Salmo - Sl 66, 2-3. 5. 7-8 (R. 4)
Evangelho - Mt 14,1-12
• Toda pessoa tem uma dimensão contemplativa: aceitação da vida, ação que nos transforma para a vida. Deus é o agente de nossa dimensão contemplativa.
• Nascemos humanos: “humano” é ser que desperta para a presença de Deus; sintonia para enxergar a razão de todas as coisas e sentir a relação com os seres.
• “Acender a luz dos olhos e do coração”; o despertar, dentro e ao redor de cada um, para o tempo, o meio, a vida, as pessoas que cada dia nos encontram e nos transformam.
• Essa transformação vai nos unindo a Deus que, respeitando nossa individualidade, vai nos transformando em Cristo.
• O último passo da contemplação: Deus nos torna colaboradores seus no anúncio desta transformação e realização, comunicando à cada pessoa esta nova vida recebida.
• Todos esses passos aconteceram na vida de Maria, “a Virgem feita Igreja”.
• Francisco e Clara, pela contemplação de Maria, refizeram este caminho em suas vidas.
PEQUENOS E FRACOS COMO A VIRGEM MARIA
• Deus resolveu começar tudo com uma mulher, jovem, solteira, pobre, noiva de um carpinteiro, moradora de um vilarejo tão miserável que nem constava dos mapas de Israel. Uma criatura para a qual nenhum poderoso iria olhar.
• O Deus da Bíblia trabalha, com predileção, justamente com o pobre, o pequeno, o fraco, o desprezado. Seu Filho seria o filho desta mulher, uma mulher pobre numa aldeia no fim do mundo. Os auxiliares imediatos de seu filho seriam pescadores por quem ninguém daria nada.• É fundamental entendermos esse sentido de ser virgem: não pertencer a ninguém, não contar nada como elemento constituinte do povo, não ser nada. É disso que Deus precisa para começar a fazer um contemplativo, porque é dessa massa que Ele faz um Cristo.
• Essa pobreza, esse “nada” da Mãe de Jesus é importante na contemplação de Francisco e Clara, que exatamente aí fundamentaram toda sua vida de recolhimento e ação. Ser pobre de tudo para ser rico de Deus, como Maria, era o grande sonho de Francisco e Clara e a realização de sua alegria.
• Deus resolveu começar tudo com uma mulher, jovem, solteira, pobre, noiva de um carpinteiro, moradora de um vilarejo tão miserável que nem constava dos mapas de Israel. Uma criatura para a qual nenhum poderoso iria olhar.
• O Deus da Bíblia trabalha, com predileção, justamente com o pobre, o pequeno, o fraco, o desprezado. Seu Filho seria o filho desta mulher, uma mulher pobre numa aldeia no fim do mundo. Os auxiliares imediatos de seu filho seriam pescadores por quem ninguém daria nada.• É fundamental entendermos esse sentido de ser virgem: não pertencer a ninguém, não contar nada como elemento constituinte do povo, não ser nada. É disso que Deus precisa para começar a fazer um contemplativo, porque é dessa massa que Ele faz um Cristo.
• Essa pobreza, esse “nada” da Mãe de Jesus é importante na contemplação de Francisco e Clara, que exatamente aí fundamentaram toda sua vida de recolhimento e ação. Ser pobre de tudo para ser rico de Deus, como Maria, era o grande sonho de Francisco e Clara e a realização de sua alegria.
UNIDOS AO ESPÍRITO COMO MARIA
• Essa virgem de Nazaré era mais uma figura do Povo, paralela daquela menina enjeitada, símbolo de Jerusalém, que alguém tinha jogado no lixo da cidade e estava para ser devorada pelos corvos se Deus não a recolhesse, como disse o profeta Ezequiel (Ez 16, 1-15). É Maria, símbolo da Esposa bíblica que é o miserável povo de Israel, que Deus convidou para ser Mãe unindo-se ao seu próprio Espírito.• A história dessa enjeitada que virou rainha é a história de cada um dos contemplativos: o Espírito de Deus age como um vento irresistível, construindo Maria dentro de cada um. Maria do silêncio, que sabia “conferir as coisas em seu coração” (Lc 2,52): é a visão contemplativa que abrange o mundo.
