SEJAM BEM-VINDOS!

Caríssimos(as) Irmãos(as), saudamos a todos vocês com a Paz e o Bem contidas no Cristo Jesus e em São Francisco de Assis.



terça-feira, dezembro 31, 2013

Maria Imaculada, Mãe de Jesus e da Igreja

Rainha da Ordem Franciscana, coroa de todos os Santos.

Maria oferece a todos o caminho da santidade. Todos podemos e devemos fazer-nos santos, com uma condição, que sigamos a Jesus e a Igreja mediante a observância do Santo Evangelho. Ao término do ano nos abre igualmente as portas do céu e nos mostra a glória de todos os santos: “Sim estes se santificaram, por que não poderemos também nos santificar?”.

O mundo em que vivemos, trabalhamos e respiramos, apesar de suas prodigiosas realizações, está atormentado pela inquietude. A resposta nos vem de Maria, que oferece ao mundo angustiado o Único que tem palavras de vida eterna.

Ele que, para todos e para sempre, é “o Caminho, a Verdade e a Vida”. A história dos Magos, que se põem em caminho pelo deserto e na noite veem a luz, que os conduzirá finalmente a encontrar o Menino com a sua Mãe, e a prostrar-se ante ele, é o símbolo desta busca permanente dos homens, necessitados a voltar a encontrar o rosto de seu Salvador e o de sua Mãe.

Maria, Mãe de Jesus e da Igreja, Rainha de todos os Santos, é o celestial arco-íris, o oásis da paz, o refúgio que fraterniza e acolhe aos homens divididos. No meio das alegrias e esperanças, das tristezas e angústias dos homens de hoje, dos pobres e dos que sofrem, temos necessidade de Maria, vida, doçura e esperança nossa.

Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola.

www.franciscanos.org.br

segunda-feira, dezembro 30, 2013

Programação de final de ano da Igreja do Galo - 2013

- CONFISSÕES
de terça a sexta, das 14:30 às 17:00, com exceção dos dias 24, 25 e 31 de dezembro de 2013 e 01 de janeiro de 2014, que não haverá atendimento.

- MISSA E CONFRATERNIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS/ PASTORAIS ATUANTES NA IGREJA DO GALO
dia 18 de dezembro, quarta-feira, após a missa das 18:30. Maiores detalhes com os coordenadores de cada movimento/pastoral

- CELEBRAÇÃO PENITENCIAL
dia 23 de dezembro, segunda-feira, às 19h

- MISSA DE ENCERRAMENTO DA CARISMÁTICA 2013
dia 26, quinta-feira, às 18:30

- MISSAS DOS DIAS 24 e 31 DE DEZEMBRO 
às 6:30 e 19h

- MISSAS DOS DIAS 25 DE DEZEMBRO e 01 DE JANEIRO

apenas às 19h

- DEMAIS DIAS, MISSAS NOS HORÁRIOS REGULARES
6:30 - segunda à sábado
11:30 - terça à sexta
18:30 - segunda à sexta
10h - domingo
19h - sábado e domingo

2013. E agora, José?

Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo da Arquidiocese de Belém – PA

A expressão é de um conhecido poema de Carlos Drummond de Andrade, mas a mesma pergunta pode ser feita ao José de Nazaré ou a tantos "Josés", presentes dentro de nós e em torno a nós. Depois do Natal e das festas que correm, o que fazer da vida e como aproveitar as muitas lições do ano que termina? Se o cenário do Natal é carregado de ensinamentos, pedimos hoje licença às outras figuras nele presentes, para contemplar, de modo especial, o homem a quem foi confiada a guarda da Sagrada Família, inspirados por palavras de fogo e simplicidade pronunciadas pelo Papa Francisco, quando começou seu ministério de Sucessor de Pedro:

"Como vive São José a sua vocação de guardião de Maria, de Jesus, da Igreja? Numa constante atenção a Deus, aberto aos seus sinais, disponível mais ao projeto dele que ao seu. Deus não deseja uma casa construída pelo homem, mas quer a fidelidade à sua Palavra, ao seu desígnio; e é o próprio Deus que constrói a casa, mas de pedras vivas marcadas pelo seu Espírito. E José é "guardião", porque sabe ouvir a Deus, deixa-se guiar pela sua vontade e, por isso mesmo, se mostra ainda mais sensível com as pessoas que lhe estão confiadas, sabe ler com realismo os acontecimentos, está atento àquilo que o rodeia, e toma as decisões mais sensatas. Nele vemos como se responde à vocação de Deus: com disponibilidade e prontidão; mas vemos também qual é o centro da vocação cristã: Cristo. Guardemos Cristo na nossa vida, para guardar os outros, para guardar a criação! Entretanto a vocação de guardião não diz respeito apenas a nós, cristãos, mas tem uma dimensão antecedente, que é simplesmente humana e diz respeito a todos: é a de guardar a criação inteira, a beleza da criação, como se diz no livro de Gênesis e nos mostrou São Francisco de Assis: é ter respeito por toda a criatura de Deus e pelo ambiente onde vivemos. É guardar as pessoas, cuidar carinhosamente de todas elas e cada uma, especialmente das crianças, dos idosos, daqueles que são mais frágeis e que muitas vezes estão na periferia do nosso coração. É cuidar uns dos outros na família: os esposos guardam-se reciprocamente, depois, como pais, cuidam dos filhos, e, com o passar do tempo, os próprios filhos tornam-se guardiões dos pais. É viver com sinceridade as amizades, que são um mútuo guardar-se na intimidade, no respeito e no bem. Fundamentalmente tudo está confiado à guarda do homem, e é uma responsabilidade que nos diz respeito a todos. Sede guardiões dos dons de Deus" (Homilia do Papa Francisco - Praça de São Pedro - Terça-feira, 19 de março de 2013, Solenidade de São José).

E agora? O que fazer do ano que está para começar? O primeiro passo é reconhecer que o tempo e as capacidades foram dadas de presente. Deus não precisa fazer previsões, mas oferece um momento depois do outro, com calma, até para permitir-nos curtir cada dia sua riqueza e possibilidades para a nossa felicidade. E sabemos que se o Senhor não construir a casa, em vão trabalham os que a edificam (Cf. Sl 126, 1). Para isso, o ano há de ser preenchido com escuta e fidelidade à Palavra de Deus e discernimento dos sinais que ele envia, sabedoria para colher as lições de cada acontecimento. Cada fato alegre ou triste é carregado de sentido e de apelos de Deus.

O José que está dentro de cada um de nós há de escolher, para ser feliz, a missão de guardião ou guardiã. Faz bem e realiza a existência de uma pessoa quando esta assume responsabilidades, olhando ao redor, para descobrir o bem a ser feito. O guardião toma iniciativa para praticar o bem, começa em si mesmo a mudança do mundo e não deixa qualquer pessoa ou situação sem a marca de sua presença. A sujeira da rua, o trânsito, as plantas e, mais ainda, as pessoas, são de nossa responsabilidade. Todas as oportunidades sejam aproveitadas para fazer o bem e construir um mundo melhor.

São José guardou a Sagrada Família. Uma bela proposta para o ano novo, olhando para seus exemplos e contando com sua intercessão, é trabalhar por valores que alguns consideram tradicionais no sentido negativo. Recordo-me de uma belíssima canção do Padre Zezinho: "Agora falam do desquite e do divórcio, o amor virou consórcio, compromisso de ninguém. E há tantos filhos que bem mais do que um palácio gostariam de um abraço e do carinho entre seus pais. Se os pais se amassem, o divórcio não viria, chamam a isso de utopia, eu a isso chamo paz". Volto ao Papa Francisco: "É cuidar uns dos outros na família: os esposos guardam-se reciprocamente, depois, como pais, cuidam dos filhos, e, com o passar do tempo, os próprios filhos tornam-se guardiões dos pais". Faço um apelo a valores tradicionais, no sentido bem positivo e provocante. Trata-se de uma campanha pela família e pelo matrimônio, justamente no ano em que acontecerá um Sínodo Extraordinário dos Bispos sobre a Família e a Nova Evangelização. Redescobrir na família os valores da fidelidade, da fecundidade e da intimidade, tudo fecundado por uma vida de oração e comunhão com a Igreja.

Nossa vida é tecida por relacionamentos com as outras pessoas. Quanta gente nova entrou com tudo em nosso coração no ano que termina! Com São José aprendamos a "viver com sinceridade as amizades, que são um guardar-se mutuamente na intimidade, no respeito e no bem". No ano que vai começar, cultivar o trato de pessoa por pessoa, aprofundar as amizades verdadeiras, alegrar-se com elas. Mais dos que as listas existentes em nossos aparelhos, que constituem comunidades virtuais, trazer estes nomes para a realidade concreta, visitar, ajudar, ouvir, manifestar ternura e misericórdia. Se cada pessoa for ao encontro, pelo menos uma vez no ano, de cada um de seus contatos de lista, muito teremos feito para um mundo mais fraterno e justo. Haverá mais gente feliz!

Como bom programa do tempo novo que é dado por Deus, "cada qual veja bem como está construindo. De fato, ninguém pode colocar outro alicerce diferente do que já está colocado: Jesus Cristo. Se então alguém edificar sobre esse alicerce com ouro, prata, pedras preciosas ou com madeira, feno, palha, a obra de cada um acabará sendo conhecida: o Dia a manifestará, pois ele se revela pelo fogo, e o fogo mostrará a qualidade da obra de cada um. Aquele cuja construção resistir ganhará o prêmio; aquele cuja obra for destruída perderá o prêmio – mas ele mesmo será salvo, como que através do fogo (1 Cor 3, 10-13).

cnbb.org.br

domingo, dezembro 29, 2013

Festa da Sagrada Familia - 29 de dezembro


LEITURAS

1ª Leitura: Eclo 3,2-6.12-14 Sl 127 
2ª Leitura: Cl 3,12-21 
Evangelho: Mt 2,13-15.19-23


“Os pastores encontram Maria, José e o Menino!”

