SEJAM BEM-VINDOS!

Caríssimos(as) Irmãos(as), saudamos a todos vocês com a Paz e o Bem contidas no Cristo Jesus e em São Francisco de Assis.



segunda-feira, abril 30, 2012

1o de maio - amanhã

Amanhã, feriado nacional, haverá missa na Igreja do Galo apenas às 19h.

Evangelho do dia - para que tenham vida em abundância

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus: 1“Em verdade, em verdade vos digo, quem não entra no redil das ovelhas pela porta, mas sobe por outro lugar, é ladrão e assaltante. 2Quem entra pela porta é o pastor das ovelhas. 3A esse o porteiro abre, e as ovelhas escutam a sua voz; ele chama as ovelhas pelo nome e as conduz para fora. 4E, depois de fazer sair todas as que são suas, caminha à sua frente, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz. 5Mas não seguem um estranho, antes fogem dele, porque não conhecem a voz dos estranhos”.
6Jesus contou-lhes esta parábola, mas eles não entenderam o que ele queria dizer. 7Então Jesus continuou: “Em verdade, em verdade vos digo, eu sou a porta das ovelhas. 8Todos aqueles que vieram antes de mim são ladrões e assaltantes, mas as ovelhas não os escutaram. 9Eu sou a porta. Quem entrar por mim, será salvo; entrará e sairá e encontrará pastagem. 10O ladrão só vem para roubar, matar e destruir. Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

REFLEXÃO
Em complemento ao tema fundamental do evangelho, que é o dom da vida eterna, João apresenta um tema eclesial sob a forma de uma parábola: o redil das ovelhas.
Jesus dirige a parábola a alguns fariseus que lhe estavam próximos, após a cura de um cego. Jesus, de início, se afirma como sendo a porta do redil. É através dele que entram os verdadeiros pastores e as ovelhas, formando a autêntica comunidade. Os fariseus, rejeitando Jesus, estão desqualificados como pastores. É também uma advertência aos fiéis das comunidades para não retornarem às práticas e observâncias tradicionais, das quais foram libertados por Jesus. A sentença final exprime todo o sentido da encarnação: "Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abundância".

José Raimundo Oliva
www.paulinas.org.br

domingo, abril 29, 2012

A fortaleza do Pastor - o Senhor conhece suas ovelhas

Os Bispos do Brasil, reunidos recentemente em Assembleia, mais uma vez se debruçaram sobre o valor infinito da Palavra de Deus, desejando transmiti-la sempre e com crescente profundidade ao povo de Deus. A Palavra de Deus é fonte inesgotável de vida para toda a humanidade. Como sempre faz, a Igreja quer empreender de novo, com crescente zelo, o anúncio da Palavra, que tem seu lugar privilegiado, para animar a vida de todos e o serviço apostólico a ela confiado. A chave que abre a porta da Sagrada Escritura é Nosso Senhor Jesus Cristo, com Sua Morte e Ressurreição, o mistério pascal que celebramos nos tempos correntes. Amar e conhecer a Cristo é nosso dever, nossa honra e nossa alegria, deixando-nos provocar por Ele!

A presença de Jesus suscitou e suscitará sempre interrogações e muita perplexidade. Nós o sabemos verdadeiro Deus e verdadeiro homem e podemos encontrar, além da graça redentora que só pode chegar por intermédio d'Aquele que é Caminho, Verdade e Vida, a referência de valores a serem assumidos para uma vida plenamente humana e digna. A Igreja nos convida a olhar sempre para o Senhor, seguindo-O de perto para fazer tudo o que Ele nos disser!

Aproximemo-nos do Cristo Ressscitado e da riqueza de Sua personalidade. Em Nazaré, onde Jesus fora criado, as pessoas se interrogam a respeito d'Ele: “De onde lhe vêm essa sabedoria?” (Mt 13, 54). Noutra ocasião, “surgiu uma divisão entre o povo por causa dele. Alguns queriam prendê-lo, mas ninguém lhe pôs as mãos. Os guardas então voltaram aos sumos sacerdotes e aos fariseus, que lhes perguntaram: Por que não o trouxestes? Responderam: Ninguém jamais falou como este homem” (Jo 7,43-46). Suas palavras, mais doces do que o mel, atraem as pessoas, mesmo quem tem a tarefa de prendê-Lo. Tantas vezes quantas forem lidas, acolhidas e vividas, nelas se encontra a vida eterna. Seu som se espalha e ecoa por todo o universo.

Se buscarmos outro valor, como a beleza, aqui está: "Tu és o mais belo entre os filhos dos homens, sobre teus lábios difunde-se a graça (Sl 144,3)". “A Igreja lê o salmo cento e quarenta e quatro como a representação poético-profética do relacionamento esponsal entre Cristo e a Igreja. Reconhece Cristo como o mais belo entre os homens; a graça sobre os lábios indica a beleza interior da sua palavra, a glória do seu anúncio. Assim, não é apenas a beleza exterior da aparição do Redentor a ser glorificada: nele aparece muito mais a beleza da Verdade, a beleza do próprio Deus que nos atrai a si e ao mesmo tempo nos causa a ferida do Amor, a santa paixão (“Eros”) que nos faz ir ao encontro, junto e com a Igreja-Esposa, ao Amor que nos chama” (“Beleza de Cristo”, Joseph Ratzinger/ Bento XVI).

Na festa do Bom Pastor, celebrada pela Igreja no Quarto Domingo da Páscoa, é possível descortinar algumas características da personalidade de Jesus (cf. Jo 10,1-18). O Evangelho de São João apresenta três belíssimas parábolas, que vieram a ser consideradas como “Parábola do Bom Pastor”, no quadro do difícil confronto de Jesus com adversários ferrenhos que O pressionavam. De fato, as palavras do Senhor “causaram nova divisão entre os judeus” (Jo 10,19).

A imagem utilizada por Jesus é a do pastor de ovelhas, rica de significado para o ambiente em que se encontrava, mas ainda atual em nossos dias. Ele é a porta das ovelhas: “quem entrar por mim será salvo; poderá entrar e sair, e encontrará pastagem” (Cf. Jo 10,7-9). Portas abertas, clareza para expressar as coisas, nada de complicações! Todos se impressionam com gente assim e se sentem atraídos!

“Conheço as minhas ovelhas e elas me conhecem” (Jo 10,15). Ele conhece cada uma das ovelhas pelo nome (cf. Jo 10,3), é capaz de estabelecer relacionamento pessoal, não apenas com a massa! Todos são importantes para Ele e suas necessidades ressoam em Seu coração. “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida por suas ovelhas” (Jo 10,11). Bondade e entrega de vida. Só quem é plenamente realizado e feliz pode chegar a tais alturas, pois é Aquele que veio “para que tenham vida, e a tenham em abundância” (cf. Jo 10,10). Jesus Cristo, acolhido e amado, oferece tudo o que as pessoas de qualquer tempo procuram.

Jesus olha longe, num grande horizonte aberto: “Tenho ainda outras ovelhas, que não são deste redil; também a essas devo conduzir, e elas escutarão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor” (Jo 15,16). Portas e janelas abertas, os confins da terra. O universo inteiro, sem fechamentos e exclusivismos!

N'Ele, Nosso Senhor Jesus Cristo, está nossa vida e nossa missão. Hoje é o nosso tempo para conhecer Sua voz e seguir Aquele que vai à nossa frente (cf. Jo 10,4). Entretanto, sendo limitados, parece-nos muito alto o ideal: dar a vida, conhecer pelo nome, dar exemplo, ir à frente dos outros, abrir-se para todos, enfim, acolher e espelhar a beleza e a bondade do Pastor! Sabendo disso, a Igreja nos leva a pedir com confiança: “Deus eterno e todo-poderoso, conduzi-nos à comunhão das alegrias celestes, para que o rebanho possa atingir, apesar de sua fraqueza, a fortaleza do Pastor”. Assim seja!

Dom Alberto Taveira Corrêa

Arcebispo de Belém - Pa

Santa Catarina de Sena

Catarina era apenas uma irmã leiga da Ordem Terceira Dominicana. Mesmo analfabeta, talvez tenha sido a figura feminina mais impressionante do cristianismo do segundo milênio. Nasceu em 25 de março de 1347, em Sena, na Itália. Seus pais eram muito pobres e ela era uma dos vinte e cinco filhos do casal. Fica fácil imaginar a infância conturbada que Catarina teve. Além de não poder estudar, cresceu franzina, fraca e viveu sempre doente. Mas, mesmo que não fosse assim tão debilitada, certamente a sua missão apostólica a teria fragilizado. Carregava no corpo os estigmas da Paixão de Cristo.

Desejando seguir o caminho da perfeição, aos sete anos de idade consagrou sua virgindade a Deus. Tinha visões durante as orações contemplativas e fazia rigorosas penitências, mesmo contra a oposição familiar. Aos quinze anos, Catarina ingressou na Ordem Terceira de São Domingos. Durante as orações contemplativas, envolvia-se em êxtase, de tal forma que só esse fato possibilitou que convertesse centenas de almas durante a juventude. Já adulta e atuante, começou por ditar cartas ao povo, orientando suas atitudes, convocando para a caridade, o entendimento e a paz. Foi então que enfrentou a primeira dificuldade que muitos achariam impossível de ser vencida: o cisma católico.

Dois papas disputavam o trono de Pedro, dividindo a Igreja e fazendo sofrer a população católica em todo o mundo. Ela viajou por toda a Itália e outros países, ditou cartas a reis, príncipes e governantes católicos, cardeais e bispos, e conseguiu que o papa legítimo, Urbano VI, retomasse sua posição e voltasse para Roma. Fazia setenta anos que o papado estava em Avignon e não em Roma, e a Cúria sofria influências francesas.

Outra dificuldade, intransponível para muitos, que enfrentou serenamente e com firmeza, foi a peste, que matou pelo menos um terço da população europeia. Ela tanto lutou pelos doentes, tantos curou com as próprias mãos e orações, que converteu mais algumas centenas de pagãos. Suas atitudes não deixaram de causar perplexidade em seus contemporâneos. Estava à frente, muitos séculos, dos padrões de sua época, quando a participação da mulher na Igreja era quase nula ou inexistente.

Em meio a tudo isso, deixou obras literárias ditadas e editadas de alto valor histórico, místico e religioso, como o livro “Diálogo sobre a Divina Providência”, lido, estudado e respeitado até hoje. Catarina de Sena morreu no dia 29 de abril de 1380, após sofrer um derrame aos trinta e três anos de idade. Sua cabeça está em Sena, onde se mantém sua casa, e seu corpo está em Roma, na Igreja de Santa Maria Sopra Minerva. Foi declarada “doutora da Igreja” pelo papa Paulo VI em 1970.

franciscanos.org.br

sábado, abril 28, 2012

Evangelho do dia: A quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna

Evangelho: Jo 6, 60-69
Naquele tempo: muitos dos discípulos de Jesus que o escutaram, disseram: 'Esta palavra é dura. Quem consegue escutá-la?' Sabendo que seus discípulos estavam murmurando
por causa disso mesmo, Jesus perguntou: 'Isto vos escandaliza? E quando virdes o Filho do Homem subindo para onde estava antes? O Espírito é que dá vida, a carne não adianta nada. As palavras que vos falei são espírito e vida. Mas entre vós há alguns que não crêem'.
Jesus sabia, desde o início, quem eram os que não tinham fé e quem havia de entregá-lo. E acrescentou: 'É por isso que vos disse: ninguém pode vir a mim a não ser que lhe seja concedido pelo Pai'.
A partir daquele momento, muitos discípulos voltaram atrás e não andavam mais com ele. Então, Jesus disse aos doze: 'Vós também vos quereis ir embora?' Simão Pedro respondeu:
'A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o Santo de Deus'.
Palavra da Salvação.

