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domingo, abril 22, 2012

"Ó Jesus, Tu és a nossa Paz" - 3o domingo de Páscoa

Nos domingos da Páscoa, as Leituras do Antigo Testamento são substituídas pelos Atos dos Apóstolos que através da pregação primitiva, dão testemunho da Ressurreição do Senhor e descrevem o nascimento da Igreja em nome do Ressuscitado.

Na primeira Leitura de hoje, S. Pedro apresenta a Ressurreição de Jesus encaixada na história do seu povo como concretização de todas as profecias e promessas feitas no Antigo Testamento:”O Deus de Abraão..., o Deus dos nossos antepassados, glorificou o Seu Servo Jesus, que vós entregastes e negastes na presença de Pilatos... Deus ressuscitou-O dos mortos, e nós somos testemunhas disso” E, se não fosse suficiente o seu testemunho e os de todos os que viram o Ressuscitado, oferece-nos um sinal na cura miraculosa do paralítico que acabava de realizar à entrada do templo. Para assinalar a importância da Ressurreição, S. Pedro não duvida em lembrar os acontecimentos dolorosos que a precederam:”Negastes o Santo e Justo, pedistes o perdão dum assassino e destes a morte ao Príncipe da Vida.”. As acusações são prementes, até mesmo sem piedade; Pedro, porém, sabe que ele mesmo está incluído nelas por ter negado o Mestre; e estão-no também todos os homens que, pelos seus pecados, continuam a negar o Santo e rejeitando o Autor da Vida. Preterindo-O às nossas próprias paixões que são causa de morte. Pedro não esqueceu a sua culpa que chorará durante toda a sua vida, mas agora, sente no coração a doçura do perdão do Senhor; e isto torna-o capaz de passar da acusação à desculpa:”E agora, irmãos, eu sei que agistes por ignorância, como aliás, os vossos chefes” e a seguir, ao chamamento à conversão:”Arrependei-vos, para que os vossos pecados vos sejam perdoados!. Assim como ele foi perdoado, também o será o seu povo ou qualquer outro homem, contanto que todos reconheçam as suas próprias culpas e façam o propósito de não pecar mais.

A esta realidade se refere a comovedora exortação de S. João na segunda Leitura”.Meus filhos: Estou a escrever-vos esta carta, para que não pequeis”. Como poderá voltar a pecar todo aquele que conseguiu penetrar no significado da Paixão do Senhor? No entanto, consciente da fragilidade humana, o Apóstolo continua:”Mas se alguém pecar, nós temos junto do Pai um Defensor: Jesus Cristo, o Justo”. S. João, que no Calvário tinha ouvido Jesus agonizante pedir perdão do Pai para os Seus algozes, sabe como Jesus defende os pecadores. Vítima Inocente pelos nossos pecados, Jesus é também o seu Defensor mais válido, pois é a Vítima de expiação pelos nossos pecados.

            Este mesmo pensamento transparece no Evangelho deste Domingo. Aparecendo aos Apóstolos depois da Ressurreição, Jesus saúda-os com estas palavras:”A paz esteja convosco”. O Ressuscitado dá a paz aos Onze, atônitos e assustados pela Sua aparição, mas também cheios de confusão e de arrependimento por terem abandonado Jesus durante a Paixão. Tendo morrido para destruir o pecado e reconciliar os homens com Deus, Ele oferece-lhes a paz, como garantia do Seu perdão para todos os homens:”Havia de pregar-se, em nome Dele, o arrependimento e o perdão dos pecados a todos os homens. Deste modo, a paz de Cristo é levada ao mundo inteiro, precisamente porque “Ele é a vítima de expiação pelos nossos pecados”. Mistério do Seu infinito amor!

Ò Cristo, nossa Páscoa! Foste imolado pela nossa salvação. Rei da glória, não cessas de Te oferecer por nós, de interceder por todos diante do Pai; imolado, já não voltas a morrer; sacrificado, vives para sempre.

Que nos darás, Senhor, que nos darás?: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou!” Senhor, isto me basta; agradeço-Te o que me deixas e deixo-Te o que me retém. Esta participação agrada-me e não duvido de que, para mim, é sumamente vantajosa... Quero a paz, desejo a Tua paz e mais nada... Aquele a quem não basta a paz, nem Tu mesmo lhe bastará. Porque Tu é a nossa paz, por nos teres reconciliado Contigo. É isto que eu necessito; basta-me estar reconciliado Contigo para estar reconciliado comigo mesmo. Procurarei já não ser ingrato ao dom da paz que me deste... Para Ti, Senhor, para Ti seja toda a glória; eu serei muito feliz se conseguir conservar a paz.

Livrai-me, Senhor dos olhos soberbos e do coração insaciável que procura, inquieto, a glória que Te pertence somente a Ti, para que eu possa conservar a paz e alcançar a glória eterna.
S. Bernardo.

Fonte: intimidade-divina--frei-gabriel-de-santa-maria-madalena-ocd
carmelocristoredentor.com.br

Pia União de Santo Antônio

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