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Caríssimos(as) Irmãos(as), saudamos a todos vocês com a Paz e o Bem contidas no Cristo Jesus e em São Francisco de Assis.



quarta-feira, agosto 22, 2012

Essa mulher admirável chamada MARIA

Nossa Senhora Rainha
Isaías 9, 1-6; Lucas 1, 26-38

A rainha está sentada à vossa direita com suas vestes de ouro, ornada de esplendor (Sl 44,10).

Tudo grandioso e tudo simples. Maria é a senhora das coisas simples, embora hoje estejamos celebrando a grandeza da Realeza da Mãe do Rei, a festa de Nossa Senhora Rainha. Maria é Mãe do Rei que morre de amor, coroado de espinhos, mas ardendo de amor dá vida e no dar sua vida tem a conotação de rei redentor. Tudo grandioso demais e, ao mesmo tempo, tudo tão simples.

Um jovem judia levava tranquilamente sua vida: rezava, trabalhava, cantava, frequentava a sinagoga. Tinha a mente e o coração voltados para o Altíssimo. Essa Maria de Nazaré lembrava Abraão e por vezes encontramos sua espiritualidade nos salmos que falam dos simples e dos pobres. Maria vivia a espiritualidade de Abraão e dos pobres que aparecem nos salmos. Nada nela é dela. E nesse despojamento tão lindo e tão profundo vem se instalar aquele que é rico de todas as riquezas. Maria dá seu sim, acolhe a visita misteriosa e maravilhosa do Altíssimo, desse que olhou para a simplicidade de sua vida e de sua história. Ela continuou rezando, trabalhando, cantando depois que a criança nasceu… Toda virgem, toda transparência, toda limpidez ela cuida do menino, apresenta-o no templo, vê que ele cresce em idade e sabedoria diante de Deus e dos homens… Acompanha de perto e de longe sua trajetória. Antes de ter gerado Jesus no seio já era “parenta” dele…. porque todos os que fazem a vontade do Pai são mães, pais, irmãos e parentes de Jesus. Acompanha ela, de modo especial, os últimos momentos de seu Filho, sobretudo quando ele dá a vida pelos seus. Associa-se estreitamente aos sofrimentos, às dores e à morte de seu Filho, de tal sorte que se torna a Senhora da Compaixão, aquela que está o mais perto possível da Redenção de seu Filho, em comunhão com a morte do Filho. Ela é a mulher da cruz, mas também a mãe do Ressuscitado, do rei glorioso. Depois de ter percorrido os caminhos da terra foi elevada à gloria como Senhora da Glória e é a Rainha que foi assunta à gloria, a Senhora Rainha, a Mãe do Rei de Glória. E essa Senhora da Cruz e da Glória é nossa mãe e nossa rainha.

Ó Deus, que fizestes a mãe do vosso Filho nossa mãe e rainha, dai-nos por sua intercessão, alcançar o reino do céu e a glória prometido aos vossos filhos e filhas.

Frei Almir Ribeiro Guimarães
franciscanos.org.br

Pia União de Santo Antônio

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