Salmo: Sl 118 (119),14. 24. 72. 103. 111. 131 (R. 103a)
Evangelho: Lucas 19,45-48
REFLEXÃO
Nos evangelhos encontramos alguns relatos a respeito da expulsão dos vendilhões do templo operada por Jesus. Lucas é extremamente sucinto em descrever a cena. Jesus entrou no templo e começou a expulsar os vendedores. Afirma que sua casa é casa de oração e não uma toca de ladrões.
A respeito deste episódio, a impressão que se tem é que tudo já foi dito. Vejamos alguns elementos que devem ser colocados em destaque:
● “Minha casa é casa de oração”. Esses templos de pedra, essas construções de hoje, onde os fiéis se reúnem, onde se celebra a Eucaristia, onde as pessoas entram como que impelidas pelo Senhor, são espaços de oração, de diálogo com Deus, de escuta da Palavra.
● Se o templo é casa de oração, de encontro particular com Deus, há posturas a serem cultivadas: o homem, colocando-se diante do Senhor, adota uma atitude profunda humildade, de disponibilidade para ouvir a voz do Senhor, de modo particular através a audição da Palavra.
● As pessoas que circulavam no templo pareciam estar interessadas em negócios e seu coração não estava, em primeiro lugar, no Senhor. Talvez a reação de Jesus fosse na mesma linha de uma outra observação que fez em outro lugar retomando um texto do Antigo Testamento: o povo honrava o Senhor com os lábios, mas seu coração estava longe de Deus.
● A atitude de Jesus se compreende na linha do zelo. Não podia ele admitir que a casa de seu Pai fosse profanada. Como hoje não podemos assistir passivamente uma indiferença para com o Senhor.
● Jesus tinha o costume de ensinar todos os dias no templo. Os fariseus e os doutores da lei começavam a ficar incomodados com a persistência do ensinamento do Mestre e com sua maneira de falar. Procuraram, então, matá-lo.
● Lucas observa que estes, na verdade, não sabiam o que fazer. O povo ficava fascinado com a maneira como Jesus falava.
Frei Almir Ribeiro Guimarães
franciscanos.org.br