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domingo, agosto 18, 2013

Assunção de Nossa Senhora

Branco. Assunção de Nossa Senhora, Solenidade
Leituras
1ª Leitura - Ap 11,19a; 12,1-6a.10ab
Salmo - Sl 44(45),10bc.11.12ab.16 (R. 10b)
2ª Leitura - 1Cor 15,20-26.28


Evangelho - Lc 1,39-56
Naqueles dias, Maria partiu apressadamente dirigindo-se a uma cidade de Judá. Ela entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou de alegria em seu ventre, e Isabel ficou repleta do Espírito Santo. Com voz forte, ela exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Como mereço que a mãe do meu Senhor venha me visitar? Logo que a tua saudação ressoou nos meus ouvidos, o menino pulou de alegria no meu ventre. Feliz aquela que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido!”. Maria então disse: “A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque ele olhou para a humildade de sua serva. Todas as gerações, de agora em diante, me chamarão feliz, porque o Poderoso fez para mim coisas grandiosas. O seu nome é santo, e sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que o temem. Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os que tem planos orgulhosos no coração. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Encheu de bens os famintos, e mandou embora os ricos de mãos vazias. Acolheu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, conforme prometera a nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre”. Maria ficou três meses com Isabel. Depois, voltou para sua casa.

O dogma da Assunção nos dá uma certeza: Maria já alcançou a realização final. Tornou-se um sinal para a Igreja que crê no cumprimento das promessas de Deus.


A Assunção de Maria foi o último dogma mariano, proclamado pelo papa Pio XII (01/11/1950). Na Constituição Apostólica “Munificentissimus Deus”, a frase “terminado o curso da sua vida terrena”, deixa em aberto a questão sobre se a Virgem Maria morreu antes de sua assunção ou se ela foi assunta antes da morte. Ambas as possibilidades são aceitas pela Igreja.

Escritos desde o século IV falam da Assunção de Maria, mas seu ensino tornou-se comum no mundo cristão no século V. Foi estabelecido, no oriente, pelo imperador Maurício I, por volta do ano 600. No Século VIII o Papa Leão IV introduziu a festa no calendário da Igreja. Debates teológicos sobre a Assunção de Maria continuaram e, em 1950, o Papa Pio XII o definiu como dogma: “Pela autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo e em nossa própria autoridade, proclamamos, declaramos e definimos como dogma divinamente revelado, que a imaculada Mãe de Deus, Maria sempre Virgem, uma vez terminado o curso da sua vida terrena, foi elevada em corpo e alma à glória do céu”.

No Concílio Vaticano II (1962-65), o dogma da Assunção foi confirmado, segundo as seguintes palavras: “Preservada livre de toda culpa de pecado original, a Imaculada Virgem foi levada em corpo e alma à glória celestial, ao terminar sua viagem terrenal. Ela foi exaltada pelo Senhor como Rainha de todos, a fim de que pudesse ser mais completamente configurada a seu Filho, o Senhor dos senhores e o conquistador do pecado e da morte” (LG 59 e 68).

Na missa da Assunção de Nossa Senhora lemos uma passagem do livro do Apocalipse: “Apareceu um grande sinal no céu: uma mulher revestida do sol, a lua debaixo dos pés, e na cabeça uma coroa de doze estrelas” (12,1). Se hoje Maria está “vestida de sol”, não se deve a um mérito seu ou ao resultado de seus esforços, mas à escolha feita pelo próprio Deus.

O que o dogma da Assunção nos ensina? 

A Assunção de Maria mostra o valor do corpo humano, templo do Espírito Santo, também chamado à glorificação. Nosso corpo não é um instrumento do pecado, para a busca do prazer pelo prazer, mas para a glória de Deus.

Imaculada e assunta aos céus, Maria é a realização perfeita do projeto de Deus sobre a humanidade. “A Assunção manifesta o destino do corpo santificado pela graça, a criação material participando do corpo ressuscitado de Cristo, e a integridade humana, corpo e alma, reinando após a peregrinação da história” (Catequese renovada, 235).

O dogma da Assunção nos dá uma certeza: Maria já alcançou a realização final. Tornou-se um sinal para a Igreja que crê no cumprimento das promessas de Deus. Olhando para o que Deus já realizou em Maria, os cristãos animam-se a lutar contra o pecado e a construir um mundo justo e solidário, para participar, um dia, do Reino definitivo.


Dignidade da mulher
Uma mulher já participa da glória que está reservada à humanidade. Nasce, para nós, um desafio: lutar em favor das mulheres que, humilhadas, não têm podido deixar transparecer sua grande vocação. Em Maria, a dignidade da mulher é reconhecida pelo Criador.

Crer na Assunção é proclamar que aquela mulher que deu à luz num estábulo, que teve seu coração traspassado e viveu no exílio, foi exaltada por Deus, e, por tudo isso, está muito mais próxima de nós. A Assunção mostra as preferências de Deus por aqueles que são pobres, pequenos e pouco considerados neste mundo.

A Assunção de Maria lembra-nos que estaremos, um dia, eternamente com Deus. Uma irmã e mãe nossa – irmã na ordem da criação, mãe na ordem da graça – já está com Deus. Renova-se em nosso coração a esperança e a certeza de um dia também estarmos com o Senhor para sempre .


Pe. Francisco Sehnem, Scj
Revista Brasil Cristão

Pia União de Santo Antônio

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