1.Acolhida.
A alegria dos pais é conseguir reunir a família inteira nos festejos natalinos! Família reunida, alegria recuperada! As lutas e as tristezas são esquecidas e a alegria verdadeira, sonhada por Deus, renasce onde a Palavra de Deus é acolhida com fé e esperança.

Deus criou o ser humano “à sua imagem e semelhança”, para viver em família, iluminado pela “Família Trinitária do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. O espírito do mal quer a morte da família, mas Jesus salva a Família: Ele obedeceu a José e a Maria, sua Mãe!
A Igreja sempre apoiou a Família, e o Papa Francisco convocou um “Sínodo dos Bispos” para estudar e ajustar os caminhos da família crtistã. A “Festa da Sagrada Família” vem neste sentido: demostrar o apreço que a Igreja tem pela Família cristã.

2.Palavra de Deus.
Eclo 3,2-6.12-14 – O profeta recorda para o Povo de Israel os valores da Lei e da cultura judaica. Povo de migrantes, perdia facilmente sua tradição religiosa e os valores revelados por Javé na Lei de Moisés. Ele perdia sua raízes religiosas, e a família é o lugar onde se consolida a Fé na Palavra de Deus!

Cl 3,12-21 – Paulo recomenda aos cristãos, agora, povo eleito, santo, hmilde e manso, que se revista da da caridade de Cristo ressuscitado, vivendo em paz e atento à Palavra de Deus. Não abandone a celebração da Eucaristia, fonte de vida cristã familiar e social.

Mt 2,13-15.19-23 – Jesus refaz o caminho e a libertação do Povo de Israel. O Menino precisa refugiar-se no Egito e de lá é chamado de volta para instalar-se m Nazaré; por isso, Ele será chamado de Nazareno. Jesus é o consagrado e destinado a libertar os pobres e excluidos que colocam sua esperança no poder libertador de Deus!

3.Reflexão.
• O profeta recorda ao povo os valores da Família, revelados, foram escritos e conservados na Lei de Moisés. A Família é o lugar onde o Povo de Israel educa os próprios filhos. Mesmo vivendo longe do tempo e da Pátria, o Povo pode obter o perdão dos próprios pecados cercando de amor e respeito os próprios pais. A família é o lugar onde Deus se revela como fonte de vida e de paz. Diríamos, hoje, fora da família não há salvação!

• Paulo, em sua carta aos Colossenses, repete o mesmo ensinamento: Os cristãos devem revestir-se dos sentimentos de Jesus, morto e ressuscitado, para celebrar com alegria e reconhecimento a Eucaristia. Passa-se da família natural para a família social! Aliás, é na família que nascem os cidadãos confiáveis e os cristãos autênticos. Felizes aqueles que acreditam na Palavra de Deus e fazem da família um lugar de salvação.

• O Papa Francisco convocou um “Sinodo dos Bispos para estudar os desafios pastorais da Família no contexto da Evangelização”. É necessário voltar para o início e começar de novo a partir de Jesus Cristo. O Mundo moderno não aprecia a família e não a defende; por isso, ele está imerso num “mar de lama”, de morte e de impunidade. Colaboremos com o Papa Francisco estudando e refletindo sobre as propostas que ele nos faz com esta convocação.

“A paz de Cristo reine em vossos corações e a Palavra de Cristo habite em vós!”

por Frei Frei Carlos Zagonel
capuchinhosrs.org.br

sábado, dezembro 28, 2013

28 de Dezembro - Santos Inocentes

Vermelho. Santos Inocentes, Mártires, Festa

Leituras1ª Leitura - 1Jo 1,5-2,2
Salmo - Sl 123(124),2-3.4-5.7b-8 (R. 7a)
Evangelho - Mt 2,13-18

Somente a monstruosidade de uma mente assassina, cruel e desumana, poderia conceber o plano executado pelo sanguinário rei Herodes: eliminar todas os meninos nascidos no mesmo período do nascimento de Jesus para evitar que vivesse o rei dos judeus. Pois foi isso que esse tirano arquitetou e fez. 

Impossível calcular o número de crianças arrancadas dos braços maternos e depois trucidadas. Todos esses pequeninos se tornaram os "santos inocentes", cultuados e venerados pelo Povo de Deus. Eles tiveram seu sangue derramado em nome de Cristo, sem nem mesmo poderem "confessar" sua crença. 

Quem narrou para a história foi o apóstolo Mateus, em seu Evangelho. Os reis magos procuraram Herodes, perguntando onde poderiam encontrar o recém-nascido rei dos judeus para saudá-lo. O rei consultou, então, os sacerdotes e sábios do reino, obtendo a resposta de que ele teria nascido em Belém de Judá, Palestina. 

Herodes, fingindo apoiar os magos em sua missão, pediu-lhes que, depois de encontrarem o "tal rei dos judeus", voltassem e lhe dessem notícias confirmando o fato e o local onde poderia ser encontrado, pois "também queria adorá-lo". 

Claro que os reis do Oriente não traíram Jesus. Depois de visitá-lo na manjedoura, um anjo os visitou em sonho avisando que o Menino-Deus corria perigo de vida e que deveriam voltar para suas terras por outro caminho. O encontro com o rei Herodes devia ser evitado. 

Eles ouviram e obedeceram. Mas o tirano, ao perceber que havia sido enganado, decretou a morte de todos os meninos com menos de dois anos de idade nascidos na região. O decreto foi executado à risca pelos soldados do seu exército. 

A festa aos Santos Inocentes acontece desde o século IV. O culto foi confirmado pelo papa Pio V, agora santo, para marcar o cumprimento de uma das mais antigas profecias, revelada pelo profeta Jeremias: a de que "Raquel choraria a morte de seus filhos" quando o Messias chegasse. 

Esses pequeninos inocentes de tenra idade, de alma pura, escreveram a primeira página do álbum de ouro dos mártires cristãos e mereceram a glória eterna, segundo a promessa de Jesus. A Igreja preferiu indicar a festa dos Santos Inocentes para o dia 28 de dezembro por ser uma data próxima à Natividade de Jesus, uma vez que tudo aconteceu após a visita dos reis magos. A escolha foi proposital, pois quis que os Santinhos Inocentes alegrassem, com sua presença, a manjedoura do Menino Jesus.


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sexta-feira, dezembro 27, 2013

É preciso viver e encontrar o sentido para a vida!

Branco. São João, Apóstolo e Evangelista, Festa

Leituras
1ª Leitura - 1Jo 1,1-4
Salmo - Sl 96(97),1-2.5-6.11-12 (R. 12a)
Evangelho - Jo 20,2-28


Não basta estar vivo, não basta caminhar, respirar. É preciso viver e encontrar o sentido para a vida!

”De fato, a Vida manifestou-se e nós a vimos, e somos testemunhas, e a vós anunciamos a Vida eterna, que estava junto do Pai e que se tornou visível para nós” (1Jo 1, 2).

Celebrando a alegria do Natal do Senhor, nós celebramos hoje o apóstolo São João. O João evangelista, o autor das três cartas, um dos prováveis autores do Livro do Apocalipse. João, aquele que recebeu Maria como mãe e a levou para casa, João o discípulo amado. João o discípulo poeta, apaixonado por Jesus. João, o discípulo da espiritualidade mística e profunda que nos leva aos mais significativos ensinamentos da vida do Mestre.

João, o poeta, é aquele que nos escreve o relato do nascimento de Jesus em forma de poesia, falando-nos sobre o relato da vida, aquela vida que estava no princípio junto do Pai. Aquela vida, então, se revelou a nós e se manisfestou a nós, porque a vida, que era a Luz do mundo, agora se manifesta a nós. O Verbo se fez carne e habitou no meio de nós. E agora é essa vida que vos anunciamos; essa vida, que estava no Pai, se torna visível a nós.

Entre tantas coisas que poderíamos falar a respeito do anúncio de João –, aquele que foi uma testemunha bem próxima do Senhor, afinal de contas, foi ele quem repousou no peito de Jesus, durante a última ceia, — ele experimentou a vida. A vida em plenitude que Deus trouxe a nós.

É sobre esta vida que nós queremos refletir. Não basta estar vivo, não basta caminhar, respirar. É preciso viver e encontrar o sentido para a vida! Encontrar o sentido para a vida não é o mesmo que dizer: ”Não vamos mais sofrer, ter dificuldades ou problemas”. As nossas dificuldades, os nossos problemas, sofrimentos, tormentos e as nossas alegrias têm um ”porquê”.

Essa vida que nos é revelada se chama Jesus. A vida plena de Deus no meio de nós. Hoje, contemplamos a vida encarnada no meio de nós. E então questionamos a nossa própria vida: Como é que a estamos vivendo? Como é que estamos levando a nossa vida? Qual é o sentido que estamos dando à nossa vida e à nossa existência?

Nós contemplamos Jesus Cristo e perguntamos: Jesus é o sentido da minha vida? Jesus trouxe sentido para a minha vida? Eu levo uma vida de acordo com a vida que Cristo trouxe a mim?

Como nós precisamos dar, cada vez mais, um sentido à nossa existência, aos nossos dias aqui na terra, à nossa possibilidade de viver! E o que Deus nos deu foi a vida, que estava n’Ele; essa vida está entre nós para dar pleno sentido àquilo que nós somos.