• Francisco e Clara contemplam Maria em integração perfeita com a Santíssima Trindade: filha, mãe e esposa. Antífona do Ofício da paixão: “Santa Virgem Maria, não há mulher nascida no mundo semelhante a vós, filha e serva do altíssimo Rei e Pai celestial, Mãe de nosso santíssimo Senhor Jesus Cristo, esposa do Espírito Santo”.
• Contemplação toda pelos olhos e extremamente concreta, objetiva. A Maria que Francisco e Clara conhecem não tem nada de teorias e não se perde no mundo dos conceitos: é um espelho prático em que enxergam a atuação do Espírito de Deus. Assumem as atitudes de Maria frente a Deus, e como ela, concebe, gera e dá a luz à Palavra de Deus, dando-lhe vida e forma.
• Porque a devoção de Francisco e Clara para com Maria foi justamente essa: aprender a acolher o Cristo para dá-lo à luz do mundo, com eles e em sua casa, Maria se tornou Mãe de toda a família franciscana.
MÃE DA HUMANIDADE COMO MARIA
• Maria gerou o corpo de Jesus de Nazaré e gera o espírito de cada um dos filhos de Deus até ficarem parecidos com o Primogênito de Deus. É através dela que cada um e todos juntos constituem o Cristo Místico, em seu Corpo, a Igreja.
• Maria mostra como se humaniza Deus e se diviniza o homem. Nela, a humanidade acolheu Deus e nela Deus é humanidade. Aquele pequenino envolto em fraldas, aquela criança com as feições de Maria, que com ela aprendeu a falar e a andar é Deus feito homem, transformação da história dos homens.
• Francisco e Clara contemplavam em Maria o mistério da encarnação, sem separar Jesus de sua Mãe. Porque, sem essa mulher, o Cristo seria um maravilhoso salvador sem bases históricas (humanidade), pois é nela que se encontram a divindade e a humanidade.
• Clara se comove porque “tão grande e glorioso Senhor quis descer ao seio da Virgem” (1Ct IP, 19). Francisco transborda de reconhecimento pela mulher que tornou possível a descida de Deus e da qual “recebeu verdadeiramente, em seu seio, o corpo da nossa frágil humanidade” (C.Fiéis 1,4).
NA MISSÃO DE DEUS COM MARIA
• A contemplação da vida de Maria parece ter alimentado toda a vida evangélica de Francisco e Clara: ela foi a primeira criatura humana a acolher o Reino de Deus. Essa é a base de toda a missão, pois Maria ensina tanto a acolher o Reino de Jesus como a fazê-lo nascer no coração de cada um.
• Francisco recordava Nossa Senhora como uma missionária percorrendo estradas com Jesus e os apóstolos. Ele a via pobre como Jesus, mas também como senhora e rainha como seu Filho sera rei e senhor. Maria, nossa irmã, representou toda a humanidade acolhendo a Redenção.
• Francisco e Clara plantaram entre seus filhos e filhas a convicção do Reino no coração dos desprotegidos, justamente por serem tão unidos à Mãe do Povo de Deus. Foi Maria quem os ensinou a partir do vazio da pobreza, unir-se a Deus no mais perfeito amor e ser “mães” de cada um dos pequenos seguidores de Jesus, ricos do seu sonho do Reino da Boa Nova. Esse sonho é possível a todos, porque na verdade o Reino de Deus começa no coração de cada um.
CONCLUSÃO
• Da contemplação de Maria, Francisco e Clara descobriram um caminho, um modo de ser e de viver. Minha vida de oração/contemplação está me conduzindo por um caminho de comunhão mais verdadeira com Deus, com as pessoas e com as criaturas?
• A oração/contemplação conduz necessariamente à conversão, ao seguimento e à configuração com Cristo. Ele está vivendo em mim? Sou capaz de descobri-lo, servi-lo e amá-lo nas pessoas e situações todas da vida.
• Minha vida é um “espelho” que reflete a vida e a presença do amor de Deus? Como está meu testemunho de Cristo? T
• Essa virgem de Nazaré era mais uma figura do Povo, paralela daquela menina enjeitada, símbolo de Jerusalém, que alguém tinha jogado no lixo da cidade e estava para ser devorada pelos corvos se Deus não a recolhesse, como disse o profeta Ezequiel (Ez 16, 1-15). É Maria, símbolo da Esposa bíblica que é o miserável povo de Israel, que Deus convidou para ser Mãe unindo-se ao seu próprio Espírito.• A história dessa enjeitada que virou rainha é a história de cada um dos contemplativos: o Espírito de Deus age como um vento irresistível, construindo Maria dentro de cada um. Maria do silêncio, que sabia “conferir as coisas em seu coração” (Lc 2,52): é a visão contemplativa que abrange o mundo.