REFLEXÃO
Muitas pessoas querem conhecer Jesus e ouvir tudo o que ele tem para dizer, mas não querem escutar tudo, mas sim apenas alguns pontos que lhes interessam para a satisfação dos seus desejos e necessidades. Quando essas pessoas ouvem tudo o que Jesus tem para dizer, se escandalizam, afastam-se dele e não querem mais segui-lo. De fato, é muito fácil dizer que Jesus tem palavras muito bonitas, mas nem sempre é fácil aceitar as exigências do Evangelho. Porém, não podemos nos esquecer que somente Jesus tem palavras de vida eterna, e que só consegue ouvir de fato as palavras de vida eterna quem crê firmemente que ele é o Santo de Deus e busca imitá-lo verdadeiramente na busca da santidade.

cnbb.org.br

sexta-feira, abril 27, 2012

Evangelho do dia: quando Deus chama é para valer

Atos 9, 1-20; João 6, 52-59

Ele, esse Saulo, respirava ódio contra os discípulos do Senhor. Não podia aceitar que um homem, esse Jesus de Nazaré, fosse adorado como Deus. Isto era insuportável. Pediu cartas de recomendação para a sinagoga para levar presos para Jerusalém “os homens que encontrasse seguindo o Caminho”.

Quando estava perto de Damasco faz uma experiência de estar envolvido em luminosidade e claridade. Era o começo da visita de Deus. Uma frase o atingiu profundamente como atinge a cada um de nós que hoje queremos ser discípulos de Cristo e nos deixar guiar por Saulo/Paulo.

Quem se dirige a Paulo é o Cristo ressuscitado, o Senhor da glória e não o Cristo fraco da vida na carne. “Saulo, Saulo porque me persegues.” De quem era essa voz: “Eu sou Jesus a quem tu estás perseguindo. Estou presente naqueles que dão testemunho de mim. Tu me persegues nos meus irmãos. Agora, levanta-te e ser-te-á dito o que tens a fazer”.

Nesse momento começa a história cristã de Saulo de Tarso, brilhantíssima e muito nobre trajetória.

Paulo tinha sido prostrado por terra. Não enxergava nada. Tomaram-no pela mão. Levaram-no para Damasco. Os “céus” vão determinando os passos que o catecúmeno deveria dar. Entra em cena um certo Ananias que vai acompanhar o caminho espiritual desse Saulo. As coisas vão como que se precipitando. “Saulo, meu irmão, o Senhor Jesus, que te apareceu quando vinhas no caminho, ele me mandou aqui para que tu recuperes a vista e fiques cheio do Espírito Santo” . Saulo se levantou, foi batizado, caíram-lhe as escamas dos olhos, tomou alimento, ficou reconfortado. Passou ainda alguns dias com os discípulos de Damasco e começou a pregar dizendo que Jesus era o Filho de Deus.

Sim, quando Deus chama é para valer. O Ressuscitado na glória intervém na historia da comunidade dos fiéis que havia suscitado. Esse judeu convertido vai escrever páginas gloriosas. Será um andarilho, um pregado do Evangelho, um criador de comunidades, um escritor de cartas, um fascinado por Cristo, um homem sem medo de enfrentar até mesmo Pedro, um cristão plenamente cristão.

Tudo isso nos é dito e lido no tempo pascal, nesse tempo em que somos convidados a rever os fundamentos de nossa fé, ou seja, nossa participação na morte e ressurreição do Senhor e na recepção da força do Espírito.

Frei Almir Ribeiro Guimarães
franciscanos.org.br

quinta-feira, abril 26, 2012

Qual o papel do leigo na Igreja?

Muito se discute sobre como a Igreja pode ajudar a solucionar problemas do mundo atual. Mas em várias questões, como em casos polêmicos de aborto ou eutanásia, os leigos também têm um forte papel a ser desempenhado. Nesta quarta-feira, 25, a Comissão para o Laicato da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) apresentou, durante a 50ª Assembleia Geral dos bispos, os trabalhos que vem sendo desenvolvidos para estimular cada vez mais a atuação desses fiéis na Igreja.

Para o presidente dessa Comissão, Dom Severino Clasen, bispo de Araçuaí (MG), os leigos são evangelizados e, ao mesmo tempo, evangelizadores. Ele informou que a Comissão vem trabalhando para ajudar os leigos a, cada vez mais, serem evangelizadores, poderem anunciar o Evangelho, e não só recebê-lo.

“Fazer com que esses leigos que atuam na sociedade atuem do jeito como aprendem dentro da Igreja. Que haja uma extensão, uma coerência de vida. Que não fique dentro da Igreja uma postura e fora da Igreja outra. A Comissão vai estar muito atenta para criar canais desta mudança, desta conversão junto dos leigos”, explicou.

Sobre a atual participação dos leigos nos assuntos relacionados à Igreja, Dom Clasen disse que ainda há muito a ser feito. Ele acredita que há muitos problemas na sociedade de hoje e que os leigos precisam ser mais atuantes.

O bispo de Araçuari explicou que há muitos leigos bem preparados, que estudam Teologia, a Bíblia e fazem cursos de preparação. Nesse sentido, o grande desafio é aproveitar essas pessoas bem atuantes para estimular as demais.

“Fazer com que esse volume de leigos preparados também atuem nas camadas onde quer que estejam. Por exemplo, o leigo que é político. Que ele convença o político para que seja correto, ético e defenda a população e não a preocupação de ser reeleito na eleição seguinte. Essa questão tem que ser mais digerida, assumida e assimilada na sociedade”, enfatizou.

Atuação à luz do Vaticano II
O Concílio Vaticano II pode ser muito valioso para auxiliar os leigos a exercerem um papel mais atuante. Segundo Dom Clasen, estes documentos estão à frente. Ele exemplificou com duas correntes de documentos que se tem hoje: o Apostolicam Actuositatem, que se refere ao apostulado dos leigos no mundo de hoje, e o Lumen Gentium, luz para os povos.

“Eles (os documentos) nos dão o caráter e a necessidade de nós fazermos com que o leigo não seja “bipolar”, que uma hora ele é correto e em outra não tem nada a ver com a verdade e justiça. Ele (o leigo) tem que ter uma postura de vida e esses documentos nos colocam isso. Como atuar e ser luz de esperança na família, no trabalho, na Igreja”.

Questões polêmicas
Os leigos podem ter ainda uma função muito importante no trabalho de conscientização, em especial no que diz respeito a temas polêmicos como aborto e eutanásia. Para o arcebispo de Campo Grande, Dom Dimas Lara Barbosa, a participação dos leigos nesses diálogos é fundamental.

“Os católicos, leigos e leigas, são chamados sim a exercer sua cidadania dentro da sua área de competência. É muito importante, por exemplo, que juristas, pedagogos, médicos e outros especialistas estejam ali nas discussões levando suas contribuições e, sobretudo, uma visão de pessoa que não é baseada apenas nos mandamentos, na lei de Deus ou da Igreja, mas numa lei chamada lei natural que é acessível à própria racionalidade e que a boa ciência ajuda a consolidar. Então quanto mais nós estivermos presentes nesses ambientes de discussão, tanto melhor”, ressaltou.

cancaonova.com

Evangelho do dia: Jo 6, 44-51

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo João – Naquele tempo,44Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o atrair; e eu hei de ressuscitá-lo no último dia. 45Está escrito nos profetas: Todos serão ensinados por Deus (Is 54,13). Assim, todo aquele que ouviu o Pai e foi por ele instruído vem a mim. 46Não que alguém tenha visto o Pai, pois só aquele que vem de Deus, esse é que viu o Pai. 47Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim tem a vida eterna. 48Eu sou o pão da vida. 49Vossos pais, no deserto, comeram o maná e morreram. 50Este é o pão que desceu do céu, para que não morra todo aquele que dele comer. 51Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão, que eu hei de dar, é a minha carne para a salvação do mundo. – Palavra da salvação.

Reflexão:
Um dos elementos fundamentais na fé católica é o primado da graça. Se Deus não age, nós não podemos agir, nos tornamos incapazes de fazer o bem. Para nós, o bem maior é conhecer Jesus, sermos capazes de ir até ele, mas isso só é possível pela atuação da graça. Mas, se por um lado, a graça é necessária para chegarmos até Jesus, por outro lado, Deus respeita a nossa liberdade, de modo que associada à graça divina, deve estar a nossa procura de Cristo. De nada adianta a graça nos mostrar que Jesus é o Pão da vida descido do céu para ser alimento de vida eterna a todos nós, se nós não queremos vê-lo.

franciscanos.org.br

quarta-feira, abril 25, 2012

Carta do Santo Padre Bento XVI para o Ano Clariano

Por ocasião do VIII Centenário da “conversão” e consagração de Santa Clara de Assis

Ao venerado irmão Domenico Sorrentino

Bispo de Assis – Nocera Umbra – Gualdo Tadino,

Soube com alegria que, nessa diocese, da mesma forma que entre os franciscanos e as clarissas de todo o mundo, está se recordando Santa Clara com um “Ano Clariano”, por ocasião do VIII centenário de sua “conversão” e consagração. Esse acontecimento, cuja data oscila entre 1211 e 1212, completa, podemos dizer “o feminino” a graça que, poucos anos antes, a comunidade de Assis havia alcançado, com a conversão do filho de Pietro Bernardone. E, da mesma forma como havia ocorrido com Francisco, também na decisão de Clara se escondia o gérmen de uma nova fraternidade, a Ordem Clariana que, convertida em árvore robusta, no silêncio fecundo dos claustros continua espalhando a boa semente do Evangelho e servindo à causa do reino de Deus.

Esta alegre circunstância me impulsiona a voltar espiritualmente a Assis, para refletir convosco, venerado irmão, e com a comunidade a si confiada e, igualmente, com os filhos de S. Francisco e as filhas de Santa Clara, sobre o sentido daquele acontecimento, que também interessa a nossa geração, e atrai, sobretudo, os jovens, aos quais, dirige-se meu afetuoso pensamento, por ocasião da Jornada mundial da juventude, que este ano, segundo o costume, celebra-se nas Igrejas particulares precisamente neste dia do domingo de Ramos.