Que Deus abençoe você!
Pe Roger Araújo
cancaonova.com


O evangelista João

“Corriam juntos, mas aquele outro discípulo correu mais depressa do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro” (Jo 20, 4)

A festa litúrgica de hoje, mais do que nos lembrar o valor do evangelista João, quer nos levar a refletir sobre a confiança que damos a todos aqueles que nos transmitiram a fé cristã até os dias de hoje. A Palavra de Deus, que ecoa desde tempos antigos, chegou até nós sendo vivenciada por muitos homens e mulheres que tiveram o encontro com o Senhor, buscaram o Salvador em suas vidas com todo o coração e vontade, sem jamais desejar guardar esta experiência somente para si. Frente à ação e o toque do Mestre, muitos se tornaram e continuam a ser anunciadores e evangelizadores. A corrida do “discípulo que Jesus amava” ao túmulo é esta corrida ardorosa de quem tem o anseio de encontrar o Senhor amado, o sentido de sua vida. Uma intensa busca, de quem tem sede, anseia pelo “Sumo Bem”. Experiência sentida também por São Francisco quando diante do Crucifixo de são Damião, ou em tantos lugares ocultos de Assis, orava em lágrimas buscando o Amado de sua alma nos “lugares mais ocultos de seu coração”. João correu ao encontro do Senhor e Este lhe apareceu no Cenáculo.

Francisco ouviu do Crucificado o pedido para restaurar a Igreja; o mesmo acontecerá conosco se nos colocarmos confiantemente diante do Senhor, no desejo da busca de encontrá-Lo em nosso coração e em nosso viver.

Reflexão feita pelos Noviços deste ano.
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quinta-feira, dezembro 26, 2013

Santo Estêvão - Protomartir da Igreja

"Detenhamo-nos diante do Menino de Belém. Deixemos que o nosso coração se comova, deixemo-lo abrasar-se pela ternura de Deus; precisamos das suas carícias. Deus é grande no amor; a Ele, o louvor e a glória pelos séculos! Deus é paz: peçamos-Lhe que nos ajude a construí-la cada dia na nossa vida, nas nossas famílias, nas nossas cidades e nações, no mundo inteiro. Deixemo-nos comover pela bondade de Deus." Papa Francisco

Depois do Pentecostes, os apóstolos dirigiam o anúncio da mensagem cristã aos mais próximos, aos hebreus, aguçando o conflito apenas acalmado da parte das autoridades religiosas do judaísmo. Como Cristo, os apóstolos conheceram logo as humilhações dos flagelos e da prisão, mas apenas libertados das correntes retomam a pregação do Evangelho. A primeira comunidade cristã, para viver integralmente o preceito da caridade fraterna, colocou tudo em comum, repartindo diariamente o que era suficiente para o seu sustento. Com o crescimento da comunidade, os apóstolos confiaram o serviço da assistência diária a sete ministros da caridade, chamados diáconos.

Entre eles sobressaía o jovem Estêvão, que em grego quer dizer “coroa”, em hebraico “regra”. Ele foi a coroa, isto é, o líder dos mártires do novo testamento, assim como Abel foi do Antigo.

Estevão, além de exercer as funções de administrador dos bens comuns, não renunciava ao anúncio da Boa Nova, e o fez com tanto sucesso que os judeus “apareceram de surpresa, agarraram Estêvão e levaram-no ao tribunal. Apresentaram falsas testemunhas, que declararam: “Este homem não faz outra coisa senão falar contra o nosso santo templo e contra a Lei de Moisés. Nós até o ouvimos afirmar que esse Jesus de Nazaré vai destruir o templo e mudar as tradições que Moisés nos deixou”.

Estêvão, como se lê nos Atos dos Apóstolos, cheio de graça e de força, como pretexto de sua autodefesa, aproveitou para iluminar as mentes de seus adversários. Primeiro, resumiu a história hebraica de Abraão até Salomão, em seguida afirmou não ter falado contra Deus, nem contra Moisés, nem contra a Lei, nem fora do Templo. Demonstrou, de fato, que Deus se revelava também fora do Templo e se propunha a revelar a doutrina universal de Jesus como última manifestação de Deus, mas os seus adversários não o deixaram prosseguir no discurso, “taparam os ouvidos e atiraram-se todos contra ele, em altos gritos. Expulsaram-no da cidade e apedrejaram-no.”

Dobrando os joelhos debaixo de uma tremenda chuva de pedra, o primeiro mártir cristão repetiu as mesmas palavras de perdão pronunciadas por Cristo sobre a Cruz: “Senhor, não os condenes por causa deste pecado.”

Estêvão foi lapidado no ano da ascensão do Senhor, no começo do mês de agosto, na manhã do terceiro dia. Os santos Gamaliel e Nicodemos, que defendiam os cristãos em todos os conselhos dos judeus, sepultaram-no num terreno pertencente a Gamaliel e realizaram seus funerais com grande reverência. O bem-aventurado Estêvão era um dos principais cristãos de Jerusalém, e após sua morte começou uma onda de perseguição a eles que, excetuados os apóstolos, que eram os mais corajosos, os cristãos dispersaram-se por toda a província da Judeia, conforme o Senhor havia recomendado: “Se forem perseguidos numa cidade, fujam para outra”.

Em 415 a descoberta das suas relíquias suscitou grande emoção na cristandade. A festa do primeiro mártir foi sempre celebrada imediatamente após a festividade do Natal.

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quarta-feira, dezembro 25, 2013

25 de Dezembro - Natal de Jesus

Branco. Natal do Senhor - Missa do dia Natal 

Leituras
1ª Leitura - Is 52,7-10
Salmo - Sl 97,1.2-3ab.3cd-4.5-6 (R.3c)
2ª Leitura - Hb 1, 1-6
Evangelho - Jo 1,1-18

E o Verbo se fez carne e habitou entre nós e nós vimos a sua glória..." (Jo 1,14).

A encarnação do Verbo de Deus assinala o início dos "últimos tempos", isto é, a redenção da humanidade por parte de Deus. Cega e afastada de Deus, a humanidade viu nascer a luz que mudou o rumo da sua história. O nascimento de Jesus é um fato real que marca a participação direta do ser humano na vida divina. Esta comemoração é a demonstração maior do amor misericordioso de Deus sobre cada um de nós, pois concedeu-nos a alegria de compartilhar com ele a encarnação de seu Filho Jesus, que se tornou um entre nós. Ele veio mostrar o caminho, a verdade e a vida, e vida eterna. A simbologia da festa do Natal é o nascimento do Menino-Deus.

No início, o nascimento de Jesus era festejado em 6 de janeiro, especialmente no Oriente, com o nome de Epifania, ou seja, manifestação. Os cristãos comemoravam o natalício de Jesus junto com a chegada dos reis magos, mas sabiam que nessa data o Cristo já havia nascido havia alguns dias. Isso porque a data exata é um dado que não existe no Evangelho, que indica com precisão apenas o lugar do acontecimento, a cidade de Belém, na Palestina. Assim, aquele dia da Epifania também era o mais provável em conformidade com os acontecimentos bíblicos e por razões tradicionais do povo cristão dos primeiros tempos.

Entretanto, antes de Cristo, em Roma, a partir do imperador Júlio César, o 25 de dezembro era destinado aos pagãos para as comemorações do solstício de inverno, o "dia do sol invencível", como atestam antigos documentos. Era uma festa tradicional para celebrar o nascimento do Sol após a noite mais longa do ano no hemisfério Norte. Para eles, o sol era o deus do tempo e o seu nascimento nesse dia significava ter vencido a deusa das trevas, que era a noite. 

Era, também, um dia de descanso para os escravos, quando os senhores se sentavam às mesas com eles e lhes davam presentes. Tudo para agradar o deus sol.

No século IV da era cristã, com a conversão do imperador Constantino, a celebração da vitória do sol sobre as trevas não fazia sentido. O único acontecimento importante que merecia ser recordado como a maior festividade era o nascimento do Filho de Deus, cerne da nossa redenção. Mas os cristãos já vinham, ao longo dos anos, aproveitando o dia da festa do "sol invencível" para celebrar o nascimento do único e verdadeiro sol dos cristãos: Jesus Cristo. De tal modo que, em 354, o papa Libério decretou, por lei eclesiástica, a data de 25 de dezembro como o Natal de Jesus Cristo.

A transferência da celebração motivou duas festas distintas para o povo cristão, a do nascimento de Jesus e a da Epifania. Com a mudança, veio, também, a tradição de presentear as crianças no Natal cristão, uma alusão às oferendas dos reis magos ao Menino Jesus na gruta de Belém. Aos poucos, o Oriente passou a comemorar o Natal também em 25 de dezembro.

Passados mais de dois milênios, a Noite de Natal é mais que uma festa cristã, é um símbolo universal celebrado por todas as famílias do mundo, até as não-cristãs. A humanidade fica tomada pelo supremo sentimento de amor ao próximo e a Terra fica impregnada do espírito sereno da paz de Cristo, que só existe entre os seres humanos de boa vontade. Portanto, hoje é dia de alegria, nasceu o Menino-Deus, nasceu o Salvador.

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terça-feira, dezembro 24, 2013

Prece de Natal

Frei Almir Ribeiro Guimarães
Será um menino pequeno ou uma luz que, dormindo, nos sorri?
Pelo simples fato de olhar esta criança, a alma se ilumina.
Maurice Carême

Menino Jesus,
não há ninguém à minha volta
nesta igreja vestida de penumbra.

Estou diante de teu presépio.
Contemplo teu rosto sereno e tuas mãos tão pequenas
aí deitado no estábulo do boi e do burro.
Tu te remexes, Menino das Palhas,
olhas de um lado para o outro,
estendes tuas mãos,
acolhes os visitantes simples que são os pastores.

Menino Jesus,
tu és o nosso Deus feito criança, feito semblante,
feito mãos e pés.

Tu, Menino das Palhas, Deus de toda beleza,
que sejas bem vindo entre nós
e possas sentir-te à vontade nessa nossa casa.

Abrimos nossas casas e nossos corações.
Vem sentar-te conosco,
comer a comida de nossas mesas,
escutar as batidas de nosso coração,
sentir o vai e vem de nossa respiração.

Deus grande e Deus belo,
tu vês essa mulher que está perto de teu presépio,
mulher reta e simples que quer comemorar mais uma vez
a festa de tua natividade.

