado da própria excelência , dando-nos o justo conhecimento de nossa pequenez e miséria, principalmente com relação a Deus" (Teología de la perfección cristiana, n. 355).

Ou seja, a humildade se opõe diretamente à soberba, pois a soberba é exatamente isto: um desejo irracional e contrário à verdade dos fatos (desordenado) de se elevar acima dos outro (excelência, do latim, excellĕre, elevar-se acima, ser superior, sobrepujar).

Por isto a soberba tem sempre um caráter delirante e a humildade nos trás de volta à realidade.Santa Teresa D’Ávila nos explica a ligação entre a humildade e a verdade.
Uma vez estava eu considerando por que razão era Nosso Senhor tão amigo desta virtude da humildade, e logo se me pôs diante - a meu parecer sem eu considerar nisso, mas de repente - isto: é porque Deus é a suma Verdade, e a humildade é andar na verdade. E é muito grande verdade não termos coisa boa de nós mesmos, senão a miséria e sermos nada; e, quem isto não entende, anda em mentira. Quem melhor o entende, mais agrada à suma Verdade, porque anda nela. Praza a Deus, irmãs, nos faça mercê de não sairmos nunca deste próprio conhecimento, amém. (Castelo interior, Moradas sextas, 10, 7).

Mas se desejamos praticar a humildade devemos recordar que não bastam os bons propósitos. Tão logo a alma se determina a ser humilde de coração, lhe vem a tentação da vaidade ou a indignação diante das humilhações. Três então são os meios para chegarmos a uma autêntica humildade:

1. O pedido humilde e incessante a Deus. "Toda dádiva boa e todo dom perfeito vêm de cima: descem do Pai das luzes" (Tiago 1, 17).
2. A meditação sobre a vida de Nosso Senhor como modelo incomparável de humildade (nascimento em Belém, a vida em Nazaré, o amor aos pobres, a morte na cruz e, hoje, o escondimento na Eucaristia).
3. A imitação de Nossa Senhora, a Virgem Santíssima, Rainha dos Humildes.

No Ângelus do dia 29 de agosto de 2010, o Papa Bento XVI nos ensinou a fazer uma leitura cristológica do evangelho deste domingo:

O Senhor não pretende dar uma lição sobre boas maneiras, nem sobre a hierarquia entre as diversas autoridades. Mas ele insiste sobre um ponto decisivo, que é o da humanidade: "Todo aquele que se exalta será humilhado, e o que se humilha será exaltado" (Lc 14, 11). Esta parábola, num significado mais profundo, faz pensar também na posição do homem em relação a Deus. O "último lugar" pode representar de fato a condição da humanidade degradada pelo pecado, condição da qual só a encarnação do Filho Unigênito a pode elevar. Por isto o próprio Cristo "ocupou o último lugar no mundo — a cruz — e, precisamente com esta humildade radical, nos redimiu e ajuda sem cessar" (Enc. Deus caritas est, 35). T


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Os dez mandamentos para ler a Bíblia

1. Nunca achar que somos os primeiros que leram a Santa Escritura. Muitos, muitíssimos, através dos séculos, a leram, meditaram, viveram e transmitiram. Os melhores intérpretes da Bíblia são os santos.

2. A Escritura é o livro da comunidade eclesial. Nossa leitura, ainda que seja em solidão, jamais poderá ser solitária. Para lê-la com proveito, é preciso inserir-se na grande corrente eclesial que é conduzida e guiada pelo Espírito Santo.

3. A Bíblia é “Alguém”. Por isso, é lida e celebrada ao mesmo tempo. A melhor leitura da Bíblia é a que se faz na Liturgia.

4. O centro da Sagrada Escritura é Cristo; por isso, tudo deve ser lido sob o olhar de Cristo e buscando n’Ele seu cumprimento. Cristo é a chave interpretativa da Sagrada Escritura.

5. Nunca esquecer de que na Bíblia encontramos fatos e frases, obras e palavras intimamente unidos uns aos outros; as palavras anunciam e iluminam os fatos, e os fatos realizam e confirmam as palavras.

6. Uma maneira prática e proveitosa de ler a Escritura é começar com os Santos Evangelhos, continuar com os Atos dos Apóstolos e Cartas e ir misturando com algum livro do Antigo Testamento: Gênesis, Êxodo, Juízes, Samuel etc. Não querer ler o livro do Levítico de uma só vez, por exemplo. Os Salmos devem ser o livro de oração dos grupos bíblicos. Os profetas são a “alma” do Antigo Testamento: é preciso dedicar-lhes um estudo especial.

7. A Bíblia é conquistada como a cidade de Jericó: “dando voltas”. Por isso, é bom ler os lugares paralelos. É um método interessante e muito proveitoso. Um texto esclarece o outro, segundo o que diz Santo Agostinho: “O Antigo Testamento fica patente no Novo e o Novo está latente no Antigo”.

8. A Bíblia deve ser lida e meditada com o mesmo espírito com que foi escrita. O Espírito Santo é o seu principal autor e intérprete. É preciso invocá-lo sempre antes de começar a lê-la e, no final, agradecer-lhe.

9. A Santa Bíblia nunca deve ser utilizada para criticar e condenar os demais.

10. Todo texto bíblico tem um contexto histórico em que se originou e um contexto literário em que foi escrito. Um texto bíblico, fora do sue contexto histórico e literário, é um pretexto para manipular a Palavra de Deus. Isso é tomar o nome de Deus em vão.

+ Mario de Gasperín
Bispo de Querétaro – México
www.franciscanos.org.br


Pia União de Santo Antônio

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