A própria Santa, em seu Testamento, fala de sua eleição radical de Cristo em termos de “conversão” (cf. FF 2825). Quero, a partir deste aspecto, retomando o elo do discurso desenvolvido referente à conversão de Francisco em 17 de junho de 2007, quando tive a alegria de visitar essa diocese. A história da conversão de Clara gira em torno da festa litúrgica do domingo de Ramos. De fato, seu biógrafo escreve: “Estava próximo o dia solene de Ramos, quando a jovem, de fervoroso coração, foi ter com o homem de Deus, para saber o que e como devia fazer para mudar de vida. O pai Francisco lhe ordenou que no dia da festa, bem vestida e elegante, fosse receber a palma no meio da multidão e que, de noite, saísse da cidade, trocasse o gozo mundano pelo luto da Paixão do Senhor. Quando chegou o Domingo, a jovem entrou na igreja com os outros, brilhando em festa no grupo das senhoras. Aconteceu um oportuno presságio: os outros se apressaram a ir pegar os ramos, mas Clara ficou parada em seu lugar por recato, e o pontífice desceu os degraus, aproximou-se dela e lhe colocou a palma nas mãos” (Legenda Sanctae Clarae virginis, 7: FF 3168).

Havia se passado cerca de seis anos desde que o jovem Francisco havia empreendido o caminho da santidade. Nas palavras do Crucifixo de São Damião – “Vai, Francisco, repara a minha casa” -, e no abraço aos leprosos, rosto sofredor de Cristo, havia encontrado sua vocação. Daí surgiu o gesto libertador do “despojamento de suas vestes”, diante da presença do Bispo Guido. Entre o ídolo do dinheiro que seu pai terreno lhe propôs, e o amor de Deus, que lhe prometia preencher o coração, não teve dúvidas e com impulso exclamou: “De agora em diante poderei dizer livremente: Pai nosso, que estais nos céus, e não pai Pietro Bernardone» (Vida segunda, 12: FF 597). A decisão de Francisco havia desconcertado à cidade. Os primeiros anos de sua nova vida foram marcados por dificuldades, amarguras e incompreensões. Porém, muitos começaram a refletir. Também a jovem Clara, então adolescente, foi tocada por aquele testemunho. Dotada de um notável sentido religioso, foi conquistada pela “mudança” existencial daquele que havia sido o «rei das festas». Descobriu o modo de encontrar-se com ele e deixou-se envolver por seu zelo por Cristo. O biógrafo descreve o jovem convertido instruindo a nova discípula: “O pai Francisco a exortava ao desprezo do mundo, demonstrando-lhe, com palavras vivas, que a esperança neste mundo é árida e decepciona, e infundia-lhe aos ouvidos a doce união de Cristo” (Vita Sanctae Clarae Virginis, 5: FF 3164).

Segundo o Testamento de santa Clara, antes mesmo de receber outros companheiros, Francisco havia profetizado o caminho de sua primeira filha espiritual e de suas irmãs. Na verdade, enquanto trabalhava para a restauração da igreja de São Damião, onde o Crucifixo lhe havia falado, havia anunciado que aquele lugar seria habitado por mulheres que glorificariam a Deus com seu santo modo de vida (cf. FF 2826; Tomás de Celano, Vida segunda, 13: FF 599). O Crucifixo original se encontra na basílica de Santa Clara. Aqueles grandes olhos de Cristo que haviam fascinado Francisco transformaram-se no “espelho” de Clara. Não é por acaso que o tema do espelho lhe foi muito querido e na IV carta a Inês de Praga, escreve: “Olhe dentro desse espelho todos os dias, ó rainha, esposa de Jesus Cristo e espelhe nele sem cessar, o seu rosto” (FF 2902). Nos anos em que se encontrava com Francisco para aprender dele o caminho de Deus, Clara era uma menina atraente. O Poverello de Assis lhe mostrou uma beleza superior, que não se mede com o espelho da vaidade, mas que se desenvolve numa vida de amor autêntico, no seguimento de Cristo crucificado. Deus é a verdadeira beleza! O coração de Clara se iluminou com este esplendor, e isto lhe deu a coragem para deixar-se cortar os cabelos e começar uma vida penitente. Para ela, igualmente para Francisco, esta decisão foi marcada por muitas dificuldades. Ainda que alguns familiares não tardassem em compreendê-la, inclusive sua mãe, Ortolana, e duas irmãs que seguiram sua forma de vida, outros reagiram de maneira violenta. Sua fuga de casa, da noite do domingo de Ramos à Segunda-feira Santa, foi uma aventura. Nos dias seguintes, procuraram-na nos lugares onde Francisco lhe havia preparado como refúgio e em vão tentaram, inclusive à força, fazê-la desistir de seu propósito.

Clara havia se preparado para esta luta. E se Francisco era seu guia, um apoio paterno lhe vinha também do Bispo Guido, como sugere mais de um indício. Assim se explica o gesto do prelado que se aproximou dela para lhe oferecer o ramo, como para abençoar sua corajosa escolha. Sem o apoio do Bispo dificilmente teria sido realizado o projeto idealizado por Francisco e realizado por Clara, tanto na consagração que esta fez de si mesma na igreja da Porciúncula na presença de Francisco e de seus irmãos, como na hospitalidade que recebeu nos dias seguintes no mosteiro de São Paulo das Abadessas e na comunidade de Santo Ângelo de Panzo, antes da chegada definitiva a São Damião. Assim, a história de Clara, como a de Francisco, mostra uma característica eclesial particular. Nela se encontram um pastor iluminado e dois filhos da Igreja que se confia a seu discernimento. Instituição e carisma interagem esplendidamente. O amor e a obediência à Igreja, tão marcados na espiritualidade franciscano-clariana, aprofundam suas raízes nesta bela experiência da comunidade cristã de Assis, que não somente gerou na fé Francisco e a sua “plantinha”, mas também os acompanhou pela mão pelo caminho da santidade.

Francisco, com razão, sugeriu a Clara sua fuga de casa no início da Semana Santa. Toda a vida cristã e, portanto, também a vida de especial consagração, são um fruto do Mistério pascal e uma participação na morte e na ressurreição de Cristo. Na liturgia do domingo de Ramos dor e glória se entrelaçam, como um tema que se irá desenvolvendo depois nos dias seguintes através da obscuridade da Paixão até a luz da Páscoa. Clara, com sua escolha, revive este Mistério. O dia de Ramos recebe, assim, seu programa. Depois entra no drama da Paixão, despojando-se de seus cabelos, e com ele, renunciando por completo a si mesma, para ser esposa de Cristo na humildade e na pobreza. Francisco e seus companheiros já são sua família. Logo chegaram irmãs também de longe, porém os primeiros brotos, como no caso de Francisco, despontaram precisamente em Assis. E a santa permanecerá sempre vinculada a sua cidade, demonstrando especialmente em algumas circunstâncias difíceis, quando sua oração salvou a cidade de Assis de violência e devastação. Disse então ás Irmãs: “Desta cidade, queridíssimas filhas, recebemos a cada dia muitos bens; seria muito injusto que não lhe prestássemos auxílio como podemos no tempo oportuno” (Legenda Sanctae Clarae Virginis 23: FF 3203).

Em seu significado profundo, a «conversão» de Clara é uma conversão ao amor. Ela já não usará mais os vestidos refinados da nobreza de Assis, mas a elegância de uma alma que se entrega totalmente aos louvores de Deus. No pequeno espaço do mosteiro de São Damião, contemplado com afeto conjugal na escola de Jesus Eucaristia, irão se desenvolvendo, dia após dia, as características de uma fraternidade formada pelo amor de Deus e pela oração, pela solicitude e pelo serviço. Neste contexto de fé profunda e de grande humanidade, Clara se converte em fiel intérprete do ideal franciscano, implorando o “privilégio” da pobreza, ou seja, a renúncia de bens, inclusive comunitariamente, que desconcertou durante longo tempo ao próprio Sumo Pontífice, ao qual, acabou se rendendo ao heroísmo de sua santidade.

Como não propor Clara, junto a Francisco, à atenção dos jovens de hoje? O tempo que nos separa da época destes santos não diminuiu sua atração. Pelo contrário, pode-se ver sua atualidade quando se compara com as ilusões e as desilusões que continuamente marcam a atual condição juvenil. Nunca um tempo fez sonhar tanto os jovens, com tantos atrativos de uma vida na qual tudo parece possível e lícito. E, no entanto, quanta insatisfação existe! Quantas vezes a busca de felicidade, de realização, termina por desembocar em caminhos que levam a paraísos artificiais, como os da droga e da sensualidade desenfreada! Também a situação atual com a dificuldade para encontrar um trabalho digno e formar uma família unida e feliz, faz surgir nuvens no horizonte. Não faltam, no entanto, jovens, que inclusive em nossos dias, acolhem o convite de confiar-se a Cristo e a enfrentar com coragem, responsabilidade e esperança o caminho da vida, também realizando a escolha de deixar tudo para segui-Lo, no serviço total a Ele e aos irmãos. A história de Clara, junto à de Francisco, é um convite à reflexão sobre o sentido da existência e a buscar em Deus o segredo da verdadeira alegria. É uma prova concreta de que quem cumpre a vontade do Senhor e confia n’Ele, não perde nada, mas encontra o verdadeiro tesouro capaz de dar sentido a tudo.

A vós, venerado irmão, a essa Igreja que tem a honra de haver dado origem a Francisco e a Clara, às Clarissas, que mostram diariamente a beleza e a fecundidade da vida contemplativa, sendo sustentáculo no caminho de todo o povo de Deus, aos franciscanos espalhados pelo mundo, a tantos jovens que andam buscando e necessitam de luz, ofereço esta breve reflexão. Espero que contribua para redescobrir cada vez mais estas duas figuras luminosas do firmamento da Igreja. Com uma saudação especial às filhas de Santa Clara do Protomosteiro e dos demais mosteiros de Assis e do mundo inteiro, transmito de coração, a todos, minha bênção apostólica.

Vaticano, 1 de abril de 2012, Domingo de Ramos.

Nosso ir pelo mundo

São Marcos, evangelista
1Pedro 5, 5-14; Marcos 16,15-20

Neste ano de 2012, no segundo semestre, realizar-se-á em Roma o Sínodo dos Bispos sobre a evangelização. O tema é de toda atualidade. Desde a década de 70 do século passado ouvimos falar em evangelização, nova evangelização, evangelização das famílias e outras. Todas as estantes do mundo não comportariam o que já se escreveu a respeito do tema. Os computadores ficariam “lentos” com tudo o que já se disse sobre evangelização. Evangelizar, anunciar a Boa Nova, fazer nascer no coração das pessoas e dos povos um assentimento para o mundo novo de Jesus.

À base de todo empenho de evangelização está a ordem: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo. Quem não crer será condenado”.

Os que partem ouvem a ordem. Antes de partirem e sempre em sua missão de andarilhos da boa nova, os anunciadores se revestem de uma paixão por Cristo. Deixam-se seduzir pelo Senhor. Não respondem apenas a um convite ou obedecem friamente a uma ordem. Os que partem vivem a chama de amor pelo Mestre e por sua causa. Anunciam a ventura de terem sido colocados na intimidade do Mestre. Por isso não podem não evangelizar. Querem que o amor seja amado.