Tu tens mãos para tocar os doentes,
Voz para que tua mensagem chegue ao fundo dos corações
Pés para caminhar porque felizes são os passos do mensageiro da paz.

Que o mundo saiba que há uma grande esperança

Porque Deus veio morar para sempre na terra dos homens.

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segunda-feira, dezembro 23, 2013

São Francisco e o Natal

Para São Francisco, o Natal é a festa das festas, porque o Filho de Deus se revestiu da verdadeira carne da nossa frágil humanidade, para a nossa salvação; e por isso quer que seja celebrado com alegria e generosidade para com os pobres e mesmo para com todos os animais. Numa singular intuição une e funde o mistério da encarnação, na pobreza e humildade, com a eucaristia.

Por isso quer “ver”, com os próprios olhos do corpo, o Natal da celebração eucarística, e criar um ambiente sugestivo para um encontro real com Jesus eucarístico, acolhido na humildade de uma gruta. Assim é o presépio de Greccio, no Natal de 1223. Aquilo que Francisco quer ver e fazer entender é a pobreza-humilhação do Filho de Deus na sua vinda ao mundo, tal qual acontece diariamente na eucaristia. O binômio Belém-eucaristia é de tradição bem mais antiga, que vê o altar como presépio.

Francisco tem a originalidade de atualizá-lo em formas plásticas e simples, ao vivo. Seu desejo era o de fazer nascer Jesus menino e as suas virtudes nos corações de todos e o de fazer “ver” o momento da salvação no Natal-eucaristia.

O mérito de São Francisco não foi o de ter inventado uma cena que todos poderiam reproduzir, mas o de ter mostrado com que sentimentos de coração devemos nos acercar do Menino Jesus.

Cesarius Van Hulst 
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domingo, dezembro 22, 2013

O Todo-poderoso fez maravilhas em Maria - 4o domingo do ADVENTO

O Todo-poderoso fez em Maria maravilhas, obra que não foi feita em nenhum homem e nenhuma mulher da face da terra!

”Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: ‘Deus está conosco”’ (Mt 1, 23).

Nós estamos nos aproximando do Natal do Senhor e este é o domingo mais próximo dele, o quarto domingo do Advento. Por isso nós hoje ouvimos o relato, segundo São Mateus, da maneira que aconteceu o nascimento de Jesus. Ele mesmo nos diz que Maria é aquela que foi escolhida para ser a Mãe do Senhor. Ela estava prometida em casamento a José, eles praticamente já eram casados, apenas não viviam na mesma casa. Mas, antes de coabitarem, Aquele, que desde toda a eternidade já a havia escolhido a Bem-aventurada sempre Virgem Maria, entra em ação para que o Seu plano de salvação vá adiante. É Ele que permite, é Ele quem faz acontecer com que a Virgem Maria fique grávida, que ela conceba um Filho pelo poder e pela ação do Espírito Santo.

Maria, a escolhida de Deus, é hoje para nós o presépio, o sacrário mais vivo que nós podemos ter e no ventre dela hoje podemos contemplar o lugar por excelência, escolhido por Deus para que o Seu Filho nascesse.

Pessoas que acham uma montanha sagrada, plantas sagradas, águas abençoadas e tantas coisas mais. Mas, duvido que alguém encontre um lugar mais abençoado e sagrado do que o ventre da Santíssima Virgem Maria; nem um homem tocou nela, porque, antes que José fizesse isso, Deus a pegou para si, a chamou, a selecionou, a escolheu para ser toda d’Ele, Mãe do Seu Filho, Jesus.

Por isso, hoje, nós contemplamos Jesus no ventre de Maria, onde Ele fora concebido. Algumas pessoas podem pensar que nós a exaltamos demais, que nós cometemos até uma idolatria quando a colocamos no pedestal. Não somos nós que a colocamos no pedestal. O único pedestal que ela subiu foi a escada da profunda humildade, fazendo-se toda serva do Senhor. O Todo-poderoso fez nela maravilhas, fez em Maria obra que não foi feita em nenhum homem e nenhuma mulher da face da terra.

Muitos exaltam os profetas, o Antigo Testamento, os patriarcas, os apóstolos; mas a nem um e nenhuma outra foi dado um terreno tão fértil, como foi o ventre de Maria. Este ventre foi fertilizado pelo próprio Espírito Santo de Deus, que, ao entrar nela, fez fecundar Aquele que é o Nosso Senhor e Salvador.

Hoje eu fecho os meus olhos, de maneira mais serena possível, e louvo, agradeço, bendigo e exalto o nome do Senhor, porque escolheu a Bem-aventura Virgem Maria. Porque olhou para o ventre desta mulher e fez dele a Sua morada. Um lugar por excelência, para que o Seu Filho unigênito, o Seu Filho único, Aquele que é o Nosso Senhor e Salvador, fosse concebido no ventre de Maria. É no ventre de Nossa Senhora que Ele habita, que Ele mora, que recebe toda a fecundidade de que uma vida humana precisa: o sangue, a respiração, a vida.

Jesus não foi uma obra, simplesmente pronta e acabada, que veio do Céu, Ele existe desde toda a eternidade como Verbo de Deus. Como Aquele que habita desde sempre com Ele, mas a Sua humanidade só se torna plena no ventre de um outro ser humano, que se chama Maria. Essa figura de mulher e de mãe extraordinária. O presépio, o sacrário para o qual eu me volto para adorar o Senhor, se chama o ventre da Virgem Maria, lugar abençoado da morada de Deus.

Que Deus abençoe você!

Pe Roger Araújo

cancaonova.com

sábado, dezembro 21, 2013

ENTENDENDO A MISSA - LITURGIA DA PALAVRA

A preparação espiritual dos fiéis para a Eucaristia, que é o momento central da Missa, é feita com a leitura e interpretação da palavra de Deus, com uma reafirmação de fé cristã e com uma oração ao Senhor pedindo para as necessidades coletivas durante as refeições as pessoas conversam, relatam acontecimentos. Toda conversa é sempre um enriquecimento espiritual, e na Missa também é assim. A Liturgia da Palavra é o alimento espiritual nesta ceia que a Missa reproduz. É a catequese, o ensinamento dos mistérios que são o fundamento da fé.

Na Missa os fiéis vão participar da Eucaristia, instituída por Jesus há 2.000 anos. Por isso, se a gente entender o que Jesus e os apóstolos pensavam naquele momento fica mais fácil entender os motivos que levaram Jesus ao sacrifício na cruz. É isso que as leituras procuram fazer.

Os atos da Liturgia da Palavra são:
Os fiéis sentam-se para ouvir primeiro a Palavra de Deus revelada pela Primeira Leitura, que é a leitura de um trecho do Antigo Testamento e que, nos dias de semana, pode ser também um trecho das Epístolas dos apóstolos ou do Apocalipse (No tempo Pascal a leitura é dos Atos dos Apóstolos). Esses escritos ajudam a compreender melhor a missão e os ensinamentos de Jesus, que o Novo Testamento nos apresenta.

Os fiéis declaram aceitar a Palavra que acabaram de ouvir dizendo em seguida o Salmo Responsorial.

A Segunda Leitura é reservada para os domingos e dias festivos da Igreja. Esta leitura é feita das Epístolas ou dos Atos dos Apóstolos, ou do Apocalipse. A Segunda Leitura procura ter sempre alguma relação com o texto da Primeira, tornando mais fácil compreender a mensagem apresentada.

Terminada a Segunda Leitura, os fiéis levantam-se para aclamar “Aleluia!”. Chegou um momento muito importante e de grande alegria: eles irão ouvir a Palavra de Deus transmitida por Jesus Cristo. É a leitura do Evangelho.

O Evangelho é, de fato, o ponto alto da Liturgia da Palavra. Jesus está presente através da Sua Palavra, como vai estar presente também depois, no pão e no vinho consagrados.

Completou-se a leitura dos textos bíblicos (as Leituras e o Evangelho). O celebrante explica, então, com suas próprias palavras os fatos narrados nos textos. Esta interpretação é a homilia, uma pregação pela qual ele traduz e aplica a Palavra de Deus aos nossos dias. 
A homilia é obrigatória aos domingos e nas festas de preceito, e recomendável nos demais dias.

Depois de ouvir a Palavra de Deus, de novo de pé os fiéis fazem uma declaração pública de que acreditam nas verdades ensinadas por Jesus. Isto é, reafirmam que estão, todos, unidos pela mesma crença num só Deus, o Deus que lhes foi revelado por Jesus.
Essa declaração é o Credo: “Creio em Deus Pai...”

Os fiéis reafirmaram sua crença. Então se dirigem em conjunto a Deus dizendo de seus anseios, necessidades e esperanças através da oração dos Fiéis ou oração Universal que o celebrante recita e onde, a cada pedido, os fiéis suplicam “Senhor, escutai a nossa prece!”.
É quando se pede pela Igreja, pelos que sofrem, pelas necessidades do país, pelas necessidades da comunidade onde se realiza a Missa etc.

www.santamissa.com.br

sexta-feira, dezembro 20, 2013

Arcebispo de Natal apresenta retrospectiva 2013 e metas para 2014

Criação de santuários e de paróquias, proposições de ações de convivência com a seca, comemoração dos 50 anos de criação da Campanha da Fraternidade, preparação e participação na Jornada Mundial da Juventude, Nordestão de Presbíteros, 8º Mutirão Brasileiro de Comunicação e estreia de ‘A Voz do Pastor’, programa do arcebispo, no rádio. Estas são apenas algumas das ações, realizadas na Arquidiocese de Natal, e que marcam o ano de 2013. Estas ações, assim como as metas para 2014, foram apresentadas pelo arcebispo metropolitano, Dom Jaime Vieira Rocha, à imprensa natalense, no último dia 17, no Centro Pastoral Pio X (subsolo da Catedral). Na ocasião, Dom Jaime também agradeceu à imprensa pela divulgação das ações da Igreja, durante este ano.


