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domingo, fevereiro 03, 2013

A paradoxal força dos profetas

IV Domingo do Tempo Comum
Jeremias 1,4-5. 17-19; 1Coríntios 12,31-13, 13; Lucas 4, 21-30


Jeremias é chamado a ser profeta das nações. Jesus se apresenta como profeta que Deus quer, a Igreja é um povo de profetas.

O Missal Dominical da Paulus, assim descreve o profeta, esses seres que têm imensa força embora perseguidos e sofredores.

“O profeta é a consciência crítica do povo, uma consciência crítica não tanto em nome da razão, quanto em nome da Palavra de Deus. Por isso, o profeta é um “ser contra”; desmascara as astuciosas cumplicidades com o mal, onde quer que se encontrem; denuncia com firmeza os vícios do povo, a falsidade do culto, os abusos do poder, qualquer forma de idolatria e injustiça, qualquer tentativa de “aprisionar” a Deus. A denúncia profética é “juízo de Deus” sobre a malícia humana e ao mesmo tempo comunicação de sua santa vontade. É sempre um convite à conversão do coração, pessoal e coletiva.

A denúncia profética é obra do amor, um amor apaixonado por Deus e pelos homens.

O profeta é o defensor dos oprimidos, dos fracos, dos marginalizados; está sempre do seu lado; é a sua voz; a voz de quem não tem voz nem vez; é chamado a ser responsável por Deus diante dos homens e responsável pelos homens diante de Deus.

O profeta é o homem da esperança. A denúncia do mal não o torna amargo; ele olha para frente com confiança. Nos momentos mais duros do povo eleito (deportações, exílio, sofrimentos) as palavras do profeta são palavras de consolação e confiança. Denunciadas a infidelidade do povo, o profeta anuncia a fidelidade de Deus, na qual se baseia firmemente a esperança.

O profeta é o homem da “aliança”. É o homem que viu a Deus; não, certamente, Deus em si mesmo. Deus nos ultrapassa sempre, é sempre o Deus “escondido”. O profeta vê o que Deus faz, vê o seu plano de amor, faz uma leitura divina dos acontecimentos humanos” (p. 1102).

Lucas, no evangelho hoje proclamado, fala desse Jesus, profeta de Nazaré, que é rejeitado. Nenhuma profeta, afirma Jesus, é bem recebido em sua pátria. E Lucas conclui: “Quando ouviram essas palavras de Jesus, todos na sinagoga ficaram furiosos. Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no até o alto do monte sobre o qual a cidade estava construída com a intenção de lança-lo no precipício. Jesus, porém, passando entre eles, continuou o seu caminho”.

A Igreja é povo de profetas. Quando ela perde os profetas, perde o rumo.

Frei Almir Ribeiro Guimarães

franciscanos.org.br

Pia União de Santo Antônio

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