SEJAM BEM-VINDOS!

Caríssimos(as) Irmãos(as), saudamos a todos vocês com a Paz e o Bem contidas no Cristo Jesus e em São Francisco de Assis.



domingo, março 31, 2013

SEMANA SANTA - PROGRAMAÇÃO 2013

Paz e Bem!

Aqui está a programação da Semana Santa 2013 da Igreja de Santo Antônio ( do Galo ):

- 24 de março: DOMINGO DE RAMOS
9:30: procissão e benção dos ramos
10h: missa
19h: missa

- 25 de março, 19h: CELEBRAÇÃO PENITENCIAL ( "...vou voltar para meu pai..." Lc 15,18 )

- 28 de março, 19h: SANTA CEIA E LAVA-PÉS

- 29 de março, 16h: CELEBRAÇÃO DA PAIXÃO E MORTE DO SENHOR

- 30 de março, 19h: VIGÍLIA PASCAL

- 31 de março: DOMINGO DA RESSURREIÇÃO DO SENHOR
10h: missa
19h: missa

Venha viver conosco esta semana de FÉ da nossa Igreja.

Frades Capuchinhos do Convento de Santo Antônio, Natal-RN

Mensagem de Páscoa do Papa Francisco

Boletim da Santa Sé

Amados irmãos e irmãs de Roma e do mundo inteiro, boa Páscoa! Boa Páscoa!

Que grande alegria é para mim poder dar-vos este anúncio: Cristo ressuscitou! Queria que chegasse a cada casa, a cada família e, especialmente onde há mais sofrimento, aos hospitais, às prisões…

Sobretudo queria que chegasse a todos os corações, porque é lá que Deus quer semear esta Boa Nova: Jesus ressuscitou, há uma esperança que despertou para ti, já não estás sob o domínio do pecado, do mal! Venceu o amor, venceu a misericórdia! A misericórdia sempre vence!

Também nós, como as mulheres discípulas de Jesus que foram ao sepulcro e o encontraram vazio, nos podemos interrogar que sentido tenha este acontecimento (cf. Lc 24, 4). Que significa o fato de Jesus ter ressuscitado? Significa que o amor de Deus é mais forte que o mal e a própria morte; significa que o amor de Deus pode transformar a nossa vida, fazer florir aquelas parcelas de deserto que ainda existem no nosso coração. E isto é algo que o amor de Deus pode fazer.

Este mesmo amor pelo qual o Filho de Deus Se fez homem e prosseguiu até ao extremo no caminho da humildade e do dom de Si mesmo, até a morada dos mortos, ao abismo da separação de Deus, este mesmo amor misericordioso inundou de luz o corpo morto de Jesus e transfigurou-o, o fez passar à vida eterna. Jesus não voltou à vida que tinha antes, à vida terrena, mas entrou na vida gloriosa de Deus e o fez com a nossa humanidade, abrindo-nos um futuro de esperança.

Eis o que é a Páscoa: é o êxodo, a passagem do homem da escravidão do pecado, do mal, à liberdade do amor, do bem. Porque Deus é vida, somente vida, e a sua glória somos nós: o homem vivo (cf. Ireneu, Adversus haereses, 4, 20, 5-7).

Amados irmãos e irmãs, Cristo morreu e ressuscitou de uma vez para sempre e para todos, mas a força da Ressurreição, esta passagem da escravidão do mal à liberdade do bem, deve realizar-se em todos os tempos, nos espaços concretos da nossa existência, na nossa vida de cada dia. Quantos desertos tem o ser humano de atravessar ainda hoje! Sobretudo o deserto que existe dentro dele, quando falta o amor de Deus e ao próximo, quando falta a consciência de ser guardião de tudo o que o Criador nos deu e continua a dar. Mas a misericórdia de Deus pode fazer florir mesmo a terra mais árida, pode devolver a vida aos ossos ressequidos (cf. Ez 37, 1-14).

Eis, portanto, o convite que dirijo a todos: acolhamos a graça da Ressurreição de Cristo! Deixemo-nos renovar pela misericórdia de Deus, deixemo-nos amar por Jesus, deixemos que a força do seu amor transforme também a nossa vida, tornando-nos instrumentos desta misericórdia, canais através dos quais Deus possa irrigar a terra, guardar a criação inteira e fazer florir a justiça e a paz.

E assim, a Jesus ressuscitado que transforma a morte em vida, peçamos para mudar o ódio em amor, a vingança em perdão, a guerra em paz. Sim, Cristo é a nossa paz e, por seu intermédio, imploramos a paz para o mundo inteiro.

Paz para o Oriente Médio, especialmente entre israelitas e palestinos, que sentem dificuldade em encontrar a estrada da concórdia, a fim de que retomem, com coragem e disponibilidade, as negociações para pôr termo a um conflito que já dura há demasiado tempo. Paz no Iraque, para que cesse definitivamente toda a violência, e sobretudo para a amada Síria, para a sua população vítima do conflito e para os numerosos refugiados, que esperam ajuda e conforto. Já foi derramado tanto sangue… Quantos sofrimentos deverão ainda atravessar antes de se conseguir encontrar uma solução política para a crise?

Paz para a África, cenário ainda de sangrentos conflitos: no Mali, para que reencontre unidade e estabilidade; e na Nigéria, onde infelizmente não cessam os atentados, que ameaçam gravemente a vida de tantos inocentes, e onde não poucas pessoas, incluindo crianças, são mantidas como reféns por grupos terroristas. Paz no leste da República Democrática do Congo e na República Centro-Africana, onde muitos se vêem forçados a deixar as suas casas e vivem ainda no medo.

Paz para a Ásia, sobretudo na península coreana, para que sejam superadas as divergências e amadureça um renovado espírito de reconciliação.

Paz para o mundo inteiro, ainda tão dividido pela ganância de quem procura lucros fáceis, ferido pelo egoísmo que ameaça a vida humana e a família – um egoísmo que faz continuar o tráfico de pessoas, a escravatura mais extensa neste século vinte e um. O tráfico de pessoas é realmente a escravatura mais extensa neste século vinte e um! Paz para todo o mundo dilacerado pela violência ligada ao narcotráfico e por uma iníqua exploração dos recursos naturais. Paz para esta nossa Terra! Jesus ressuscitado leve conforto a quem é vítima das calamidades naturais e nos torne guardiões responsáveis da criação.

Amados irmãos e irmãs, originários de Roma ou de qualquer parte do mundo, a todos vós que me ouvis, dirijo este convite do Salmo 117: «Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom, porque é eterno o seu amor. Diga a casa de Israel: É eterno o seu amor» (vv. 1-2).


Saudação
Queridos irmãos e irmãs, a vós aqui reunidos de todos os cantos do mundo nesta Praça, coração da cristandade, e a todos vós que estais conectados através dos meios de comunicação, renovo o meu voto: Feliz Páscoa!

Levai às vossas famílias e aos vossos Países a mensagem de alegria, de esperança e de paz, que a cada ano, neste dia, se renova com vigor.

O Senhor ressuscitado, vencedor do pecado e da morte, seja o amparo para todos, especialmente para os mais frágeis e necessitados. Obrigado pela vossa presença e pelo testemunho da vossa fé. Uma lembrança e um agradecimento especial pelo dom das belíssimas flores, que provêm dos Países Baixos. A todos repito com afeto: Que Cristo ressuscitado guie a todos vós e à humanidade inteira pelos caminhos de justiça, de amor e de paz.

http://papa.cancaonova.com/mensagem-de-pascoa-do-papa-francisco-31032013/

sábado, março 30, 2013

A Vigília Pascal

A vigília pascal constitui o âmago de todo o Ano Litúrgico. É considerada a mãe de todas as Vigílias. Aliás, toda a Ação pastoral da Quaresma deveria ter como meta a participação na Vigília pascal. Não basta dizê-lo aos fiéis. Será preciso os Pastores irem mostrando sua grande riqueza.

Nesta noite santa, a Igreja não celebra apenas a Páscoa de Jesus Cristo. Celebra também a páscoa dos cristãos, seus membros.

A festa pascal é festa batismal. A Igreja dá à luz novos filhos pela fé e pelo Batismo e, após a penitência quaresmal, renova a própria Aliança batismal, para participar mais intensamente da Ceia pascal do Cordeiro imolado e glorioso. Entre nós, a páscoa é enriquecida pela Campanha da Fraternidade. Por ela se realizou uma experiência pascal da Comunidade eclesial.

Fundamentalmente se trata da celebração da vida renovada em Cristo ressuscitado. Tudo fala de vida e de felicidade. As diversas etapas da vigília fazem com que a vida divina penetre a Comunidade celebrante.

A abertura é feita pela celebração da luz, que brota da pedra virgem, simbolizando Jesus Cristo, Luz do mundo. Ela vai dissipando as trevas para iluminar a todos os presentes. Eleva-se, então, o grande louvor à luz no canto do Exultet.

A Liturgia da Palavra torna presente a Palavra criadora de Deus na criação, na formação de um povo, no Cristo ressuscitado, na Igreja hoje, renovando a Aliança de Deus com a humanidade.

Segue a Liturgia sacramental. Nesta noite, ela abrange os três sacramentos da Iniciação cristã: Batismo, Crisma e Eucaristia.

Cada sacramento é significado por um símbolo de vida, animado pela ação do Espírito Santo.

A ação de graças sobre a água batismal comemora a ação criadora e libertadora de Deus através da história da Salvação, evocada na celebração da Palavra. O óleo do Crisma, consagrado na Missa da manhã, é usado no sacramento da Confirmação, simbolizando a presença e a ação do Espírito Santo na nova criação, inaugurada na vida da Igreja.

E o ponto alto da celebração é a Eucaristia, ação de graças por excelência, celebração da nova Páscoa de Cristo participada pela Igreja. A vida que nasce no Batismo e é animada pelo Espírito alimenta-se na mesa do Cordeiro pascal. Os cristãos dão testemunho da Morte e Ressurreição do Senhor Jesus e comprometem-se a ser vida, corpo dado e sangue derramado numa vida de ação de graças a Deus e ao próximo. Assim, inaugura-se um novo céu e uma nova terra.

franciscanos.org.br

quinta-feira, março 28, 2013

"Ele os amou até o fim" ~ Quinta-feira Santa ~ Ceia do Senhor

Por Frei Almir R. Guimarães, OFM

Estava se aproximando a hora das horas. Jesus queria celebrar a Páscoa com os seus. Pediu que a refeição fosse preparada na sala do alto, num espaço bonito. Era a hora de passar deste mundo ao Pai. Era sua Páscoa e a Páscoa do mundo.

O Mestre tinha vindo antes dos seus discípulos e se vestia com um belo manto. Chegavam uns e outros e eram acolhidos por Jesus. Provavelmente havia no ar um clima de apreensão. Antes de passar à mesa Jesus coloca um gesto inusitado. Deixa o manto, amarra uma toalha à cintura e começa a lavar os pés dos seus. Esse gesto nunca poderá ser esquecido. De alguma forma ele é um sacramento da vida e da missão do Filho de Deus que sendo de condição divina toma o aspecto de escravo, de servo. Deus grande e belo está como que prostrado por terra diante dos apóstolos, servindo, se despojando, dando a vida antes de morrer de amor no alto da cruz. “Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim”. Antes de começar o gesto do empregado, do servo, ele deixa o manto, despoja-se na condição divina, abaixa-se, serve e depois retoma o manto para assentar-se novamente à mesa. Despojamento, aniquilamento e ressurreição aparecem nessa cena que sempre nos impressiona.

