SEJAM BEM-VINDOS!

Caríssimos(as) Irmãos(as), saudamos a todos vocês com a Paz e o Bem contidas no Cristo Jesus e em São Francisco de Assis.



sexta-feira, janeiro 16, 2015

ENTRE VOCÊ E DEUS

ENTRE VOCÊ E DEUS 
Madre Teresa de Calcutá

Muitas vezes, as pessoas são egocêntricas, ilógicas e insensatas.
Perdoe-as, assim mesmo.

Se você é gentil, as pessoas podem acusá-lo de egoísta, interesseiro.
Seja gentil, assim mesmo.

Se você é um vencedor, terá alguns falsos amigos e inimigos verdadeiros.
Vença, assim mesmo.

Se você é honesto e franco, as pessoas podem enganá-lo.
Seja honesto e franco, assim mesmo.

Se você tem paz e é feliz, as pessoas podem sentir inveja.
Seja feliz, assim mesmo.

O bem que você faz hoje pode ser esquecido amanhã.
Faça o bem, assim mesmo.

Dê ao mundo o melhor de você, mas isso pode nunca ser o bastante,
Dê o melhor de você, assim mesmo.

Veja você que, no final das contas é

Entre Você e Deus e não entre você e os homens.



E aqui um link para acessar rádio católica/capuchinha de alta qualidade neste final de semana: http://www.webradiocapuchinhos.com/

terça-feira, janeiro 13, 2015

Será que estou fazendo a vontade de Deus?

Deus tem planos específicos para cada um de nós

Em Sua bondade e sabedoria infinitas, Deus define coisas importantes e especiais para nossa vida e nos conduz à realização de cada uma delas de acordo com a permissão que lhe damos. No entanto, justamente porque somos livres, muitas vezes guiados por nossas emoções e desejos, fazemos escolhas erradas e nos desviamos do plano que o Pai Eterno traçou para a nossa felicidade. Aí, sentimo-nos abatidos e, às vezes, perdemos até mesmo o sentido da vida. É como quem está em alto mar orientado por uma bússola e, fazendo uso da sua liberdade, resolve jogá-la fora e guiar-se sozinho.

No início, pode até parecer divertido e libertador, mas, depois de um tempo, começa a perceber os perigos a sua volta e procura, a todo custo, reencontrar o caminho para o porto seguro. O pior é que, nesta busca pelo porto, agarramo-nos aos destroços de coisas e conceitos vazios que nos fazem afundar ainda mais. E isso tem acontecido muito em nossos dias, onde a cultura do liberalismo nos envolve e arrasta para longe dos desígnios de amor que Deus tem para nós. Mas existe uma esperança! Com o auxílio da Graça Divina, sempre é tempo de reencontrarmos a bússola e voltarmos para os braços de Deus.

Dias atrás, uma jovem me procurou pedindo um minuto de atenção. Falou-me dos encontros e desencantos que a vida tem lhe proporcionado, das emoções feridas pela insegurança de um relacionamento que não deu certo, da frustração ao ver sua vida profissional abalada junto com as emoções e a dor de não ser acolhida como gostaria que fosse. Estava fragilizada, mas sua confiança no amor de Deus ainda a mantinha em pé. Aliás, ela mesma afirmou que foi este o motivo que lhe fez vir ao meu encontro. Depois de poucas palavras, concluiu com uma voz embargada e olhos rasos de lágrimas: “Eu só queria descobrir qual é a vontade de Deus para minha vida!”.

Foi justamente ali, enquanto ouvia aquela jovem e fazia um esforço tremendo para não dar sinal de que meu tempo já havia acabado, que decidi escrever sobre esse assunto. Acredito que saber discernir a vontade de Deus a nosso respeito é o segredo para a felicidade. Isso muda o rumo da nossa história e dá sentido a todas as coisas. Mas há um porém: não existe um manual com respostas prontas para essa descoberta. Assim como nossa vida é única diante de Deus, a vontade d’Ele a nosso respeito também é, e esta se revela sutilmente nas entrelinhas dos acontecimentos da nossa história. É preciso interpretá-la! Não podemos insistir em dizer para Deus o que queremos sem antes percebermos o que Ele realmente quer para nós, e isso exige humildade e perseverança.

