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Caríssimos(as) Irmãos(as), saudamos a todos vocês com a Paz e o Bem contidas no Cristo Jesus e em São Francisco de Assis.



terça-feira, junho 23, 2015

A missão dos discípulos: o serviço à vida plena

Leituras do Dia
1ª Leitura - Gn 13,2.5-18
Salmo - Sl 14, 2-3ab. 3cd-4ab. 5 (R. 1b)
Evangelho - Mt 7,6.12-14


Queridos irmãos e irmãs!


Continuando nossas reflexões sobre as Diretrizes gerais da ação evangelizadora da Igreja no Brasil 2015-2019, quero ressaltar essa afirmação do documento da CNBB: “é missão dos discípulos o serviço à vida plena” (CNBB. Diretrizes gerais da ação evangelizadora da Igreja no Brasil 2015-2019, n. 62). Inspirados no Documento de Aparecida, os bispos do Brasil apontam assim como podemos entender as urgências da evangelização. De fato, a vida da Igreja, da iniciação à animação bíblica, passando pela setorização, isto é, a vida das pequenas comunidades, onde todos se conhecem e podem “viver juntos em um lugar”, para usar uma expressão do filósofo Emanuel Levinas, a vida da Igreja tem como missão proclamar o Evangelho da vida, a participação na vida divina. “O impulso missionário é fruto necessário à vida que a Trindade comunica aos discípulos” (CELAM. Documento de Aparecida, n.347).

A partir da eclesiologia do Concilio Vaticano II, a Igreja é que deve proclamar que Jesus Cristo é a luz dos povos, e que Ele mesmo nos faz participantes de sua luz (cf. Mt 5,14), a iniciação à vida cristã, “apresentação de Jesus Cristo para suscitar nos corações o seguimento apaixonado à sua pessoa” (CNBB. op, cit. n. 41), a animação bíblica da vida e da pastoral, como convite a “redescobrir o contato pessoal e comunitário com a Palavra de Deus como lugar privilegiado de encontro com Jesus Cristo” (CNBB. idem. n. 49), e a setorização, processo de tornar nossas paróquias, comunidade de comunidades, pois, “o discípulo missionário de Jesus Cristo, necessariamente, vive sua fé em comunidade, em íntima união ou comunhão das pessoas entre si e delas com Deus Trindade, espaço onde se propicia uma real experiência de comunhão” (CNBB. Idem, n. 55.56), isto é, essas três urgências encontram na primeira, Igreja em estado permanente de missão e, na quinta, Igreja a serviço da vida plena para todos, a motivação e sua síntese. Na verdade, nós todos, bispo, presbíteros, diáconos e leigos, e nossas estruturas, organizações e eventos, tudo e todos devemos ser missionários de Jesus Cristo para servir, defender e anunciar a vida plena para todos. Eis aí, portanto, o que deve nos animar e fortalecer nossa caminhada. Isto está bem dentro do programa do Ano Santo da Misericórdia, convocado pelo Papa Francisco: “a Igreja vive um desejo inexaurível de oferecer misericórdia” (FRANCISCO. Exortação apostólica Evangeliigaudium, 24), “a Igreja sente, fortemente a urgência de anunciar a misericórdia de Deus”, “é chamada, em primeiro lugar, a ser verdadeira testemunha da misericórdia”, “a sua missão é a de introduzir a todos no grande mistério da misericórdia de Deus, contemplando o rosto de Cristo” (FRANCISCO. Bula de proclamação do Jubileu da Misericórdia, Misericordiaevultus, n. 25)

Oxalá as Diretrizes encontrem acolhida em cada um, para que todos se empenhem no serviço à vida plena e assim, sejam verdadeiros discípulos de Jesus Cristo, o rosto da misericórdia do Pai.

Dom Jaime Vieira Rocha

Arcebispo de Natal
arquidiocesedenatal.org.br

Pia União de Santo Antônio

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