“Não mais me vereis e […] me vereis” – é de sua morte e ressurreição que Jesus está falando. A pergunta dos discípulos revela sua incompreensão e a dificuldade de entrar na lógica do mistério de Deus revelado em Jesus (cf. v. 12). Jesus mesmo abre aos discípulos a possibilidade de esclarecer suas dúvidas e toma a iniciativa para tal (v. 19). À Páscoa de Jesus corresponde a Páscoa dos discípulos: da tristeza e lamentação causadas pela morte do Senhor, à alegria da ressurreição. O que para o mundo parecerá sua vitória em razão da cruz de Cristo, será revelado, na ressurreição do Filho único de Deus, como pecado e derrota; e aquele que parecia derrotado aparecerá como vitorioso sobre o mal e a morte. Os discípulos, os fiéis de modo geral, devem tirar as consequências do mistério pascal para a sua própria vida e no exercício de sua missão: o sofrimento e a morte não são a última palavra da existência humana; eles passam. O definitivo é a herança da ressurreição que, em razão dos méritos de Cristo, Deus concede a todos os fiéis que aceitam permanecer no Senhor.
Carlos Alberto Contieri, sj
ORAÇÃO
Pai, que o meu testemunho de vida cristã seja tal, que as pessoas possam “ver” Jesus nas minhas palavras e nos meus gestos de amor ao próximo.
paulinas.org.br
Palavras de João Paulo II sobre a Oração do Rosário
"O Rosário é minha oração preferida. Oração maravilhosa em sua simplicidade e em sua profundidade. Nesta oração repetimos muitas vezes as palavras que a Virgem Maria escutou da boca do anjo e de sua prima Isabel. A estas palavras toda a Igreja se associa.
Podemos dizer que o Rosário é, de certo modo, uma oração-comentário do último capítulo da Constituição "Lumen Gentium" do Vaticano II, capítulo que trata da admirável presença da Mãe de Deus no mistério de Cristo e da Igreja. No fundo das palavras "Ave Maria", passam diante dos olhos do que reza os principais episódios da vida de Cristo, com seus mistérios gozosos, dolorosos e gloriosos, que nos fazem entrar em comunhão com Cristo, poderíamos dizer, através do coração de sua Mãe.
Nosso coração pode encerrar nestas dezenas do Rosário todos os atos que compõem a vida de cada indivíduo, de cada família, de cada nação, da Igreja e da humanidade: os acontecimentos pessoais e os do próximo e, de modo particular, daqueles que mais gostamos. Assim, a simples oração do Rosário pulsa no ritmo da vida humana".
João Paulo II
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