Páscoa, serviço… Jesus lavava os pés empoeirados dos discípulos. Pés empoeirados, vida sem Deus, hora da grande “lavação” que lembra o batismo no sangue e na água do peito de Jesus. Páscoa, passagem, morte e vida.

E sentados à mesa fizeram a refeição. Jesus tinha um ar apreensivo porque sua hora estava chegando. Quinta-feira santa dia da instituição do sacerdócio ministerial. Dia do Padre…

Todas essas ideias se entrelaçam em nosso interior: o Mestre celebra a Páscoa, ele o Cordeiro que dará a vida pelos seus no dia seguinte, o Senhor e Mestre que serve, que se abaixa, que dá seu corpo e seu sangue no pão e no vinho, que pede que os seus apóstolos façam, através dos tempos, sua memória…

Uma Igreja conforme o coração do Mestre é a Igreja do serviço, da atenção pelos mais abandonados, que se apieda dos que estão jogados à beira do caminho, que serve a crianças, jovens e adultos na catequese que fortalece a fé, na atenção sempre renovada para que os homens e os discípulos cresçam. Uma Igreja que tira o manto e se prostra por terra.

Terminada a refeição o Mestre se dirige ao Getsêmani e vai transpirar suor e sangue antes de se tornar o grande servo que dá sua vida para a vida de muitos. T

reflexoesfranciscanas.com.br

quarta-feira, março 27, 2013

Às vésperas da Paixão... ~ Quarta-feira Santa

Por Frei Almir R. Guimarães, OFM

Jesus fez o que tinha que fazer. Andou pelos caminhos da terra dos homens. Olhou nos olhos de pescadores e fez deles missionários. Subiu ao monte e ensinou as bem-aventuranças dos pobres e dos mansos. Desdobrou o programa de um mundo de irmãos, de fraternidade, de harmonia, de serviço, de acolhida das diferenças, de êxtase diante do Pai. Acercou-se dos mais abandonados. Observou a limpidez do coração de uma mulher que colocava no cofre tudo o que tinha. Olhou nos olhos de Levi e Zaqueu e tentou atingir a liberdades desses homens que queria perto dele. Pediu que as pessoas que ouviam se convertessem e acreditassem que um mundo novo, o Reino de Deus, estava em gestação com sua fala, seus gesto e agora com sua paixão e morte.

Isaías, na primeira leitura desta Quarta-feira Santa, fala das coisas do passado, mas ouvimos nas considerações do profeta a voz de Cristo: “O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhe resisti, nem voltei atrás. Ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba; não desviei os rosto dos bofetões e cusparadas. Mas o Senhor Deus é meu auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado”.

Jesus fez o que tinha que fazer. Mais não era possível. O horizonte se torna escuro e não há mais saída. Os fiéis discípulos do Senhor se preparam para estar com o Mestre e, nesta Quarta-feira Santa, contemplam a fragilidade de Judas. O Iscariotes resolve entregar o Mestre em troca de trinta moedas de prata. Depois de acertar o preço da venda Judas procurava um modo de entregar o Mestre que, com sua fragilidade, o decepcionara.

“Ao cair da tarde, Jesus pôs-se à mesa com os doze discípulos. Enquanto comiam, Jesus disse: ‘Em verdade vos digo, um de vós vai me trair’. Eles ficaram muito tristes e, um por um, começaram a lhe perguntar: ‘Senhor, será que sou eu?’ (…) Então Judas, o traidor, perguntou: ‘Mestre, serei eu?’ Jesus lhe respondeu: ‘Tu o dizes’”.

O mais belo dos filhos dos homens traído por um daqueles que estavam sentados à mesa, em sua intimidade. T

reflexoesfranciscanas.com.br

domingo, março 24, 2013

Domingo de RAMOS

LEITURAS




REFLEXÃO - Saudamos com Ramos e cantos Nosso Rei


Há alegria no ar. Jesus entra na capital religiosa de seu país. Entra saudado com ramos de oliveira, cantos de hosana.

“Acompanhemos o Senhor, que corre apressadamente para a sua Paixão, e imitemos os que foram ao seu encontro. Não para estendermos à sua frente, no caminho, ramos de oliveira ou de palma, tapetes ou mantos, mas nos prostrarmos aos seus pés, com humildade e retidão de espírito, a fim de recebermos o Verbo de Deus que se aproxima, e acolhermos aquele Deus que lugar algum pode conter” (Santo André de Creta).

O Mestre escolhe a pobreza total e radical para levar os homens à festa do amor de seu Pai. Jesus se esvazia em sua encarnação. “Na encarnação Jesus fez sua a pobreza radical do homem perante Deus. Coerente com esta sua escolha, apoiou-se na palavra do Pai, que nas Escrituras lhe indica o caminho para cumprir sua missão; não se subtraiu à condição de homem pecador, e ao sofrimento que provém do egoísmo, nem aos limites da natureza humana, entre os quais, antes de tudo, a morte. Um homem como todos, um pobre em poder de todos; assim mostra o sucinto e objetivo relato dos evangelistas. Vemo-lo como uma vítima da intolerância e da injustiça, um amotinador ou, quando muito, um sacrificado pelos seus por um falaz calculo político. Mas, isto não bastaria para fazer dele um salvador. O que resgata sua morte, o que a transfigura - para ele e para nós – é o imenso peso de amor com que faz o dom da vida, para libertar-nos da violência e do ódio, do fanatismo e do medo, do orgulho e da autossuficiência; para tornar-nos - como ele - disponíveis a Deus e aos outros, capazes de amar e de perdoar, de ter confiança e reconstruir, de crer no homem ultrapassando as aparências e as deformações” (Missal Dominical da Paulus, p. 250).

Demos ainda a palavra a André de Creta: “Alegra-se Jesus Cristo, porque deste modo nos mostra a sua mansidão e humildade e se eleva, por assim dizer, sobre o ocaso de nossa infinita pequenez ; ele veio ao nosso encontro e conviveu conosco, tornando-se um de nós, para nos elevar e nos conduzir a si”.

Frei Almir Ribeiro Guimarães

franciscanos.org.br

sábado, março 23, 2013

Jejum e abstinência: saiba o que ensina a Igreja sobre o assunto

André Alves
Da Redação

O jejum e a abstinência são práticas muito comuns no período da Quaresma. A Igreja recomenda que os fiéis as façam especialmente durante este tempo litúrgico, mas também no decorrer do ano.

De acordo com o Código de Direito Canônico - livro das leis que orienta a Igreja Católica - o jejum é a "forma de penitência que consiste na privação de alimentos". Para tal prática, a orientação tradicional é que se faça apenas uma refeição completa durante o dia e, caso haja necessidade, pode-se tomar duas outras pequenas refeições, que não sejam iguais em quantidade à habitual.
Pelas orientações da Igreja, estão obrigados ao jejum os que tiverem completado 18 anos até os 59 completos. Os outros podem fazer, mas sem obrigação. Grávidas e doentes estão dispensados do jejum, bem como aqueles que desenvolvem árduo trabalho braçal ou intelectual no dia do jejum.

De acordo com padre Roger Araújo, sacerdote da Comunidade Canção Nova, um cristão que jejua dá primazia aos valores espirituais. "É uma forma de oração por excelência, considerando que Jesus diz: 'certos demônios somente são expulsos pela oração e o jejum' (Mt 17, 20)".



Abstinência
Sobre a abstinência, o Direito Canônico diz que "consiste na escolha de uma alimentação simples e pobre". Segundo o documento, a tradição da Igreja indica a abstenção de carne, pelo menos nas sextas-feiras da Quaresma. "Mas poderá ser substituída pela privação de outros alimentos e bebidas, sobretudo os mais requintados e dispendiosos [caros] ou da especial preferência de cada um", orienta o documento.


A obrigação da abstinência começa aos 14 anos e se prolonga por toda a vida. Grávidas que necessitem de maior nutrição e doentes que, por conselho médico, precisam comer carne, estão dispensados da abstinência, bem como os pobres que recebem carne por esmola.


Semana Santa
Conforme as orientações da Igreja, o jejum e a abstinência são obrigatórios na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa. 
De acordo com padre Roger, a opção pela abstinência de carne é devido ao seu consumo comum pela maioria das pessoas. "Espiritualmente, a abstinência de carne é uma forma de união a Cristo que vive sua Paixão. Pode ser também uma maneira mística de olhar a carne de Cristo pregada na Cruz e Seu Sangue derramado pela humanidade".

Segundo o sacerdote, na Sexta-feira Santa é importante que se faça uma alimentação sóbria. "Não é dia de banquete, diz o padre, é dia de mantermos a sobriedade espiritual - e aí vale para os alimentos - para nos unirmos ao Senhor em sua Paixão. É importante que neste dia se faça apenas uma refeição e que esta seja sóbria."
O padre explica que o jejum e a abstinência devem estar alinhados à busca do amor ao próximo e a Deus. “Jejum não é um regime ou uma dieta, é uma prática espiritual. É uma forma de nos unirmos a Deus na oração e na penitência. Ele também deve ser uma forma de superarmos o ressentimento, as mágoas, e sobretudo cuidarmos do outro que precisa de nós."

cancaonova.com

quinta-feira, março 21, 2013

A PALAVRA A SER GUARDADA

Por Frei Almir R. Guimarães, OFM

Arde dentro de cada um de nós o desejo de viver. Somos seres que tememos a morte, feitos que somos para a vida e a vida em plenitude. Desde os primeiros tempos em que andamos no seguimento do Senhor fomos nos dando conta que Jesus se nos apresentava como vida, aquele que dá a vida, que é caminho, verdade e vida, que é pão da vida, que veio nos trazer a vida em abundância, que chora a morte de Lázaro e diz que a menina que havia morrido apenas dormia. Ele esteve diante do mistério da morte de muitas pessoas segundo os relatos evangélicos. Quando o momento era propício ele colocava o sinal da reanimação de alguém que estava morto. Tudo apontava para sua paixão, morte e ressurreição.


Estamos nos aproximando da festa da Páscoa. Mais uma vez mergulharemos no mistério da ressurreição do Senhor. Jesus não queria a morte. Viu-se diante da necessidade de acolhê-la como se acolhe o negativo da vida. Não murmurou contra a eventualidade de morrer mesmo injustamente. Ao contrário, foi se dispondo a dar sentido à morte. Num determinado momento de sua caminhada estirando os braços no alto da cruz, experimentando abandono inominável, passou para a morte. Entregou o espírito. O Pai o arrancou da morte. Ele vive a vida de ressuscitado.