O fato é que, conscientes ou não, lidamos com o nosso querer e o querer de Deus o tempo todo. Às vezes, estamos de comum acordo, e isso é maravilhoso, mas nem sempre é assim. E quando percebemos que nosso querer não traz paz e tudo indica que Deus nos reserva o contrário do que desejávamos, precisamos ter a coragem e a firme decisão de viver o abandono e optarmos pelo querer de Deus se a nossa meta for a felicidade. Isso é fácil? Claro que não! Aliás é muito difícil e nossa natureza parece que até range por dentro sem querer se dobrar, mas a vida prova que esta é a melhor escolha. No entanto, é importante lembrar que submissão à vontade de Deus é diferente de comodismo e falta de ideal.

É ter a coragem de sonhar, fazer planos e lutar por eles sim! Porém, dando a Deus a liberdade para mudá-los caso seja este o Seu querer. É algo desafiante, mas libertador. A Palavra do Senhor diz que Deus tem desígnios de felicidade para nossa vida (Jereminas 29, 11). E, por intermédio de Jesus, Ele nos mostrou o caminho que nos leva a ela. Por isso, quando vivemos de acordo com Seus ensinamentos expressos nas Sagradas Escrituras, nossa vida funciona em harmonia mesmo em meio às lutas; e quando os ignoramos, nossa vida se desintegra mesmo que pareça termos tudo que desejávamos.

O que eu disse àquela jovem digo também a você: confie seguramente no amor de Deus e acredite. Se você for fiel, Ele não vai desampará-lo! Quanto mais você se aproximar do Senhor, por meio de uma vida comprometida com a oração e a prática da caridade, mais confiança adquire e mais cresce no amor. Sendo assim, já não terá medo do que venha acontecer em sua vida no próximo instante, porque, seja o que for, será o melhor meio que Deus escolheu para sua felicidade.

“O amor lança fora todo temor” (1 Jo 4,18)

Dijanira Silva
cancaonova.com

segunda-feira, janeiro 12, 2015

Celebração homenageia Zilda Arns e dá o primeiro passo para beatificar a fundadora da Pastoral da Criança

O primeiro passo para a beatificação da médica e fundadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns Neumann, aconteceu no último sábado, 10, na Arena da Baixada, em Curitiba (PR). Cerca de 40 mil pessoas de todos os estados brasileiros estiveram presentes na celebração que marcou a entrega oficial da moção que solicita a abertura do processo de beatificação de Zilda Arns.

A moção é um documento que reúne assinaturas, com o objetivo de demonstrar o apoio da população a uma causa ou proposta. Neste caso, os fiéis apoiam o reconhecimento à fama de santidade e ao legado evangelizador e pastoral da doutora Zilda.

A celebração eucarística foi conduzida pelo presidente da Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Raymundo Damasceno, e contou com a presença de mais de 20 bispos de vários municípios brasileiros e autoridades municipais e estaduais.

Beatificação

De acordo com Nelson Arns, coordenador nacional adjunto da Pastoral da Criança e filho de Zilda, o evento foi resultado de uma rede nacional de mobilização, que coletou assinaturas para a moção de apoio à beatificação. O documento com mais de 130 mil assinaturas foi entregue durante a celebração eucarística à arquidiocese de Curitiba e o próximo passo será o encaminhamento do processo completo para o Vaticano.

“O trabalho de minha mãe à frente da Pastoral foi marcado pelo altruísmo e isso permanece até hoje. As pessoas que integram a Pastoral buscam melhorar sua atuação junto às crianças e à sociedade, não pedem nada para si, mas pelos outros. O apoio à beatificação de uma pessoa que não era religiosa também chama a atenção para o fato de que todos os cristãos são chamados à santidade, e não apenas aqueles que seguem a vocação religiosa”, disse.

Para o arcebispo da Paraíba (PB) e membro do Conselho Diretor da Pastoral da Criança, dom Aldo Di Cillo Pagoto, responsável pelo anúncio de que a Igreja do Brasil daria início ao pedido de beatificação de Zilda, o reconhecimento da médica representaria a valorização do enorme legado deixado por ela. “Zilda dedicou-se à uma certa concepção de vida que precisa ser valorizada. Foi agregadora dos valores de defesa e promoção da vida de crianças e idosos. Seu trabalho tem um caráter sagrado, mas também político. Por isso pedimos reconhecimento para essa líder e benemérita”, declarou.