Há uma evangelização pela presença fraterna, simples, humilde junto das pessoas. Os pais evangelizam os filhos fazendo-se presentes em suas vidas, qualidade de presença. Os filhos sentem que seus pais irradiam esperança e alegria de viver cristãmente. Há esse anuncio discreto do evangelho no ambiente de trabalho e no dia a dia da vida. Trata-se de uma evangelização pelo testemunho de vida. Ninguém está dispensado dele.

Existe uma forma de anunciar a boa nova que é a partir do serviço humilde prestado por cada discípulo do Senhor ou por um grupo de pessoas que seguem juntas o Evangelho: lavar os pés dos outros, curar os doentes, evitar que a humanidade se desespere, ajudar os outros a carregarem seus fardos, andar no encalço dos mais abandonados que estão perto e longe de nossos domicílios e de nossos corações.

Há essa evangelização feita na catequese, numa catequese que não seja uma mera doutrinação, mas iluminação da vida e séria preparação para a recepção dos sacramentos da vida e da salvação. Há uma evangelização explícita pelo anúncio da palavra.

Alguns, leigos, padres ou religiosos podem se sentir chamados a deixar casa e domicilio e partir para terras estrangeiras e serem luz de caminhos, formadores de fraternidades que sejam albergues do amor.

Concordamos todos que se faz necessário evangelizar… mas será fundamental evangelizar com qualidade, na verdade, no diálogo e no desejo de que todos sejam profundamente respeitados. Vamos aguardar os debates e conclusões do Sínodo a se realizar em outubro junto à Sé de Pedro.

Frei Almir Ribeiro Guimarães

franciscanos.org.br

terça-feira, abril 24, 2012

Estevão, forte em seu abandono

Atos 7,51-8,1; João 6, 30-35

O livro dos Atos dos Apóstolos narra a “corrida” da Palavra depois da ressurreição do Senhor e da vinda do Espírito Santo. Nestes dias estamos lendo e ouvindo o ciclo de reflexões a respeito de Estêvão, esse cristão tão forte e tão fraco, tão forte em seu abandono e em sua fragilidade.

Estêvão acusa fortemente seus opositores e perseguidores. “Homens de coração duro, empedernido, obscurecido. Homens que são incircuncisos de coração e de mente. Vocês sempre resistiram ao Espírito Santo. Estão agindo como seus pais agiram no passado. Nada de novo. O endurecimento de coração foi aumentando. Os pais de vocês têm algo em comum com vocês. Sempre perseguiram os profetas, a todos os profetas. Eles mataram aqueles que anunciavam a vinda do Justo”.

O autor dos Atos observa: ouvindo essas palavras eles ficaram enfurecidos e rangeram os dentes contra Estêvão.

Estêvão, se ergue, com nobre majestade e diz: “Estou vendo o céu aberto e o Filho do homem de pé, à direita de Deus”. Belíssima profissão de fé, corroborada pela graça da visão da glória.

Segue-se uma cena cheia de nervosismo e de agitação que acabam, aparentemente, com a serenidade majestosa da postura de Estêvão. Os circunstantes gritam, correm de um lado para o outro, tampam os ouvidos, se arremessam contra Estêvão, arrastam-no para fora da cidade e começam a apedrejá-lo. Estevão? Ou Cristo morrendo outra vez no seu discípulo?

No meio de tudo isso uma figura aparece. Os que apedrejavam a Estêvão deixaram suas vestes aos pés de um jovem chamado Saulo. Lucas dirá que esse Saulo/Paulo aprovava o apedrejamento de Estêvão.

Vem então o final da paixão de Estêvão parecida com a paixão de Jesus. Enquanto estava sendo apedrejado, Estêvão dizia: “Senhor Jesus, acolhe o meu espírito”. Dobrando os joelhos continuou com voz forte: “Senhor não os condene por este pecado”. Isto dizendo, ele morreu.

Cristo morria novamente no discípulo, nesse Estêvão forte em seu abandono.

Frei Almir Ribeiro Guimarães
franciscanos.org.br

segunda-feira, abril 23, 2012

São Jorge - 23 de abril

Jorge (Georgius) vem de geos, que quer dizer”terra”, e de orge, “cultivar”, de forma que o nome significa “cultivando a terra”.

No final da Idade Média, a história de S. Jorge era mais conhecida em toda a Europa na forma em que a apresenta a “Legenda Aurea” do Beato Tiago de Voragine. Guilherme Caxton traduziu e publicou essa obra. Lê-se aí que S. Jorge era um cavaleiro cristão nascido na Capadócia. Mas aconteceu que, certo dia, ao cavalgar na província da Líbia, entrou casualmente numa cidade chamada Silene, próximo à qual havia um charco onde vivia um dragão “que empestava toda a região”. O povo já se reunira para atacá-lo e matá-lo, mas o sopro dele era tão horrendo, que todos fugiram.

Para evitar que se aproximasse mais da cidade, diariamente lhe forneciam dois carneiros. Mas quando os carneiros escassearam, foi necessário substituí-los por vítimas humanas. A vítima era escolhida por sorteio e acontecera justamente que a sorte caíra sobre a filha do próprio rei. Ninguém queria tomar-lhe o lugar, e a jovem marchou para o seu destino, toda vestida de noiva. Nesse momento S. Jorge entra em cena, ataca o dragão e o atravessa com sua lança. Em seguida pega o cinto da donzela e o amarra em torno do pescoço do dragão. Com ele a jovem conduz o monstro cativo para a cidade. “Ele a seguiu como se fosse um animal manso e delicado”.

O povo estava prestes a fugir, tomado de pavor mortal, mas S. Jorge lhes disse que não tivessem medo. Se acreditassem em Jesus Cristo e recebessem o batismo, ele mataria o dragão. O rei e todos os seus súditos concordaram de boa mente. O dragão foi morto e precisou-se de quatro carros de boi para transportar a carcaça para um lugar distante e seguro. “Então cerca de 15 mil se fizeram batizar, sem contar as mulheres e as crianças”. O rei ofereceu tesouros a S. Jorge, mas este ordenou-lhe que os desse aos pobres. Antes de se despedir, deixou quatro recomendações: que o rei cuidasse da conservação das igrejas, honrasse os sacerdotes, assistisse assiduamente os serviços religiosos, e se mostrasse compassivo para com os pobres.

Na Palestina há registros oficiais de seu testemunho de fé. O seu túmulo está situado na cidade de Lida, próxima de Telavive, Israel, onde foi decapitado no século IV, e é local de peregrinação desde essa época, não sendo interrompida nem mesmo durante o período das cruzadas. Ele foi escolhido como o padroeiro de Gênova, de várias cidades da Espanha, Portugal, Lituânia e Inglaterra e um sem número de localidades no mundo todo. Até hoje, possui muitos devotos fervorosos em todos os países católicos, inclusive no Brasil.

O que se sabe é que o soldado Jorge foi denunciado como cristão, preso, julgado e condenado à morte. Entretanto o momento do martírio também é cercado de muitas tradições. Conta a voz popular que ele foi cruelmente torturado, mas não sentiu dor. Foi então enterrado vivo, mas nada sofreu. Ainda teve de caminhar descalço sobre brasas, depois jogado e arrastado sobre elas, e mesmo assim nenhuma lesão danificou seu corpo, sendo então decapitado pelos assustados torturadores. Jorge teria levado centenas de pessoas à conversão pela resistência ao sofrimento e à morte. Até mesmo a mulher do então imperador romano.

São Jorge virou um símbolo de força e fé no enfrentamento do mal através dos tempos. Seu rito litúrgico é oficializado pela Igreja católica e nunca esteve suspenso, como erroneamente chegou a ser divulgado nos anos 1960, quando sua celebração passou a ser facultativa. A festa acontece no dia 23 de abril, tanto no Ocidente como no Oriente.

franciscanos.org.br

Notícias da Semana Vocacional Missionária - Brasília/DF

A 1ª Semana Vocacional Missionária acontece desde o último dia 16, no Centro Cultural Missionário, Brasília – DF. Iniciativa do Centro Cultural Missionário, CRB Nacional e Pontifícias Obras Missionárias, o evento visa favorecer a formação de animadores e animadoras vocacionais a partir da reflexão e aprofundamento da missão e da vocação hoje, numa leitura bíblico-teológica contextualizada; a pessoa da animadora e do animador vocacional missionário; as juventudes hoje e os serviços de animação vocacional e de animação missionária: elementos para um projeto integrado de ação. Participam do evento cerca de 50 Religiosos, padres diocesanos e seminaristas.

De acordo com o diretor do Centro Cultural, padre Estevão Raschietti, o encontro aprofundará questões que perpassam a missão como a consagração, o discipulado, a animação vocacional, a pessoa do animador/a.

“Todo animador, toda instituição deve estar imbuída deste espírito missionário, não podemos usar a missão para a captação de adeptos para nossa Congregação. Devemos ter a missão como princípio de renovação de toda Congregação como é um princípio de toda a Igreja. A missão deve acontecer junto à animação vocacional, um elemento renovador de toda a estrutura da Congregação”, disse.

Para padre Estevão as juventudes hoje, são interlocutores com os quais a Igreja deve contar. No encontro com Natanael Jesus o reconheceu e ao ser reconhecido o jovem responde positivamente ao chamado do Senhor e esta atitude é fundamental na missão junto aos jovens.

“Em primeiro lugar temos que reconhecer toda a positividade, o projeto desse jovem para dialogar com ele. Essas juventudes é a própria missão, logo oanimador vocacional se dirige a um público que define uma situação missionária: as juventudes. Animação Vocacional e Missionária nada mais é que animar e chamar para a missão”, relata.

A missão anima a Igreja a uma profunda conversãoDe acordo com padre Estevão, a missão exige uma revisão das estruturas, das pessoas, das práticas e convoca a ir além-fronteiras, a uma visão de universalidade. A missão anima a Igreja a uma profunda conversão, a uma metanóia, mudança de mentalidade. A partir desse critério é preciso renovar completamente a Igreja, o que levará tempo. É preciso convidar as pessoas a processo de saída. Saída de conceitos, de casas, de fortalezas, de medos.

“Acredito que a Animação tanto vocacional como missionária propõe acompanhamento de saída desses círculos muito fechados, como os apóstolos que tiveram que sair da cultura judaica para aproximarem-se dos pagãos que eram gregos, o que foi um processo muito sofrido. E da mesma forma a Igreja tem que sofrer um pouco para sair, mas é absolutamente necessário criar um clima missionário de saída e aproximação”,conclui

Para Frei Rubens Nunes, assessor da CRB Nacional para as juventudes, se faz necessária uma abertura para a compreensão de animação vocacional como espaço de missão.