Nossa vida está escondida em Cristo. Não vivemos nós, mas é Cristo que vive em nós. Fomos mergulhados na morte de Cristo, pelo batismo. Convivemos com o ressuscitado que alimenta nossa caminhada particular e sobretudo a caminhada da Igreja. Muitas vezes sentamo-nos à mesa com Ele, esse que se disse o pão da vida… João, no evangelho hoje proclamado, afirma: “Em verdade, em verdade eu vos digo, se alguém guardar a minha palavra, jamais verá a morte”. A Igreja vive em função de seu Mestre e alimentada por ele e sua Palavra. Nas celebrações litúrgicas, no canto do quarto estão sempre nos alimentando dessa Palavra que, acolhida boa semente, produz em nós copiosos frutos. Aqueles que, ao longo das estações de suas vidas, no sol e na chuva, nos momentos de alegria e nos instantes de preocupação ouvem o Senhor sabem, pela fé, que suas vidas se revestem de força e, na penumbra desta existência, não temem a morte do corpo porque carregam em seus corpos germes da vida daquele que ressuscitou dos mortos e nos deu a vida. T

refrlexoesfranciscanas.com.br

quarta-feira, março 20, 2013

Os Papas franciscanos

Por Cleiton Robsonn.

"Embora São Francisco de Assis desejasse para a sua Ordem os serviços mais humildes da Igreja, ela não pôde escapar ao trabalho solicitado também nos mais altos cargos da hierarquia e das várias funções eclesiásticas.

A história franciscana teve seus Papas que, pelas datas, foram todos Conventuais":


Nicolau IV (frei Jerônimo Masci de Áscoli): Italiano. Foi o 191º Papa, de 22 de fevereiro de 1288 até a sua morte, em 1292. Foi o primeiro papa franciscano. Eleito depois de um ano de sede vacante, devido especialmente à peste negra que assolava a cidade de Roma. Precedido por Honório IV e sucedido por Celestino V. Promoveu missões entre os tártaros e entre os mongóis. Deu início à colocação dos mosaicos na Basílica de Santa Maria Maior e na de São João de Latrão. Foi o 8º Ministro Geral da Ordem, conhecido como o "Papa Missionário". Introduziu as missões na Ásia; Promoveu a reunião Católico-Ortodoxa; Comissionou o primeiro livro notável de medicina do Ocidente.

Alexandre V (frei Pedro Filargo de Candia): Grego. (1409-1410). Diplomata e Teólogo, Arcebispo de Milão. Atuou na Rússia, Bohemia e Polônia. Validamente eleito Pontífice no fim do Cisma do Ocidente. Devido a reclamação dos outros dois Papas, negou a abdicar. É tido, muitas vezes, como um "Antipapa".

Sixto IV (frei Francisco Della Rovere): Italiano. Foi o 212º Papa, de 1471 a 1484. Foi o 37º Ministro Geral da Ordem. Fundou a primeira biblioteca pública, o primeiro hospital público e os Arquivos Vaticanos. Figura importante da Renascença, é principalmente lembrado por ter estabelecido a Inquisição Espanhola e ordenado a construção da Capela Sistina na qual uma equipa de artistas se reuniu para produzir uma obra-prima (o teto pintado por Michelangelo Buonarroti foi adicionado posteriormente). Ficou conhecido por isso, como "Restaurator Urbis". Instituiu a festa (8 de Dezembro) da Imaculada Conceição da Virgem Maria. Foi precedido por Paulo II e sucedido por Inocêncio VIII.


Júlio II (frei Juliano Della Rovere - Noviço): Italiano, sobrinho de Sixto IV. Foi o 216º Papa, de 1503 a 1513. Outorgou o Tratado de Tordesilhas, em 1506, Promoveu a criação da Liga Santa em 1511, para tentar expulsar Luís XII de França do norte da Itália. Expeliu a dominação estrangeira dos Estados pontifícios. Comissionou Bramante para começar a nova Basílica de São Pedro e Michelângelo para os afrescos da Capela Sistina. Fundou o Museu Vaticano, a Guarda Suíça e convocou o V Concílio Lateranense. Foi precedido por Pio III e sucedido por Leão X.


Sixto V (frei Félix Peretti): Italiano. Foi o 227º Papa, de 1585 a 1590. Reorganizou inteiramente o governo da Igreja, tendo sido um homem essencialmente dos tribunais da Inquisição. Fundou o serviço vaticano de assistência aos pobres, com empréstimos. Estabeleceu escolas para as meninas pobres. Foi precedido por Gregório VIII e sucedido por Urbano VII.

Clemente XIV, o Rigoroso (frei Lourenço Ganganelli): Italiano. Foi o 249º Papa, de 1769 a 1774. Sua eleição realizou-se num prolongado conclave de três meses com 179 escrutínios. O mais longo da história, e recordista de apurações "acaloradas". Negociou com George III, da Inglaterra pela emancipação católica. Levou os Franciscanos Conventuais como Confessores oficiais da Basílica de São Pedro (encargo que subsiste até hoje); Recebeu os Nestorianos da União com Roma. Fundou o Museu de Antiguidades no Vaticano. Fundou a atual Universidade Laterano, em Roma.


Fontes: * Franciscan Family Tree. Frei Joseph Wood e Frei Robert Melnick, OFMConv. Marytown, 2000. (Com adaptações)
* Frades Menores Conventuais, História e Vida. Frei Afonso Pompei, Frei João Odoardi e Frei Lourenço Di Fonzo, OFMConv. Cúria Geral OFMConv., 1978 - Brasília 1997. Ed. Kolbe. (Com adaptações).

reflexoesfranciscanas.com.br

terça-feira, março 19, 2013

São José - Esposo da Virgem Maria, pai legal de Jesus, patrono da Igreja, dos carpinteiros e dos doentes.

Festa para toda a Igreja, para os carpinteiros, para os pais e suas famílias, para os doentes que honram São José como seu patrono. O nome de José é muito comum e por isso mesmo são muitos os que hoje festejam seu onomástico. Também é festa para a Ordem Franciscana, pois São José é um dos seus protetores: muitos santos religiosos têm por ele uma terna devoção. Muitos membros da Ordem difundiram amplamente seu culto.

São raros os dados sobre as origens, a infância e a juventude de José, o humilde carpinteiro de Nazaré, pai terrestre e adotivo de Jesus Cristo, e esposo da Virgem de todas as virgens, Maria. Sabemos apenas que era descendente da casa de David. Mas, a parte de sua vida da qual temos todo o conhecimento basta para que sua canonização seja justificada. José é, praticamente, o último elo de ligação entre o Velho e o Novo Testamento, o derradeiro patriarca que recebeu a comunicação de Deus vivo, através do caminho simples dos sonhos. Sobretudo escutou a palavra de Deus vivo. Escutando no silêncio.

Nas Sagradas Escrituras não há uma palavra sequer pronunciada por José. Mas, sua missão na História da Salvação Humana é das mais importantes: dar um nome a Jesus e fazê-lo descendente de David, necessário para que as profecias se cumprissem. Por isso, na Igreja, José recebeu o título de “homem justo”. A palavra “justo” recorda a sua retidão moral, a sua sincera adesão ao exercício da lei e a sua atitude de abertura total à vontade do Pai celestial. Também nos momentos difíceis e às vezes dramáticos, o humilde carpinteiro de Nazaré nunca arrogou para si mesmo o direito de pôr em discussão o projeto de Deus. Esperou a chamada do Senhor e em silêncio respeitou o mistério, deixando-se orientar pelo Altíssimo.

Quando recebeu a tarefa, cumpriu-a com dócil responsabilidade: escutou solícito o anjo, quando se tratou de tomar como esposa a Virgem de Nazaré, na fuga para o Egito e no regresso para Israel (Mt 1 e 2, 18-25 e13-23). Com poucos mas significativos traços, os evangelistas o descreveram como cuidadoso guardião de Jesus, esposo atento e fiel, que exerceu a autoridade familiar numa constante atitude de serviço. As Sagradas Escrituras nada mais nos dizem sobre ele, mas neste silêncio está encerrado o próprio estilo da sua missão: uma existência vivida no anonimato de todos os dias, mas com uma fé segura na Providência.

Somente uma fé profunda poderia fazer com que alguém se mostrasse tão disponível à vontade de Deus. José amou, acreditou, confiou em Deus e no Messias, com toda sua esperança. Apesar da grande importância de José na vida de Jesus Cristo não há referências da data de sua morte. Os teólogos acreditam que José tenha morrido três anos antes da crucificação de Jesus, ou seja quanto Ele tinha trinta anos.

Por isso, hoje é dia de festa para a Fé. O culto a São José começou no Egito, passando mais tarde para o Ocidente, onde hoje alcança grande popularidade. Em 1870, o Papa Pio IX o proclamou São José, padroeiro universal da Igreja e, a partir de então, passou a ser venerado no dia 19 de março. Porém, em 1955, o Papa Pio XII fixou também, o dia primeiro de maio para celebrar São José, o trabalhador. Enquanto, o Papa João XXIII, inseriu o nome de São José no Cânone romano, durante o seu pontificado.

Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola.
franciscanos.org.br

segunda-feira, março 18, 2013

“Deus jamais se cansa de nos perdoar. Nós é que nos cansamos de pedir perdão”

Esta foi a principal mensagem do Papa Francisco na oração do Ângelus deste domingo (17/3), a primeira de seu pontificado. Uma grande multidão veio até a Praça de São Pedro, ao meio-dia (8 horas pelo horário de Brasília), para rezar e ouvir o novo Pontífice na janela do apartamento papel.

O Papa falou da misericórdia de Deus a partir do Evangelho da liturgia deste domingo (Jo, 8), que apresenta o episódio evangélico do perdão concedido por Jesus à mulher adúltera, por ele salva da morte por apedrejamento ao dizer as palavras “Quem não tem pecado, atire a primeira pedra!”. Segundo o Papa Francisco, “Deus jamais se cansa de nos perdoar. Nós é que nos cansamos de pedir perdão”, disse ele. “Temos de aprender a ser misericordiosos com todos”, afirmou, antes de começar a oração do Ângelus.

“Vocês já pensaram na paciência de Deus? É sua misericórdia. Ele não se cansa de nos perdoar, se soubermos voltar para ele com o coração arrependido. É grande a misericórdia de Deus”, disse, vestindo a batina branca e uma cruz de ferro no pescoço, como tem se apresentado desde que foi eleito.

Ao final da oração, ele ainda completou: “A misericórdia torna o mundo menos frio”. No fim da mensagem sobre a misericórdia, ele rezou o Ângelus, pediu que os fiéis rezem por ele e desejou: “Bom almoço!”. A multidão da praça São Pedro, então, aplaudiu e gritou: Viva o papa!

Francisco, que é argentino, lembrou que as origens de sua família estão na Itália. “Mas nós fazemos parte de uma família maior, a família da Igreja”, disse o Papa.

Antes do Angelus, Papa celebra Missa

Mais cedo, o papa celebrou uma missa dominical na paróquia de Santa Ana, no Vaticano (9h locais,5h de Brasília). Antes de entrar na pequena igreja, o Pontífice parou para cumprimentar a multidão que o aguardava do lado de fora. Apertou mãos, fez carinho nas crianças e trocou palavras com muitas pessoas.

Chegando perto da Porta Angélica, o Papa reconheceu dois sacerdotes argentinos que estavam em meio aos fiéis e os chamou para a Missa. Francisco foi recebido pelo vigário para a Cidade do Vaticano, Cardeal Angelo Comastri.

