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Caríssimos(as) Irmãos(as), saudamos a todos vocês com a Paz e o Bem contidas no Cristo Jesus e em São Francisco de Assis.



domingo, agosto 31, 2014

TOMAR A CRUZ E SEGUIR JESUS - 31 de agosto

“O Senhor sempre nos perdoa e sempre nos acompanha. Cabe a nós deixar-nos perdoar e deixar-nos acompanhar”. Papa Francisco

XXII DOMINGO DO TEMPO COMUM 
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)

1ª leitura: (Jr 20,7-9) O profeta “seduzido” por Deus para um trabalho ingrato – Já desde o início, Jeremias não gostou da vocação profética (cf. 1,6). Seu temperamento sensível não era o de um lutador contra os abusos religiosos e sociais de seu tempo e, sobretudo, não servia para proclamar as catástrofes que viriam sobre Judá. Aliás, a catástrofe se fazia esperar, o escárnio e a perseguição do profeta, porém, não! Assim, o profeta chega a amaldiçoar sua própria existência (cf. 15,10-21). Mas, sempre de novo, sua revolta o reconduz a seu Senhor. * Cf. Jr 1,4-10; 17,14-18; 23,29; Am 3,8; 1Cor 9,16.

Salmo 62/63
A minha alma tem sede de vós
como a terra sedenta, ó meu Deus!

Sois vós, ó Senhor, o meu Deus!
Desde a aurora ansioso vos busco!
A minha alma tem sede de vós,
minha carne também vos deseja,
como terra sedenta e sem água!

Venho, assim, contemplar-vos no templo,
para ver vossa glória e poder.
Vosso amor vale mais do que a vida:
e por isso meus lábios vos louvam.

Quero, pois, vos louvar pela vida
e elevar para vós minhas mãos!
A minha alma será saciada,
como em grande banquete de festa;
cantará a alegria em meus lábios
ao cantar para vós meu louvor!

Para mim fostes sempre um socorro;
de vossas asas à sombra eu exulto!
Minha alma se agarra em vós;
com poder vossa mão me sustenta.

2ª leitura: (Rm 12,1-2) O verdadeiro culto a Deus – “Diante da misericórdia de Deus” (12,1), descrita em Rm 1–11 (a salvação pela graça de Deus e a fé do homem), Paulo propõe uma prática de vida que é “culto adequado” a Deus (recomendações morais, Rm 12–14). Pode-se comparar a vida com um sacrifício, transformado pela santificação; assim também a vida do cristão já não é como a do mundo. O cristão é crítico em relação ao mundo: assume o que é valioso e rejeita o que não o é. Assim, ele encarna a ação salvífica de Cristo no mundo. * 12,1 cf. Rm 1,9; 15,16; 1Pd 2,5 * 12,2 cf. Rm 8,5; Ef 4,22-24; 5,10.17; Fl 1,9-10.

Evangelho: (Mt 16,21-27) O seguimento de Jesus: assumir sua cruz – Com a profissão de fé messiânica relacionam-se, nos três evangelhos sinóticos, a predição da Paixão e o tema do seguimento de Jesus no sofrimento. Pedro mostra-se, outra vez, porta-voz, mas, desta vez, da incompreensão diante do mistério. Que o Messias e sua Igreja devem sofrer é um ensinamento que sempre de novo terá que ser repetido e aprofundado. * Cf. Mc 8,31-38; Lc 9,22-26 * 16,21-23 cf. Mt 17,22-23; 20,17-19; Lc 9,44; 18,31-33; 24,7.44-46 * 16,24-26 cf. Lc 14,27; 17,33; Jo 12,25-26 * 16,27 cf. Mt 25,31; 2Ts 1,7.



“É proibido proibir”. Hoje em dia existe nada pode restringir o prazer e o poder. Privar-se de algum prazer é contrário ao que ensinam os grandes doutrinadores da sociedade – a publicidade, a televisão... “Chega de cristianismo triste! Para que sempre falar em cruz e sacrifício?”

No domingo passado vimos que Pedro, com entusiasmo, proclamou a fé em Jesus Messias. No evangelho de hoje, Jesus começa a ensinar que “o Filho do Homem” vai sofrer e morrer. Ao ouvir essas palavras, Pedro fica indignado. Mas Jesus o repreende, porque pensa segundo categorias humanas e não segundo o projeto de Deus. Ensina-lhe que, para segui-lo, é preciso assumir a cruz. Séculos antes, Jeremias já experimentara a estranha lógica de Deus. Ele disse abertamente que Deus o “seduziu” para a tarefa ingrata de ser profeta (1ª leitura).

Os critérios humanos se opõem ao modo de proceder de Deus. O homem envereda pelo sucesso e pela eficiência, Deus pelo dom da própria vida. O caminho de Jesus e de seus seguidores é convencer o mundo do amor de Deus.

Deus não deseja “sacrificar pessoas” (como é praxe em estratégias militares e políticas). Apenas deseja que sejam testemunhas de seu projeto. Mas os que não concordam com este projeto matam os profetas, os enviados de Deus, quando estes querem ser fiéis à sua missão. Exemplos disto não faltam em nosso mundo. Por isso, quando Pedro protesta contra a ideia da morte de Jesus, este o vê do lado do grande “adversário”, Satanás: “Vai para trás de mim, Satanás, tu és uma pedra de tropeço para mim”. Pedro deve ir atrás de Jesus, em vez de seduzi-lo para um caminho que não condiz com o projeto de Deus (Satanás significa sedutor). Pedro pensava num Messias de sucesso, Jesus pensa no Servo Sofredor de Deus, que liberta o mundo por sua dedicação até a morte.

A lição que Pedro recebe ensina-nos a olhar para Cristo, para ver nele a lógica de Deus; a olhar para os pobres, para ver neles o resultado da estratégia do Adversário... Pois o sucesso e a ganância produzem os porões de miséria.

Devemos analisar o sistema de Deus e o sistema do Adversário hoje. O sistema de Deus proíbe ao homem dominar seu irmão, porque Deus é o único “dono”; os sistemas contrários são baseados na dominação do homem pelo homem. Quem quiser ser mensageiro do reino de Deus experimentará na pele a incompatibilidade com os sistemas deste mundo (2ª leitura). O mensageiro de Deus, seguidor de Jesus, será rejeitado pela sociedade como “corpo alheio”. Tomando consciência disso, vamos rever nossa escala de valores e critérios de decisão. A mania do sucesso, o prazer de dominar, de aparecer, de mandar... já não valem. Vale agora o amor fiel, que assume a cruz, até o fim.

Pe. Johan Konings SJ 

domtotal.com.br


Pia União de Santo Antônio

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