Ouve-nos e converte-nos de verdade, Senhor.
Tira de nós a vaidade de acharmos que somos os melhores, que entendemos melhor do que os outros, que sabemos mais Bíblia dos que os outros, e que te encontramos e te servimos com mais lealdade.
Estamos lembrados da advertência de Filho, quando estiveste neste mundo anunciando o reino. Disseste que deveríamos buscar este reino em primeiro lugar; que os pequeninos conheceriam o teu segredo e que ladrões prostitutas talvez entrassem no teu céu antes de nós, por terem cumprido a primeira exigência do reino: o verdadeiro arrependimento que sempre vem seguido da humildade de não nos acharmos mais do que os outros.
Dá-nos, pois, a humildade de quem sabe o suficiente para crer, mas que sabe que não sabe o suficiente para se proclamar mais santo, mais fiel e mais eleito. Ainda nos lembramos da história do fariseu que se gabava de fazer tudo certo e do publicano que admitia que precisava de conversão e de misericórdia.
Faz de nós igrejas humildes que, enquanto afirmam suas convicções, respeitam as dos outros. Uma coisa é discordar e não querer repetir determinados erros e outra, diminuir quem errou.
Concede-nos a sabedoria de nunca parar de estudar e aprofundar o que já aprendemos e de não proclamar como absolutamente certo o que não é absolutamente certo, nem dizer que nos disseste o que na verdade não disseste. Acabaríamos dando o nosso recado e para ter mais autoridade e usando teu nome de maneira mentirosa.
Dá-nos humildade de continuar aprendizes da Palavra e, se possível, de estarmos juntos, mesmo com eventuais discordâncias. Que acentuemos e valorizemos o que nos une e respeitemos e dialoguemos a respeito do que ainda nos separa. Isso jamais acontecerá se um não deixar o outro falar.
Ensina-nos a ser povo de Deus unido na caridade, ainda que não consigamos ser um em todos os aspectos da nossa vida. Nas imensas diferenças do mundo que nos cerca concede-nos a graça da unidade, na caridade e na justiça. Amém
Pe. Zezinho, scj
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