Sua homilia foi breve sobre o Evangelho deste domingo. “Digo humildemente, para mim, a mensagem mais forte do Senhor é a misericórdia. Acredito que às vezes, nós somos como este povo, que, por um lado, quer ouvir Jesus, mas, por outro, gosta de criticar ou condenar os outros”.

O Papa disse que não é fácil entregar-se à misericórdia de Deus, porque é um abismo incompreensível; mas devemos fazê-lo! E garantiu que Jesus perdoa os pecados, tem a capacidade “de esquecer”, gosta se lhe contamos nossas coisas; beija, abraça e diz “Não te condeno; vai e não peque mais”.

“Este é o único conselho que dá. E mesmo se voltarmos depois de um mês e lhe contarmos novos pecados, o Senhor não se cansará de perdoar: jamais. Somos nós que nos cansamos de Lhe pedir perdão. Pedimos a graça de não nos cansarmos de pedir perdão”, encerrou.

Antes de terminar a missa, o Papa Francisco interrompeu por alguns momentos a celebração para homenagear um jovem missionário. Foi ao microfone e disse que dentre os fiéis, alguns não eram membros da paróquia, mas que “hoje são como paroquianos”: “Quero lhes apresentar um padre que trabalha com meninos de rua, com os abandonados. Fez muito por eles, como uma escola que restitui dignidade aos meninos e meninas da rua, que agora, amam Jesus. E pediu a Gonsalvo que fosse ao altar para cumprimentar todos. O padre trabalha no Uruguai, onde fundou a escola João Paulo II.

Ao encerrar a missa, o Papa saiu e apertou as mãos de todos, um por um, abraçando a falando com mais intimidade com alguns.

franciscanos.org.br

domingo, março 17, 2013

Liturgia para o 5º Domingo da Quaresma


“Vai em paz e não peques mais”! Domingo 17 de março 2013


1.Introdução
Na caminhada final desta Quaresma, não devemos fixar nosso olhar no passado, em nossos pecados, mas no poder e na misericórdia divina que pode e realiza novas maravilhas em nosso favor. Assim como abriu um caminho novo e levou de volta para Jerusalém o Povo de Israel, Ele pode recompor nossa vida e nos alegrar com as festas pascais.

Deus dá-nos, com certeza, nova oportunidade para uma vida de filhos em sua casa, mas não aceita brincadeira! Jesus revelou sua misericórdia em favor da mulher adúltera, mas recomendou-lhe de não mais pecar! A vida é importante, exige seriedade!
Somos favorecidos pela graça divina, mas não somos juizes de ninguém; os farizeus, os doutores da Lei e os donos do poder religioso foram saindo um a um após o desafio de Jesus: “Quem for inocente pode atirar a primeira pedra!”

2.Palavra de Deus.
Is 43,16-21 – O Profeta Isaías vivia no meio do povo exilado, triste e abatido. Ele percebeu os sinais de libertação e disse: “Deus vai abrir um caminho novo para vocês,realizará novas maravilhas para libertar-vos do castigo! E vocês cantarão louvores para mim”.

Fl 3,8-14 – Paulo foi conquistado por Cristo e experimentou, em sua vida de pecador, a força de Jesus ressuscitado! Ele foi conquistado, foi achado, mas precisou caminhar carregando a sua própria cruz cotidiana. Caminha com Cristo na dor para ter parte na sua glória do Senhor!

Jo 8,1-11 Na presença de Jesus ninguém está autorizado a julgar, mesmo a uma mulher apanhada em fragrante adultério! Pelo contrário, Ele revela o que vai em nosso coração: se estamos na luz ou nas trevas. O olhar de Jesus revela até os nossos segredos mais íntimos.

3.Reflexão
• O passado, mesmo pecaminoso, não deve ocupar nossa atenção. Nosso passado está nas mãos de Deus! Devemos esperar pelas novas maravilhas que Ele está preparando no processo de nossa conversão. Javé operou maravilhas na libertação do Povo de Israel do poder opressor do Egito, mas, agora, fará maravilhas ainda maiores na nova libertação. Confiemos na misericórdia e no poder divino de nosso Salvador Jesus.

• Paulo não recorda seu passado de pecador; mas confessa sua presente paixão por Jesus que o encontrou e o conquistou. Agora, ele segue Jesus de maneira apaixonada e incondicional. Esquece o passado e segue em frente! Imitemos a Paulo e sigamos, também nós, apaixonadamente, os passos de Jesus.Seguir Jesus é causa de alegria!

• Jesus quer libertar a todos.

Libertou a mulher adúltera, mas lhe recomendou evitar a recaída no pecado. Ela precisa lutar para manter-se de pé como filha de Deus. Ele não julga! Ele não condena a ninguém, mas nos quer de pé e a caminho da libertação de todo o pecado! Quanto aos judeus, hipócritas e presunçosos de inocência, revelou a eles o segredo mais íntimo de seus pecados. Olhando para dentro de si mesmos, ninguém ousou atirar uma pedrinha sequer contra a adúltera. E você atiraria?

“O Senhor fez grandes coisas por nós, por isso estamos alegres”

Frei Carlos Zagonel
http://www.capuchinhosrs.org.br

sábado, março 16, 2013

Francisco, Cristo crucificado e a restauração da Igreja

Por Pe. Paulo Ricardo.


Após um breve tempo de Sé Vacante, a Cátedra de Pedro está novamente ocupada. A Santa Igreja de Deus tem mais um Papa, um novo sucessor de São Pedro, chefe do colégio dos Apóstolos.

                                                


"Qui sibi nomen impusuit Franciscum - Que escolheu para si o nome de Francisco!" O anúncio do Cardeal Protodiácono pegou a todos de surpresa. O novo Pontífice tomaria o nome do "Poverello" de Assis! Eis aí uma notícia que certamente faz ressoar as cordas do coração dos fieis católicos e neles faz brotar uma grande esperança. O grande Francisco de Assis! O santo que recebeu do Senhor Crucificado a missão de restaurar a Igreja, numa época em que ela se encontrava em grandes crises, tanto morais quanto espirituais.

Não há duvida que também nós nos encontramos num época de grandes crises. O filósofo Eugen Rosenstock-Huessy define tanto a crise quanto a guerra como doenças da linguagem. Faz guerra a sociedade que é incapaz de ouvir o inimigo. Vive em crise a sociedade que tornou-se incapaz de falar ao amigo.

Nossa sociedade está em crise porque milhares de jovens acorrem à geração anterior e esperam um conselho, uma palavra amiga. "Mestre, o que devo fazer para alcançar a Vida?" Mas quem envelheceu adorando ídolos mortos, já não é capaz de falar aos amigos mais jovens, pois transformou-se naquilo que sempre adorou: um ídolo morto. Acorrentada pela "ditadura do relativismo" a geração que deveria fazer o papel de mãe e mestra, já não sabe ensinar. Já não sabe exercer aquela suprema caridade que é dizer a Verdade.
Nosso Papa porém não parece sofrer desta mesma crise, desta mudez opressora. Em sua primeira homilia, Papa Francisco, como bom timoneiro da barca de Pedro, desvia da "onda" do pluralismo religioso e faz soar a voz da Igreja mãe e mestra.

"Se não confessarmos Jesus Cristo, vai dar errado. Tornar-nos-emos uma ONG sócio-caritativa, mas não a Igreja, Esposa do Senhor. [...] Quando não se confessa Jesus Cristo, confessa-se o mundanismo do diabo, o mundanismo do demônio".

É isto mesmo, o novo Papa não tem medo de fazer referências ao Pai da mentira. E, num tempo em que mais e mais pregadores vão se transformando em "inimigos da Cruz de Cristo" (Fil 3,15) o Santo Padre recorda que o caminho da Igreja não se trilha sem a cruz. Comentando o evangelho da confissão de São Pedro, ele recorda que falar de Cristo sem a cruz é uma tentação diabólica. "Quando edificamos sem a Cruz e quando confessamos com Cristo sem Cruz, não somos discípulos do Senhor". O Santo Padre encorajou a todos os membros da Igreja para que caminhem e edifiquem "a Igreja com o Sangue do Senhor que derramou sobre a Cruz".

Nestes meses que nos separam da visita do Santo Padre à Terra da Santa Cruz, fazemos votos que esta sua palavra seja recebida por esta nova geração e por toda a Igreja.

Teria esta sua homilia assumido um caráter programático para todo o seu pontificado? Ainda não o sabemos. Mas num mundo onde a mudez, a omissão da Verdade e o politicamente correto é a ordem do dia, não deixa de ser uma grande consolação ouvir ecoar mais uma vez, na voz do Supremo Pastor, a voz da Igreja mãe e mestra: "nós anunciamos Cristo crucificado!" (1Cor 1,23). T


reflexoesfranciscanas.com.br

sexta-feira, março 15, 2013

O Papa Francisco, chamado a restaurar a Igreja

Nas redes sociais havia anunciado que o futuro Papa iria se chamar Francisco. E não me enganei. Por que Francisco? Porque São Francisco começou sua conversão ao ouvir o Crucifixo da capelinha de São Damião lhe dizer:”Francisco, vai e restaura a minha casa; olhe que ela está em ruinas”(S.Boaventura, Legenda Maior II,1).

Francisco tomou ao pé da letra estas palavras e reconstruíu a igrejinha da Porciúncula que existe ainda em Assis dentro de uma imensa catedral. Depois entendeu que se tratava de algo espiritual: restaurar a “Igreja que Cristo resgatara com seu sangue”(op.cit). Foi então que começou seu movimento de renovação da Igreja que era presidida pelo Papa mais poderoso da história, Inocêncio III. Começou morando com os hansenianos e de braço com um deles ia pelos caminhos pregando o evangelho em língua popular e não em latim.

É bom que se saiba que Francisco nunca foi padre mas apenas leigo. Só no final da vida, quando os Papas proibiram que os leigos pregassem, aceitou ser diácono à condição de não receber nenhuma remuneração pelo cargo.

Por que o Card. Jorge Mario Bergoglio escolheu o nome de Francisco? A meu ver foi exatamente porque se deu conta de que a Igreja, está em ruinas pela desmoralização dos vários escândalos que atingiram o que ela tinha de mais precioso: a moralidade e a credibilidade.

Francisco não é um nome. É um projeto de Igreja, pobre, simples, evangélica e destituída de todo o poder. É uma Igreja que anda pelos caminhos, junto com os últimos; que cria as primeiras comunidades de irmãos que rezam o breviário debaixo de árvores junto com os passarinhos. É uma Igreja ecológica que chama a todos os seres com a doce palavra de “irmãos e irmãs”. Francisco se mostrou obediente à Igreja dos Papas e, ao mesmo tempo, seguiu seu próprio caminho com o evangelho da pobreza na mão. Escreveu o então teólogo Joseph Ratzinger: ”O não de Francisco àquele tipo de Igreja não poderia ser mais radical, é o que chamaríamos de protesto profético”(em Zeit Jesu, Herder 1970, 269). Ele não fala, simplesmente inaugura o novo.