“ A dimensão missionária está contida na animação vocacional, mas muitos animadores e animadoras se tornam mais captadores de vocações, no sentido da preocupação em trazer membros para a Instituição mais que um serviço missionário. O encontro quer ajudar a perceber que a vocação é um espaço de missão. O jovem antes de fazer opção por uma congregação ou diocese, é cristão, batizado. Olhar vocacionalmente a partir da missão, significa abrir o leque, no sentido de ampliar visão, ajudando o jovem a assumir o seu batismo. Temos aqui pessoas que estão em pastoral de fronteira em lugares exigentes. Ser testemunha no meio de juventudes que não são da Igreja e aproximar a Vida Religiosa dessas juventudes, é um grande desafio para esse tema da animação vocacional. A dimensão missionária já existe no termo juventudes, porque não trabalhamos só com jovem da Igreja, saímos ao encontro de outros. Em relação a missão precisamos nos perguntar: que tipo de deslocamento eu faço, o que levo. Vou só buscar o jovem, ou vou para dar um testemunho de Jesus e fazer com que esse jovem se apaixone pela causa independente da opção de ser religioso ou não.

Segundo Frei Rubens, o encontro visa, acima de tudo, trabalhar a pessoa do animador, pois é a sua vocação assumida com convicção e o seu testemunho que estimulará o jovem a responder o chamado como discípulo-missionário. “ Nossa preocupação aqui não é olhar o jovem, mas como damos testemunho, muitas vezes o jovem é reflexo nosso. Vivemos numa sociedade juventudocentrica: quer ser bonita como o jovem, esbelto como o jovem e não quer assumir sua identidade de adulta, e por isso não é referencia para ele. O jovem precisa referenciais.

 “O encontro como partilha de vida, é enriquecedor e nos ajuda a rever o como fazer animação vocacional em nossas paróquias, dioceses e prelazias. Esse encontro me ajuda a compreender a missão a partir de Jesus. Jesus foi discípulo-missionário. Ao mesmo tempo que formava os discípulos já os enviava em missão. Centralizar a missão e a vocação na pessoa de Jesus é o que ressignifica aquilo que acreditamos como Vida Religiosa.

Muitas vezes temos a preocupação em angariar vocações para as nossas congregações. Animação Vocacional é ajudar o jovem a se descobrir como pessoa, a se sentir amado por Deus, disse Irmã Nélia Maria da Congregação das Irmãs de Santa Dorotéia da Frassinetti. Irmã Nélia é missionária e reside em Marabá –PA.

www.crbnacional.org.br

domingo, abril 22, 2012

"Ó Jesus, Tu és a nossa Paz" - 3o domingo de Páscoa

Nos domingos da Páscoa, as Leituras do Antigo Testamento são substituídas pelos Atos dos Apóstolos que através da pregação primitiva, dão testemunho da Ressurreição do Senhor e descrevem o nascimento da Igreja em nome do Ressuscitado.

Na primeira Leitura de hoje, S. Pedro apresenta a Ressurreição de Jesus encaixada na história do seu povo como concretização de todas as profecias e promessas feitas no Antigo Testamento:”O Deus de Abraão..., o Deus dos nossos antepassados, glorificou o Seu Servo Jesus, que vós entregastes e negastes na presença de Pilatos... Deus ressuscitou-O dos mortos, e nós somos testemunhas disso” E, se não fosse suficiente o seu testemunho e os de todos os que viram o Ressuscitado, oferece-nos um sinal na cura miraculosa do paralítico que acabava de realizar à entrada do templo. Para assinalar a importância da Ressurreição, S. Pedro não duvida em lembrar os acontecimentos dolorosos que a precederam:”Negastes o Santo e Justo, pedistes o perdão dum assassino e destes a morte ao Príncipe da Vida.”. As acusações são prementes, até mesmo sem piedade; Pedro, porém, sabe que ele mesmo está incluído nelas por ter negado o Mestre; e estão-no também todos os homens que, pelos seus pecados, continuam a negar o Santo e rejeitando o Autor da Vida. Preterindo-O às nossas próprias paixões que são causa de morte. Pedro não esqueceu a sua culpa que chorará durante toda a sua vida, mas agora, sente no coração a doçura do perdão do Senhor; e isto torna-o capaz de passar da acusação à desculpa:”E agora, irmãos, eu sei que agistes por ignorância, como aliás, os vossos chefes” e a seguir, ao chamamento à conversão:”Arrependei-vos, para que os vossos pecados vos sejam perdoados!. Assim como ele foi perdoado, também o será o seu povo ou qualquer outro homem, contanto que todos reconheçam as suas próprias culpas e façam o propósito de não pecar mais.

A esta realidade se refere a comovedora exortação de S. João na segunda Leitura”.Meus filhos: Estou a escrever-vos esta carta, para que não pequeis”. Como poderá voltar a pecar todo aquele que conseguiu penetrar no significado da Paixão do Senhor? No entanto, consciente da fragilidade humana, o Apóstolo continua:”Mas se alguém pecar, nós temos junto do Pai um Defensor: Jesus Cristo, o Justo”. S. João, que no Calvário tinha ouvido Jesus agonizante pedir perdão do Pai para os Seus algozes, sabe como Jesus defende os pecadores. Vítima Inocente pelos nossos pecados, Jesus é também o seu Defensor mais válido, pois é a Vítima de expiação pelos nossos pecados.

            Este mesmo pensamento transparece no Evangelho deste Domingo. Aparecendo aos Apóstolos depois da Ressurreição, Jesus saúda-os com estas palavras:”A paz esteja convosco”. O Ressuscitado dá a paz aos Onze, atônitos e assustados pela Sua aparição, mas também cheios de confusão e de arrependimento por terem abandonado Jesus durante a Paixão. Tendo morrido para destruir o pecado e reconciliar os homens com Deus, Ele oferece-lhes a paz, como garantia do Seu perdão para todos os homens:”Havia de pregar-se, em nome Dele, o arrependimento e o perdão dos pecados a todos os homens. Deste modo, a paz de Cristo é levada ao mundo inteiro, precisamente porque “Ele é a vítima de expiação pelos nossos pecados”. Mistério do Seu infinito amor!

Ò Cristo, nossa Páscoa! Foste imolado pela nossa salvação. Rei da glória, não cessas de Te oferecer por nós, de interceder por todos diante do Pai; imolado, já não voltas a morrer; sacrificado, vives para sempre.

Que nos darás, Senhor, que nos darás?: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou!” Senhor, isto me basta; agradeço-Te o que me deixas e deixo-Te o que me retém. Esta participação agrada-me e não duvido de que, para mim, é sumamente vantajosa... Quero a paz, desejo a Tua paz e mais nada... Aquele a quem não basta a paz, nem Tu mesmo lhe bastará. Porque Tu é a nossa paz, por nos teres reconciliado Contigo. É isto que eu necessito; basta-me estar reconciliado Contigo para estar reconciliado comigo mesmo. Procurarei já não ser ingrato ao dom da paz que me deste... Para Ti, Senhor, para Ti seja toda a glória; eu serei muito feliz se conseguir conservar a paz.

Livrai-me, Senhor dos olhos soberbos e do coração insaciável que procura, inquieto, a glória que Te pertence somente a Ti, para que eu possa conservar a paz e alcançar a glória eterna.
S. Bernardo.

Fonte: intimidade-divina--frei-gabriel-de-santa-maria-madalena-ocd
carmelocristoredentor.com.br

sábado, abril 21, 2012

Estava soprando um vento forte

Atos 6, 1-7; João 6,16-21

Estamos sempre envolvidos pela atmosfera alegre e esperançosa do tempo pascal. Estamos novamente com uma cena que se passou mar de Genesaré. Misturam-se confiança e medo, receio e fé.

Jesus andava com os discípulos, ou os discípulos andavam com Jesus. Viviam as coisas do cotidiano: sentavam-se à mesa para as refeições, mantinham encontros com as pessoas, dedicavam-se ao trabalho como é o caso da pesca no lago. Por gosto e por necessidade estavam sempre à beira do lado ou atravessando-o de um lado para o outro, ou ainda pescando. Era a vida dessa gente. Jesus fez sermões no monte, na planície e no lago. Sempre no coração da vida.

João afirma que ao “cair da tarde os discípulos desceram ao mar”. A impressão que se tem é que simplesmente iam atravessar o lago. Há circunstâncias que levam à uma certa apreensão: estava escuro, Jesus não estava com eles, ventava e o mar encontrava-se agitado. Bem concretamente os apóstolos estavam com medo. Jesus aparece, de repente, andando sobre as águas. Havia o medo de morrer e o medo de ver agora esse Jesus andando sobre as águas.

Esse “milagre” se dera antes da ressurreição. A liturgia da Igreja o coloca nesse contexto da ressurreição. Não precisamos temer. O Senhor chega até nós caminhando pelas águas… Os cristãos, os discípulos de Jesus, vivem em comunidades de Igreja, esperam contar com a presença e a força do Ressuscitado no meio deles, em suas atividades normais e, de modo especial, na qualidade missionários do Ressuscitado. Pode ser que muitos discípulos, através dos tempos, tenham tido a impressão de navegarem em barquetas que pareciam soçobrar. Apesar de todos os desafios, das divisões, das perseguições, da inquisições, das falhas grandes mesmo daqueles que estavam à frente da Igreja, esta continua a existir… Ela não é obra humana. Jesus vem, caminhando sobre as águas, a seu encontro, mesmo que pastores e fiéis, por vezes, tenham receio de soçobrar.

Dizem os estudiosos do quarto evangelho que essa “caminhada” de Jesus sobre as águas evoca a passagem dos hebreus pelo mar vermelho. Estamos no tempo pascal, tempo em que se evocam a passagem a pé enxuto pelo mar vermelho e também o tempo em que somos aspergidos pelo sangue rubro do Cordeiro Imolado. O sangue de Cristo é o mar vermelho.

Não há motivos para medo. Deus querendo chegaremos ao porto. Com o auxilio de Cristo e a força do Espírito os cristãos continuam a Igreja. Ela é obra do Senhor. Não cabe lugar para temores e medos infundados.

Frei Almir Ribeiro Guimarães
franciscanos.org.br

sexta-feira, abril 20, 2012

Amanhã - 21 de abril - feriado

Neste sábado, 21 de abril, só haverá a missa das 19h, no Convento Santo Antônio.

Santos pecadores

Gratos pelos teus santos Senhor Jesus! Vieste ao mundo fazer santos de verdade e fizeste muitos deles em todas as igrejas. Não os que apenas parecem, oram ou falam ou se fingem de santos e ungidos, mas os verdadeiros ungidos que, com o tempo, se percebe que viveram pelos outros, para a melhoria das pessoas e do planeta. Não se omitiram, não fugiram, ainda que tivessem limites e pecados, resquícios de uma natureza rebelde. Mas fizeram o melhor que sabiam e quiseram o melhor para os outros. Perdoaram até à exaustão, tal o medo que tinham de ser injustos.

Embora os respeitem, nem todas as igrejas os veneram e prestam culto de dulia. Nem todas usam direito e nem todas compreendem o uso dos símbolos e das imagens. Isso ainda nos divide. Há preconceitos de ambos os lados. Mas precisamos aprender o sentido do louvor ao servo fiel.

Adoramos-te e reverenciamos quem te serviu bem. Cada igreja tem as suas razões sobre as quais é justo ponderar. Nem todas veneram e admiram da mesma forma os teus eleitos que já foram para a outra vida mas sabemos que houve a há almas santas em todos os caminhos da fé em Ti. Não houve patriarcas nem há santos perfeitos. Só tu és santo, santo, santo.

