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sábado, outubro 13, 2012

Carta Pastoral por ocasião do Ano da Fé

Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo de Uberaba (MG)



Na dimensão do Novo Plano Diocesano de Pastoral, celebramos os indicativos do Papa Bento XVI sobre o Ano da Fé. O momento é de enfrentamento dos desafios da nova cultura, supondo o empenho por uma Nova Evangelização. É hora de ir às fontes da fé, à Palavra de Deus, aos Documentos do Concílio Vaticano II e ao Catecismo da Igreja Católica, ambos solidificados pelo Espírito Santo na História e na Tradição da Igreja.

Na Carta “Porta Fidei” descobrimos que “a Fé é a Porta”, porta de entrada, que “implica embrenhar-se num caminho novo que dura a vida inteira” (Porta Fidei, 1), que evidencia a necessidade do encontro pessoal e permanente com Jesus Cristo. E Jesus mesmo disse: “Eu sou a porta” (Jo 10, 9). Porta que depende de fé viva, principalmente sabendo que Ele é sempre “o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14, 6).

Será que já entramos pela Porta da Fé, tornando-nos cristãos praticantes e comprometidos com o Reino de Deus? Já fizemos o caminho de iniciação à vida cristã como estão pedindo os bispos nas atuais Diretrizes Evangelizadoras na Igreja do Brasil? Como diz Bento XVI: Estamos preocupados com as consequências sociais, culturais e políticas da fé, deixando de lado a fé em si mesma, que pode ser até uma negação dela?

Estamos conscientes de que o caminho da fé só é possível com a força de Deus, o amor de Cristo no dom do Espírito Santo. É importante esta certeza, porque só com as forças naturais somos incapazes de percorrer um caminho que defenda a vida com dignidade e em conformidade com o projeto da Palavra de Deus. Devemos ir ao poço como o fez a samaritana através do encontro com Jesus (Jo 4, 14).

Ser discípulo exige intimidade com a Palavra de Deus e ter gosto por ela, tê-la como alimento para nossa fé. Por isto deve ser lida, escutada, meditada, rezada, contemplada e colocada em ação na convivência comunitária. No caminho do Ano da Fé, a Leitura Orante da Palavra de Deus é muito significativa e sugestionadora de novas atitudes de vida. É como beber na fonte de água pura e que dura para sempre.

Um destaque importante no Ano da Fé é a Celebração da Eucaristia. É espaço de contato com Cristo na Palavra ali proclamada e no Pão partilhado. É fundamental que as Celebrações sejam bem preparadas e participadas, revelando a riqueza da vida sacramental, capaz de abastecer a vida de fé e os compromissos que o cristão deve assumir como construtor da vida em Deus na nova cultura.

Necessitamos de uma Igreja que reza para dar vitalidade a sua fé. Oração pessoal, comunitária e litúrgica, sabendo que tudo isto expressa sintonia com os compromissos do batismo, no caminho de salvação. Quando rezamos, é a Igreja que reza. Que o Ano da Fé seja de mais oração e de maior compromisso com o conteúdo perene da fé contido e proclamado na recitação, ou na profissão de fé, isto é, no Credo.

Diz o Papa que “o Ano da Fé seja uma ocasião para intensificar o testemunho da caridade”, porque a fé sem caridade não dá fruto, e a caridade sem a fé seria um sentimento sujeito a dúvidas. Fé e caridade são fontes de testemunho de vida cristã, capaz de atrair outros a entrar pela porta da fé. Só na caridade que a nossa fé se torna testemunho que anuncia a salvação e atrai as pessoas para a vida cristã.

Acreditar em Deus significa aceitar livremente o mistério da fé. Para isto temos que usar todos os momentos formativos, tendo como uma das fontes o Catecismo da Igreja Católica. Estando conscientes, devemos ir ao encontro daqueles que ainda não fizeram a experiência de crer. A “Nova Evangelização” exige que, neste ano, seja reavivado o nosso zelo apostólico, que é sempre a alegria de partilhar a esperança com quem ainda não percebe os mistérios de Deus.

Esperamos que toda nossa Arquidiocese se mobilize, de forma efetiva, dentro do pedido de Bento XVI para o Ano da Fé. Isto deve acontecer nas celebrações, na catequese, nos momentos formativos, nos encontros de casais, de jovens, nos grupos de reflexão, na convivência familiar e comunitária etc. É um tempo privilegiado da ação do Espírito Santo na vida da Igreja e, de modo especial, para nossa Igreja Particular.

Maria, a Mãe de Jesus Cristo, e nossa Mãe, a “Estrela da Evangelização”, também da “Nova Evangelização”, seja o itinerário do Ano da Fé para todos nós. Ela, aberta ao convite do Anjo e determinada no seu SIM, seja nossa guia, com o título de Nossa Senhora da Abadia, padroeira da cidade de Uberaba e de paróquias de nossa Arquidiocese. Que Deus, através dela, nos abençoe.

cnbb.org.br

Pia União de Santo Antônio

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