Creio que o Papa Francisco tem em mente uma Igreja assim, fora dos palácios e dos símbolos do poder. Mostrou-o ao aparecer em público. Normalmente os Papas e Ratizinger principalmente punham sobre os ombros a mozeta aquela capinha, cheia de brocados e ouro que só os imperadores podiam usar. O Papa Francisco veio simplesmente vestido de branco e com a cruz de bispo. Três pontos são de ressaltar em sua fala e são de grande significação simbólica.

O primeiro: disse que quer “presidir na caridade”. Isso desde a Reforma e nos melhores teólogos do ecumenismo era cobrado. O Papa não deve presidir com como um monarca absoluto, revestido de poder sagrado como o prevê o direito canônico. Segundo Jesus, deve presidir no amor e fortalecer a fé dos irmãos e irmãs.

O segundo: deu centralidade ao Povo de Deus, tão realçada pelo Vaticano II e posta de lado pelos dois Papas anteriores em favor da Hierarquia. O Papa Francisco, humildemente, pede que o Povo de Deus reze por ele e o abençoe. Somente depois, ele abençoará o Povo de Deus. Isto significa: ele está ai para servir e não par ser servido. Pede que o ajudem a construir um caminho juntos. E clama por fraternidade para toda a humanidade onde os seres humanos não se reconhecem como irmãos e irmãs mas reféns dos mecanismos da economia.

Por fim, evitou toda a espetacularização da figura do Papa. Não estendeu os braços para saudar o povo. Ficou parado, imóvel, sério e sóbrio, diria, quase assustado. Apenas se via a figura branca que olhava com carinho para a multidão. Mas irradiava paz e confiança. Usou de humor falando sem uma retórica oficialista. Como um pastor fala aos seus fiéis.

Cabe por último ressaltar que é um Papa que vem do Grande Sul, onde estão os pobres da Terra e onde vivem 60% dos católicos. Com sua experiência de pastor, com uma nova visão das coisas, a partir de baixo, poderá reformar a Cúria, descentralizar a administração e conferir um rosto novo e crível à Igreja.

Leonardo Boff é autor de São Francisco de Assis: ternura e vigor, Vozes 1999.

http://leonardoboff.wordpress.com

quinta-feira, março 14, 2013

Especial: o Papa FRANCISCO

Um seminarista "profetizou" em qual virtude deveria se destacar este novo Papa: "Nos últimos tempos Deus mandou o Papa do Amor (João Paulo II), o Papa da Fé (Bento XVI) e agora que venha o Papa da Esperança".
"Foi eleito Papa ontem, 13 de março, escolhendo para si o nome de Francisco. Assim como a renúncia de Bento XVI, esse resultado pegou a todos de surpresa. Por quê? A resposta é, a um só tempo, simples e profunda: o homem só pode compreender a verdade das coisas quando deixa de olhar para si mesmo e põe seus olhos em Deus." 
Foram 13 dias entre o início da Cátedra Vazia ou Sede Vacante e a eleição do novo Papa, Francisco, que é o primeiro da história a adotar este nome. E por ser o primeiro, não utilizará o algarismo romano correspondente à sequência, uma vez que não se sabe se os pósteros também o adotarão. Mas, se o fizerem, então, passam a enumerar a sequência. Para os brasileiros, a superstição com o número 13 significa “azar”. Mas terá sido mesmo?!
A grande mídia escolheu vários "Papas"; fez o seu conclave. Mas O Espírito Santo escolheu o que Ele quis! Isso fez jus ao adágio de terras romanas: “Quem, no Conclave entra Papa, sai Cardeal”. Foi assim com 99% dos chamados ‘papabili’.
A partir de três perguntas essenciais que fiz ao Padre Ricardo de Barros Marques, que reside em Roma, gostaria de comentar esta eleição, iniciando com algumas questões acerca do Conclave. Todos os grifos são nossos.

1. Qual a reação e pensamento dos 115 Cardeais já reunidos em Roma para as Congregações Gerais sobre o futuro da Igreja, no sentido de o que esperam do novo Papa?
“É difícil dizer qual seria o pensamento dos cardeais a respeito do futuro da Igreja ou o que esperam do novo Papa. De qualquer forma, posso dizer que há uma preocupação para se conhecer bem a situação da Igreja hoje, discutir os principais pontos com calma e depois iniciar o Conclave. Os senhores Cardeais querem fazer um "raio X" da Igreja para depois definirem o perfil do novo Romano Pontífice.”
2. Como dirimir a difícil questão de que a escolha do novo Papa é divina (é inspirada pelo Espírito Santo) e a política existente antes das votações?
“A escolha do Papa é de inspiração divina por meio humano, o escrutínio. Quem elege o Romano Pontífice, segundo a legislação atual, são os Cardeais - não mais de 120. O então Papa João Paulo II - hoje, Beato João Paulo II - na "Universi Dominici Gregis", documento que rege a eleição papal, disse que o Colégio Cardinalício não é uma instituição necessária, seja teológica seja canonicamente falando, para a validade da eleição, mas, como Legislador Supremo da Igreja, ele confirmava a eleição por meio dos senhores Cardeais. Se falamos de inspiração divina, falamos, nesse caso, de homens fidedignos à Igreja de Cristo e prudentes, que por meio da oração e das conversas entre eles procuram discernir quem é o mais adequado para ser o novo Papa. Trata-se de um julgamento que cada Cardeal faz, segundo a vontade de Deus. O Espírito Santo é invocado e tem o poder de inspirar cada mente, cada coração. Da parte de cada um e de todos os Cardeais, deve haver uma disposição para acolher as moções do Espírito. As conversas são necessárias. Se falamos de "política", devemos entender que se trata de diálogo, avaliação dos perfis, da vida pastoral, intelectual e espiritual dos pares. Não há outro meio, se se trata de uma eleição por meio de escrutínio. No passado já houve até interferência temporal na escolha do Romano Pontífice. Hoje, qualquer coisa que esteja fora das conversas necessárias para a escolha, do diálogo, da avaliação, significa um fechamento à inspiração do Espírito Santo. Vale lembrar também que o voto é individual e secreto.”
3. Qual a visão (expectativa) dos Cardeais frente aos desafios atuais de evangelização?
“Percebe-se uma preocupação muito grande com relação à nova evangelização - lembremos que estamos no Ano da Fé e que recentemente houve um sínodo dos Bispos cuja temática foi sobre a Nova Evangelização. Os senhores Cardeais procuram tirar um "raio X" da Igreja. Sentem que há um grande desafio interno a ser encarado: o indiferentismo religioso. Depois tem o problema da diminuição tanto do número de católicos como do número de sacerdotes na Europa. Há também o problema do tolhimento da liberdade religiosa e, sobretudo, da liberdade de Magistério. Penso que se trata de voltar a entusiasmar as pessoas com a mensagem de Jesus Cristo, sem cair na armadilha da expressão "a Igreja precisa se modernizar". O entusiasmo começa com o exemplo, o testemunho de fé.”
Um Franciscano elencou três razões pelas quais o Papa Francisco traz consigo uma ânsia de esperança:
1. "Muito significativa a referência feita insistentemente pelo novo Papa na temática da fraternidade, elemento central da Espiritualidade Franciscana. Em seu breve discurso, o Papa Francisco falou do sonho da grande fraternidade apoiada no amor, no respeito e na paz. E também deu ênfase ao trabalho conjunto de condução da Igreja, de cooperação entre os bispos e o povo.

2. Vi com muita simpatia o fato de dar ênfase a seu ministério como Bispo de Roma. Esta colocação parece estar sinalizando para uma condução da Igreja mais pautada nas peculiaridades das igrejas particulares sem, no entanto, que se perca a Comunhão com a Igreja de Roma, que tem o encargo de presidir a Igreja Universal na Caridade.


3. O emocionante gesto de se recomendar às orações do povo. Fiquei de fato muito comovido quando o Papa, antes de conceder ao povo a bênção Urbi et Orbi, pediu à multidão presente na Praça de São Pedro que orasse por ele. Humildemente, Francisco abaixou a cabeça e recebeu com docilidade e reverência as preces daquele povo."
De fato, parece que “o segredo desse Papa está na oração. De um modo particular, estou muito feliz com a surpresa de Deus. Que eleva os humildes e que governa de maneira silenciosa a Sua Igreja.”

no Domingo passado (10/03), havia recebido diretamente de Roma a notícia que "Um dos assuntos mais quentes é imaginar qual será o nome do novo Papa. Falam muito de Paulo VII mas há quem sugira: João Maria I, Francisco I ou até Mariano I. Todos duvidam que alguém se atreva a chamar-se João Paulo III e que João XXIV é muito feio. Veremos..." Confesso que ao vê-lo, tive um bom ataque de risos. Me lembrou algumas caricaturas de como retrataram os Papas no Cinema. Ri não por ser argentino, (para não falar das piadas que os brasileiros fazem com os argentinos), mas por sua simplicidade. Ri de alegria pelo nome, que me diz muitíssimo.
São Francisco de Assis foi um homem que, ao "reformar" a Igreja em seu tempo, soube, antes de qualquer coisa, ser fiel e obediente a Ela. "Re-forma" é uma forma nova, mas sempre observando as antigas; Por isso, se dá uma “ré” e se observa o que houve para agir com prudência no presente e no futuro. E esta é a grande novidade de Francisco de Assis, que mais uma vez surpreende o mundo e mostra que a força do Evangelho, no seguimento de NSJC, nunca está morta.


                                                  
                          Primeira aparição aos fiéis reunidos na Praça de São Pedro

Foi neste sentido que um Bispo brasileiro, disse ontem que "o mais comovente na eleição de um Papa é ver e ouvir os católicos, com toda simplicidade, gritarem "Viva o Papa", sem nem saberem quem foi o eleito. E assim deve ser! Pouco importa a proveniência, a idade, o currículo. Importa ao crente uma só coisa: é o Papa, o Bispo de Roma e, como tal, o Sucessor de Pedro e Chefe visível da Igreja de Cristo. Agora, ele se chama Francisco! A ele, na fé, o nosso afeto, a nossa oração, a nossa fidelidade, a nossa obediência.
Mas, o que esperar do novo Papa? Que ele seja fiel à missão de Pedro: testemunhar e anunciar que Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo, sendo primeiro guardião da fé católica e apostólica. Isto lhe custará um martírio cotidiano - por isso os sapatos vermelhos que o Papa deve calçar..."

Esta escolha divina e humana talvez seja um sinal da Igreja que percebe que existe um continente que tem alimentado as vocações europeias, reavivado com força aquele primeiro seio donde provieram tantos missionários.
E da mesma forma que no pontificado de Bento XVI a vida religiosa monástica beneditina cresceu, em função da propagação da devoção a São Bento, agora, muito provavelmente, a São Francisco de Assis será renovada, mais uma vez, assim como a promoção vocacional da já quase decrescente Congregação Jesuíta, que tem como patrono São Francisco Xavier - grande evangelizador do Oriente, no século XVI.

