Leituras do Dia
1ª Leitura - Ez 47,1-9.12
Salmo - Sl 45, 2-3. 5-6. 8-9 (R. 8)
Evangelho - Jo 5,1-16
1ª Leitura - Ez 47,1-9.12
Salmo - Sl 45, 2-3. 5-6. 8-9 (R. 8)
Evangelho - Jo 5,1-16
A Campanha da Fraternidade deste ano de 2015 tem como lema “Eu vim para servir”, expressão tirada da palavra de Cristo registrada por São Marcos em seu evangelho: “Eu vim para servir e não para ser servido” (Mc 10, 45).
Toda pessoa humana se realiza pela prática do bem, da generosidade, da misericórdia. Servir gratuitamente vale mais que qualquer remuneração material. O contrário seria culto ao egoísmo e à ganância, o que não dignifica a ninguém. Também a Igreja quer ser servidora, solidária e só se realiza com a prática destas virtudes, pois assim lhe ensinou seu fundador, Jesus. Em que a Igreja quer servir? Em tudo aquilo que dignifica a pessoa humana, em tudo aquilo que leve o planeta e a raça humana serem melhores, mais conformes ao plano do Criador.
Um dos problemas ameaçadores da humanidade hoje é o cuidado com a ecologia. Vivemos num planeta cada vez mais complicado com certas situações, pois o próprio ser humano, que deveria cuidar muito bem de seu habitat natural, coloca-o em risco de sobrevivência. A natureza se compõe de muitos elementos que convivem harmoniosamente, como um jardim de muitos matizes que se completam de forma equilibrada, resultando na formação da beleza natural que encanta e emociona. A imagem do jardim do Éden, descrito no livro do Gênesis, traduz esta realidade harmoniosa entregue pelo Criador ao homem e à mulher. Porém, submissos ao pecado, ao invés de cuidar amorosamente do seu espaço, o ser humano faz queda no egoísmo, e coloca em risco a criação.
Na realidade atual, os cientistas têm alertado, com frequência, a respeito do aquecimento global, sobre o efeito estufa, sobre as mudanças climáticas, afinal sobre o novo comportamento da natureza. O ser humano não é apenas usuário da natureza, nem só seu desfrutador, mas é parte integrante e como tal é parte interessada. Porém, com ele, todo o sistema é também todo ele interessado. Quando faltam condições de vida, faltam-nas para as pessoas, para os animais, para os vegetais, afinal, para o planeta.
Tais preocupantes mudanças experimentadas, sobretudo de 30 anos para cá, têm causado situação realmente alarmante. As causas são muitas, porém as mais graves são as antropológicas. A pessoa humana tem utilizado mal os recursos naturais. Porque não sabe? Não, propriamente. A maioria das pessoas sabe que respeitar a natureza é algo necessário, bom e indispensável para que se possa viver bem. Porém, há um fator inebriador, massificante da consciência que é a sede de lucro. Um provérbio latino cabe bem aqui: Auri Sacra Fames. De fato, a fome execranda do ouro ilude a mente humana e embota o espírito. Por causa do dinheiro fácil e volumoso, desmatam-se florestas, sem recompô-las, ajuntam-se lixos nos lixões que produzem gases entorpecentes e líquido venenoso agredindo o ar, as águas, matando os pássaros, os peixes, as árvores e causando danos ao ser humano direta e indiretamente. A poluição das chaminés, dos canos de descarga dos veículos e outros elementos poluentes continuam envenenando a atmosfera produzindo danos ao planeta.
A Campanha da Fraternidade conclama a todos para um grande mutirão de serviço global, ou seja, propõe união inteligente para vencermos juntos nossos problemas comuns. Quer ser a voz dos que crêem em Deus, Pai - Criador, e a partir da Palavra revelada, deseja prestar um serviço à pessoa humana alertando, formando, despertando as consciências para dizer que ainda é tempo de salvar a natureza, e proteger o planeta para que este continue sendo um lugar de vida e não uma ameaça de morte.