Biografia

Zilda Arns nasceu em 25 de agosto de 1934, em Forquilhinha, Santa Catarina (SC). Ela desenvolveu um importante trabalho social, reconhecido em todos o país. Fundou a Pastoral da Criança em 1983 e, mais tarde, a Pastoral da Pessoa Idosa. A médica pediatra e sanitarista ficou conhecida nacionalmente e em mais 21 países pelo trabalho de combate à mortalidade infantil e de proteção a gestantes e idosos, com a ajuda de um exército de mais de 200 mil voluntários.

A candidata à beata morreu no dia 12 de janeiro de 2010, durante o terremoto que devastou o Haiti, onde estava em missão humanitária, para introduzir a Pastoral da Criança no país. 

Zilda Arns encontrava-se em Porto Príncipe, em missão humanitária, para introduzir a Pastoral da Criança no país.

cnbb.org.br

domingo, janeiro 11, 2015

“O Filho Amado”: festa do Batismo do Senhor

11 de janeiro de 2015
Festa do Batismo do Senhor
Isaías 42, 1-4.6-7; Atos 10, 34-38; Marcos 1, 7-11

Assim fala o Senhor: “Eis o meu servo – eu o recebo; eis o meu eleito, nele se compraz a minha alma; pus meu espírito sobre ele, ele promoverá o julgamento das nações (Is 42, 1).

Estamos para terminar o ciclo da liturgia do Natal. O Deus grande e belo foi se revelando aos seus: primeiro foi o presépio das palhas, em seguida a manifestação aos Magos. Hoje, o Pai mostra o Filho amado nas águas do Jordão.

Havia alguma coisa diferente no ar. O Batista impressionava. Falava da chegada dos tempos finais e pedia que seus ouvintes se convertessem e os convidava a um banho de purificação. Aqueles e aquelas que ouviam suas palavras fortes e contundentes tinham vontade colocar um sinal, um gesto exterior que expressasse seu arrependimento. Era batizados no Jordão. Ao nome de João, filho de Isabel e de Zacarias, acrescentou-se uma palavra que, de alguma forma, o definia: João Batista, o batizador.

Um belo dia, Jesus se associa ao cortejo dos pecadores. Aquele que não havia conhecido pecado, o transparente, a luz que vem da luz, se apresenta a João pedindo que ele o batizasse. Ele queria se unir a todo um povo de pessoas que tinham consciência dos dilaceramentos interiores. Aquele que não conhecera pecado agora se unia ao cortejo dos infratores.

Marcos, sempre sucinto, descreve a cena com poucas palavras: “Naqueles dias, Jesus veio de Nazaré da Galiléia e foi batizado por João no rio Jordão. E logo ao sair da água viu o céu se abrindo, e o Espirito, como pomba descer sobre ele”.

Demos a palavra a Pedro Crisólogo (sec. V):

“Hoje Cristo entrou nas águas do Jordão para lavar o pecado do mundo. E João dá testemunho que foi para isso que ele veio, ao dizer: Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1,29).

Hoje, o servo recebe o Senhor, o homem recebe Deus, João recebe Cristo; recebe-o para obter o perdão e não para conceder. Hoje, como disse o profeta, a voz do Senhor ressoa sobre as águas (Sl 28,3). E o que diz esta voz? Eis o meu Filho amado no qual eu pus o meu agrado (Mt 3, 17).
Hoje, o Espirito Santo, em forma de pomba paira sobre as águas: assim como uma pomba anunciou a Noé o fim do dilúvio, por sua presença os homens saberiam que havia terminado ininterrupto naufrágio do mundo. Esta pomba não trouxe como a outra, um ramo da antiga oliveira, mas derramou sobre a cabeça do Senhor toda a riqueza do novo óleo, cumprindo-se assim o que o profeta anunciara: É por isso que Deus vos ungiu com seu óleo, deu-vos mais alegria que aos vossos amigos (Sl 44,8).

Frei Almir Ribeiro Guimarães

franciscanos.org.br

sábado, janeiro 10, 2015

Quem é Deus?

As religiões e a filosofia se perguntavam “o que é Deus?”, mas, pela revelação, o homem é levado a se perguntar “quem é Deus?”

