Leituras
1ª Leitura - 2Cor 10,17-11,2
Salmo - Sl 148,1-2.11-13a.13c-14 (R. Aleluia ou cf. 12a.13a)
Evangelho - Mt 13,44-46
REFLEXÃO
Comemoramos hoje a padroeira da América Latina, Santa Rosa de Lima. Hoje se proclama como primeira leitura um trecho da 1 Coríntios: “Oxalá pudésseis suportar um pouco de insensatez de minha parte. Na verdade, vós me suportais. Sinto por vós um amor ciumento, semelhante ao amor que Deus vos tem. Fui eu que vos desposei a um único esposo, apresentando-se a Cristo como virgem pura”. Rosa viveu os desponsórios místicos.
Rosa de Lima, falecida a 24 de agosto de 1617, foi beatificada em 1668 por Clemente IX; em seguida proclamada patrona principal da América, das Filipinas e das Índias Ocidentais, em 1670, por Clemente X, que a canonizou em 1671. A festa de Santa Rosa de Lima foi antecipada para a véspera de seu nascimento para a glória por causa da concorrência da festa do apóstolo Bartolomeu.
Isabel Flores y de Oliva, nascida de pais espanhóis em Lima, em 1586, com o apelido de Rosa, dado por uma serva índia (Mariana) por causa de sua beleza, recebeu a crisma aos onze anos, das mãos do arcebispo São Turíbio de Mogrovejo; aos vinte anos, juntou-se como terciária à Ordem dominicana, vestindo seu hábito (1606), uma vez que em Lima não havia convento da Ordem Segunda. Tendo rejeitado o matrimônio, construiu um eremitério no fundo do jardim materno, entrando na intimidade de Santa Catarina de Sena de cujas experiências (matrimônio místico) foi êmula, dedicando-se a severas penitências, acompanhadas de oposições, incompreensões e enfermidades de todo gênero. Passou os últimos três anos de sua na cada de um casal que muito a estimava e nesta casa morreu, sendo avisada por Jesus: “Prepara-te, os esponsais se aproximam”. Expirou repetindo: “Jesus, Jesus, fica comigo”.
Uma jovem consagra sua vida ao Senhor que acolhe como seu Esposo e passa, no mistério da oração, na tentativa de união com ele em todos os momentos, deixando-se se transformada interiormente pela presença do Amado. Revelações do Senhor à santa: “Ó rosa do meu coração, tu és a minha esposa”.
Frei Almir Ribeiro Guimarães
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