Porém, já começam a insurgir os que se opõem ao que já está consumado: Um repórter argentino (Verbitsky), escreveu certa vez sobre a possível participação ativa do nosso mais novo Papa na Ditadura Militar Argentina. Mas, assim como Joseph Ratzinger foi soldado alemão, durante a Ditadura Nazista e, por isso, tentaram fazer vários e diversos paralelos, para desmerecê-lo, da mesma maneira agora fazem com este novo Papa. O jornalista foi desacreditado, devido ao conhecido ódio visceral que tem contra a Igreja na Argentina. No entanto, é necessário dizer a base fundamental para falar qualquer coisa a respeito da Igreja é a Fé. Fora disso, é especulação e, portanto, merece descrédito.
Talvez, as grandes atitudes de todos nós para com ele devem ser: fidelidade e obediência. Nos alegremos, pois; Temos um Papa! Um Papa que mistura as virtudes dos que lhe precederam: a descontração de João XXIII, a força de Paulo VI, a alegria de João Paulo I, a inteligência de Bento XVI e, quiçá, a santidade de João Paulo II. T
reflexoesfranciscanas.com.br

quarta-feira, março 13, 2013

HABEMUS PAPAM! FRANCISCO!

Cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio eleito como Sumo Pontífice e adota o nome de Francisco



VATICANO, 13 Mar. 13 / 05:23 pm (ACI/EWTN Noticias).- Em uma noite fria e chuvosa em Roma, logo depois de que a “fumata bianca”, a fumaça branca, saiu da chaminé da capela Sistina, o mundo viu pela primeira vez o novo Papa. O escolhido pelos cardeais no segundo dia do conclave foi o cardeal Arcebispo de Buenos Aires Dom Jorge Mario Bergoglio, jesuíta de origem argentina e que adotou um nome sem precedentes na história do papado: Francisco I. Ele é o primeiro Papa membro da Companhia de Jesus e o primeiro latino-americano a assumir a Sé de Pedro.

O anúncio do “habemus Papam”, foi feito pelo Cardeal Proto Diácono da Santa Igreja Romana, Jean Louis Tauran, levando à grande emoção os fiéis e especialmente os latinos, e mais ainda os argentinos presentes na praça de São Pedro no momento.

“Annuntio vobis gaudium magnum: habemus Papam!
Eminentissimum ac reverendissimum dominum, dominum, Giorgio Marium Sanctae Romanae Ecclesiae Cardinalem Bergoglio, qui sibi nomen imposuit Francisco I”, foram as palavras do Cardeal Tauran.

O Cardeal Arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergloglio, 76 anos tornou-se hoje, 13 de março de 2013, o 265º sucessor de Pedro, assumindo o nome de Francisco I.

Ao sair do balcão dianteiro o novo Papa foi saudado por uma grande multidão que apesar da chuva e do frio o esperava com grande expectativa.

O novo pontífice, Papa Francisco I, nasceu em Buenos Aires, Argentina, em 17 de dezembro de 1936.
O Papa jesuíta formou-se como técnico químico, mas depois escolheu o sacerdócio e entrou para o seminário de Vila Devoto. Em 11 de março de 1958, passou para o noviciado da Companhia de Jesus. Completou os estudos humanistas no Chile e em 1963, de volta a Buenos Aires, formou-se em Filosofia na Faculdade de Filosofia do colégio máximo São José de São Miguel.

Em seu país atuou como sacerdote e professor de teologia, foi consagrado bispo titular da Auca em 20 de maio de 1992, e um dos quatro bispos auxiliares de Buenos Aires e assumiu o cargo de arcebispo da mesma em 28 de fevereiro de 1998.

Em Roma Cardeal formou parte da Comissão para a América Latina, da Congregação para o Clero, do Pontifício Conselho para a Família, da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos e da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica.

Em suas primeiras palavras ao público (em italiano) o novo Papa disse com seu habitual senso de humor e reverência: “Sabeis que o dever do Conclave era dar um bispo a Roma: parece que os meus irmãos cardeais foram buscá-lo quase no fim do mundo”.

Francisco I começou seu discurso pedindo que os fiéis o acompanhassem em uma oração pelo Bispo emérito de Roma, Bento XVI, para que o “Senhor a abençoe”. Rezou-se então o Pai Nosso, a Ave Maria e o Glória em italiano.

Antes de dar a tradicional bênção Urbi et Obri, o Papa surpreendeu os presentes pedindo que antes rezassem por ele: “Peço-vos que rezem ao Senhor para que me abençoe, a oração do povo pedindo a bênção pelo seu bispo. Façamos em silêncio esta oração”, solicitou o Santo Padre conduzindo ao silêncio a multidão presente na Praça de São Pedro.

O novo Papa afirmou que começava agora um “caminho” que unia o “bispo e povo” na Igreja de Roma, “aquela que preside na caridade a todas as Igrejas”. “Um caminho de fraternidade, de amor, de confiança entre nós”, acrescentou.

O novo sucessor de Pedro disse também que amanhã rezará à Virgem pelo seu ministério que agora inicia, mas não especificou onde.

“Rezemos sempre por nós, uns pelos outros, por todo o mundo, para que haja uma grande fraternidade”, acrescentou o novo Papa que despediu-se do povo desejando "Boa Noite" e "Bom Descanso".

acidigital.com

O mundo dos santos e dos papas

Dom Anuar Battisti 
Arcebispo de Maringá (PR)


Nós encontramos o início da história dos papas na Sagrada Escritura quando Jesus Cristo disse ao apóstolo Pedro: "Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei minha Igreja" (Mateus 16, 18). O apóstolo era chamado de Simão, e Cristo lhe dá o apelido de Pedro que em grego significa pedra, rocha.

Cristo nominando Pedro significa que o apóstolo seria a pedra firme, a rocha inquebrável que daria sustentação à Igreja, apesar de ser uma pessoa humana, frágil e sujeito à toda e qualquer limitação.

Diante deste chamado ele é destinado para "apascentar as ovelhas" (João 21,17), como pastor que conhece as suas ovelhas e dá a vida por elas. O papa, portanto, é o sucessor de Pedro, o centro da unidade de toda a Igreja "é o perpétuo e visível princípio e fundamento da unidade, quer dos Bispos, quer da multidão dos fiéis" (Concílio Vaticano II: LG n° 23). Mais do que uma autoridade a promulgar dogmas e ensinar a doutrina, o papa é o elo de unidade e de comunhão de toda Igreja.

O segredo da Igreja para se manter viva como um corpo vivo milenar, atravessando séculos, culturas, guerras, discórdias, e sempre firme, é a certeza de que não somos nós humanos a conduzir este barco. O barco é de Jesus, que escolhe e chama homens, pessoas simples, humildes, para estar no lugar Dele, e com Ele tornar visível a casa, a assembleia reunida.

Por isso Jesus afirma: "Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome eu estarei no meio deles" (Mt18,20). A presença de Jesus entre nós, mesmo às vezes pensando que Ele está dormindo no barco, é a garantia de ancorar em porto seguro, da calmaria em mar revolto, de tranquilidade em tempos difíceis. Ele acalma, tranquiliza e questiona: "porque tendes medo"? As ondas do mar nunca serão mais fortes do que o barco do Mestre.

Nestes dias de apreensão e curiosidade sobre quem assumirá o leme do barco, que é a Igreja, a mídia nacional e internacional escolheu alguns nomes chamados de "papáveis". Neste elenco divulgado, não podia faltar dois dos nossos cardeais brasileiros. Eu fui abordado várias vezes para falar deles, pois os conheço de longa data. O homem a ser escolhido será surpresa para todos.

Nestes dias de reunião dos cardeais, que ainda não estão sob segredo, falei por telefone com Dom João Braz Cardeal Aviz. Ele dizia: "Aqui entre nós não há nomes favoritos, ninguém comenta nada sobre este ou aquele. Estou impressionado com o clima de amizade e de abertura de coração existente nas nossas reuniões. É a primeira vez que participo e estou admirado pelo ambiente de confiança e companheirismo".

Assim a Igreja faz o seu caminho no mundo sem ser do mundo (Jo 17,10). É igreja é santa e pecadora, feita de homens e mulheres santos e de papas santos. Para mim, Bento XVI deu um sinal público e notório de santidade ao reconhecer-se limitado, incapaz fisicamente falando, para estar no leme do barco.

Só é capaz de atitudes heroicas, de gestos que tocam o coração, aquele que se deixou moldar pelo amor verdadeiro, pelo serviço desinteressado, pela autoridade discreta. Queira Deus que eu também tenha a força e a coragem dos santos vivos e jamais a covardia de quem se veste de pele de carneiro, mas são lobos ferozes.

cnbb.org.br

terça-feira, março 12, 2013

Jesus, quem és?

Um profeta? Filósofo? Espiritualista? Mito? Guru?
Ou... Jesus mesmo nos responde:

Eu sou a verdade (Jo 14,6) que esclarece e liberta.
Eu sou a luz (Jo 8,12) que ilumina tua vida.
Eu sou o caminho (Jo 14,6) que te leva à felicidade.
Eu sou a vida ( Jo 11,25) que nunca termina.
Eu sou o amor (Jo 15,13) e por ti dei a vida.
Eu sou a porta (Jo 10,9) que acolhe a todos.
Eu sou o Mestre (Jo 13,13) que ensina o bem.
Eu sou teu amigo (Jo 15,14) e companheiro de todas as horas.
Eu sou o pastor (Jo 10,11) e amo minhas "ovelhas".
Sou o filho de Maria de Nazaré (Mc 6,3) enquanto criatura humana.
Mas, desde sempre, sou o filho de Deus vivo (Mt 16,16).
Ele é o princípio e o fim de todas as coisas (Ap 21,6)
É o Mestre da humanidade (Mt 23,8)
Redentor e Salvador (Lc 19,10)
Que por nós deu a vida (Mt 20,28).

Estas respostas estão documentadas no livro mais sagrado e valioso: a Bíblia, em particular nos evangelhos.

Obrigado, Jesus, porque nos revelaste quem és!
Confirma nossa fé!
Aumenta nosso amor!


Tarcila Tommasi

segunda-feira, março 11, 2013

Um Capuchinho no páreo papal

[Correio Braziliense] O cardeal americano Sean O'Malley, potencial sucessor de Bento XVI e com muita fama na internet, cumpriu uma importante tarefa há dez anos ao limpar a diocese de Boston, atingida por um escândalo de padres pedófilos.

Conhecido por sua simplicidade, de acordo com a pregada por sua ordem - do padre Pierre da França -, este erudito de 68 anos e língua hispânica, de óculos e barba branca, retomou em 2003 a diocese onde eclodiu o primeiro escândalo com impacto internacional sobre abusos sexuais na Igreja Católica.

Este tema é um dos primeiros que o próximo Papa deve atacar, considera O'Malley, um dos primeiros a ter colocado em prática uma política de "tolerância zero".

"Visto esse 'uniforme' (de irmão capuchinho) há 40 anos e tenho a intenção de vesti-lo até a morte. Não pretendo trocá-lo", disse em Roma o cardeal, que recebeu este título em 2006, e atualmente é um dos candidatos a suceder o Papa.

"O cardeal Sean", como é chamado em seu blog (www.cardinalseansblog.org), veste boina basca no inverno e diz ter "comprado uma passagem de ida e volta" para sua viagem a Roma, descrevendo as conversas sobre ele se tornar o líder da Igreja como "surreais".

