Leituras
1ª Leitura - 2Sm 12,1-7a.10-17
Salmo - Sl 50, 12-13. 14-15. 16-17 (R. 12a)
Evangelho - Mc 4,35-41
Depois de uma série de ensinamentos em parábolas (Mc 4,1-34), Jesus faz com os seus discípulos uma nova travessia “para a outra margem”, trajeto que parece habitual para eles. Se não todos, a maioria dos seus discípulos conhecia muito bem o mar da Galileia, habituados a ter esse lugar como local de trabalho. Situado a 210 metros abaixo do nível do mar, o fenômeno de ventos que agitam as águas e provocam como que ondas, é conhecido. A força dos ventos, a agitação das águas que invadem o barco, o desespero e o medo dos discípulos contrastam com a tranquilidade de Jesus, que dorme. Ao ser acordado pelos discípulos, põe-se em pé e, com a palavra determinada, a mesma dirigida aos demônios (cf. Mc 1,25), domina a fúria do vento e do mar. No Antigo Testamento, é Deus quem acalma a fúria das ondas e conduz os seus ao porto seguro (cf. Sl 107,29). O texto é a ocasião para proclamar a divindade e a vitória de Cristo sobre o mal. Para o discípulo, o texto é um apelo à confiança, a não se deixar dominar pelo medo. No tempo da angústia e da aflição, é a fé no Senhor que permanece conosco e deve nos dominar e conduzir (cf. Sl 107,25-30).
Carlos Alberto Contieri, sj
ORAÇÃO
Pai, concede-me uma fé profunda que permita manter-me sereno em meio às tribulações desta vida, certo de que está comigo o Senhor.
paulinas.org.br