Ao longo da história, todas as culturas se fizeram esta pergunta; tanto é assim, que os primeiros sinais de civilização se encontram, geralmente, no âmbito religioso e cultural. Crer em Deus está, em primeiro lugar, para o homem de qualquer época.

A diferença essencial está em qual Deus se crê. De fato, em algumas religiões pagãs, o homem adorava as forças da natureza, enquanto manifestações concretas do sagrado, e contavam com uma pluralidade de deuses, ordenada hierarquicamente. Na Grécia Antiga, por exemplo, também a divindade suprema, em um panteão de deuses, era regida, por sua vez, por uma necessidade absoluta que abarcava o mundo e os próprios deuses.

Para muitos estudiosos da história das religiões, em muitos povos ocorreu uma progressiva perda a partir de uma “revelação originária” do único Deus. Mas, em todo caso, inclusive nos cultos mais degradados, podem ser encontradas chispas ou indícios em seus costumes da verdadeira religiosidade: a adoração, o sacrifício, o sacerdócio, o oferecimento, a oração, a ação de graças etc.

A razão, tanto na Grécia como em outros lugares, tratou de purificar a religião, mostrando que a divindade suprema deveria se identificar com o bem, a beleza e o próprio ser, enquanto fonte de todo bem, de todo o belo e de tudo o que existe. Mas isso sugere outros problemas, concretamente o afastamento de Deus por parte do fiel, pois, desse modo, a divindade suprema ficava isolada em uma perfeita autarquia, já que a mesma possibilidade de estabelecer relações com a divindade era vista como um sinal de fraqueza. Além disso, tampouco fica solucionada a presença do mal, que aparece, de algum modo, como necessária, pois o princípio supremo está unido por uma cadeia de seres intermediários, sem solução de continuidade, ao mundo.

A revelação judaico-cristã mudou radicalmente este quadro: Deus é representado, na Escritura, como Criador de tudo o que existe e Origem de toda força natural. A existência divina precede absolutamente a existência do mundo, que é radicalmente dependente do Senhor. Aqui está contida a ideia de transcendência: entre Deus e o mundo a distância é infinita e não existe uma conexão necessária entre eles. O homem e todo o criado poderiam não ser, e naquilo que são dependem sempre de outro; ao passo que Deus é e o é por si mesmo.

Esta distância infinita, esta absoluta pequenez do homem diante de Deus, mostra que tudo o que existe é querido por Ele com toda Sua vontade e liberdade: tudo o que existe é bom e fruto do amor (cfr. Gn 1). O poder de Deus não é limitado nem no espaço nem no tempo, por isso Sua ação criadora é dom absoluto, é amor. Seu poder é tão grande que quer manter Sua relação com as criaturas; inclusive salvá-las se, por causa de sua liberdade, afastarem-se do Criador. Portanto, a origem do mal deve ser situada em relação com o eventual uso equivocado da liberdade por parte do homem – coisa que, de fato, ocorreu, como narra o Gênesis: vid. Gn 3 –, e não com algo intrínseco à matéria. Ao mesmo tempo, é preciso reconhecer que, em razão do que se acaba de mencionar, Deus é pessoa que atua com liberdade e amor. As religiões e a filosofia se perguntavam “o que é Deus?”, mas, pela revelação, o homem é levado a se perguntar “quem é Deus?” (cfr. Compêndio, 37); um Deus que sai ao seu encontro e busca o homem para falar-lhe como a um amigo (cfr. Ex 33,11). Tanto é assim que o Senhor revela a Moisés o Seu nome, “Eu sou aquele que sou” (Ex 3,14), como prova de Sua fidelidade à aliança e de que o acompanhará no deserto, símbolo das tentações da vida.

É um nome misterioso que, em todo caso, nos dá a conhecer as riquezas contidas em Seu mistério inefável: somente Ele é, desde sempre e para sempre, aquele que transcende o mundo e a história, mas que também se preocupa com o mundo e conduz a história. Ele foi quem fez o céu e a terra, e os conserva. Ele é o Deus fiel e providente, sempre junto a Seu povo para salvá-lo. Ele é o Santo por excelência, “rico em misericórdia” (Ef 2, 4), sempre disposto ao perdão. Deus é o ser espiritual, transcendente, onipotente, eterno, pessoal e perfeito. Ele é a verdade e o amor” (Compêndio, 40).

