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quinta-feira, maio 23, 2013

Os “pequeninos” da face da Terra

1ª Leitura - Eclo 5,1-10 (Gr. 1-8)Salmo - Sl 1,1-2. 3. 4.6 (R. Sl 39,5a)
Evangelho - Mc 9,41-50


E se alguém escandalizar a um destes pequeninos que creem, melhor seria que fosse jogado no mar com uma pedra de moinho amarrada ao pescoço.

Leremos, antes de mais nada, o comentário que faz do evangelho de hoje o Missal Cotidiano da Paulus: “O ensinamento de hoje da Igreja faz eco ao de Jesus: “ A Igreja cerca de amor todos os afligidos pela fraqueza humana, reconhece mesmo nos pobres e sofredores a imagem de seu Fundaor pobre e sopfredor… e neles procura servir o Cristo” (LG 8). O escândalo mais grave que se dá hoje aos pequeninos e humildes é o contratestemunho de muitos cristãos, seu escasso senso social, sua “ética individualista” e outras incoerências que constituem um serviço não desprezível ao surgimento do ateísmo em muitos homens de modo que se deve dizer que mais encobrem do que revelam a face de Deus e da religião” (GS 19). O “sal” que preserva o mundo da corrupção são os cristãos que sabem “difundir o espírito de que são animados os pobres, os mansos e os construtores da paz que o Senhor no Evangelho proclamou bem-aventurados” (LG 38) ( p. 809).

Quem são os pequenos da face da terra que devem ser respeitados e reconhecidos?

Primeiramente as crianças: deverão poder ter o olhar de um pai e de uma mãe, precisam crescer sem serem maltratadas e exploradas. Há crianças que trabalham como pessoas adultas sem tempo de brincar, de correr. Ficam adultas antes da hora. Há crianças que são abusadas sexualmente por adultos doentes, perversos ou pervertidos.

Há essas crianças nas escolas e em outros lugares que não contam, que não são acompanhadas com atenção pelos pais, pelos professores, pelos organismos da sociedade. Que são deixadas de lado e crescem educadores e educação.

Há adolescentes e jovens que são objeto da perversidade daqueles que os iludem levando para fora do país para se prostituírem.

Há esses trabalhadores braçais, esses operários das fábricas, esses lavradores que trabalham o tempo todo, trabalham para valer, ganham apenas o necessário para sobreviver, se é que ganham. São pequenos sem defesa… Trabalham até à aposentadoria e vivem vendo seu salário diminuir. Enquanto alguns senhores e senhoras praticam a corrupção nos organismos dos governos.

Há essa mulher simples, dona de casa, mãe de alguns filhos, escondida, sempre cuidando das coisas da casa, fazendo-se presente na vida dos seus, mulher que não conta aos olhos do mundo, que não é carreirista e oportunista. Faz parte do grupo dos pequenos da terra.

Há esse homem que fala mal, não sabe escrever direito mas que ao longo de sua vida sempre se ocupou das coisas da capela do bairro, levou cestas básicas, providenciou documentos para internação em hospitais.

Frei Almir Ribeiro Guimarães



Rezar o terço - Não rezamos para Maria, rezamos com Maria


O terço foi criado para o povo que, ao rezá-lo, seguindo os mistérios gozosos, dolorosos e gloriosos, iam revendo a vida e a missão de Cristo, a história da salvação e, ao mesmo tempo, iam desenvolvendo a devoção a Maria, pedindo a sua intercessão.

Mais tarde, o Papa João Paulo II, numa sábia inspiração do Espírito Santo, por meio do documento pontifício O Rosário da Virgem Maria criou os mistérios luminosos, que meditam o cerne da mensagem de Cristo, seus ensinamentos, seu exemplo.


Assim, o terço é uma oração bíblica como os Salmos. Entretanto, é mais explícito, ao alcance de qualquer camada cultural. O Pai-nosso é a oração que Jesus nos ensinou. A Ave-Maria foi ensinada por Deus Pai por meio do anjo Gabriel e do Espírito Santo, através da boca de Isabel. Portanto, o Pai, o Filho e o Espírito Santo estão na origem das principais orações do terço. A Santíssima Trindade é o princípio de tudo. Quando rezamos a Ave-Maria, realizamos a antiga profecia do Magnificat: “todas as gerações me chamarão de bendita”. Bendita sois vós entre as mulheres.


O mais importante não é prestar atenção na repetição das palavras. Na verdade, elas são apenas uma cantilena suave a nos embalar no que realmente importa: contemplar e meditar os momentos mais importantes da vida de Jesus Cristo. Não rezamos para Maria, rezamos com Maria.

O terço nos coloca em comunhão com a Igreja em oração. Rezá-lo é fazer um exercício de solidariedade espiritual.

Se estivermos deprimidos ou mesmo com insônia, é bom experimentarmos rezar o terço. É um ótimo calmante e não é tóxico. Basta segurar as contas como quem segura na mão de Maria, de quem nos vem a certeza de que não estamos sozinhos. Jesus está perto de nós!

Crianças, jovens e idosos, sábios e simples, todos podem encontrar sentido na oração. O terço é uma forma de aprender a rezar. Seria bom se procurássemos, a cada dia, descobrir a sua atualidade e fazer dele uma de nossas orações prediletas.

Podemos, por meio do terço, rezar por nossos amigos, parentes e também por aqueles que não são tão amigos, mas necessitam de oração. Podemos também anexar às nossas preces um gesto de promoção humana.

Nos dias agitados de hoje, neste mundo em que a tecnologia cada vez mais se desenvolve, mas que o amor, a fraternidade, a tolerância cada vez mais são deixados de lado, o terço é uma fonte de paz. Vamos rezá-lo para contemplar os mistérios da nossa fé!



Dom Eurico dos Santos Veloso

Arcebispo Emérito de Juiz de Fora (MG)

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Pia União de Santo Antônio

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