Sto. Agostinho BDr, memória
Leituras
1ª Leitura - 1Ts 2,9-13
Salmo - Sl 138 (139),7-8. 9-10. 11-12ab (R.1a)
Evangelho - Mt 23,27-32
REFLEXÃO
Paulo é evangelizador e demonstra grande afeto pelos que ouvem a palavra que não é palavra sua, mas do Cristo que ele encontrou no caminho de Damasco e que revolucionou sua vida. A partir de então, ele não pode separar sua vida pessoal da tarefa de anunciar até o último sopro de vida a força do Evangelho.
● Paulo pede que os tessalonicenses se afastem dos irmãos que se comportam diferentemente da tradição de que dele uns e outros receberam. O Apóstolo insiste na pureza da doutrina. Não quer que o erro contamine os outros e venha a fazer com que os fiéis se percam. Com certeza não se trata de desprezar esses que agem e pensam de maneira diferente. Em outros contextos é dito que se deve procurar os que se afastam. Precisamente vivemos hoje um tempo de busca dos que se afastam. A palavra a ser dita é a do diálogo. Compreendemos que Paulo seja firme pedindo que os seus ouvintes não sejam sócios dos que proclamam o contrário do que foi ensinado. Com isso, no entanto, não defende que os que cometem erros sejam desprezados.
● Mais adiante Paulo pede que seus leitores ou ouvintes fujam de toda ociosidade. Que trabalhem, que não sejam peso para ninguém. Os cristãos não vivem dos bens dos outros. Ganham o pão com o suor da fronte. Há um ditado mencionado: “Quem não quer trabalhar também não deve comer”.
● Francisco de Assis assim admoestava seus frades: “Aqueles irmãos aos quais o Senhor deu a graça de trabalhar, trabalhem fiel e devotamente, de modo que afastado o ócio que é inimigo da alma, não extingam o espírito da santa oração e da devoção, ao qual devem servir todas as coisas temporais” ( Regra Bulada, cap. V). No seu Testamento, o mesmo Francisco: “Eu trabalhava com minhas mãos e quero trabalhar; e quero firmemente que todos os irmãos trabalhem num ofício que convenha à honestidade. Os que não sabem trabalhar aprendam, não pelo desejo de receber o salário do trabalho, mas por causa do exemplo e para afastar a ociosidade” (20-21).
● Paulo deixa expresso, no final de sua exortação, o voto da paz. “Que o Senhor da paz, ele próprio, vos dê a paz, sempre e em toda parte”. Faz questão de dizer que as linhas que escreve são de fato suas: “Esta saudação é do meu próprio punho, de Paulo. É assim que assino todas as minhas cartas; é a minha letra. A graça de nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos vós”.
Frei Almir Ribeiro Guimarães
www.franciscanos.org.br
Tarde te amei, ó beleza tão antiga e tão nova! Tarde demais eu te amei!Eis que habitavas dentro de mim e eu te procurava do lado de fora!
Eu, disforme, lançava-me sobre as belas formas das tuas criaturas.
Estavas comigo, mas eu não estava contigo.
Retinham-me longe de ti as tuas criaturas, que não existiriam se em ti não existissem.
Tu me chamaste, e teu grito rompeu a minha surdez.
Fulguraste e brilhaste e tua luz afugentou a minha cegueira.
Espargiste tua fragrância e, respirando-a, suspirei por ti.
Eu te saboreei, e agora tenho fome e sede de ti.
Tu me tocaste, e agora estou ardendo no desejo de tua paz.
Salmo - Sl 138 (139),7-8. 9-10. 11-12ab (R.1a)
Evangelho - Mt 23,27-32
REFLEXÃO
Paulo é evangelizador e demonstra grande afeto pelos que ouvem a palavra que não é palavra sua, mas do Cristo que ele encontrou no caminho de Damasco e que revolucionou sua vida. A partir de então, ele não pode separar sua vida pessoal da tarefa de anunciar até o último sopro de vida a força do Evangelho.
● Paulo pede que os tessalonicenses se afastem dos irmãos que se comportam diferentemente da tradição de que dele uns e outros receberam. O Apóstolo insiste na pureza da doutrina. Não quer que o erro contamine os outros e venha a fazer com que os fiéis se percam. Com certeza não se trata de desprezar esses que agem e pensam de maneira diferente. Em outros contextos é dito que se deve procurar os que se afastam. Precisamente vivemos hoje um tempo de busca dos que se afastam. A palavra a ser dita é a do diálogo. Compreendemos que Paulo seja firme pedindo que os seus ouvintes não sejam sócios dos que proclamam o contrário do que foi ensinado. Com isso, no entanto, não defende que os que cometem erros sejam desprezados.
● Mais adiante Paulo pede que seus leitores ou ouvintes fujam de toda ociosidade. Que trabalhem, que não sejam peso para ninguém. Os cristãos não vivem dos bens dos outros. Ganham o pão com o suor da fronte. Há um ditado mencionado: “Quem não quer trabalhar também não deve comer”.
● Francisco de Assis assim admoestava seus frades: “Aqueles irmãos aos quais o Senhor deu a graça de trabalhar, trabalhem fiel e devotamente, de modo que afastado o ócio que é inimigo da alma, não extingam o espírito da santa oração e da devoção, ao qual devem servir todas as coisas temporais” ( Regra Bulada, cap. V). No seu Testamento, o mesmo Francisco: “Eu trabalhava com minhas mãos e quero trabalhar; e quero firmemente que todos os irmãos trabalhem num ofício que convenha à honestidade. Os que não sabem trabalhar aprendam, não pelo desejo de receber o salário do trabalho, mas por causa do exemplo e para afastar a ociosidade” (20-21).
● Paulo deixa expresso, no final de sua exortação, o voto da paz. “Que o Senhor da paz, ele próprio, vos dê a paz, sempre e em toda parte”. Faz questão de dizer que as linhas que escreve são de fato suas: “Esta saudação é do meu próprio punho, de Paulo. É assim que assino todas as minhas cartas; é a minha letra. A graça de nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos vós”.
Frei Almir Ribeiro Guimarães
www.franciscanos.org.br
Tarde te Amei
Santo Agostinho
Tarde te amei, ó beleza tão antiga e tão nova! Tarde demais eu te amei!Eis que habitavas dentro de mim e eu te procurava do lado de fora!
Eu, disforme, lançava-me sobre as belas formas das tuas criaturas.
Estavas comigo, mas eu não estava contigo.
Retinham-me longe de ti as tuas criaturas, que não existiriam se em ti não existissem.
Tu me chamaste, e teu grito rompeu a minha surdez.
Fulguraste e brilhaste e tua luz afugentou a minha cegueira.
Espargiste tua fragrância e, respirando-a, suspirei por ti.
Eu te saboreei, e agora tenho fome e sede de ti.
Tu me tocaste, e agora estou ardendo no desejo de tua paz.