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domingo, janeiro 11, 2015

“O Filho Amado”: festa do Batismo do Senhor

11 de janeiro de 2015
Festa do Batismo do Senhor
Isaías 42, 1-4.6-7; Atos 10, 34-38; Marcos 1, 7-11

Assim fala o Senhor: “Eis o meu servo – eu o recebo; eis o meu eleito, nele se compraz a minha alma; pus meu espírito sobre ele, ele promoverá o julgamento das nações (Is 42, 1).

Estamos para terminar o ciclo da liturgia do Natal. O Deus grande e belo foi se revelando aos seus: primeiro foi o presépio das palhas, em seguida a manifestação aos Magos. Hoje, o Pai mostra o Filho amado nas águas do Jordão.

Havia alguma coisa diferente no ar. O Batista impressionava. Falava da chegada dos tempos finais e pedia que seus ouvintes se convertessem e os convidava a um banho de purificação. Aqueles e aquelas que ouviam suas palavras fortes e contundentes tinham vontade colocar um sinal, um gesto exterior que expressasse seu arrependimento. Era batizados no Jordão. Ao nome de João, filho de Isabel e de Zacarias, acrescentou-se uma palavra que, de alguma forma, o definia: João Batista, o batizador.

Um belo dia, Jesus se associa ao cortejo dos pecadores. Aquele que não havia conhecido pecado, o transparente, a luz que vem da luz, se apresenta a João pedindo que ele o batizasse. Ele queria se unir a todo um povo de pessoas que tinham consciência dos dilaceramentos interiores. Aquele que não conhecera pecado agora se unia ao cortejo dos infratores.

Marcos, sempre sucinto, descreve a cena com poucas palavras: “Naqueles dias, Jesus veio de Nazaré da Galiléia e foi batizado por João no rio Jordão. E logo ao sair da água viu o céu se abrindo, e o Espirito, como pomba descer sobre ele”.

Demos a palavra a Pedro Crisólogo (sec. V):

“Hoje Cristo entrou nas águas do Jordão para lavar o pecado do mundo. E João dá testemunho que foi para isso que ele veio, ao dizer: Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1,29).

Hoje, o servo recebe o Senhor, o homem recebe Deus, João recebe Cristo; recebe-o para obter o perdão e não para conceder. Hoje, como disse o profeta, a voz do Senhor ressoa sobre as águas (Sl 28,3). E o que diz esta voz? Eis o meu Filho amado no qual eu pus o meu agrado (Mt 3, 17).
Hoje, o Espirito Santo, em forma de pomba paira sobre as águas: assim como uma pomba anunciou a Noé o fim do dilúvio, por sua presença os homens saberiam que havia terminado ininterrupto naufrágio do mundo. Esta pomba não trouxe como a outra, um ramo da antiga oliveira, mas derramou sobre a cabeça do Senhor toda a riqueza do novo óleo, cumprindo-se assim o que o profeta anunciara: É por isso que Deus vos ungiu com seu óleo, deu-vos mais alegria que aos vossos amigos (Sl 44,8).

Frei Almir Ribeiro Guimarães

franciscanos.org.br

Pia União de Santo Antônio

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