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quarta-feira, setembro 25, 2013

Discípulos leves e ágeis

LEITURA
Esdras 9, 5-9; 
Lucas 9, 1-6

Jesus convocou os doze, deu-lhes o poder e autoridade sobre todos os demônios e para curar doenças e enviou-os a proclamar o reino de Deus e a curar os enfermos (Lc 9, 1-2).

Os apóstolos são enviados. Apóstolo quer dizer enviado. Desde a tomada de consciência do Concilio do Vaticano II sentimos que há uma urgência: ir pelos caminhos, encontrar as pessoas, trocar ideias, partilhar a vida. Nos últimos tempos o Papa Francisco fala da cultura do encontro, do deixar as sacristias, do ir pelo mundo, do tentar conviver com as pessoas, fortalecer as ovelhas que estão no rebanho e atrair outras pessoas para o fascínio do Evangelho.

No evangelho hoje proclamado Jesus pede que os apóstolos sejam pessoas leves e ágeis. Que não levem muita bagagem. Na realidade que não levem nada: nem cajado, nem pão, nem dinheiro, nem mesmo duas túnicas. Pessoas que confiam no Senhor e não em seus recursos. Que sejam portadoras da paz. Portanto, discípulos generosos e leves, ágeis e lépidos.

Duas citações do Documento de Aparecida podem nutrir nossa reflexão: “A pessoa amadurece constantemente no conhecimento, amor e seguimento de Jesus Mestre, se aprofunda no mistério de sua pessoa, de seu exemplo, de sua doutrina. Para esse passo são de fundamental importância a catequese permanente e a vida sacramental, que fortalecem a conversão inicial e permitem que os discípulos missionários possam perseverar na vida cristã” (n 278 c).

“O discípulo, à medida que conhece e ama seu Senhor, experimenta a necessidade de compartilhar com outros a sua alegria de ser enviado, de ir ao mundo para anunciar Jesus Cristo, morto e ressuscitado, e tornar realidade o amor e o serviço na pessoa dos mais necessitados, em uma palavra, a construir o Reino de Deus. A missão é inseparável do discipulado, o qual não deve ser entendido como etapa posterior à formação, ainda que seja realizada de diversas maneiras de acordo com a própria vocação e com o momento da maturidade humana e cristã em que se encontra a pessoa” (n. 278 e).

Lucas pede ainda que os discípulos viageiros façam sua parte. Nem sempre serão bem acolhidos. “Todos aqueles que não vos acolherem, ao sairdes daquela cidade, sacudi a poeira dos vossos pés, como protesto contra eles”.

Frei Almir Ribeiro Guimarães
www.franciscanos.org.br





[OFMCap.] No último 21 setembro 2013, na Catedral de Bérgamo, o Cardeal Ângelo Amato, Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, proclamou Beato, Frei Tomás de Olera, frade Capuchinho que viveu entre os séculos XV e XVI. “Nós, acolhendo o desejo do nosso irmão Francesco Beschi, bispo de Bérgamo, de muitos outros irmãos no episcopado e de muitos fiéis, depois de ter recebido o parecer favorável da Congregação das Causas dos Santos, com nossa autoridade apostólica concedemos que o venerável Servo de Deus Tomás de Olera (no século Tomás Acerbis), leigo professo da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, que contemplando Cristo crucificado, tornou-se testemunha e zeloso catequista da alta caridade e divina Sabedoria, seja de agora em diante chamado Beato e que se possa celebrar a sua festa nos lugares e segundo as regras estabelecidas pelo Direito, cada ano em 04 de maio” – São as palavras de Papa Francisco na carta apostólica lida sábado, 21 de setembro pelo Cardeal Ângelo Amato, na Catedral de Bérgamo, cheia de fiéis, ao início da celebração pela beatificação de Frei Tomás de Olera, da qual participaram numerosos frades capuchinhos, inclusive da Cúria geral com o Ministro geral e os Definidores.


“O amor de Deus – escreveu o novo Beato – está nos corações humildes”. A vida de Tomás de Olera se reflete profundamente nestas palavras. Desde adolescente compartilha com os pais dificuldades e trabalho, primeiro como pastor e depois como lavrador. A vocação o leva, à idade de 17 anos, a entrar na Ordem dos Frades Capuchinhos no convento de Verona. Depois da formação, torna-se um pregador incansável do Evangelho e, sobretudo, um humilde esmoleiro. Todo dia pede a todos, sem distinção, ofertas e pão para os frades e os pobres. Garante a cada um consolações e orações. Tomás aproxima-se de todos e fala de Deus aos grandes do mundo, dentre os quais soberanos e imperadores e à gente humilde. Em 1618 foi transferido para Pádua, onde serviu como porteiro do convento. No ano sucessivo foi chamado a Innsbruck pelo Arquiduque do Tirol, Leopoldo V, e retoma a tarefa de pedir esmolas, exercendo fielmente até o fim da vida tal ofício. Tomás morre na sua humilde cela aos 3 de maio de 1631. A sua vida – destaca o Cardeal Amato – é um modelo para todos: “O Beato Tomás é um exemplo de vida cristã para todos. Era este o desejo do venerável Paulo VI, o qual, em 1963, escrevia: ‘Possa, a recordação deste humilde filho da forte terra bergamasca animar os sacerdotes e fieis a uma sempre maior doação de si na adesão consciente à verdade revelada, no esforço de testemunho cristão em todos os setores da vida e no exercício incansável e árduo das virtudes, especialmente da caridade”. (Rádio Vaticana)
Obedecendo às palavras de Papa Francisco, pronunciadas durante a oração do Ângelus domingo passado em Cagliari, “rendamos graças a Deus por este testemunho da humildade e da caridade de Cristo!” T

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Pia União de Santo Antônio

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