• Francisco e Clara contemplam Maria em integração perfeita com a Santíssima Trindade: filha, mãe e esposa. Antífona do Ofício da paixão: “Santa Virgem Maria, não há mulher nascida no mundo semelhante a vós, filha e serva do altíssimo Rei e Pai celestial, Mãe de nosso santíssimo Senhor Jesus Cristo, esposa do Espírito Santo”.
• Contemplação toda pelos olhos e extremamente concreta, objetiva. A Maria que Francisco e Clara conhecem não tem nada de teorias e não se perde no mundo dos conceitos: é um espelho prático em que enxergam a atuação do Espírito de Deus. Assumem as atitudes de Maria frente a Deus, e como ela, concebe, gera e dá a luz à Palavra de Deus, dando-lhe vida e forma.
• Porque a devoção de Francisco e Clara para com Maria foi justamente essa: aprender a acolher o Cristo para dá-lo à luz do mundo, com eles e em sua casa, Maria se tornou Mãe de toda a família franciscana.
MÃE DA HUMANIDADE COMO MARIA
• Maria gerou o corpo de Jesus de Nazaré e gera o espírito de cada um dos filhos de Deus até ficarem parecidos com o Primogênito de Deus. É através dela que cada um e todos juntos constituem o Cristo Místico, em seu Corpo, a Igreja.
• Maria mostra como se humaniza Deus e se diviniza o homem. Nela, a humanidade acolheu Deus e nela Deus é humanidade. Aquele pequenino envolto em fraldas, aquela criança com as feições de Maria, que com ela aprendeu a falar e a andar é Deus feito homem, transformação da história dos homens.
• Francisco e Clara contemplavam em Maria o mistério da encarnação, sem separar Jesus de sua Mãe. Porque, sem essa mulher, o Cristo seria um maravilhoso salvador sem bases históricas (humanidade), pois é nela que se encontram a divindade e a humanidade.
• Clara se comove porque “tão grande e glorioso Senhor quis descer ao seio da Virgem” (1Ct IP, 19). Francisco transborda de reconhecimento pela mulher que tornou possível a descida de Deus e da qual “recebeu verdadeiramente, em seu seio, o corpo da nossa frágil humanidade” (C.Fiéis 1,4).
NA MISSÃO DE DEUS COM MARIA
• A contemplação da vida de Maria parece ter alimentado toda a vida evangélica de Francisco e Clara: ela foi a primeira criatura humana a acolher o Reino de Deus. Essa é a base de toda a missão, pois Maria ensina tanto a acolher o Reino de Jesus como a fazê-lo nascer no coração de cada um.
• Francisco recordava Nossa Senhora como uma missionária percorrendo estradas com Jesus e os apóstolos. Ele a via pobre como Jesus, mas também como senhora e rainha como seu Filho sera rei e senhor. Maria, nossa irmã, representou toda a humanidade acolhendo a Redenção.
• Francisco e Clara plantaram entre seus filhos e filhas a convicção do Reino no coração dos desprotegidos, justamente por serem tão unidos à Mãe do Povo de Deus. Foi Maria quem os ensinou a partir do vazio da pobreza, unir-se a Deus no mais perfeito amor e ser “mães” de cada um dos pequenos seguidores de Jesus, ricos do seu sonho do Reino da Boa Nova. Esse sonho é possível a todos, porque na verdade o Reino de Deus começa no coração de cada um.
CONCLUSÃO
• Da contemplação de Maria, Francisco e Clara descobriram um caminho, um modo de ser e de viver. Minha vida de oração/contemplação está me conduzindo por um caminho de comunhão mais verdadeira com Deus, com as pessoas e com as criaturas?
• A oração/contemplação conduz necessariamente à conversão, ao seguimento e à configuração com Cristo. Ele está vivendo em mim? Sou capaz de descobri-lo, servi-lo e amá-lo nas pessoas e situações todas da vida.
• Minha vida é um “espelho” que reflete a vida e a presença do amor de Deus? Como está meu testemunho de Cristo? T
Por Frei Regis Daher, OFM.
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