Criação de Santuários
Em primeiro de janeiro, o Arcebispo assinou decreto elevando a Igreja Matriz do Dom Jesus dos Navegantes, de Touros, a Santuário. No dia 13 de outubro, criou o Santuário de Nossa Senhora de Fátima, no Parque das Dunas, na zona norte de Natal.

Novas Paróquias
Dom Jaime criou duas paróquias e uma área pastoral, em fevereiro deste ano. No dia 4, foi criada a Paróquia de Santo Antônio, em Santo Antônio do Potengi, município de São Gonçalo do Amarante; no dia 5, foi criada a Paróquia da Imaculada Conceição, em Lagoa Salgada, e, no dia 18, foi criada a Área Pastoral de Nossa Senhora dos Navegantes, em Rio do Fogo.

Convivência com a seca
Representantes da Arquidiocese de Natal e das Dioceses de Caicó e de Mossoró se reuniram com instituições que atuam no campo e a Ordem dos Advogados do Brasil – OAB/RN, dia 31 de janeiro. Durante a reunião, foram discutidas ações de convivência com a ausência de chuvas, especialmente no semiárido potiguar. No final da reunião, foi escolhida uma comissão, que teve a função de elaborar um documento com propostas de ações de convivência com a ausência de chuvas. O documento foi entregue ao governo do Estado. Durante o ano, o Arcebispo, Dom Jaime, e outros representantes da Arquidiocese, participaram, por várias vezes, de reuniões com o governo estadual, com o objetivo de tratar de assuntos relacionados aos efeitos da seca. Em âmbito regional, Dom Jaime, juntamente com bispos de outros estados da Região Nordeste, participou de uma reunião em Recife (PE), dia 20 de março. Na ocasião, foi entregue aos representantes do poder executivo e legislativo do estado de Pernambuco, o documento “Diretrizes de Convivência com o Semiárido”.

50 anos da CF
Os 50 anos de criação da Campanha da Fraternidade foram comemorados, na Arquidiocese de Natal, com a participação do secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Leonardo Ulrick Steiner, e de bispos do Regional Nordeste 2. As atividades aconteceram nos dias 14 e 15 de fevereiro. No dia 14, foi celebrada missa, na Igreja Matriz de Nossa Senhora do Ó, em Nísia Floresta, e visita à comunidade rural Timbó, onde aconteceu a primeira experiência da Campanha da Fraternidade. . No dia 15, no Centro de Convenções, em Natal, foi realizado um seminário, com a participação de cerca de duas mil pessoas.

Jornada Mundial da Juventude
Mais de mil pessoas da Arquidiocese de Natal participaram da Jornada Mundial da Juventude, realizada no Rio de Janeiro, de 23 a 28 de julho. O Arcebispo de Natal foi um dos bispos catequistas, durante a JMJ. Antecedendo à Jornada, a Arquidiocese realizou uma Semana Missionária, nas paróquias. O encerramento aconteceu no Monumento dos Mártires, em Uruaçu, São Gonçalo do Amarante, dia 20 de julho, com a participação de caravanas das paróquias.

8º Muticom
Cerca de 800 pessoas, de todas as regiões do Brasil, participaram do 8º Mutirão Brasileiro de Comunicação, sediado em Natal, no período de 27 de outubro a 01 de novembro. Conferência, seminários, grupos de trabalho, atividades culturais e religiosas fizeram parte da programação. O evento foi promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Signis Brasil, Arquidiocese de Natal e Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

A Voz do Pastor
O arcebispo, Dom Jaime Vieira, estreou o programa “A Voz do Pastor”, dia 14 de outubro. O programa, com 10 minutos, é levado ao ar, de segunda a sábado, pela Rádio Rural de Natal e retransmitido por outras nove emissoras de rádio e webrádios.

Ano da Fé
O encerramento do Ano da Fé, na Arquidiocese de Natal, teve dois momentos significativos. O primeiro foi um programa especial, denominado ‘Diálogo sobre o Ano da Fé’, apresentado pelo Arcebispo e por um grupo de padres, na Rádio Rural de Natal, dias 18, 19 e 20 de novembro. O segundo foi no dia 21 de novembro, por ocasião da festa de Nossa Senhora da Apresentação, quando Dom Jaime encerrou, oficialmente, o Ano da Fé, e anunciou a campanha ‘Um catecismo em cada lar’, que deve ser desenvolvida na Arquidiocese, em 2014. O Ano da Fé foi instituído pelo Papa emérito Bento XVI, em 11 de outubro de 2012.

Perspectivas para 2014
As urgências, prioridades, ações e o calendário de eventos da Arquidiocese de Natal para 2013 foram definidos na Assembleia Pastoral Arquidiocesana, realizada nos dias 26 e 27 de novembro de 2013, na Escola de Governo Cardeal Dom Eugênio Sales, em Natal. Dentre as ações previstas para o próximo ano está a campanha ‘Um catecismo em cada lar’ e as visitas pastorais do Arcebispo aos zonais.
A campanha ‘Um catecismo em cada lar’ quer fazer com que os fiéis possam conhecer e se aprofundar na fé, a partir da leitura do Catecismo da Igreja Católica. Para isto, a Arquidiocese mandou confeccionar uma edição especial do Catecismo, de forma que possa se tornar mais acessível a todas as pessoas, devido ao baixo preço da edição. Serão disponibilizados 25 mil exemplares do Catecismo.
Neste ano, também, o Arcebispo, Dom Jaime Vieira, fará visitas pastorais aos zonais. O destaque das visitas será o encontro dele com a juventude.

www.arquidiocesedenatal.org.br

quinta-feira, dezembro 19, 2013

Quando a lei da vida é a fraternidade

Francisco de Assis, homem de um mundo novo

Para Francisco, os irmãos que iam chegando eram dom de Deus, presentes do Altíssimo. Bem cedo, ele compreendeu que o Senhor queria que ele vivesse com outros em espírito de fraternidade. A casa em que moram os franciscanos não se chama convento mas fraternidade.Vejamos algumas frases cheias de vigor tirada dos escritos de Francisco e que mostram sua paixão pela fraternidade.”Bem-aventurado o servo que tanto ama e respeita o seu confrade quando está longe como se estivesse perto nem diz na ausência dele coisa alguma que possa dizer na sua presença sem lhe faltar à caridade” (Admoestação XXV).

O carinho fraterno nos leva a nunca dizer uma palavra desairosa a respeito do irmão e da irmã. O amor fraterno exige retidão para com o irmão. Nunca se diz por trás o que pode e deve ser dito pela frente.

“Bem-aventurado o homem que suporta o seu próximo com suas fraquezas tanto quanto quisera ser suportado por ele se estivesse na mesma situação” (Admoestação XVIII).Todos temos luzes e sombras. Nem sempre conseguimos viver em nossos gestos e palavras a lei do Evangelho, somos pecadores, perdoados e agraciados, estamos a caminho.Podemos ser um peso para os que convivem conosco. Francisco sabe muito bem que os irmãos se ajudam a carregar os fardos uns dos outros.Especial cuidado merecem os irmãos enfermos: “Bem-aventurado o servo que ama seu confrade enfermo que não lhe pode ser útil, tanto ao que tem saúde e está em condições de lhe prestar serviços”.

E assim Francisco de Assis foi se impondo como o irmão universal.

Frei Almir Ribeiro Guimarães

www.franciscanos.org.br

quarta-feira, dezembro 18, 2013

Não batizar filhos de mães solteiras é "mentalidade doentia", alerta o Papa

VATICANO, 16 Dez. 13 / 08:49 pm (ACI).- O Papa Francisco recordou em uma recente entrevista com o jornal La Stampa que ano passado, quando era Arcebispo de Buenos Aires, denunciou a atitude de alguns sacerdotes que se opunham a batizar filhos das mães solteiras. "É uma mentalidade doentia", precisou.

O Santo Padre fez este comentário ao falar sobre a prudência nos sacramentos em sua exortação Apostólica Evangelii Gaudium. Ele disse a respeito que "devemos buscar facilitar a fé das pessoas mais que controlá-la. O ano passado na Argentina denunciei a atitude de alguns sacerdotes que não batizavam filhos de mães solteiras. Isto é uma mentalidade doentia".

O Papa indica ainda que "quando falo de prudência não penso em uma atitude paralisadora, mas em uma virtude de quem governa. A prudência é uma virtude de governo. Também a audácia. É preciso governar com audácia e com prudência. Falei do batismo e da comunhão como alimento espiritual para seguir adiante, e que deve ser considerado como um remédio e não como um prêmio. Alguns pensaram imediatamente nos sacramentos para os divorciados que se tornaram a casar, mas eu nunca falo de casos particulares: eu só queria indicar um princípio".

Ao ser perguntado sobre os divorciados voltados a casar, o Pontífice indicou que "a exclusão da comunhão para divorciados que vivem uma segunda união não é uma sanção. É preciso recordá-lo. Mas não falei disto na Exortação". Eles serão um importante tema no Sínodo da Família de outubro de 2014.

Sobre o trabalho dos oito cardeais conselheiros para a reforma da Cúria do Vaticano, o Papa Francisco indicou que "o trabalho é longo. Quem queria apresentar propostas ou enviar ideias já ofez. O Cardeal Bertello recolheu as opiniões de todos os dicastérios vaticanos. Recebemos sugestões dos bispos de todo o mundo. Na última reunião os oito cardeais disseram que chegamos ao momento de apresentar propostas concretas e no próximo encontro, em fevereiro, entregar-me-ão suas primeiras sugestões".

"Eu sempre estou presente nos encontros, exceto na quarta-feira na manhã pela audiência (geral). Mas não falo, só escuto, e isto me faz bem. Um cardeal idoso me disse faz alguns meses: ‘Sua Santidade já começou a reforma da Cúria com a missa cotidiana na Casa Santa Marta’. Isto me fez pensar: a reforma começa sempre com iniciativas espirituais e pastorais, antes que mudanças estruturais".

www.acidigital.com

terça-feira, dezembro 17, 2013

Advento e Maria

Dom Orani João Tempesta
Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ)

"Ave, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres."

Ouvindo as palavras alegres de saudação enviadas pelo arcanjo Gabriel à Virgem Santíssima, eu gostaria de chamar a atenção de todos para a dimensão extraordinária do mistério da vida de Maria. É um momento em que o homem se abre para a ação de Deus e a experiência da Sua proximidade em sua vida.

Neste tempo do Advento, acompanhamos de perto os episódios da vida de Maria. Celebramos suas festas: Imaculada Conceição, Nossa Senhora de Loreto, Nossa Senhora de Guadalupe, esta padroeira da América Latina e Imperatriz da América.

A expressão "cheia de graça" indica a ação específica de Deus, que transforma Maria pela graça e faz dela agradável e preparada para os seus planos. Graça é, aqui, o amor e a bondade de Deus a Maria e através dela a cada um de nós. O Beato Papa João Paulo II em sua Encíclica dedicada à Mãe do Redentor (Redemptoris Mater) enfatizou que Deus deu a Maria a plenitude da graça por causa do amor pela humanidade mergulhada no pecado, para o qual ela tinha que levar o Salvador: "Se a saudação e o nome "cheia de graça" dizem que tudo isso está no contexto da Anunciação do anjo eles se relacionam principalmente com a eleição de Maria como Mãe do Filho de Deus. Simultaneamente, plenitude de graça indica todo o dom sobrenatural de Maria, que está relacionado com o fato de ter sido escolhida e destinada a ser a Mãe de Cristo"(RM 9). A graça é um dom de Deus que Ele dá a Maria com amor por causa de seu Filho amado.

"Ave, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres" (Lc 1,28). Durante a Anunciação do Anjo do Senhor, não só revelou a bondade especial de Deus por Maria, mas também anunciou um presente de amizade e intimidade com Deus, nas palavras: "O Senhor está com você." Este dom expressa a presença de Deus na vida de Maria, em seus pensamentos, desejos e ações.

O dom da presença de Deus em sua vida recebeu o povo escolhido do Antigo Testamento para ser capaz de realizar tarefas difíceis e importantes. Garantir a presença de Deus na vida, como foi a dos patriarcas Abraão, Jacó e Moisés, e dos profetas, Elias, Isaías e Ezequiel. Maria goza da presença do Senhor em sua vida como os profetas da Antiga Aliança. Mais, ela traz o Filho de Deus ao mundo. A presença de Deus em sua vida tornou-se para ela uma fonte de força, coragem e alegria.

A proximidade de Deus na vida de Maria acrescentou coragem de aceitar a Sua vontade para ser a Mãe do Seu Filho. A certeza do Anjo expressa nas palavras: "O Senhor está com você", foi a confirmação de que Deus não abandona o homem a si mesmo, quando Ele confia de seu mensageiro cumprir a tarefa de dizer a Maria: "Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus"(Lc 1,30). Só Deus pode proteger e assegurar o futuro do ser humano. Onde Deus está presente, uma pessoa não tem que ter medo do mal. Maria aceita o mistério de ser a Mãe do Filho de Deus, e tornou-se testemunho da proximidade de Deus na vida humana.

Após a saudação, mostra um anjo consolador e, em seguida, diz a Maria: "Eis que conceberá e dará à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus. Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo" (Lc 1,30-32). Anunciação é a manifestação do mistério da Encarnação ao mundo. Representa o início do comunicar-se salvífico de Deus para o homem e toda a sua criação. Quanto à graça de Deus dada ao homem, o Papa João Paulo II, em sua Encíclica Redemptoris Mater, sublinha: "Maria é a cheia de graça, porque a Encarnação do Verbo, na união hipostática do Filho de Deus com a natureza humana, se realiza e se cumpre" (RM 9).

Maria, através do poder do Espírito Santo, que é a promessa e dom do Pai, tornou-se a Mãe do Filho de Deus. Ela tem um amor especial de Deus, mas também corresponde à proposta de um fiat maduro a Deus. A Santíssima Virgem dá-nos hoje uma mensagem especial de apoio, que Deus concede tudo pronto se você concorda em aceitar a Sua vontade. É uma testemunha, como Deus chama as pessoas fracas e frágeis para perseguir grandes planos, como o poder do Espírito Santo faz grandes coisas, permitindo assim um homem simples para levar uma grande missão ao mundo.

Nossa Senhora, que recordamos neste abençoado tempo litúrgico, é um grande poder de Deus, que fala de pessoas pobres. Ela ensina a conversa humilde e confiante com Deus e encoraja a aceitação da Sua vontade. É acontecimento salvífico, que também nos ajuda a reconhecer a presença de Deus e a responder o fiat maduro sobre a sua proposta. Recorda que Deus apoia a sua graça a cada homem que executa a sua vontade, dá-lhe a sua proximidade e intimidade; enche o coração de alegria e amor. Fazer a vontade de Deus e encontrar-se com a Sua proximidade: eis passos importantes neste tempo do Advento que Maria nos sinaliza!

Maria é a única pessoa livre tanto do pecado original como de qualquer pecado pessoal. Na saudação de Maria, o anjo não usa o nome dela, mas a chama de "cheia de graça". A Igreja reconhece que Maria, como Mãe de Deus, foi de uma maneira especial dotada desde o momento da concepção, unida a Ele pela graça.

Este fiat de Maria leva-nos a mostrar como ela se coloca totalmente disponível a fazer a vontade do Senhor. Façamos um paralelo do SIM de Maria com o chamado que Deus apresenta para nós no plano do seu Reino. Também nós devemos dar nossa resposta generosa de entrega total nas mãos de Deus. O Sim de Maria Santíssima se efetivou em cada momento de sua vida, não apenas naquele momento da visita do anjo. Portanto, todos os batizados são chamados a efetivar seu SIM por toda a vida como Maria, entregando-se a Deus. Eis um belo compromisso neste tempo de preparação para o Natal!

Maria abraçou o plano eterno de amor de Deus. Este abraço pleno se estende quando Maria vai até sua prima Isabel em forma de serviço: presença deste plano de amor do Pai. Em cada momento vemos Maria guiada pelo amor. E no madeiro da cruz, quando Jesus a oferece como nossa Mãe, ela aí está intercedendo por nós junto ao seu Filho amado.

Maria foi descobrindo o plano de Deus ao longo de sua vida. Sempre se colocou como a mulher que está a serviço de Deus. Por isso, descobre a cada instante o plano de Deus a seu respeito e dá sua resposta generosa, resposta de amor.

Que a Virgem Maria nos ensine a viver este tempo de preparação próxima para o Natal com a mesma disponibilidade e fé.

cnbb.org.br

segunda-feira, dezembro 16, 2013

Nossa alegria é Cristo, seu amor fiel e inesgotável!, diz o Papa

VATICANO, 15 Dez. 13 / 01:18 pm (ACI).- Em suas palavras prévias à oração do Ângelus na Praça de São Pedro, neste terceiro domingo de Advento, conhecido como o domingo Gaudete (Em Latim: Alegrai-vos) o Papa Francisco recordou que a alegria do cristão é o amor fiel e inesgotável de Cristo. Neste mesmo domingo o Papa cumpre 77 anos de vida.

No início da sua catequese o Santo Padre assinalou que “Hoje é o terceiro domingo do Advento, dito também domingo Gaudete, isso é, domingo da alegria. Na liturgia, ressoa várias vezes o convite à alegria, a alegrar-se, por que? Porque o Senhor está próximo”. 

“O Natal está próximo. A mensagem cristã se chama “evangelho”, isso é, “boa notícia”, um anúncio de alegria para todo o povo; a Igreja não é um refúgio para o povo triste, a Igreja é a casa da alegria! E aqueles que estão tristes encontram nessa a alegria, encontram nessa a verdadeira alegria!!”, ressaltou.

“A mensagem cristã se chama ‘evangelho’, quer dizer ‘boa notícia’, um anúncio de alegria para todo o povo; a Igreja não é um refúgio para pessoas tristes, a Igreja é a casa da alegria! E aqueles que estão tristes, encontram nela a alegria. Encontram nela a verdadeira alegria”.

Francisco advertiu que “a do Evangelho não é uma alegria qualquer. Encontra sua razão no saber se acolhidos e amados por Deus. Como nos recorda hoje, o profeta Isaías, Deus é quem vem a nos salvar”.

“Sua vinda em meio a nós nos fortalece, torna sãos, dá coragem, faz exultar e florir o deserto e o estepe, isso é, a nossa vida quando se torna árida. E quando a nossa vida se torna árida? Quando está sem a água da Palavra de Deus e do seu Espírito de amor. Por mais que sejam grandes os nossos limites e os nossos desânimos, não nos é permitido sermos fracos e vacilantes diante das dificuldades e das nossas próprias fraquezas. Ao contrário, somos convidados a robustecer as mãos, a firmar os joelhos, a ter coragem e não temer, porque o nosso Deus nos mostra sempre a grandeza da sua misericórdia. Ele nos dá a força para seguir adiante”, afirmou.

“A alegria cristã, como a esperança, tem o seu fundamento na fidelidade de Deus, na certeza de que Ele mantém sempre as suas promessas. O profeta Isaías exorta aqueles que perderam o caminho e estão no desânimo a terem confiança na fidelidade do Senhor, porque a sua salvação não tardará a irromper nas suas vidas. Quantos encontraram Jesus ao longo do caminho, experimentam no coração uma serenidade e uma alegria da qual nada e ninguém poderá privá-los. A nossa alegria é Jesus Cristo, o seu amor fiel e inesgotável! Por isso, quando um cristão se torna triste, quer dizer que se afastou de Jesus. Mas então não é preciso deixá-lo sozinho! Devemos rezar por ele e fazê-lo sentir o calor da comunidade”.