Embora os americanos raramente sejam favoritos para ocupar o posto do Papa, a imprensa especializada dos Estados Unidos se refere a ele como um possível sucessor de Bento XVI.

Isso se deve ao fato de ter todas as características necessárias. Veste sandálias e fala perfeitamente espanhol, num momento em que a comunidade católica sul-americana reúne 40% dos fiéis do mundo. Além disso, este cardeal considera que o próximo Papa deve "se comunicar com o resto do mundo". O ponto negativo registrado é seu italiano, que é "básico", segundo o National Catholic Reporter.




Castigar os bispos que acobertam abusos
Muito atento na hora de se dirigir aos jovens, o cardeal O'Malley foi o primeiro cardeal a ter um blog, tem mais de 13.000 seguidores em sua conta do Twitter e criou o canal de televisão Boston Catholic TV, que transmite programas religiosos.
Em várias ocasiões em sua diocese precisou enfrentar escândalos de abuso sexual, situação que lhe valeu sua nomeação em Boston e pela qual foi enviado a uma missão sobre esse tema na Irlanda.

Os bispos acusados de acobertar os abusos devem ser punidos, considera. "Agora não está muito claro, mas o próximo Papa deverá tomar decisões a respeito", disse ao Boston Globe. "Se não há uma política em andamento, se improvisa. E quando improvisamos cometemos erros", acrescentou.

De qualquer forma, uma associação americana de vítimas, Snap, acaba de inclui-lo em uma polêmica lista de cardeais que não devem ser eleitos, batizada de "os doze bastardos", por terem reagido muito tarde.
Patrick O'Malley, nascido no dia 29 de junho de 1944 em Lakewood (Ohio, nordeste), estudou em um pequeno seminário franciscano. Uniu-se aos capuchinhos, ramo franciscano, aos 21 anos, e tomou o apelido de Sean (João em gaélico) em referência a São João. Foi ordenado padre cinco anos mais tarde.
Doutor em literatura espanhola e portuguesa, especialista em místicos espanhóis, fundou em Washington o Centro Católico Hispânico, uma associação que ajuda os imigrantes.
Nomeado bispo em 1984, dirigiu a diocese de São Tomás nas Ilhas Virgens, Fall River em Massachusetts e Palm Beach, na Flórida, até sua nomeação como arcebispo de Boston pelo papa João Paulo II. T
reflexoesfranciscanas.com.br

domingo, março 10, 2013

Todos nós necessitamos de conversão

Neste 4º Domingo da Quaresma, estamos diante da parábola do filho pródigo que faz parte do conjunto das parábolas sobre a misericórdia que aludem a Jeremias, quando ele descreve a restauração do povo e o anúncio da nova Aliança (Jr 31,1-34). Jesus apresenta aqui o conteúdo da Nova Aliança, através das parábolas do pai que acolhe o filho perdido.

Temos diante dos olhos, o amor misericordioso de Deus, mais forte que o pecado do homem, representado pelo filho mais novo que sai de casa. Embora a motivação de seu retorno (significando a conversão) não seja o amor do pai, mas a necessidade de sobreviver, o fato de ter reconhecido seu pecado foi suficiente para ser visto, mesmo ao longe, pelo próprio pai com compaixão.

Desta maneira, o gesto de retornar foi suficiente para demonstrar a iniciativa da gratuidade do amor do pai que se adiantou no encontro, correndo, lançando-se ao pescoço do filho e cobrindo-o de beijos. Entretanto, no exato momento em que o amor paterno atingiu o seu clímax pelo ritual da festa, entra em cena o filho mais velho, representando os fariseus e os escribas que murmuravam contra o hábito de Jesus receber e comer com os pecadores.

O filho mais velho representa a Antiga Aliança, baseada na Lei, enquanto o filho mais novo representa a Nova Aliança, fundada na gratuidade da graça, anunciada por Jeremias e realizada pelas atitudes de Jesus a mostrar o verdadeiro rosto misericordioso de Deus. O filho mais velho representa o orgulhoso fariseu no Templo, desprezando o outro, considerado pecador, enquanto o filho mais novo se assemelha ao publicano arrependido, mas justificado pela graça.

A parábola do filho perdido que foi achado, ao invés de “parábola do filho pródigo”, bem poderia ser conhecida por “parábola do pai misericordioso” cujo amor expressa a nova Aliança de Deus, em Cristo, a motivar a conversão dos pecadores com os quais deseja cear, partilhando Sua amizade.

A parábola expõe a necessidade de conversão para todos, tanto àqueles que se enquadram melhor na figura do filho mais velho, quanto àqueles que se veem espelhados no filho mais novo, pois na realidade todos somos pecadores. O pai é o mesmo e age de forma idêntica, lida ao encontro dos dois filhos. A diferença está tão somente na atitude dos irmãos. Um se reconhece pecador e muda de vida, o outro se julga justo e não se deixa transformar; pelo contrário, fecha-se à imensa misericórdia do pai, escandalizando-se sem motivo e bloqueando-se na sua revolta.

A parábola pode servir para tornar mais frutuosa a celebração do Sacramento da Penitência, se nos detivermos nos aspectos do filho mais novo. E também servir para desmistificar o falso justo, se nos detivermos nos aspectos do filho mais velho. São aqueles que recusam confessar os seus pecados, simplesmente porque são incapazes de reconhecê-los, pois sempre se examinam segundo a Lei e não diante do amor maior e mais exigente da justificação pela graça.

Por isso, às vezes observantes de um código rígido de moral, não compreendem as falhas mais graves dos outros, sendo, inclusive, incapazes de se alegrar pela conversão dos pecadores. Falta-lhes a grandeza de compreenderem a alegria de Deus e do coração de Jesus pela ressurreição dos mortos e reencontro dos perdidos. Falta-lhes também o reconhecimento do amor gratuito de Deus, como experiência mais totalizante do ser, que a simples observância da Lei é incapaz de traduzir.

Padre Bantu Mendonça

cancaonova.com

sábado, março 09, 2013

Hino de amor - liturgia do dia

Oséias 14, 2-10; Marcos 12, 28-34

Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração… amarás ao próximo como a ti mesmo. Mais uma vez estamos diante do tema fundamental do cristianismo, das religiões e da consciência dos homens e mulheres de boa vontade.

Desde toda eternidade, o Pai ama o Filho e o Filho responde ao amor do Pai. Entre os dois, desde toda eternidade, há o laço do Espírito. Uma explosão de amor, de entrega, de dom. A Trindade: fonte inexaurível de amor. Esse amor eterno e infinito tende a difundir-se. Quando chegou a plenitude dos tempos, a Palavra do Pai, o Verbo do Pai tomou carne e habitou entre nós. Deus, caridade e amor, se entrega aos homens que cria para que sejam perfeitos no amor e vivam de sua vida. Veio o Verbo, tomou nossa carne, e tendo amado os seus, até o fim os amou. Por isso, entendemos: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração, de toda a tua mente, de todo o teu entendimento”. Ele nos amou por primeiro.

Nascemos de um movimento de amor, vivemos no amor, somos feitos para o amor e nosso destino final é nos perdermos na fogueira de amor que é a Trindade. Desde a nossa mais tenra infância sentimos essa é orientação fundamental de nossa vida. Nascemos do amor, vivemos do amor e para o amor tendemos. Há, no entanto, uma contradição nesse pobre coração que é o nosso. Queremos o bem, desejamos a harmonia, temos saudade da paz dinâmica que torna a terra dos homens, imagem de um paraíso que construímos com Jesus vivo e ressuscitado. Mas conhecemos a fragilidade e o pecado que moram em nós. Há essa preocupante dupla lei: queremos o bem e fazemos o mal.

Somos irmãos. Proviemos da mesma fonte. Carregamos os pesos uns dos outros. Levantamos os caídos, enxugamos a fronte dos doentes e não existimos para girar em torno de nossos pequenos interesses. Somos feitos para o amor.

E o amor se reveste de muitas cores e se apresenta de múltiplas maneiras: há esse amor do homem e da mulher, desse marido e dessa mulher, que se amam na força do amor de Cristo; há o amor por todos aqueles que nos ajudam a viver, amor de reconhecimento; há o amor do parente que anda nas drogas, que foi preso, que precisa de perdão e de visita; há o cuidado exigente por todos os que são colocados sob nossos cuidados (crianças, alunos, pessoas fragilizadas); há esse desejo que as pessoas amem a Deus e não vivam na superfície de uma existência sem valor e sem norte.

Penso em algumas modalidades de amor particularmente exigentes e importantes: o amor do catequista (ou do formador), dos pais e dos que orientam espiritualmente as pessoas.

Nada mais importante do que amor. O amor vem Deus. Deus é amor.

Frei Almir Ribeiro Guimarães
franciscanos.org.br

sexta-feira, março 08, 2013

Uma confiança sempre renovada no Senhor

Jeremias 7, 23-28; Lucas 11, 14-23

“Os que tinham inveja de Jesus e queriam manchar sua imagem para que seus ouvintes deixassem de admirá-lo não sabiam mais o que dizer diante daquilo que Jesus ia realizando, sobretudo porque libertava as pessoas dos males mais profundos, que para os judeus eram os demônios. Chegavam a dizer que Jesus expulsava os demônios com o poder do chefe dos demônios. O Mestre, por sua vez, afirmava que se, assim fosse, os demônios estariam em guerra uns com os outros e nenhum reino pode subsistir com tal divisão. É a força de Deus que age em Jesus para libertar as pessoas de seus demônios.

Jesus adverte aos que tinham sido libertados do mal: convida-os a ficarem atentos e vigilantes. Quando o homem é libertado do mal pode, aos poucos, ser novamente dominado por esse mal e de um modo mais forte e pior ainda. Em Hebreus 6, 4-8 há uma séria exortação a esse respeito dizendo que quando alguém foi libertado e degustou a Boa Nova, mas se deixa seduzir novamente, dificilmente poderá levantar-se porque o mal o toma com mais força porque a pessoa perdeu o entusiasmo dos primeiros tempos… No Livro do Apocalipse há uma censura na mesma linha, falando dos que deixaram “o primeiro amor” ( 2,4), o amor fervoroso, alegre e feliz dos começos, do noivado, do primeiro enamoramento. Quando se perde este fervor, com efeito, estamos mais expostos a deixar-nos dominar pelo atrativo do mal.

Isto quer dizer que quando somos libertados, nossa conduta não pode ser a de deixar-nos levar por uma confiança ingênua. Uma vez libertados pelo Senhor, temos que alimentar o ardor com nossa entrega, oração, o apoio dos irmãos, as obras da caridade. O coração ocioso expõe-se a uma possível queda. Precisa olhar sempre em frente, sempre buscando mais. Na vida espiritual não há ponto morto, ou se avança ou se retrocede”.

