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Caríssimos(as) Irmãos(as), saudamos a todos vocês com a Paz e o Bem contidas no Cristo Jesus e em São Francisco de Assis.



domingo, junho 21, 2015

Jesus, Senhor da Natureza

Leituras do Dia
1ª Leitura - Jó 38,1.8-11
Salmo - Sl 106,23-24.25-26.28-29.30-31 (R. 1b)
2ª Leitura - 2Cor 5,14-17
Evangelho - Mc 4,35-41


1ª Leitura: (Jó 38,1.8-11) Jávé, Senhor das forças da natureza - A lamentação de Jó ganha, finalmente, uma resposta: Deus lhe fala (J´38-42), não para resolver o mistério do sofrimento, mas para mostrar sua presença. Mostra-a no meio das forças da natureza, apresentando-se como o que a domina. Ao experimentar a presença de Deus, Jó aprende que há alguém que é maior do que seu sofrimento (42,1-6). *Cf. Sl 104[103], 6-9; Jr 5,22.

Salmo Responsorial: (Sl 107[106], 23-24.25-26.28-29.30-31) "Ele muda a tempestade em bonança".

2ª leitura: (2Cor 5,14-17) "O amor de Cristo nos tem em seu poder" - Essa parte da 2Cor é fortemente marcada pela idéia da morte (cf. domingos anteriores), que, aqui, toma ares místicos, a ponto de parecer loucura (5,13). Se Cristo, diz Paulo, morreu por nós (solidariedade), nós todos morremos (naquele que tomou nosso lugar: personalidade corporativa). Viveremos, então, nãos mais por nós, mas por aquele morreu por todos. Morremos para tudo o que e meramente humano (literalmente: "carnal"). O modo de perceber a realidade - inclusive o próprio Cristo - mudou radicalmente. Para quem é de Cristo, tudo é novo. *5,14-15, cf. Jo 15,13; Rm 6,4-11 * 5,16-17, cf. Gl 6,15; Ef 2,10.15-16; Is 43,18-19.

Evangelho: (Mc 4,35-41) "Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?" - Mc 4,35-6,6 mostra as diversas reações humanas diante das manifestações da "autoridade" divina nos milagres de Jeus: dureza de cerviz (4,40), entusiasmo (5,18), fé (5,34), ironia (5,40), incredulidade (6,5-6). Quando Jesus domina as forças da tempestade (assimiladas aos maus espíritos etc.), os discípulos não reconhecem nele o poder de Deus ("Ainda não tendes fé?", 4,40), mas, pelo menos, perguntam: "Quem é este?" * Cf. Mt 8,18-23-27; Lc 8,22-25; Jn 1,3-16.

O Evangelho deste domingo conta a história da tempestade acalmada. Imaginemos a cena: a tempestade levantando ondas que cobrem o barco com os discípulos – e Jesus , domingo... Quando o acordam, Jesus conjura os ventos e o mar, e vem a calmaria. Jesus censura-lhes a falta de fé, e eles perguntam: "Quem é este, a quem o vento e o mar obedecem?" (Mc 4,41).

Aos fiéis presentes na celebração a resposta já foi dada na 1ª Leitura (Jó 38,1.8-11) e no Salmo de Meditação que a acompanha (Sl 107[106]: quem manda na tempestade e o no mar é Deus ou aquele que age com seu poder. Jesus se revela através de seu poder soberano, divino. Por isso, ele pode dormir tranquilo no barco atormentado pelas ondas, como também pode levantar-se para acalmar o mar.

Essa história é muito instrutiva. Em primeiro lugar: a tempestade. Quando tudo está tranquilo em torno de nós, temos a tendência de confiar em nossas próprias forças, seguros de que "tudo vai dar certo". E Deus fica sobrando. Mas quando surge uma tempestade, percebemos que nossas forças são pequenas e pouco fidedignas. Então recorremos a Deus, não tanto por amor a ele quanto por amor à nossa pele. Pouco importa. O importante é descobrirmos que nossa vida está nas mãos dele.

Na tempestade, Deus surge com poder (Sl 65[64], 8). Quando de repente nos vemos entregues às contradições da vida e da história, importa lembrarmo-nos daquele a quem o vento e o mar obedecem: não só Deus, mas Jesus de Nazaré, nosso guia. Mas o melhor é nunca o esquecer e tê-lo sempre diante dos olhos. Enquanto não percebemos sua presença e o poder que está nele, temos medo, ainda não temos fé (Mc 4,40).

E que fé é essa? Fé para ter proteção, cura, bem-estar? Claro que a gente espera tudo isso de Deus. Mas isso passa por uma pessoa com nome e sobrenome. Perguntamos: "Quem é este?" Damos crédito a ele, por causa do poder que manifesta. Mas seu gesto maior não é um gesto de poder, e sim, de entrega da própria vida. A fé por causa do poder é apenas um aperitivo para que acreditemos no Crucificado. A tempestade acalmada vem no início da caminhada de Jesus; no fim, estão a cruz e a ressurreição.


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Assim, nas aflições da vida, procurando segurança em Deus, encontramos Jesus diante de nós, poderoso, sim, mas isso, em última instância, por meio da cruz, por meio de sua doação por amor, Aí, ele revela o poder maior de Deus em sua pessoa. Reconhecendo isso, teremos confiança para enfrentar as tempestades de nossa história.

Pia União de Santo Antônio

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