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sábado, junho 21, 2014

“Não podeis servir a Deus e ao dinheiro”

“Na Eucaristia se comunica o amor do Senhor por nós: um amor tão grande que nos nutre com Si mesmo; um amor gratuito...”, papa Francisco, 19/ 06/ 2014.

Leituras
1ª Leitura - 2Cr 24,17-25
Salmo - Sl 88,4-5. 29-30. 31-32. 33-34 (R.29a)
Evangelho - Mt 6,24-34

Uma das exortações mais decisivas de Jesus e, ao mesmo tempo, mais radicais foi recolhida por Mateus com estes termos: “Não podeis servir a Deus e ao dinheiro”.

“O pensamento de Jesus é de uma lógica contundente. Deus não pode reinar entre nós, a não ser preocupando-se com todos e fazendo justiça aos que ninguém faz. Portanto, Deus só pode ser servido por aqueles que promovem a solidariedade e a fraternidade.

Por conseguinte, os ricos e privilegiados são chamados a compartilhar seus bens com os necessitados. O Pai, que ama todos os seus filhos e filhas, não pode ser servido por quem vive dominado pelo dinheiro e esquecido de seus irmãos.

Precisamente por isso, Jesus vai condenar duramente, ao longo de sua vida, aqueles que acumulam e possuem mais do que o necessário para viver, sem preocupar-se com os que, junto deles, padecem necessidade. Enquanto continuar havendo pobres e necessitados, toda a riqueza que a pessoa acumula para si mesma, sem necessidade, é “injusta”, porque está privando a outros do que necessitam.

No fundo, a riqueza de alguns pode manter-se e crescer à custa da pobreza de outros. Por isso, quem trabalha excessivamente para aumentar seu próprio capital, sem se preocupar com os necessitados, está impedindo o nascimento de uma sociedade fraterna querida por Deus. Ou se serve ao Deus que quer fraternidade entre todos os seus filhos, ou ser serve ao próprio interesse econômico.

É inútil a pessoa afirmar que vive em atitude de desapego interior de bens, se ela desfruta deles comodamente, sem maior preocupação com os outros. Quando se tem “espírito de pobre” e verdadeiro desapego interior, busca-se compartilhar de alguma maneira o que se tem para libertar os necessitados de uma pobreza desumanizadora.

Também não adianta pensar que ricos são sempre os outros. Muitos de nós também o somos, num grau ou noutro, pois rico é, em última análise, quem continua tendo só para si mais do que necessita, enquanto outros carecem do indispensável.

Alguma coisa está errada em nossa vida cristã, quando somos capazes de viver desfrutando despreocupadamente de nossas coisas, sem jamais nos sentirmos interpelados pela mensagem de Jesus e pelas necessidades dos pobres”.

José A. Pagola – O Caminho aberto por Jesus – Mateus Ed. Vozes, p. 88-89

Frei Almir Ribeiro Guimarães
franciscanos.org.br

Pia União de Santo Antônio

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