Assim, pois, a revelação se apresenta como uma novidade absoluta, um dom que o homem recebe do Alto e que deve aceitar com reconhecimento de ação de graças e um obséquio religioso. Portanto, a revelação não pode ser reduzida a meras expectativas humanas, vai muito mais além: ante a Palavra de Deus que se revela só cabe a adoração e o agradecimento, o homem cai de joelhos ante o assombro de um Deus, que, sendo transcendente, se faz interior íntimo (Santo Agostinho, Confissões, 3, 6, 11), mais próximo de mim que eu mesmo e que busca o homem em todas as situações de sua existência: “O criador do céu e da terra, o único Deus que é fonte de todo ser, este único Logos criador, esta Razão criadora ama pessoalmente ao homem, mais ainda, ama-o apaixonadamente e quer, por sua vez, ser amado. Por isso, esta Razão criadora, que ao mesmo tempo ama, dá vida a uma história de amor (…), amor que se manifesta cheio de inesgotável fidelidade e misericórdia; é um amor que perdoa além de todo e qualquer limite”

Por Papa Bento XVI, Discurso na IV Assembléia Eclesial Nacional Italiana.

cancaonova.com

sexta-feira, janeiro 09, 2015

Solenidade da Epifania do Senhor

ENCONTRO – CONVERSÃO – MISSÃO

A Igreja celebra a Epifania, isto é, a manifestação do Senhor ao mundo inteiro. Os Magos representam os povos de todas as línguas e nações que se põem a caminho, chamados por Deus, para adorar Jesus (cf. Mt 2, 1-12).

Nos Reis Magos, vemos milhares de almas de toda a terra que se procuram o Senhor para adorará-Lo. Passaram-se vinte séculos desde aquela primeira adoração, e esse longo desfile do mundo inteiro continua chegando a Cristo.

A festa da Epifania incita todos os fiéis a partilharem dos anseios e fadigas da Igreja, que “ora e trabalha ao mesmo tempo, para que a totalidade do mundo se incorpore ao Povo de Deus, Corpo do Senhor e Templo do Espírito Santo” (LG 17). Nós podemos ser daqueles que, estando no mundo, imersos nas realidades temporais, viram a estrela de uma chamada de Deus e são portadores dessa luz interior que se acende em consequência do trato diário com Jesus. Sentimos, pois, a necessidade de fazer com que muitos indecisos ou ignorantes se aproximem do Senhor e purifiquem a sua vida.

A Epifania é a festa da fé e do apostolado da fé. “Participam desta festa tanto os que já chegaram à fé como os que procuram alcançá-la. Participa desta festa a Igreja, que cada ano se torna mais consciente da amplitude da sua missão. A quantos é necessário levar ainda a fé! Quantos homens é preciso ainda reconquistar para a fé que perderam, numa tarefa que é às vezes mais difícil do que a primeira conversão!

A Epifania recorda-nos que devemos esforçar-nos por todos os meios ao nosso alcance para que todos os nossos amigos, familiares e colegas se aproximem de Jesus.

Os Magos, seguindo a estrela, encontram o lugar onde estava o Salvador com Maria e José. E voltaram às suas regiões por outro caminho.

Quem encontra Jesus Cristo muda de caminho. Toma outro caminho. Um caminho novo, o caminho de Jesus Cristo que se apresenta como o Caminho. O encontrar Deus no menino transforma a vida das pessoas. Já não podem voltar a Herodes. Voltaram por outro caminho à sua região. Importa seguir a estrela que pousará onde está Jesus Cristo. Precisamos estar atentos à estrela. A estrela são todos os sinais de Deus para que encontremos o Messias Salvador: a Palavra de Deus, os Sacramentos, o Magistério da Igreja, uma boa palavra do sacerdote ou de pessoas amigas, os acontecimentos da vida.