+++

“Senhor, não deixeis de me cativar com vossa Palavra, com a força de vosso amor, com a formosura de vossa graça, não permitais que o mal volte a dominar minha vida, que me confunda fazendo-me crer que depois de conhecer-vos busque encontrar vida naquilo que abandonei”

Víctor M. Fernández

El Evangelio de cada dia

Comentário y oración

Editora San Pablo de Buenos Aires, Argentina
franciscanos.org.br

quinta-feira, março 07, 2013

DIA MUNDIAL DA ORAÇÃO - 7 DE MARÇO

A oração é a conversação com Deus. Acaba com a obscuridade intelectual, destrói soberba a dúvida, e a desconfiança, porque nasce do coração, da bondade e da generosidade. É a "linguagem do espírito", que independe da palavra falada ou escrita, por meio da qual Deus se comunica com todos, onde quer que estejam, seja qual for sua raça.

Cristo nos deu seu exemplo, pois após sua crucificação, ainda conversava com seus discípulos e lhes dava inspiração. De fato, dessa maneira, Jesus os influenciou mais fortemente do que antes.
No momento da oração, o ser humano se liberta de todas as coisas externas e se volta para Deus; é como se escutasse a própria voz do Senhor.

A oração anima a existência e traz à alma boas-novas e júbilo. Assemelha-se a uma canção composta por música e palavras: às vezes, é a melodia que comove; outras vezes é a palavra. A súplica da oração é tão eficaz, que inspira ideais elevados, torna todos os corações serenos e generosos e gera paz constante.

Assim como quem ama sente necessidade de expressar o seu amor à pessoa amada, também cada criatura humana sente o desejo de expressar seus sentimentos ao Criador Todo-Poderoso. Para o coração iluminado e para a mente esclarecida, a Palavra revelada na oração tem um efeito incomparável e uma força indescritível, pois é a trilha espiritual, o caminho e o meio pelos quais o Criador deseja e pode ser contatado.

Toda oração sempre é escutada pela bondade e compaixão de Deus. Se um coração é duro e desconfiado, a oração o amolece e desperta a mística, a bondade, a amabilidade, a compaixão, a fé, a nobreza, a doçura etc. Sem dúvida fará vibrar o íntimo de todo ser humano justo. Embora a princípio seu efeito passe despercebido, cedo ou tarde, a virtude da graça, que lhe é concedida, exercerá influência sobre sua alma.

A oração mais aceitável é aquela oferecida com a máxima espiritualidade e ardor, pois estabelece uma forte conexão com o Criador; assim, a prece refletirá com força. Tal como um raio de luz que incide num espelho, ela voltará àquele que reza com o mesmo poder com que partiu. Entretanto, quanto mais desprendida e pura a oração, mais agradável será aos olhos de Deus.




paulinas.org.br

quarta-feira, março 06, 2013

Abertura do 1º ano de Postulantado no Convento Santo Antonio em Natal-RN

No último dia 23 de fevereiro, no Convento Santo Antonio, o Ministro Provincial, Fr. Francisco Barreto acompanhado dos Conselheiros para Formação Inicial e Permanente, Fr. Jociel Gomes e Fr. José Soares, abriram oficialmente o 1º ano de postulantado na capital Potiguar. Os postulantes: Alex Almeida, Cícero Nogueira, Geiviano Ferreira, Guilherme Santos, Hércules Moreno, Ismael Pereira, Ivson Vieira, Javanyr Junior, João Paulo Santos, José Cícero Gomes, Lenivaldo Silva, Luan Santos, Vinicius Bezerra, foram acolhidos com alegria pelo guardião da fraternidade, Fr. João Batista, pelo formador Fr. Carlos Alexandre e pelos freis: José Xavier e José Walden membros da Fraternidade. Após a abertura houve uma confraternização.

http://proneb-capuchinhos.blogspot.com.br/


terça-feira, março 05, 2013

05 de Março - São João José da Cruz

Nasceu na ilha de Ischia com o nome de Carlos Caetano Calosirto, aos 15 de agosto de 1654, na cidade de Ponte, Itália, filho do nobre José e de Laura. Recebeu os ensinamentos básicos e os alicerces religiosos frequentando os colégios dos padres agostinianos, na própria ilha.

Aos quinze anos optou pela vida religiosa pela grande vocação que sentia, ingressando na Ordem dos Franciscanos descalços da Reforma de São Pedro de Alcântara, conhecidos também como alcantarinos, pela austeridade das Regras dessa comunidade, dependentes do convento de Santa Lucia, em Nápolis.

Tomou o nome de João José da Cruz e fez o noviciado sob a orientação monástica do padre José Robles. Em 1671 foi enviando com mais onze sacerdotes, dos quais ele era o mais jovem, para o Piedimonte d'Alife para construírem um convento. Diante das dificuldades encontradas no local não hesitou em juntar as pedras com suas próprias mãos, depois usando cal, madeira e um enxadão fez os alicerces. Estimulando assim os outros sacerdotes e o povo, que no começo acharam que ele era louco, mas, percebendo que estavam errados começaram a ajudá-lo, de modo que um grande convento foi edificado em pouco tempo. João José da Cruz ordenou-se sacerdote em 1677.

Ao completar vinte e quatro de idade foi nomeado mestre dos noviços e, quase ao mesmo tempo, guardião da ordem do convento. Durante a sua permanência em Piedimonte, construiu, num local isolado na encosta do bosque, um outro pequeno convento chamado de "ermo", ainda hoje meta de peregrinações, para poder rezar em retiro. Conseguiu ainda, trabalhando de forma muito ativa e singular, construir o convento do Granelo em Portici, também em Nápolis.

João José da Cruz era muito austero, comia pouco, só uma vez ao dia, dormia poucas horas, tinha o hábito de se levantar a meia noite para agradecer a Deus pelo novo dia. Tornou-se famoso entre o povo por sua humildade e foi venerado ainda em vida pela população por causa de sua extrema dedicação aos pobres e doentes. Fazia questão de ser pobre na vida e na própria personalidade, como São Francisco de Assis, seu modelo de vida.

Em 1702 foi nomeado vigário provincial da Reforma de São Pedro de Alcântara, na Itália. Assim a Ordem, abençoada por Deus, desceu de Norte a Sul, adquirindo um bem espiritual tão grande que chegou ao Vaticano, o qual tornou a reunir os dois ramos dos alcantarinos. Dessa forma o convento de Santa Lúcia voltou para os padres italianos e João Jose da Cruz retornou para lá. Nele viveu mais doze anos na santa austeridade e, segundo os registros da Igreja e a tradição, realizando prodígios e curas para seus amados pobres e doentes. Morreu no dia 05 de março 1734, sendo sepultado nesse mesmo convento.

Foi beatificado pelo papa Gregório XVI, em 1839. As relíquias de São João José da Cruz, foram transferidas para o convento franciscano da ilha de Ischia, onde nasceu, e é venerado no dia se sua morte.

paulinas.org.br

segunda-feira, março 04, 2013

Alegria Franciscana



Um dos traços mais bonitos da espiritualidade franciscana é a busca sincera pela verdadeira e perfeita alegria. O seráfico pai São Francisco procurava em toda e qualquer situação seguir bem de perto aquele preceito paulino que diz: “Alegrai-vos sempre no Senhor” (Fl 4,4). Quem não se comove quando escuta o relato da perfeita alegria? Quem não se encanta com a cena do Natal de Gréccio, quando o santo, radiante de alegria, cantou o Evangelho e pregou sobre o Menino de Belém? Saudável ou doente, atribulado ou tranquilo Francisco procurou sempre conservar dentro de si uma profunda e santa alegria.



Todos os antigos testemunhos sobre São Francisco nos apresentam um homem que traz em si uma forte emotividade. Quando estava radiante de júbilo, cantava em francês. Quando se lembrava da Paixão de Jesus, chorava copiosamente. Diante da beleza das criaturas ele exultava no Senhor, e convidava a todos ao louvor. Foi o cantor do irmão sol, da irmã lua, das estrelas e até da irmã morte. Foi o santo da espontaneidade, da ternura, da liberdade, que não receou em pedir à senhora Jacoba, bem próximo de sua morte, que lhe trouxesse algumas iguarias preferidas.



Para este santo as criaturas nunca foram obstáculos para o perfeito amor a Deus. Pelo contrário, ele se irmanou a todas elas e enxergou em cada uma os traços do Criador. Tomás de Celano nos informa que certa vez São Francisco, passando pelo vale de Espoleto, e vendo inúmeras aves “correu alegremente até elas, tendo deixado os companheiros na estrada (...) repleto de enorme alegria, rogou-lhes humildemente que ouvissem a palavra de Deus”(1Celano 58). Este mesmo autor nos diz que São Francisco “enchia-se muitas vezes de admirável e inefável alegria, quando olhava o sol, quando via a lua, quando contemplava as estrelas e o firmamento” (1Celano 80).

Outro motivo de alegria para São Francisco era a companhia de seus irmãos. Celano nos diz que, quando frei Bernardo, primeiro companheiro do santo, se converteu, “São Francisco alegrou-se com júbilo muito grande com a chegada e a conversão de tão grande homem” (1Celano 24). Essa mesma alegria ele sentia com a chegada dos demais irmãos (cf. 1Celano 31). E quando ouvia boas notícias a respeito de seus frades? Ele sentia sua alma banhada de santa de alegria. Certo dia, depois de ouvir exemplos edificantes dos frades da Espanha, exclamou: “Graças vos dou, Senhor, santificador e guia dos pobres, que me alegraste com esta notícia a respeito de meus irmãos” (2Celano 178).

Para São Francisco a simplicidade, a pobreza e a humildade devem ser vividas alegremente: “Onde há pobreza com alegria, aí não há nem ganância nem avareza” (Admoestação 27). Também a companhia dos mais pobres e simples deveria ser fonte de alegria para os irmãos menores: “E devem alegrar-se, quando conviverem entre pessoas insignificantes e desprezadas, entre pobres, fracos, enfermos, leprosos e os que mendigam pela rua” (Regra não Bulada 9).

Na Regra mais antiga da Ordem há um conselho do santo que diz: “E cuidem para não se mostrar exteriormente tristes e sombriamente hipócritas; mas mostrem-se alegres no Senhor, sorridentes e convenientemente simpáticos” (Regra não Bulada 7).O próprio santo tinha o cuidado de não ficar triste diante dos seus irmãos. Certa vez, morando em Santa Maria dos Anjos, sofreu por dois anos uma terrível tentação. Diz um antigo hagiógrafo: “Em vista disso, era tão atormentado na mente e no corpo que, muitas vezes, se afastava da companhia dos irmãos, porque não podia mostrar-se a eles alegre como costumava” (Espelho de Perfeição 99).


Tomás de Celano afirma que São Francisco “esforçava-se por manter-se sempre na alegria do coração, por conservar a unção do espírito e o óleo da alegria. Com o máximo cuidado evitava a péssima doença da tristeza” (2Celano 125,7-80). Este mesmo autor nos informa que o seráfico pai ensinava aos frades que “os demônios não podem ofender o servo de Cristo, quando o virem repleto de santa alegria” (2Celano 125,5).


Que o Pobrezinho de Assis nos ajude a conservar um coração sereno e alegre, pobre e generoso, aberto para Deus e para os irmãos. Contagiados pela alegria franciscana, saiamos pelo mundo cantando a paz e o bem.

Pax et Bonum

Frei Salvio Romero, eremita capuchinho.
http://www.escolafranciscanademeditacao.blogspot.com.br/

Pia União de Santo Antônio

Pia União de Santo Antônio