Leituras
1ª Leitura - Is 9,1-6
Salmo - Sl 112(113),1-2.3-4.5-6.7-8 (R. 2, ou Aleluia)
Evangelho - Lc 1,26-38
Nesta festa de Nossa Senhora Rainha ouvimos o relato da anunciação do Anjo na liturgia da missa. Transcrevemos aqui uma homilia de São Beda o Venerável (Lecionário Monástico I, p. 221-223):
Irmãos caríssimos, a leitura de hoje do santo Evangelho nos recorda o começo da nossa redenção, quando Deus enviou um anjo do céu à Virgem para anunciar o novo nascimento do Filho de Deus na carne, , pelo qual pudéssemos, uma vez apartado o que é velho e nocivo, ser renovados e contados entre os filhos de Deus. Portanto, para merecer os alcançar os dons da salvação prometida, procuremos ouvir atentamente os seus primórdios.
O anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um varão chamado José, e o nome da Virgem era Maria (Lc 1, 26-27). O que se diz sobre a pertença à casa de Davi refere-se não apenas a José, mas também a Maria, pois era preceito da Lei que cada um tomasse esposa em sua própria tribo e família, como também o atesta o Apóstolo, escrevendo a Timóteo: Lembra-te de Jesus Cristo ressuscitado dentre os mortos, da descendência de Davi, segundo meu Evangelho(2 Tm 2,8). Assim, o Senhor nasceu realmente da linhagem de Davi, visto que sua mãe imaculada pertencia à verdadeira estirpe de Davi.
Entrando onde ela estava, a Anjo lhe disse: “Não temas Maria! Encontraste graça junto de Deus. Eis que conceberás no teu seio e darás à luz um filho, e tu o chamarás com o nome de Jesus. Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai”( Lc 1, 28.30-32). Por trono de Davi se deve entender o reino do povo de Israel, que em seu tempo Davi governou com fiel dedicação, sob a ordem e ajuda de Deus. O Senhor deu ao nosso Redentor o trono de Davi, seu pai, quando dispôs que se encarnasse na descendência de Davi, para conduzir ao reino eterno, com a graça espiritual, o povo que Davi governara com um poder temporal. Como diz o Apóstolo: Ele nos arrancou do poder das trevas e nos transportou para o reino de seu Filho amado (Cl 1, 13).
Ele reinará na casa de Jacó para sempre (Lc 1,33). Casa de Jacó refere-se à Igreja universal, a qual, pela fé e pela confissão de Cristo, participa da sorte dos patriarcas, seja através daqueles que nasceram da raça dele, seja através dos que, oriundos de outras nações, renasceram em Cristo pelo batismo espiritual. Nesta casa ele reinará para sempre, e o seu reino não terá fim (Lc 1,33. Nela reina na vida presente quando rege os corações dos eleitos, onde habita pela fé e pelo seu amor, governando-os com continua proteção, para que alcance os dons da suprema retribuição. E reina na vida futura quando terminado o seu exílio temporal, Ele os introduz na pátria celeste. Ali para sempre cativos da visão de sua presença, eles se alegram por não terem outra coisa a fazer senão dedicar-se aos louvores divinos.
Frei Almir Ribeiro Guimarães
www.franciscanos.org.br
1ª Leitura - Is 9,1-6
Salmo - Sl 112(113),1-2.3-4.5-6.7-8 (R. 2, ou Aleluia)
Evangelho - Lc 1,26-38
Nesta festa de Nossa Senhora Rainha ouvimos o relato da anunciação do Anjo na liturgia da missa. Transcrevemos aqui uma homilia de São Beda o Venerável (Lecionário Monástico I, p. 221-223):
Irmãos caríssimos, a leitura de hoje do santo Evangelho nos recorda o começo da nossa redenção, quando Deus enviou um anjo do céu à Virgem para anunciar o novo nascimento do Filho de Deus na carne, , pelo qual pudéssemos, uma vez apartado o que é velho e nocivo, ser renovados e contados entre os filhos de Deus. Portanto, para merecer os alcançar os dons da salvação prometida, procuremos ouvir atentamente os seus primórdios.
O anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um varão chamado José, e o nome da Virgem era Maria (Lc 1, 26-27). O que se diz sobre a pertença à casa de Davi refere-se não apenas a José, mas também a Maria, pois era preceito da Lei que cada um tomasse esposa em sua própria tribo e família, como também o atesta o Apóstolo, escrevendo a Timóteo: Lembra-te de Jesus Cristo ressuscitado dentre os mortos, da descendência de Davi, segundo meu Evangelho(2 Tm 2,8). Assim, o Senhor nasceu realmente da linhagem de Davi, visto que sua mãe imaculada pertencia à verdadeira estirpe de Davi.
Entrando onde ela estava, a Anjo lhe disse: “Não temas Maria! Encontraste graça junto de Deus. Eis que conceberás no teu seio e darás à luz um filho, e tu o chamarás com o nome de Jesus. Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai”( Lc 1, 28.30-32). Por trono de Davi se deve entender o reino do povo de Israel, que em seu tempo Davi governou com fiel dedicação, sob a ordem e ajuda de Deus. O Senhor deu ao nosso Redentor o trono de Davi, seu pai, quando dispôs que se encarnasse na descendência de Davi, para conduzir ao reino eterno, com a graça espiritual, o povo que Davi governara com um poder temporal. Como diz o Apóstolo: Ele nos arrancou do poder das trevas e nos transportou para o reino de seu Filho amado (Cl 1, 13).
Ele reinará na casa de Jacó para sempre (Lc 1,33). Casa de Jacó refere-se à Igreja universal, a qual, pela fé e pela confissão de Cristo, participa da sorte dos patriarcas, seja através daqueles que nasceram da raça dele, seja através dos que, oriundos de outras nações, renasceram em Cristo pelo batismo espiritual. Nesta casa ele reinará para sempre, e o seu reino não terá fim (Lc 1,33. Nela reina na vida presente quando rege os corações dos eleitos, onde habita pela fé e pelo seu amor, governando-os com continua proteção, para que alcance os dons da suprema retribuição. E reina na vida futura quando terminado o seu exílio temporal, Ele os introduz na pátria celeste. Ali para sempre cativos da visão de sua presença, eles se alegram por não terem outra coisa a fazer senão dedicar-se aos louvores divinos.
Frei Almir Ribeiro Guimarães
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SALVE RAINHA
Salve Rainha, Mãe de Misericórdia
Vida, doçura e esperança nossa, Salve!
A Vós bradamos, os degredados filhos de Eva
A Vós suspiramos, gemendo e chorando
neste Vale de Lágrimas.
Eia, pois, advogada nossa
Esses Vossos olhos misericordiosos
A nós volvei!
E depois desse desterro,
Mostrai-nos Jesus, bendito fruto do Vosso Ventre
Ó Clemente,
Ó Piedosa,
Ó Doce Sempre Virgem Maria.
Rogai por nós Santa Mãe de Deus,
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém.