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Caríssimos(as) Irmãos(as), saudamos a todos vocês com a Paz e o Bem contidas no Cristo Jesus e em São Francisco de Assis.



quarta-feira, abril 03, 2013

Os discípulos do caminho de Emaús



Quarta-feira da oitava da Páscoa
Atos 3, 1-10; Lucas 24,13-35



Com seu relato sobre o caminho de Emaús, Lucas nos ajuda a compreender como o Ressuscitado se faz presente:

“Lá onde um grupo de pessoas caminha pela vida procurando descobrir o significado das palavras e das obras de Jesus de Nazaré, lá onde se faz memória de sua paixão e se ouve a notícia de sua ressurreição… ali se faz presente o Ressuscitado. É uma presença real de alguém que nos acompanha pelo caminho; uma presença não fácil de captar, porque nossos olhos podem estar incapacitados de reconhecê-lo; uma presença que nos convida a reconhecer que somos “tardos de coração para crer”. Mas uma presença que vai despertando neles a esperança. Mais tarde confessarão que, enquanto Jesus lhe falava pelo caminho, “seu coração ardia dentro deles”. Um caminho para encontrar-nos com Cristo ressuscitado e sentir que nosso coração se inflama com sua presença é reunir-nos em seu nome, ler os evangelhos procurando descobrir o sentido profundo de suas palavras e de seus atos, lembrar sua crucificação e ouvir, a partir de dentro, com coração confiante, o anúncio da ressurreição.

E não basta isso. É necessária, além disso, a experiência da ceia eucarística para reconhecer a presença do Senhor ressuscitado, não só como alguém que ilumina nossa vida com sua Palavra, mas como alguém que nos alimenta em sua Ceia. É o que sugere o relato de Lucas. Os discípulos pedem ao viajante desconhecido que não os abandone. E Jesus “entra para ficar com eles”. Os três caminhantes sentam-se à mesa para cear como amigos e irmãos. Jesus toma o pão, pronuncia a bênção, parte-o e o vai dando, ”abrem-se-lhes os olhos e o reconhecem”. É suficiente reconhecer sua presença mesmo que seja por uns instantes. A experiência de sentir-se alimentados por ele transforma suas vidas. Agora se dão conta que as esperanças que haviam depositado em Jesus não eram excessivas, e eram mesmo pequenas e limitadas. Recuperam o sentido da vida. Retornam à comunidade dos discípulos e “contam o que lhes aconteceu no caminho e como o reconheceram ao partir do pão”.

(Jesus - Aproximação histórica – Jose Antonio Pagola - Vozes, p. 560-561)

Frei Almir Ribeiro Guimarães

Pia União de Santo Antônio

Pia União de Santo Antônio