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sexta-feira, janeiro 17, 2014

A fé como atitude prática - Santo Antão do Egito - 17 de janeiro

Branco. 6ª-feira da 1ª Semana Tempo Comum 
Sto. Antão Ab, memória

Leituras
1ª Leitura - 1Sm 8,4-7.10-22a
Salmo - Sl 88, 16-17. 18-19 (R. Cf. 2a)
Evangelho - Mc 2,1-12

Reflexão
Com este episódio, tem início a seção denominada de “controvérsias galileanas” (Mc 2,1–3,6). A finalidade dessa seção é apresentar as resistências enfrentadas por Jesus no desempenho de sua missão. A questão da controvérsia é o “perdão dos pecados”, mas no centro do relato está a fé dos quatro homens que carregam e levam o paralítico até Jesus. A fé, aqui, se manifesta como uma atitude prática que fez com que os quatro homens procurassem todos os meios para que o paralítico fosse posto diante do Senhor da vida. A palavra de Jesus fazia sentido à vida de todos e comunicava um sopro de vida. A palavra é dita e toma corpo no perdão e na consequente cura do paralítico, pois para a mentalidade da época a enfermidade estava ligada ao pecado. O que atrai a atenção de Jesus é a fé daqueles quatro homens que carregam o paralítico. Por que não ver nesses quatro personagens anônimos a evocação dos quatro primeiros discípulos chamados por Jesus às margens do mar da Galileia (Mc 1,16-20)? É a fé deles que faz Jesus agir em favor do paralítico. O perdão dos pecados é, outrossim, um dos sinais dos tempos messiânicos (cf. Jr 31,34).

Carlos Alberto Contieri, sj
paulinas.org.br



Santo Antão do Egito
“Quando eu for elevado da terra, atrairei todos a mim” (Jo 12,32)

Santo Antão é conhecido como o grande iniciador da vida monástica. Viveu por volta de 251-356. Ele levou homens e mulheres a renunciarem ao dinheiro, ao casamento e a qualquer privilégio para viverem plenamente o Evangelho, numa vida em comum. Santo Antão entendeu a palavra de Jesus: “Vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres”. Mas, depois de viver 18 anos rezando e jejuando sozinho, no deserto, compreendeu que a oração não é completa sem a ação, ou seja, sem a caridade e o amor. Passou então a confortar seus irmãos na fé e no amor, visitando regularmente todos os seus discípulos, que viviam nos mosteiros.

Também chamado de Antônio do Deserto, nasceu na cidade de Conam, no coração do antigo Egito, em 251, e batizado com o nome de Antão. Era o primogênito de uma família cristã de camponeses abastados e tinha apenas uma irmã.

Aos vinte anos, com a morte dos pais, herdou todos os bens e a irmã para cuidar. Mas, numa missa, foi tocado pela mensagem do Evangelho em que Cristo ensina a quem quer ser perfeito: “Vende os teus bens, dá aos pobres e terás um tesouro nos céus. Depois, vem e me segue”. Foi exatamente o que ele fez. Distribuiu tudo o que tinha aos pobres, consagrou sua irmã ao estado de virgem cristã e se retirou para um deserto não muito longe de sua casa.

Passou a viver na oração e na penitência, dedicado exclusivamente à Deus. Como, entretanto, não deixava de atender quem lhe pedia orientação e ajuda, começou a ser muito procurado. Por isto, decidiu se retirar ainda para mais longe, vivendo numa gruta abandonada, por dezoito anos. Assim surgiu Antônio do Deserto o único discípulo do santo mais singular da Igreja: São Paulo, o ermitão.

Mas seus seguidores não o abandonavam. Aos cinquenta e cinco anos, atendeu o pedido de seus discípulos, abandonando o isolamento do deserto. Com isto, nasceu uma forma curiosa de eremitas, os discípulos viviam solitários, cada um em sua cabana, mas todos em contato e sob a direção espiritual de Antônio.

A fama de sua extraordinária experiência de vida santa no deserto, correu o mundo. Passou a ser o modelo do monge recluso e chamado, até hoje, de “pai dos monges cristãos”.

Antônio não deixou de ser procurado também pelo próprio clero, por magistrados e peregrinos que não abriam mão de seus conselhos e consolo. Até o imperador Constantino e seus filhos estiveram com ele.

Mas, o corajoso Antônio esteve em Alexandria duas vezes: em 311 e 335. A primeira para animar e confortar os cristãos perseguidos por Diocleciano. E a segunda, para defender seu discípulo Atanásio, que era o bispo, e estava sendo perseguido e caluniado pelos arianos e para exortar os cristãos a se manterem fiéis à doutrina do Concílio de Nicéia de 325.

Ele também profetizou sua morte, depois de uma última visão de Deus com seus santos, que ocorreu aos cento e cinco anos, em 17 de janeiro de 356, na cidade de Coltzum, Egito. Antônio do Deserto ou Antão do Egito, foi colocado no Livro dos Santos para ser cultuado no dia de sua morte. Santo Atanásio foi o discípulo e amigo que escreveu sua biografia, registrando tudo sobre o caráter, costumes, obras e pensamento do monge mais ilustre da Igreja Católica antiga.

As suas relíquias são conservadas na igreja de Santo Antônio de Viennois, na França, onde os seus discípulos construíram um hospital e numerosas casas para abrigar os doentes abandonados. Mais tarde, se tornaram uma congregação e receberam o nome de “Ordem dos Hospedeiros Antonianos”, que atravessou os séculos, vigorosa e prestigiada.

franciscanos.org.br

Pia União de Santo Antônio

Pia União de Santo Antônio