Os Magos seguiram a estrela. Não duvidaram, porque sua fé era sólida, firme; não titubearam perante a fadiga de tão longa viagem, porque o seu coração era generoso. Não adiaram a viagem para mais tarde, porque tinham alma decidida. É importante aprender dos Magos a virtude da perseverança: mesmo durante o tempo em que a estrela se ocultou aos seus olhares continuaram à procura do Menino! Também nós devemos perseverar na prática das boas obras, mesmo durante as mais obscuras trevas interiores. É a prova do espírito, que somente pode ser superada num intenso exercício de fé. Sei que Deus assim o quer, devemos repetir nesses momentos: Sei que Deus me chama e isso basta! “Sei em quem pus a minha confiança” (2Tm 1, 12).

Sejamos estrelas que vão indicando o caminho ao próximo para que ele encontre o Messias Salvador. Há muitas maneiras de sermos estas estrelas, dando testemunho de Jesus Cristo. Isso na família, na Igreja e na sociedade. Que na festa da Epifania nos deixemos guiar pela estrela, iluminar por ela, e poderemos ser luz para os outros.

Peçamos à Virgem Maria que nos conduza ao seu Filho Jesus. Os Reis Magos tiveram uma estrela. Nós temos Maria!

Mons. José Maria Pereira
presbiteros.com.br

quinta-feira, janeiro 08, 2015

Ano da Paz proposto pela CNBB tem iniciativas pelo Brasil

Com a chegada do Ano Novo, iniciaram-se também ações pela Paz. Em 2014, os bispos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) aprovaram, por unanimidade durante a 52ª Assembleia Geral, o Ano da Paz. Trata-se de um período de reflexões, orações e ações sociais, que se estenderá até o Natal de 2015. Baixe aqui o banner do Ano da Paz.

No dia 1º de janeiro, paróquias da arquidiocese de São Luís (MA) reuniram fiéis para proclamar a paz. As missas começaram logo cedo, com participação de centenas de pessoas. Outras atividades estão previstas ao longo do ano na cidade, que pretende, ainda, contar com o engajamento de escolas, universidades e outros setores da sociedade. Na arquidiocese do Rio de Janeiro, também foram celebradas missas pela paz. O arcebispo, cardeal dom Orani João Tempesta, recordou que a “alegria nasce da paz que Cristo concede”.

“Que possamos viver este Ano da Paz com muitas bênçãos. Atitudes, gestos concretos e sempre pedindo ao Senhor que nos ilumine e que traga esta paz aos nossos corações, às famílias e a todo o mundo. Que a Paz reine em nossas fronteiras! Sejamos propagadores e testemunhas da paz, aquela paz que vem do Senhor”, disse o cardeal Orani.

Com a proposta do Ano da Paz, a Igreja no Brasil quer ajudar na superação da violência e despertar para a convivência mais respeitosa e fraterna entre as pessoas, explica o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner. “A violência, a falta de paz, provém do desprezo aos valores da família, da escola na formação do cidadão, do desprezo da vida simples", pontua dom Leonardo.

De acordo com os últimos dados do Mapa da Violência, mais de 56 mil pessoas foram assassinadas no Brasil em 2012. Os jovens são os principais afetados neste contexto, somando mais de 27 mil vítimas naquele ano.

Dom Leonardo afirma que as relações mais próximas, na atualidade, encontram dificuldade de manterem-se vivas e que há uma violência generalizada. "Violência que se manifesta na forma da morte de pessoas, na falta de ética na gestão da coisa pública, na impunidade. A violência, a falta de paz, provém do desprezo aos valores da família, da escola na formação do cidadão, do desprezo da vida simples", explicou.

Ações práticas
Para celebração do Ano da Paz, serão aproveitados os meses temáticos do Ano Litúrgico, como os meses vocacional, da Bíblia e da missão. "Vamos refletir durante o ano sobre o porquê da violência e sobre a necessidade de uma convivência fecunda e frutuosa. O Ano Litúrgico nos oferece oportunidades para pensar sobre a paz e a realidade da violência", lembrou dom Leonardo.

O arcebispo de São Luís (MA) e vice-presidente da CNBB, dom José Belisário da Silva, afirma que o Ano da Paz é um convite para reflexão sobre os motivos de tantos acontecimentos violentos. "Está na hora da sociedade brasileira dar passos no sentido de buscar uma harmonia maior no relacionamento humano. Os nossos relacionamentos estão muito degastados", ressalta.

