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Caríssimos(as) Irmãos(as), saudamos a todos vocês com a Paz e o Bem contidas no Cristo Jesus e em São Francisco de Assis.



sábado, agosto 31, 2013

A vida precisa ser plena

Verde. Sábado da 21ª Semana Tempo Comum
Liturgia da palavra
1ª Leitura - 1Ts 4,9-11
Salmo - Sl 97,1. 7-8. 9 (R. 9)
Evangelho - Mt 25,14-30

REFLEXÃO

Novamente ouvimos na Liturgia da Missa a parábola do homem que, ao viajar, confiou seus bens aos empregados pedindo que os fizessem render. Distribuiu-os conforme a capacidade de cada um. Houve os que multiplicaram os bens recebidos, fazendo-o generosamente. Aquele que recebeu apenas um talento ficou com receio de perde-lo e enterrou-o esperando a volta do patrão para devolver-lhe. Não teve ele a coragem de correr risco, de agir, de trabalhar, de frutificar.

A lição da parábola dos talentos parece clara. Os operários do Reino recebem dons e necessitam frutificar. Os discípulos do Senhor foram salvos e santificados pela paixão, morte e ressurreição do Senhor. Morreram a si mesmos pelo batismo, ou seja, foram mergulhados na paixão e morte do Senhor para serem criaturas novas. Podem dizer, usando expressão do Apóstolo, que sua vida está escondida em Cristo Jesus. São seres novos, renascidos. E desta forma cumulados de dons e talentos. Sua vida precisa ser plena. Não podem limitar-se ao mínimo. Haverão de buscar fazer o máximo, multiplicar os dons recebidos. Não se trata de atravessar a vida cristã em brancas nuvens, ou seja, realizando o mínimo. Somos chamados a ser santos e sermos luz na vida dos que caminham perto de nós.

Há esses dons e talentos naturais e outros que são fruto da graça. Tanto uns como os outros serão multiplicados.

Não temos o direito de sermos pessoas medíocres. Precisamos crescer humana e cristãmente. Há o que têm do dom de servir, de falar, de cantar, de discernir. Tudo deve ser colocado à disposição dos outros e em benefício de muitos. Não poderemos girar em torno de nos mesmos, enterrar os talentos, mas ser para os outros, ajuda-los, levantá-los, encorajá-los com os dons que recebemos.

Há esses dons investidos em casa: os pais para com os filhos, os filhos para com os pais, esposo para com a esposa. Dom de criar em casa um clima de alegria, de beleza, de vida. Invenções de meios e modos que a cada possa ser, de fato, Igreja doméstica. Há essa capacidade de resolver problemas e impasses vividos por outros: doentes, desempregados, drogados, desanimados.

Há esses que, de modo particular, colocam seus talentos ao serviço do Reino: pastores segundo o coração de Deus, catequistas de crianças, jovens e adultos, missionários em terras longínquas ou na vizinhança, pessoas conscientes de terem sido agraciadas pelo alto e que não querem e não podem deixar de anunciar, pela vida e pela palavra, que o amor precisa ser amado.

Sim, compreendemos! Precisamos viver plenamente, não pela metade. Os dons recebidos serão generosamente multiplicados. No fundo é o seguinte: o Senhor nos convida à plenitude do existir, ou seja, quer que sejamos santos com os dons que nos dá. Não cabe nenhuma postura de mesquinharia. O mínimo talento que recebemos precisa ser multiplicado.

Frei Almir Ribeiro Guimarães
www.franciscanos.org.br

Pia União de Santo Antônio

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