“A Virgem Maria nos ajude a apressar o passo rumo a Belém, para encontrar o Menino que nasceu para nós, para a salvação e a alegria de todos os homens. A ela o Anjo disse: “Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo” (Lc 1, 28). Ela nos ajude a viver a alegria do Evangelho na família, no trabalho, na paróquia e em todo lugar. Uma alegria íntima, feita de admiração e ternura. Aquela que experimenta uma mãe quando olha para a sua criança recém-nascida e sente que é um dom de Deus, um milagre pelo qual só agradecer!”, concluiu.


Meninos celebram "festa surpresa" ao Papa Francisco por seu aniversário

VATICANO, 14 Dic. 13 / 01:02 pm (ACI/EWTN Notícias).- O Papa Francisco se reuniu esta manhã com os responsáveis, os voluntários e beneficiados do dispensário pediátrico da Santa Marta, uma estrutura de caridade do Vaticano que brinda ajuda a mães e meninos com necessidades particulares. Durante o encontro mais de uma vintena de meninos surpreenderam ao Santo Padre com uma festa surpresa por seu aniversário, que será 17 de dezembro.

O dispensário da Santa Marta foi criado pelo Papa Pio XI, em 1922.

No Sala-de-aula Pablo VI, o Papa recebeu a perto de 800 pessoas. Ao pouco tempo de entrar em recinto, um grupo de 9 meninos lhe apresentou sua foto com a inscrição “Parabéns”.

Logo, 19 meninos mais, cada um com uma camisa branca e com um pôster amarelo compuseram a frase “Parabéns Papa Francisco”, ao tempo que soava a tradicional canção de “feliz aniversário”.

Ao mesmo tempo, apresentou-se um bolo com velas que representavam o número 77, pelos anos que cumprirá. O Santo Padre também recebeu um suéter.

Francisco lhes deu “as obrigado por sua visita. Obrigado pelo amor que têm, a alegria destes meninos, os presentes, isso bolo foi formoso! Depois lhes direi se for bom ou não, né! Muito obrigado! Que o Senhor os benza ".

A seguir o Santo Padre sustentou um encontro próximo e afetuoso com os pressente, e recebeu testemunhos como o da Elisabetta, uma mãe peruana que recebeu ajuda para seu filho no dispensário da Santa Marta.

“Que coisa direi de seu sorriso?”, disse Elisabetta ao Papa, “é tão incrível que chega ao coração de todo o mundo, que nos dá muita paz. Sabemos quanto ama você aos meninos, especialmente a aqueles que mais o necessitam. No Dispensário nos sentimos especialmente privilegiados de estar em seu coração e em sua mente. E estamos contentes porque, cada dia, nos ajudas a encontrar ao Jesus, querido Papa Francesco, estes nossos meninos recebem hoje o presente mais formoso do Natal que podiam imaginar: seu sorriso, sua carícia, seu abraço".

acidgital.com

domingo, dezembro 15, 2013

Reflexão para o 3º Domingo do Advento

Leituras
1ª Leitura - Is 35, 1-6a.10
Salmo - Sl 145,7.8-9a.9bc-10 (R. Cf. Is 35,4)
2ª Leitura - Tg 5, 7-10
Evangelho - Mt 11,2-11

Diante de um mundo arrasado, de um ambiente de profunda desolação, de corações sofridos e enlutados, Isaías clama Vida, Alegria, Ressurreição! O texto da primeira leitura de hoje, extraído do livro de Isaías, nos leva à Esperança. O Profeta quebra a rotina desoladora e nos aponta a ação de Deus, a regeneração do mundo, a redenção do ser humano. Mas o Senhor que pode fazer tudo sozinho, quer nossa colaboração, quer fazer-nos partícipes de sua obra salvífica. Nesse próprio ato de pedir nossa colaboração já está a redenção. 

O Senhor nos trata como pessoas maduras, capazes, pessoas criadas à Sua imagem e semelhança. Por isso não é próprio do fiel ficar de braços cruzados, desanimado e acomodado. Aquele que crê levanta a cabeça, solta os braços e busca dentro de si a força do Senhor, e imediatamente começa a colaborar com o Criador. O fiel reage contra qualquer ação oriunda da cultura de morte. Ele crê na Vida! Assim aconteceu com a escravidão no Egito, em outras situações onde os protagonistas foram os pobres, os marginalizados, os portadores de deficiência, os pequenos segundo o mundo. Assim fez Jesus Cristo, colocando-se como servo de todos, à disposição do Pai para assegurar a felicidade eterna ao Homem. 

No Evangelho de hoje, temos em primeiro lugar a dificuldade de João Batista em reconhecer em Jesus o Messias prometido. Na pregação de João Batista, como vimos no domingo passado, Jesus deveria tratar os pecadores com bastante dureza, destruí-los até. Mas ele não o faz, ao contrário, provoca mudanças em seus corações, possibilitando a salvação, faz refeições com eles e até se torna amigo deles. Isso desorienta o Batista.

Quando interrogado pelos discípulos de João, Jesus responde citando Isaías, ou seja, dizendo que sua missão é de redenção, por isso os sinais que faz são de salvação. Deus ama a todos, bons e maus. Todos são seus filhos, foram criados por amor.

Em segundo lugar, Jesus elogia a pessoa do Batista dizendo que ele é mais que um Profeta, o maior entre os nascidos de mulher – dirá o Mestre. Ao dizer que “O menor no Reino dos céus é maior do que o Batista”, Jesus afirma que esse menor entendeu que Deus vem ao encontro do Homem para perdoá-lo, acolhê-lo e amá-lo. Menor e maior. Sem depreciar em nada a figura de João Batista Batista, já que os tempos do Reino transcendem inteiramente aqueles que os precederam e prepararam, essas duas palavras opõem duas épocas da obra divina, duas “economias”, conforme nos esclarece a Bíblia de Jerusalém.

Finalmente, na 2ª leitura, São Tiago nos exorta a que fiquemos firmes até e chegada do Senhor. Firme para Tiago significa manter a fé, a esperança e a caridade. Por isso, ele toma como exemplo o agricultor que trabalha e depois fica à espera do fruto prometido e nos aconselha a não nos queixarmos dos irmãos.

Padre Cesar Augusto dos Santos, SJ
Colunista do Portal Ecclesia.
Licenciado em filosofia, bacharel em teologia pela PUC Rio e mestre em história pela PUC SP. Realizou a última etapa da formação jesuíta em Alcalá de Henares, na Espanha. Atualmente é o responsável pelo Programa Brasileiro da Rádio Vaticano.

portalecclesia.com

sábado, dezembro 14, 2013

Que a mensagem de Jesus encontre lugar dentro do seu coração/ S. João da Cruz PresDr, memória

Leituras
1ª Leitura - Eclo 48,1-4.9-11
Salmo - Sl 79 (80), 2ac.3b. 15-16. 18-19 (R.4)
Evangelho - Mt 17,10-13

HOMILÍA
Hoje desejo que, profundamente, a mensagem de Jesus encontre lugar dentro do seu coração. Desejo que verdadeiramente, na sua casa, o Senhor seja acolhido!

“Ora, eu vos digo: Elias já veio, mas eles não o reconheceram. Ao contrário, fizeram com ele tudo o que quiseram. Assim também o Filho do Homem será maltratado por eles” (Mt 17,12). 

Meus queridos irmãos e irmãs no seguimento de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, dois personagens aos quais temos de prestar bastante atenção neste tempo em que vivemos: João Batista e Jesus. Jesus e João Batista. 

Os judeus dizem: “Mas, para que venha o Messias, não é preciso que primeiro venha Elias? Porque Elias é aquele que vai nos mostrar quem é verdadeiramente o Messias!” E então Jesus responde: “Elias já veio” (Mt 17, 12b). Elias já passou no meio de vocês, mas ele não foi recebido nem reconhecido. Ao contrário, o maltrataram e o mataram. (cf. Mt 17, 10-13). 

É claro que Elias, o profeta do Antigo Testamento, não voltou à vida – ou ainda como dizem alguns – ele também não “reencarnou”. Apenas que João Batista representou aquilo que Elias foi para o povo na sua época. João Batista agora veio com esse mesmo espírito: preparar o povo para que recebesse o Messias, preparar o povo para que recebesse Jesus, o Senhor e Salvador. 

Você sabe como foi a pregação de João Batista, como ele foi incisivo, o quanto ele apontou o caminho da salvação, o quanto ele disse verdades. E por causa dessas verdades, esse santo foi maltratado e morreu decapitado. Mas, se não acolheram Elias na pessoa de João Batista, o mesmo irá acontecer com o Filho do Homem, que será rejeitado e maltratado. A indiferença do povo daquela época foi a grande causa da rejeição a Jesus e à mensagem d’Ele. 

Sabe, meus irmãos, os anos se passaram, e ainda que nos preparemos para celebrar o Natal – o nascimento do Salvador – com tudo aquilo fazemos, ou seja, com as pompas, com as decorações, Jesus continua sendo o “rejeitado” de todos os tempos! 

Ainda são muitos os lares que não O acolhem. Mesmo os lares que se preparam para celebrar o seu Natal não são capazes de acolher a vida que Jesus nos trouxe, não são capazes de acolher a Sua mensagem, o Seu Evangelho, e se comportam com uma verdadeira indiferença. Até fazem festa… Até recordam que é Natal, mas não são capazes de reconhecer que Jesus veio para trazer uma vida nova, baseada no Seu Evangelho e na Sua mensagem. 

Hoje desejo que, profundamente, a mensagem de Jesus encontre lugar dentro do seu coração. Que dentro de você essa mensagem encontre lugar para nascer, para crescer e para fecundar vida. Eu desejo que verdadeiramente, na sua casa, o Senhor seja acolhido! 