Por isso, por vocação e desejo somos santos e queremos ser cada dia um pouco mais. Mas, por condição humana e circunstâncias, somos ainda pecadores Como teu apóstolo Paulo, ainda queremos o que não deveríamos querer e fazemos o que não deveríamos fazer e não amamos como deveríamos amar. Nosso desejo vai numa direção e nossas atitudes seguem direção contrária. Somos contraditórios.

Mas queremos, sim, ser santos não como tu és santo; perfeitos, não como tu és perfeito, mas santos e perfeitos até onde pode um ser humano ir porque tu és infinitamente perfeito, nós por melhores que sejamos, imensamente limitados. A verdade é que ainda estamos nos convertendo.
Converte-nos ainda mais, Senhor! Puxa-nos ainda um pouco mais na tua direção! É graça que te pedimos, graça da qual necessitamos.

www.padrezezinhoscj.com

quinta-feira, abril 19, 2012

Santo do dia: Santo Expedito

Expedito, era chefe da 12ª Legião romana, então estabelecida em Melitene, sede de uma das províncias romanas da Armênia. Ocupava esse alto posto porque o imperador Diocleciano tinha-se mostrado, no começo de seu reinado, favorável aos cristãos, confiando-lhes postos importantes na administração e no exército.

Essa legião era conhecida como a “Fulminante”, nome que lhe havia sido dado em memória de uma façanha que se tornou célebre. Foi sob Marco Aurélio, durante a campanha da Alemanha. O imperador, estabelecido em um campo fortificado, na região dos Quades, isto é, na atual Hungria, se havia deixado cercar pelos bárbaros. Era pleno verão.

A água faltava e a 12a Legião, recrutada, era em grande parte cristã. Seus soldados se reuniram fora do campo, ajoelharam e oraram, como oram os cristãos. Depois, retomaram logo a ofensiva, mas, mal tinham começado, uma chuva abundante se pôs a cair, e fez recuar os inimigos. Subitamente, os raios e o granizo caíram sobre o exército inimigo com tal violência, que os soldados debandaram em pânico indescritível. O exército romano estava salvo e vencedor.

Como se vê, santo Expedito estava à testa de uma das mais gloriosas legiões romanas, encarregada de guardar as fronteiras orientais contra os ataques dos bárbaros asiáticos. Mas a história da Igreja é bastante pobre em detalhes sobre a vida de seus chefes que se distinguiram no comando pelas virtudes de cristãos e de lealdade à causa por que lutavam, como exemplo das mais belas virtudes.

“Expedito” ficou sendo o nome do chefe, apelido dado por exprimir perfeitamente o traço dominante de seu caráter: a presteza e a prontidão com que agia e se portava, então, no cumprimento de seu dever de estado e, também, na defesa da religião que professava. Era assim que os romanos davam, freqüentemente, a certas pessoas um apelido, o qual designava um traço de seu caráter.

Desse modo, Expedito designa, para nós, o chefe da 12a Legião romana, martirizado com seus companheiros em Melitene, no dia 19 de abril de 303, sob as ordens do imperador Diocleciano. Seu nome, qualquer que seja a origem de sua significação, é suficiente para ser reconhecido no mundo cristão, pois condiz, com a generosidade e com o ardor de seu caráter, que fizeram desse militar um mártir.

Desde seu martírio, Expedito tem se revelado um santo que continua atraindo devotos em todo o mundo. Além de padroeiro das causas urgentes, santo Expedito também é conhecido como padroeiro dos militares, dos estudantes e dos viajantes. Ele era militar e, se já não bastasse a tradição que envolve o seu nome, temos a da sua conversão. Conta-se que, assim que resolveu se converter, uma tentação se manifestou em forma de corvo. O animal gritava “Crás! Crás!”, que significa, em latim, “Amanhã! Amanhã!”. O que se esperava era que ele adiasse o batismo, mas Expedito teria pisoteado o corvo e gritado: “Hodie! Hodie!”, ou seja, “Hoje! Hoje!”. E assim agiu.


ORAÇÃO AO PODEROSO SANTO EXPEDITO
Meu Santo Expedito das causas justas e urgentes interceda por mim junto ao Nosso Senhor Jesus Cristo, socorra-me nesta hora de aflição e desespero, meu Santo Expedito Vós que sois um Santo guerreiro, Vós que sois o Santo dos aflitos, Vós que sois o Santo dos desesperados, Vós que sois o Santo das causas urgentes, proteja-me. Ajuda-me, Dai-me força, coragem e serenidade. Atenda meu pedido (Fazer o pedido). Meu Santo Expedito! Ajuda-me a superar estas horas difíceis, proteja de todos que possam me prejudicar, proteja minha família, atenda ao meu pedido com urgência. Devolva-me a paz e a tranqüilidade. Meu Santo Expedito! Serei grato pelo resto de minha vida e levarei seu nome a todos que têm fé.

Muito obrigado.

(Rezar 1 Pai Nosso, 1 Ave Maria e fazer o sinal da cruz)

quarta-feira, abril 18, 2012

Evangelho do dia - João 3, 16-2 - uma fé que ilumina

Deus enviou seu Filho ao mundo para que o mundo seja salvo por Ele.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 3,16-2

Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. Quem nele crê, nóo é condenado, mas quem não crê, já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho unigênito. Ora, o julgamento é este: a luz veio ao mundo, mas os homens preferiram as trevas à luz, porque suas ações eram más. Quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, para que suas ações não sejam denunciadas. Mas quem age conforme a verdade aproxima-se da luz, para que se manifeste que suas ações são realizadas em Deus. Palavra da Salvação.


Reflexão:

Ecoam aos nossos ouvidos palavras do quarto evangelista, o evangelho do amor e da intimidade.
• Deus amou o mundo de tal modo que lhe deu o Filho unigênito. O Pai não quer a morte do homem, mas que viva e tenha a vida eterna. Na comunhão que o Pai vai estabelecendo entre o Filho e os que forem filhos no Filho vai circulando um vigor, um viço, uma vida que não conhece fim por ser a vida da Trindade, vida que circula eternamente entre o Pai, o Verbo e o Espírito. A vida que é dada é a plenitude da vida trinitária.
• Deus não enviou o Filho para condenar o mundo. Ele deseja que as pessoas sejam atingidas pelo amor obediente do Filho e que assim sejam arrancadas do nada, do pecado, do mal, salvas de uma vida medíocre e banal, fútil e perdida. Será importante a acolhida da graça. Ninguém pode se auto-salvar. Cabe a cada um ser abertura e prontidão para receber esse amor que foi derramado copiosamente na hora da cruz e pelo Espirito vertido em nossos corações. Fomos salvos.
• João gosta sempre de explorar a imagem da luz e o simbolismo das trevas. Judas e Pedro traíram a Jesus quando fazia noite. Jesus ressuscita na luminosa manhã de Páscoa. A vida cristã consiste nesse combate entre luz e trevas, bem e mal, bondade e maldade, graça e pecado.
• Jesus julga o mundo. A luz veio e colocou às claras os esquemas de morte. O evangelista, no final do primeiro século, constata essa luta entre trevas e luz. “A luz veio ao mundo mas o homens preferiram as trevas porque suas ações eram más”.
• Há ações dos homens e dos povos feitas nas trevas. Seria longo demais enumerar as obras das trevas: falta de atenção pelos mais fracos e pelos pequenos da face da terra; violência acompanhada de perversidade; desprezo e conspurcação da verdade; abandono e desprezo das crianças e dos idosos; corrupção e roubo; servir-se da inocência e bondade das pessoas. A “ladainha” poderia continuar indefinidamente. Todas as pessoas e estruturas que agem assim são devedoras das trevas. “Quem age conforme a verdade aproxima-se da luz, para que manifeste que suas ações são realizadas em Deus”. A falta de fé e o endurecimento do coração para as coisas do Senhor estão no nascedouro das obras das trevas.

Frei Almir Ribeiro Guimarães
franciscanos.org.br

Começa encontro jubilar dos bispos

Ultimados os preparativos, tem início, nesta quarta, 18 de abril, a 50ª Assembleia Geral dos Bispos da CNBB, em Aparecida (SP). O tema central da reunião será "A Palavra de Deus na vida e missão da Igreja". Quase 350 bispos estão presentes no encontro que se realiza nas dependências do Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida.

A Assembleia terá dois momentos de solenidade. O primeiro, na quinta-feira, na sessão das 18 horas, será feita uma homenagem ao jubileu de 50 assembleias gerais realizadas pelo episcopado brasileiro. Um marco que realça a importância que cada um desses encontros teve para fortalecimento da colegialidade episcopal e da animação da ação evangelizadora da Igreja no Brasil. O segundo será realizado na última sessão da próxima segunda-feira, 23 de abril, também é às 18 horas, e será dedicada ao jubileu de 50 anos do início dos trabalhos do Concílio Vaticano II.

Além do tema central, os bispos vão trabalhar sobre uma extensa pauta de outros assuntos. Entre eles, terá destaque a exposição das Comissões para a Amazônia e da Ação Missionária. Serão apresentados relatórios internos e haverá um trabalho dos bispos nos grupos dos Regionais da CNBB. A preparação para 5ª Semana Social Brasileira também está na pauta das discussões.

Outros assuntos também presentes: Fundo da Solidariedade, eleições para delegados do Sínodo dos Bispos, 20 anos do Catecismo da Igreja Católica.

No penúltimo dia, os bispos serão informados sobre um evento que mobiliza o Brasil e o contará com a presença do papa Bento XVI: a Jornada Mundial da Juventude que será realizada no final de julho de 2013. Uma comissão especialmente convocada pela Conferência e a arquidiocese do Rio de Janeiro onde será realizada a JMJ farão um relatório do caminho percorrido na preparação.

Dados do episcopado
No Brasil hoje há 458 bispos, sendo que 298 deles são bispos na ativa, 160 eméritos. Temos ainda 10 cardeais (8 eméritos); 75 arcebispos (31 eméritos) e 373 bispos (121 eméritos).

Presentes nesta 50ª Assembleia Geral estão 335 bispos sendo 29 deles eméritos.

www.cnbb.org.br

terça-feira, abril 17, 2012

A força do AMOR

Maria Madalena nos ensina a sermos movidos pelo AMOR.
Era bem de madrugada, ainda escuro, o silêncio e o frio daquele amanhecer denunciavam que algo diferente estava para acontecer.Madalena, no entanto, continuava a caminho, rompendo a escuridão da madrugada com passos apressados; ela tinha um destino certo. Seu coração, tomado pelo amor, não se deixava abalar nem mesmo pelos comentários das companheiras; para ela, eram ecos de preocupações momentâneas que não vinham ao caso: – "Quem vai tirar a pedra do túmulo?" Dizia uma. – "E os soldados romanos, o que vamos dizer para eles?" Comentava outra.

