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sábado, agosto 25, 2012

A Igreja precisa de leigos maduros, que sejam “co-responsáveis” da sua missão universal

A Igreja precisa de leigos maduros, que sejam “co-responsáveis” da sua missão universal e não considerados simples “colaboradores” do clero. É o que afirma Bento XVI na Mensagem enviada aos participantes do Fórum Internacional da Ação Católica, em andamento em Iaşi, na Romênia. Que a Associação de vocês seja neste nosso tempo “um laboratório de globalização da caridade”, auspicia o Papa.

A distinção ganhou nitidez ao longo dos séculos, mas no ano zero da Igreja a questão nem mesmo existia: pastores e leigos “eram um só coração e uma só alma”. O Santo Padre apresenta esse exemplo de unidade à atenção dos muitos membros da Ação Católica – provenientes de 35 nações de 4 continentes –, que desde esta quarta-feira até o próximo sábado se encontram na referida cidade romena para a sexta plenária de seu Fórum internacional.

Bento XVI ressalta com clareza que os leigos na Igreja são convidados a viver como protagonistas da missão eclesial, e, portanto, sendo “co-responsáveis” junto aos sacerdotes e não redimensionados a meros “colaboradores do clero”.

“Sintam como compromisso de vocês o empenho em atuar pela missão da Igreja: com a oração, com o estudo, com a participação ativa na vida eclesial, com um olhar atento e positivo para o mundo, na busca contínua dos sinais dos tempos.”

“Não se cansem de afinar sempre mais, com um sério e cotidiano empenho formativo, os aspectos da vocação peculiar de vocês de fiéis leigos, chamados a serem testemunhas corajosas e críveis em todos os âmbitos da sociedade”, exorta o Pontífice.

O Santo Padre reitera que os leigos, com a sua experiência, podem ajudar os pastores “a julgar com mais clareza e oportunidade” quer nas coisas do espírito, quer nas coisas do mundo.

Mas justamente enquanto chamados na linha de frente a serem testemunhas do Evangelho, os leigos têm a responsabilidade de anunciá-lo com “linguagem e modos compreensíveis em nosso tempo”: num modo que muda facilmente, esse é o “desafio da nova evangelização”, escreve.

E dirigindo sua reflexão para o empenho específico da Ação Católica, o Papa recorda que ela tem “como traço fundamental assumir a finalidade apostólica da Igreja em sua globalidade”, em equilíbrio entre Igreja universal e Igreja local.

“Assumam e partilhem as escolhas pastorais das dioceses e das paróquias favorecendo ocasiões de encontro e de sincera colaboração com os outros componentes da comunidade eclesial, criando relações de estima e de comunhão com os sacerdotes, em favor de uma comunidade viva, ministerial e missionária”, exorta o Papa.

“Cultivem autênticas relações pessoais com todos, a começar pela família, e ofereçam a disponibilidade de vocês à participação, em todos os níveis da vida social, cultural e política, buscando sempre o bem comum”, acrescenta.

“Nesta fase da história”, e em sintonia com a história associativa de vocês, renovem o compromisso a “trilhar no caminho da santidade” e “à luz do Magistério social da Igreja, trabalhem também para ser sempre mais um laboratório de ‘globalização da solidariedade e da caridade’, para crescer, com a Igreja inteira, na co-responsabilidade de oferecer um futuro de esperança à humanidade, tendo também a coragem de formular propostas exigentes”, conclui Bento XVI. 

Pia União de Santo Antônio

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