Que Deus abençoe você!

Pe Roger Araujo


São João da Cruz
O santo deste dia é conhecido como “doutor místico”: São João da Cruz. Nasceu em Fontiveros, na Espanha, em 1542. Seus pais, Gonçalo e Catarina, eram pobres tecelões. Gonçalo morreu cedo e a viúva teve de passar por dificuldades enormes para sustentar os três filhos: Francisco, João e Luís, sendo que este último morreu quando ainda era criança. Como João de Yepes (era este o seu nome de batismo) mostrou-se inclinado para os estudos, a mãe o enviou para o Colégio da Doutrina. Em 1551, os padres jesuítas fundaram um colégio em Medina (centro comercial de Castela). Nele, esse grande santo estudou Ciências Humanas.

Com 21 anos, sentiu o chamado à vida religiosa e entrou na Ordem Carmelita, na qual pediu o hábito. Nos tempos livres, gostava de visitar os doentes nos hospitais, servindo-os como enfermeiro. Ocasião em que passou a ser chamado de João de Santa Maria. Devido ao talento e à virtude, rapidamente foi destinado para o colégio de Santo André, pertencente à Ordem, em Salamanca, ao lado da famosa Universidade. Ali estudou Artes e Teologia. Foi nesse colégio nomeado de “prefeito dos estudantes”, o que indica o seu bom aproveitamento e a estima que os demais tinham por ele. Em 1567 foi ordenado sacerdote.

Desejando uma disciplina mais rígida, São João da Cruz quase saiu da Ordem para ir ingressar na Ordem dos Cartuxos, mas, felizmente, encontrou-se com a reformadora dos Carmelos, Santa Teresa D’Ávila, a qual havia recebido autorização para a reforma dos conventos masculinos. João, empenhado na reforma, conheceu o sofrimento, as perseguições e tantas outras resistências. Chegou a ficar nove meses preso num convento em Toledo, até que conseguiu fugir. Dessa forma, o santo espanhol transformou, em Deus e por Deus, todas as cruzes num meio de santificação para si e para os irmãos. Três coisas pediu e acabou recebendo de Deus: primeiro: força para trabalhar e sofrer muito; segundo: não sair deste mundo como superior de uma comunidade; e terceiro: morrer desprezado e escarnecido pelos homens.

Pregador, místico, escritor e poeta, esse grande santo da Igreja faleceu após uma penosíssima enfermidade, em 1591, com 49 anos de idade. Foi canonizado no ano de 1726 e, em 1926, o Papa Pio XI o declarou Doutor da Igreja. Escreveu obras bem conhecidas como: Subida do Monte Carmelo; Noite escura da alma (estas duas fazem parte de um todo, que ficou inacabado); Cântico espiritual e Chama viva de amor. No decurso delas, o itinerário que a alma percorre é claro e certeiro. Negação e purificação das suas desordens sob todos os aspectos.

São João da Cruz é o Doutor Místico por antonomásia, da Igreja, o representante principal da sua mística no mundo, a figura mais ilustre da cultura espanhola e uma das principais da cultura universal. Foi adotado como Patrono da Rádio, pois, quando pregava, a sua voz chegava muito longe.

São João da Cruz, rogai por nós!
cancaonova.com

Chama viva de amor 

“Oh! Chama de amor viva
que ternamente feres
De minha alma no mais profundo centro!
Pois não és mais esquiva,
Acaba já, se queres,
Ah! Rompe a tela deste doce encontro.

Oh! Cautério suave!
Oh! Regalada chaga!
Oh! Branda mão! Oh! Toque delicado
Que a vida eterna sabe, 
E paga toda dívida!
Matando, a morte em vida me hás trocado.

Oh! Lâmpadas de fogo
Em cujos resplendores
As profundas cavernas do sentido,
- que estava escuro e cego, -
Com estranhos primores
Calor e luz dão junto a seu Querido!

Oh! Quão manso e amoroso
Despertas em meu seio
Onde tu só secretamente moras:
Nesse aspirar gostoso,
De bens e glória cheio,
Quão delicadamente me enamoras!”

sexta-feira, dezembro 13, 2013

Santa Luzia - 13 de dezembro

Vermelho. 2ª SEMANA - 6ª FEIRA Advento 
Sta. Luzia VgMt, memória

Leituras
1ª Leitura - Is 48,17-19
Salmo - Sl 1, 1-2. 3. 4.6 (R. CF.Jo 8,12)
Evangelho - Mt 11,16-19

Os sinais dos tempos
O trecho do evangelho é a sequência do relato em que João Batista envia os seus discípulos a Jesus para perguntarem: “És tu aquele que há de vir ou devemos esperar outro?” (Mt 11,3). A pergunta de João Batista revela a sua dificuldade de discernir e compreender o novo que se vai realizando na pessoa de Jesus. A resposta de Jesus, apoiada em Is 35,5-6, é suficiente para que João reconheça o “hoje” da salvação e que Jesus é o Messias esperado.
O convite de João Batista à conversão ganhou muitos adeptos, mas também muita rejeição entre os que o ouviam: os publicanos e pecadores receberam o batismo, ao contrário dos escribas e fariseus. Na aceitação/rejeição do batismo por parte de seus contemporâneos, é prefigurada a aceitação/rejeição de Jesus. As parábolas dos vv. 16-17, explicadas nos vv. 18-19, se referem e ilustram essa rejeição dos chefes do povo. O que se aponta é a “cegueira” daqueles que deveriam orientar o povo para Deus e estar atentos aos sinais dos tempos. A surpresa de Deus exige um discernimento permanente.
Carlos Alberto Contieri, sj

SANTA LUZIA
Somente em 1894 o martírio da jovem Luzia, também chamada Lúcia, foi devidamente confirmado, quando se descobriu uma inscrição escrita em grego antigo sobre o seu sepulcro, em Siracusa, Nápoles. A inscrição trazia o nome da mártir e confirmava a tradição oral cristã sobre sua morte no início do século IV.

Mas a devoção à santa, cujo próprio nome está ligado à visão ("Luzia" deriva de "luz"), já era exaltada desde o século V. Além disso, o papa Gregório Magno, passado mais um século, a incluiu com todo respeito para ser citada no cânone da missa. Os milagres atribuídos à sua intercessão a transformaram numa das santas auxiliadoras da população, que a invocam, principalmente, nas orações para obter cura nas doenças dos olhos ou da cegueira.

Diz a antiga tradição oral que essa proteção, pedida a santa Luzia, se deve ao fato de que ela teria arrancado os próprios olhos, entregando-os ao carrasco, preferindo isso a renegar a fé em Cristo. A arte perpetuou seu ato extremo de fidelidade cristã através da pintura e da literatura. Foi enaltecida pelo magnífico escritor Dante Alighieri, na obra "A Divina Comédia", que atribuiu a santa Luzia a função da graça iluminadora. Assim, essa tradição se espalhou através dos séculos, ganhando o mundo inteiro, permanecendo até hoje.

Luzia pertencia a uma rica família napolitana de Siracusa. Sua mãe, Eutíquia, ao ficar viúva, prometeu dar a filha como esposa a um jovem da Corte local. Mas a moça havia feito voto de virgindade eterna e pediu que o matrimônio fosse adiado. Isso aconteceu porque uma terrível doença acometeu sua mãe. Luzia, então, conseguiu convencer Eutíquia a segui-la em peregrinação até o túmulo de santa Águeda ou Ágata. A mulher voltou curada da viagem e permitiu que a filha mantivesse sua castidade. Além disso, também consentiu que dividisse seu dote milionário com os pobres, como era seu desejo.

Entretanto quem não se conformou foi o ex-noivo. Cancelado o casamento, foi denunciar Luzia como cristã ao governador romano. Era o período da perseguição religiosa imposta pelo cruel imperador Diocleciano; assim, a jovem foi levada a julgamento. Como dava extrema importância à virgindade, o governante mandou que a carregassem à força a um prostíbulo, para servir à prostituição. Conta a tradição que, embora Luzia não movesse um dedo, nem dez homens juntos conseguiram levantá-la do chão. Foi, então, condenada a morrer ali mesmo. Os carrascos jogaram sobre seu corpo resina e azeite ferventes, mas ela continuava viva. Somente um golpe de espada em sua garganta conseguiu tirar-lhe a vida. Era o ano 304.

Para proteger as relíquias de santa Luzia dos invasores árabes muçulmanos, em 1039, um general bizantino as enviou para Constantinopla, atual território da Turquia. Elas voltaram ao Ocidente por obra de um rico veneziano, seu devoto, que pagou aos soldados da cruzada de 1204 para trazerem sua urna funerária. Santa Luzia é celebrada no dia 13 de dezembro e seu corpo está guardado na Catedral de Veneza, embora algumas pequenas relíquias tenham seguido para a igreja de Siracusa, que a venera no mês de maio também.

paulinas.org.br

ORAÇÃO À SANTA LUZIA
“Ó Santa Luzia, preferistes que vossos olhos fossem vazados e 
arrancados ao negastes a fé e conspurcar vossa alma; 
e Deus com um milagre extraordinário, vos devolveu outros dois
olhos sãos e perfeitos para recompensar vossa virtude e vossa fé,
e vos constituiu protetora contra as doenças dos olhos, eu recorro 
a vós que protejais minhas vistas e cureis a doença de meus olhos.

Ó Santa Luzia, conservai a luz de meus olhos, de minha alma, a fé 
pela qual posso conhecer o meu Deus, compreender seus ensinamentos, 
reconhecer o seu amor para comigo e nunca errar o caminho
que me conduzirá , onde vós Santa Luzia, vos encontrais em
companhia de Anjos e Santos.
Santa Luzia, protegei meus olhos e conservai minha fé.
Amém!"

Pia União de Santo Antônio

Pia União de Santo Antônio