Madalena, no entanto, seguia em frente, era movida pelo amor, quem a poderia deter? Seu destino era o túmulo do amado Mestre. Queria prestar-Lhe a última homenagem, estar perto d'Ele e amá-Lo do seu jeito, como sempre inovador. Sim, ela sabia mais do que ninguém que Ele estava morto. Acompanhou Seus últimos passos neste mundo, esteve aos pés da cruz quando ele foi crucificado, viu onde colocaram Seu Corpo sem vida. Para ela não havia dúvidas, o Mestre estava morto e sepultado!

Mas é a força do amor que faz Madalena sair de madrugada, enfrentando o clima de perigo e perseguição daqueles dias, quando até os discípulos mais próximos de Jesus estavam escondidos e temerosos. Será que essa mulher de fé também não sentia medo, visto que seu Senhor já não poderia defendê-la das pedradas e julgamentos como fizera outrora? Provavelmente sim, mas o amor supera o medo!

Basta lembrarmos quantas vezes na vida já enfrentamos situações de perigo por esse sentimento nobre. Aliás, já foi muitas vezes provado que o “amor é a força mais poderosa que existe." Por isso ele supera também o medo. Diz a Palavra que, quando Maria Madalena viu Jesus Ressuscitado, recebeu d'Ele a missão de comunicar a Boa Notícia aos discípulos e foi correndo ao encontro deles. E sabe o que aconteceu? Os discípulos tiveram dificuldade de acreditar nela. Julgaram ser tudo isso um delírio e não lhe deram atenção como narra o Evangelista João (cf. Jo 24, 11).

Eles tinham lá suas razões. Claro que lendo a narrativa nos dias de hoje, parece-nos um absurdo eles não terem acreditado na mesma hora e terem tomado parte da alegria de Madalena, mas pensemos no contexto. Eles estavam inseguros, o Mestre em quem confiavam e esperavam que libertasse Israel havia sido crucificado e já fazia três dias. Estavam decepcionados e a decepção endurece o coração e o fecha à graça das novidades. Não tinham mais referências, e só o que já passou pela dor da perda sabe como é difícil acreditar de novo quando tudo parece perdido.

Nessas horas, as palavras pouco resolvem, é preciso tempo, testemunho, decisão e amor para voltar a crer e contemplar milagres. Testemunho eles tinham, Madalena estava ali de viva voz afirmando: "Eu vi o Senhor!" Não há comentários sobre a insistência dela para que acreditassem no que dizia, mas imagino que não se deteve nisso. Naquela hora, mais importante do que acreditarem em suas palavras, era seu entusiasmo e a alegria em ter reencontrado o Mestre vitorioso, vencedor da morte!

E os discípulos? Como vemos na Sagrada Escritura, também tiverem seu momento de encontro com o Senhor Ressuscitado e acreditaram decididamente n'Ele, o ponto de a maioria deles ter dado a vida pela causa do Mestre. Mas foi a força revolucionária do amor que levou Maria Madalena, ainda de madrugada, ao sepulcro e a fez primeira testemunha da ressurreição. Porque o amor vence o medo, ultrapassa os preconceitos da razão, vai além das palavras e leva à ação. Maria Madalena e tantos outros seguidores de Jesus fizeram esta experiência e se tornaram sinais da Sua presença neste mundo.

Que hoje a luz de Cristo Ressuscitado ilumine nossos corações e nos faça também testemunhas da Sua Ressurreição a partir da nossa decisão de amar como Cristo nos amou. Esta força, sim, pode revolucionar o mundo!



Dijanira Silva
cancaonova.com

segunda-feira, abril 16, 2012

Bento XVI explica o sentido do domingo para os cristãos

O Papa Bento XVI rezou neste domingo, 15, o tradicionalRegina Coeli, antífona mariana recitada durante o tempo da Páscoa.

O Santo Padre concentrou o seu discurso na explicação sobre o Domingo, tido como 'Dia do Senhor' desde o evento da Ressurreição de Cristo, o qual teria acontecido no primeiro dia da semana, de acordo com as Escrituras.

"De fato, a celebração do Dia do Senhor é uma prova muito forte da Ressurreição de Cristo, porque somente um acontecimento extraordinário e envolvente poderia levar os primeiros cristãos a iniciar um culto diferente em relação ao do sábado hebraico", explicou.

O Papa salientou que o culto cristão não é somente a comemoração de eventos passados, mas se trata de uma experiência nova com o Cristo Ressuscitado, experiência esta vivida pelo apóstolos.

"Através destes sinais nós vivemos aquilo que experimentam os discípulos, isto é, o fato de ver Jesus e ao mesmo tempo de não reconhece-lo, de tocar o seu corpo, um corpo verdadeiro, mas livre das ligações terrenas", disse.

O Pontífice também explicou sobre a saudação "A Paz esteja convosco" proferida por Jesus em várias de suas aparições aos apóstolos , a qual, de acordo com o Papa, toma um novo sentido após o extraordinário evento da Ressurreição.

"A saudação tradicional, com a qual nos deseja o Shalom, a paz, se torna ali algo novo: se torna o dom daquela paz que somente Jesus pode dar, porque é fruto da sua vitória radical sobre o mal", afirmou.

domingo, abril 15, 2012

Abraçados pela Misericórdia

Certo dia, eu estava subindo as escadas para chegar na minha casa, e vinha em meu coração a letra desta canção: “abraçados pela misericórdia quero no Senhor confiar, abraçados pela misericórdia, quero no Senhor repousar, Deus cuida de Mim, posso acreditar, espero n'Ele e Seu poder vou experimentar”.

Eu sinto que o Senhor quer abraçar a todos com a sua Divina Misericórdia, assim como Ele mesmo disse a Santa Faustina em seu diário no parágrafo 699: “desejo que a Festa da Misericórdia seja o refrúgio para as almas especialemente para as pecadoras”.

A Festa da Misericórdia deseja ser para você o abraço do Pai e a palavra que vem ao meu coração desde esta manhã é insistência.

O evangelho de São Lucas no capítulo 15 vai nos falar da ovelha desgarrada, aquela que deixou o rebanho e que nos impressiona é a preocupação do Pastor, que vai buscar daquela ovelha em todos os lugares. Ele não desiste, pelo contrário, persiste e vai procurar em todos os lugares, até encontrá-la, e esta ovelha sou eu e você, que muitas vezes insiste em desviar-se da misericórdia de Deus, mas saiba que Deus nunca vai desistir de você.

Assim como os apóstolos tiveram dificuldades em acreditar na Ressurreição de Jesus e por três vezes Ele mesmo enviou algumas testemunhas para dizer aos apóstolos que Ele havia ressuscitado, uma vez foi delas foi Maria Madalena, e eles não acreditaram, depois Ele enviou os discípulos de Emaús, e outra vez ele não acreditaram e por fim Ele mesmo Jesus apareceu pessoalmente aos apóstolos e mesmo assim eles tiveram dificuldades em acreditar. Por isso Jesus afirma no diário de Santa Faustina parágrafo 1728: “Com a minha misericórdia persigo os pecadores em todos os seus caminhos”.

Deus estará te perseguindo com a sua Misericórdia!

Deus não vai desistir de você, mesmo que você queira brigar com Ele, insistindo em sua teimosia, mesmo assim Deus não vai desistir de você.



"Deus estará te perseguindo com a sua Misericórdia!" afirma o Padre Antônio Aguiar

O Coração de Deus se alegra quando você se volta para Ele.

A Festa da Misericórdia é a festa do retorno para a casa de Deus. Assim como Jesus disse a Santa Faulina: “Diz aos pecadores que ninguém escapará dos meus braços”, e infelizmente, muitas vezes, queremos lutar contra Deus, mesmo sabendo que vitória de Deus já está decretada, insistimos em lutar contra Ele, mas a vitória de Deus já é certa, deixe-se, ser seduzido pela Misericórdia de Deus.

Jesus ao subir no madeiro da Cruz colocou um fim definitivo no que o pecado e a morte causou na humanidade.

“O Filho de Deus veio desarmar todo o pecado do mundo, com a sua misericórdia!"

Por isso meu irmão e minha irmã, quando você estiver passando por um problema que parece ser uma “bomba” e ela estiver explodindo, se dirija ao Pai das Misericórdias rezando: “Eterno Pai, eu vos ofereço o Corpo e o Sangue, a Alma e a Divindade de Vosso diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e dos do mundo inteiro.” fazendo isso o Espirito Santo estará orando em ti ao Pai, e Deus vai derramar a sua Misericórdia, e você virá está “bomba” ser desermada em nome de Jesus.

A liturgia de hoje vem nos mostrar através da primeira leitura que está em Atos dos Apóstolos 4,13-21, que daquele homem que foi curado através de Pedro e João, pela misericórdia de Deus, e todos aqueles que o viam aquele homem já curado, louvavam e agradeciam a Deus, porem alguns que também testemunharam este fato não acreditaram, por isso tome cuidado para não deixar a graça de Deus passar em sua vida.

Esta festa da Misericórdia precisa ser um divisor de águas em sua vida, deixe-se abraçar pela Divina Misericórdia.

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Padre Antônio Aguiar

Sacerdote divulgador da devoção à Divina Misericórdia

Misericórdia e Perdão

Domingo da misericórdia! As leituras deste segundo domingo da Páscoa giram em torno desse tema, começando com a oração de abertura repetida no Salmo, e culminando na passagem do Evangelho em que Jesus apareceu aos discípulos no Cenáculo, mostrou-lhes as mãos e seu lado traspassado.

Sabemos que o fundamento teológico da devoção ao Coração de Jesus é o Seu Coração traspassado pela lança, do qual brotaram sangue e água; o sangue que regenera a vida da graça, e a água que nos purifica de nossos pecados. Quando contemplamos a imagem de Jesus misericordioso, vemos que Ele se mostra precisamente com o Coração traspassado, do qual surgem dois raios: um vermelho, que simboliza o sangue derramado, e o outro branco, que simboliza a água que nos purifica no nosso Batismo. Este quadro é relativo à Festa da Divina Misericórdia, celebrada no segundo domingo de Páscoa. Os escritos dos Santos Padres comparam esses sinais ao nascimento da Igreja do lado aberto de Cristo.

A festa da Divina Misericórdia foi instituída pelo Papa Beato João Paulo II em abril de 2000. E em 29 de junho de 2002, com um novo decreto, acrescenta a esta festa uma indulgência plenária. Assim, o já chamado “domingo in Albis” (em branco, recordado pelas vestes dos que haviam sido batizados na noite de Páscoa) tornou-se o Domingo da Divina Misericórdia.

Esta festa vem precedida por uma novena de preparação, pois, anexa a ela existe uma grande promessa de Jesus a todos aqueles que confessarem e comungarem, celebrando dignamente esta Festa – serão remidas as penas das culpas e reencontrarão a veste branca batismal.

Sabemos que o Batismo nos faz novos. Nas primeiras comunidades cristãs alguns esperavam para recebê-lo mais tarde, pois assim estariam certos de que todos os seus pecados teriam sido perdoados pelo Batismo. Comportamento que revela, conforme a mentalidade da época, a fé na eficácia do sacramento.