Para dom Leonardo, o Ano Litúrgico oferece oportunidades para refletir sobre a paz e a realidade da violência. “Os meses temáticos como agosto, mês das vocações, setembro, mês da Palavra de Deus, outubro o mês das missões. Mas desejamos ter um dia para manifestar nas ruas de nossas cidades que acreditamos na paz, na fraternidade”.

cnbb,org.br

terça-feira, janeiro 06, 2015

2015: um ano da graça do Senhor

Queridos irmãos e irmãs!

Desejo a todos um ano novo de paz e de alegria. Que a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo, estejam presentes na vida de todos vós, em todos os dias do ano novo de 2015. Ainda a cena de Belém é a que nos inspira a voltar nossos corações para a ternura de Deus e a reconhecer que Ele faz novas todas as coisas (cf. Ap 21,6). Ele é que inicia um novo tempo para nós, tempo de graça, de alegria e de paz. Contemplemos o mistério de graça que envolve a Virgem Maria, Mãe de Jesus Cristo, Filho de Deus.

O início do ano é sempre ocasião para fazermos os propósitos para a nossa vida. E nós todos temos vários motivos para que o ano de 2015 seja vivido na ação de graças ao Deus da vida e do amor. Nós encerraremos as comemorações dos 50 anos do Concílio Vaticano II. Há 50 anos (1965-2015), a Igreja concluía o acontecimento mais importante de sua história nos últimos 400 anos. De fato, o 21º Concílio Ecumênico da Igreja Católica aconteceu 400 anos depois do grande Concílio de Trento. O Espírito Santo, o mesmo que trouxe vida ao seio de Maria, trouxe também a renovação da Igreja no grande século XX. Graças vos damos, Senhor, pela assembleia conciliar em que a Igreja reassumiu o rosto misericordioso de seu Fundador. Nós vos louvamos e bendizemos, Senhor, por ter a Igreja se voltado para o centro de sua vida, Cristo, a luz dos povos, Aquele que traz as alegrias e as esperanças para o ser humano, o que nos revela a Palavra de Deus, Ele o mistério redentor que celebramos na Liturgia, Ele faz da Igreja missionária em sua mais intima natureza, renova a vida de todos os seus membros: bispos, presbíteros, diáconos, religiosos e religiosas, leigos, tornando-nos capazes de assumir o diálogo como forma de amor, com todos os homens e mulheres de boa vontade, católicos ou não, crentes ou descrentes, diálogo que respeita a dignidade humana e a liberdade de todos. O Concilio Vaticano II foi o acontecimento da graça renovadora do Espírito para Igreja e nós agradecemos ao bom Deus por termos nascido neste tempo. Também em 2015 celebro 40 anos de sacerdócio, agradeço ao bom Deus por ter-me escolhido para servo do seu Filho e de sua Igreja.

Desejemos viver 2015 com alegria. É a marca do Pontificado atual. Papa Francisco não cessa de gritar para toda a Igreja: não deixem que vos roubem a alegria da fé, da evangelização, da missão permanente. O que o Espírito diz à nossa Igreja é isto: alegrai-vos, sempre. Convoco a todos a deixarem que a alegria do Evangelho inunda toda a vossa vida. Minha mensagem e meu desejo mais profundo a todos os homens e mulheres: alegrai-vos com a vida, com a amizade, com a comunidade; alegrai-vos no ambiente de trabalho, na diversão, no estudo. A verdadeira alegria é aquela que contagia, isto é, a que faz bem ao outro, que não se fecha no auto-prazer, mas se difunde e é envolvente. Essa é a alegria que o Menino Jesus traz para todos nós.

Por fim, o início do ano é a festa da paz, da confraternização universal. Neste dia a Igreja no Brasil inicia o Ano da Paz. Como necessitamos de paz! Como devemos rezar pela paz no mundo! Necessitamos de paz em nossos lares, em nosso ambiente de trabalho, em nossa vida. A paz que deixa nossos corações prontos e determinados a continuar a caminhada de fé, de esperança e de amor. Rezemos pela paz, sejamos construtores da paz, globalizemos a fraternidade, lutemos para que não haja mais escravidão e indiferença, e todos sejam respeitados em sua dignidade humana. Amém.

arquidiocesedenatal.org.br

Pia União de Santo Antônio

Pia União de Santo Antônio