Servir é também semear esperança e convidar para a ação positiva que se dará por uma movimentação educativa, a fim de que os homens e as mulheres saibam cuidar melhor do jardim de Deus oferecido gratuitamente a todos nós.
Dom Gil Antônio Moreira
Arcebispo de Juiz de Fora (MG)
Toda pessoa humana se realiza pela prática do bem, da generosidade, da misericórdia. Servir gratuitamente vale mais que qualquer remuneração material. O contrário seria culto ao egoísmo e à ganância, o que não dignifica a ninguém. Também a Igreja quer ser servidora, solidária e só se realiza com a prática destas virtudes, pois assim lhe ensinou seu fundador, Jesus. Em que a Igreja quer servir? Em tudo aquilo que dignifica a pessoa humana, em tudo aquilo que leve o planeta e a raça humana serem melhores, mais conformes ao plano do Criador.
Um dos problemas ameaçadores da humanidade hoje é o cuidado com a ecologia. Vivemos num planeta cada vez mais complicado com certas situações, pois o próprio ser humano, que deveria cuidar muito bem de seu habitat natural, coloca-o em risco de sobrevivência. A natureza se compõe de muitos elementos que convivem harmoniosamente, como um jardim de muitos matizes que se completam de forma equilibrada, resultando na formação da beleza natural que encanta e emociona. A imagem do jardim do Éden, descrito no livro do Gênesis, traduz esta realidade harmoniosa entregue pelo Criador ao homem e à mulher. Porém, submissos ao pecado, ao invés de cuidar amorosamente do seu espaço, o ser humano faz queda no egoísmo, e coloca em risco a criação.
Na realidade atual, os cientistas têm alertado, com frequência, a respeito do aquecimento global, sobre o efeito estufa, sobre as mudanças climáticas, afinal sobre o novo comportamento da natureza. O ser humano não é apenas usuário da natureza, nem só seu desfrutador, mas é parte integrante e como tal é parte interessada. Porém, com ele, todo o sistema é também todo ele interessado. Quando faltam condições de vida, faltam-nas para as pessoas, para os animais, para os vegetais, afinal, para o planeta.
Tais preocupantes mudanças experimentadas, sobretudo de 30 anos para cá, têm causado situação realmente alarmante. As causas são muitas, porém as mais graves são as antropológicas. A pessoa humana tem utilizado mal os recursos naturais. Porque não sabe? Não, propriamente. A maioria das pessoas sabe que respeitar a natureza é algo necessário, bom e indispensável para que se possa viver bem. Porém, há um fator inebriador, massificante da consciência que é a sede de lucro. Um provérbio latino cabe bem aqui: Auri Sacra Fames. De fato, a fome execranda do ouro ilude a mente humana e embota o espírito. Por causa do dinheiro fácil e volumoso, desmatam-se florestas, sem recompô-las, ajuntam-se lixos nos lixões que produzem gases entorpecentes e líquido venenoso agredindo o ar, as águas, matando os pássaros, os peixes, as árvores e causando danos ao ser humano direta e indiretamente. A poluição das chaminés, dos canos de descarga dos veículos e outros elementos poluentes continuam envenenando a atmosfera produzindo danos ao planeta.
A Campanha da Fraternidade conclama a todos para um grande mutirão de serviço global, ou seja, propõe união inteligente para vencermos juntos nossos problemas comuns. Quer ser a voz dos que crêem em Deus, Pai - Criador, e a partir da Palavra revelada, deseja prestar um serviço à pessoa humana alertando, formando, despertando as consciências para dizer que ainda é tempo de salvar a natureza, e proteger o planeta para que este continue sendo um lugar de vida e não uma ameaça de morte.
Servir é também semear esperança e convidar para a ação positiva que se dará por uma movimentação educativa, a fim de que os homens e as mulheres saibam cuidar melhor do jardim de Deus oferecido gratuitamente a todos nós.
Dom Gil Antônio Moreira
Arcebispo de Juiz de Fora (MG)
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