Sabemos que o Batismo, como também a Crisma e a Ordem, opera uma consagração ontológica (do ser), que consagra de uma vez por todas o ser da pessoa que o recebe, o que significa que não pode ser dissolvido nem recebido uma segunda vez. Portanto, para nós que não podemos mais receber o Batismo, esta festa contribui a dar-nos de volta a veste branca do batismo, como foi inspirado por Santa Faustina: "Desejo que o primeiro domingo depois da Páscoa seja a Festa da Minha Misericórdia. A alma que naquele dia tiver se confessado e comungar, vai ficar completamente remida dos pecados e das culpas. A alma que recorrer à minha misericórdia não perecerá: Eu, o Senhor, vou defendê-la como minha própria glória, e na hora da morte não virei como um juiz, mas como Salvador. Diga à humanidade sofredora que se refugie em meu Coração Misericordioso e eu a preencherei de paz”.

Dessa maneira, ao trazer à tona o nascimento da Igreja, nova Eva, com o simbolismo da água e do sangue jorrados do lado de Cristo e ao procurar renovar o cristão revivendo o seu batismo recordando que com o perdão ele se reveste com a veste branca, o domingo anteriormente chamado “in albis” continua retomando o seu caráter eclesial e batismal com a festa da Divina Misericórdia recentemente introduzida.

Nestes tempos em que um grupo minoritário impõe aos brasileiros, contra a vontade deles, suas opiniões sobre a vida e coloca o nosso país em retrocesso com relação aos valores do ser humano, sem dúvida, que para nós, cristãos, é tempo de aprofundar ainda mais nossa vida e missão nessa sociedade.

Nós estamos submersos sob uma avalanche de informações que nos é transmitida por diferentes canais. Temos de recuperar a orientação da verdade, o labirinto de informações destorcidas e desinformadas que afirmam hoje em letras garrafais, mas que amanhã corrigem em notas ao pé da página e que podem, até depois de amanhã ratificar, fazendo muitos perderem a cabeça, por não saberem mais em que acreditar.

Façamo-nos difusores da boa notícia da salvação e da misericórdia divina, e rios de água viva irrigarão o mundo com a presença de Deus. E uma nova primavera vai surgir! Gritemos ao mundo com toda a força: Cristo ressuscitou, aleluia, ressuscitou, verdadeiramente, aleluia! Em sua infinita misericórdia Ele quer nos salvar!


Dom Orani João Tempesta
Arcebispo de São Sebastião (RJ)

sábado, abril 14, 2012

Sábado - Sagrado Coração de Maria

Sagrado Coração de Maria

Ó Santíssimo Coração Imaculado de Maria, repleto de sentimentos de misericórdia e ternura; vós que sois mãe de Cristo Nosso Senhor, concedei a mim e a todos aqueles que honram este Coração virginal, a graça de conservar até a morte, o perfeito equilíbrio de sentimentos, devoção e amor para convosco Nossa Mãe e Senhora.

Misericordioso Coração de Maria, atendei nossas preces. Misericordioso Coração de Maria, rogai por nós. Amém
*esta é a oração que está em nosso santinho impresso

História
A devoção ao Coração de Maria é análoga ao Sagrado Coração de Jesus. Consiste na veneração ao seu coração carnal, unido à pessoa dela, como símbolo do amor, especialmente o seu amor para com o Divino Filho, suas virtudes e sua vida interior.

Esta devoção foi incentivada por São João Eudes, no século XVII e o Papa Pio VII, a permissão para festa no ano de 1805. Motivado pelas aparições em Fátima, o Papa Pio XII, em 31 de outubro de 1942 consagrou o mundo ao Imaculado Coração de Maria e em 4 de maio de 1944 determinou que a sua festa fosse celebrada em todas as Igrejas do Ocidente, no oitavo dia da Assunção.

O Papel de Maria é universal e Ela é a Mãe da Igreja, como nos fala a Constituição Dogmática "Lumen Gentium". E ainda: "Enquanto na Beatíssima Virgem a Igreja já atingiu a perfeição, pela qual existe sem mácula e sem ruga (Ef 5,27), os cristãos ainda se esforçam para crescer em santidade vencendo o pecado.

Por isso eleva seus olhos a Maria que refulge para toda a comunidade dos eleitos como exemplo de virtudes. Piedosamente nela meditando e contemplando-a à luz do Verbo feito homem, a Igreja penetra com reverência mais profunda no sublime mistério da Encarnação, assemelhando-se mais e mais ao Esposo"(LG 155/65).

fonte: http://www.paroquiacoracaodemaria.com.br/paginas.php?chave=historia

Práticas e espiritualidade Na história da piedade mariana a devoção ao Coração de Maria suscitou algumas características práticas de piedade, e, sobretudo, uma espiritualidade tanto de caráter ascético de forte purificação, quanto de elevação mística muito acentuada. O costume de dedicar o sábado à Virgem, que remonta à época de Alcuíno, tornou-se hoje a prática do “primeiro sábado do mês” consagrado ao Coração de Maria, talvez por analogia com a prática das “primeiras sexta-feiras” dedicadas ao Coração de Jesus. A prática dos primeiros sábados assume seu cunho definitivo com as revelações da Virgem, que a fixam em “cinco primeiros sábados” e a animam com a grande promessa do Coração de Maria. Eis a promessa: “Olha, minha filha, o meu coração circundado de espinhos, que os homens ingratos me enfiam com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, faze algo para consolar-me; e transmite o seguinte: “A todos os que, durante cinco meses, no primeiro sábado, se confessarem, receberem a santa comunhão, recitarem um rosário e me fizerem companhia durante quinze minutos, mediando sobre os quinze mistérios do rosário, com o objetivo de reparar as ofensas que me são feitas, eu prometo assisti-los na hora da morte com todas as graças necessárias para a sua salvação”.

A devoção ao Coração de Maria sempre foi, durante toda a sua história, fonte inesgotável de vida interior para as almas marianas. Depois, o humanismo devoto de São Francisco de Sales, faz o coração da virgem Maria o lugar de encontro das almas com o Espírito Santo. Se entendermos o termo “coração” em toda a sua riqueza semântica, semita e cristã, pela qual ele designa o “ponto de referência”, o lugar em que se concentra a sua essência e de onde partem as suas palavras e as suas ações e, com este sentido, aplicarmos o termo à Virgem, veremos que a imagem por ele evocada é sinal sagrado da pessoa e das ações da própria virgem. 

Convém insistir na sacramentalidade do “coração”: é um órgão escondido, que não obstante se manifesta: não o vemos, mas percebemos as suas “ações” é uma realidade vital, mas que remete à realidade mais elevadas, humanas e sobrenaturais.

A devoção ao Coração de Maria não pode reduzir-se à contemplação do “sinal do coração”, como às vezes aconteceu em épocas de gosto decadente. Ela deve abranger toda a realidade de Maria, considerada como mistério de graça, o amor e o dom total que ela fez de si a Deus e aos homens.

Origem histórica da festa De fato, quem promoveu a celebração litúrgica do Coração de Maria foi São João Eudes (1601-1680), conforme explícitas declarações de Leão XIII (1903) e de Pio X (1909), que o chamam “pai, doutor e primeiro apóstolo” da devoção e particularmente do culto litúrgico aos Sagrados Corações de Jesus e de Maria, a que o santo quis que fossem consagrados de modo especial os religiosos da sua congregação. A 31 de outubro de 1942 (e depois, solenemente, a 8 de dezembro na basílica vaticana), no 25º aniversário das aparições de Fátima, Pio XII consagrava a Igreja e o gênero humano ao Coração Imaculado de Maria: como recordação perene de tal ato, a 4 de março de 1944, com o decreto “Cultus liturgicus”, o papa estendia à toda a igreja latina a festa litúrgica do Coração Imaculado de Maria, designando-lhe como dia próprio 22 de agosto - oitava da Assunção - e elevando a rito duplo de segunda classe. O atual calendário reduziu a celebração à memória facultativa e quis encontrar para ele um lugar mais adequado colocando-a no dia seguinte à solenidade do Sacratíssimo Coração de Jesus.

Conteúdos dos textos litúrgicos
Essa aproximação das duas festas (Sacratíssimo Coração de Jesus e Imaculado Coração de Maria) nos faz voltar à origem histórica da devoção: na verdade, São João Eudes, nos seus escritos, jamais separa os dois corações. Aliás, durante nove meses a vida do Filho de Deus feito carne pulsou seguindo o mesmo ritmo da vida do coração de Maria. Mas os textos próprios da missa do dia destacam mais a beleza espiritual do coração da primeira discípula de Cristo.

Ela, na verdade, trouxe Jesus mais no coração do que no ventre; gerou-o mais com a fé do que com a carne! De acordo com textos bíblicos, Maria escutava e meditava no seu coração a palavra do Senhor, que era para ela como um pão que nutria o íntimo, como que uma água borbulhante que irriga um terreno fecundo. Neste contexto, aparece a fase dinâmica da fé de Maria: recordar para aprofundar, confrontar para encarnar, refletir para atualizar.

Maria nos ensina como hospedar Deus, como nutrir-nos com o seu Verbo, como viver tentando saciar a fome e a sede que temos dele. Maria tornou-se, assim, o protótipo dos que escutam a palavra de Deus e dela fazem o seu tesouro; o modelo perfeito dos que na Igreja devem descobrir, por meio de meditação profunda, o hoje desta mensagem divina. Imitar Maria nesta sua atitude quer dizer permanecer sempre atentos aos sinais do tempos, isto é, ao que de estranho e de novo Deus vai realizando na história por trás das aparências da normalidade; em uma palavra, quer dizer refletir, com o coração de Maria, sobre os acontecimentos da vida quotidiana, destes tirando, como ela o fazia, conclusões de fé.

fonte: Dicionário de Mariologia, 1995 - Editora Paulus

Notícias de encontros e cursos de formação em Natal - Abril

- CURSO BÍBLICO - INTRODUÇÃO A CATEQUESE BÍBLICA
Local: Casa do Terço - Av Rio Branco, 818, Cidade Alta, Natal/RN
Ministrante: Frei Franklin, OFM Cap
Início: 28 de abril
Horário: das 15h às 16:30, sempre aos sábados
Informações e inscrições: 84 3211 3975




- 1o VOCARE
O Serviço de Animação Vocacional - SAV, da Arquidiocese de Natal, promoverá o primeiro Vocare - Encontro de vocacionados e vocacionadas, dia 29 de abril, das 13h às 18h30, no Colégio Marista de Natal. A abertura contará com a participação do Arcebispo, Dom Jaime Vieira Rocha, que também é bispo referencial para a Comissão dos Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, no Regional Nordeste 2, da CNBB.

Durante o Encontro, haverá uma palestra sobre “as vocações, dom do amor de Deus”, proferida pelo pároco da Paróquia da Catedral, Padre Aerton Sales da Cunha. No encerramento, haverá celebração eucarística.

O encontro tem a finalidade de comemorar o 49° Dia Mundial de Oração pelas Vocações.



Pia União de Santo Antônio

Pia União de Santo Antônio