Carta do Ministro geral por
ocasião do V centenário do nascimento de S. Félix de Cantalício e do III centenário
do nascimento de S. Félix de Nicósia
A todos os frades da Ordem
Às Irmãs Clarissas Capuchinhas
1. Celebremos a santidade
Caros irmãos e caras irmãs,
O ano em curso nos
presenteia dois aniversários especialmente significativos: o quinto centenário
do nascimento de São Félix de Cantalício, num burgo do Vale Reatino e o terceiro centenário da vinda ao mundo de
outro Frei Félix, aquele de Nicósia, na Sicília. Ambos viveram sua vocação como
irmãos não-clérigos e passaram grande
parte de suas vidas exercendo o ofício de esmoleiro. O tempo de suas vidas foi
sustentado pela graça de Deus à qual responderam com zelo e paixão, viveram o
esmolar como a ocasião para anunciar o Evangelho em simplicidade e humildade. A
Igreja, elevando-lhes à santidade indicou-os como modelo e esperança para o
povo de Deus. Sobre a vida e a santidade de Frei Félix de Cantalício eu já
escrevi uma carta a toda a Ordem recordando os 300 anos de sua canonização.[1]
2.
Frei Félix de Nicósia
Há dez anos, o Papa Bento XVI
proclamou santo, Félix de Nicósia, frade capuchinho. Nesta missiva recordo de
modo sintético as datas fundamentais e os aspectos que caracterizaram a vida do
nosso confrade santo. Félix nasceu em Nicósia, na Sicília (Itália), aos 15 de
novembro de 1715 e teve que esperar bastante tempo antes que os capuchinhos de
então se decidissem por admiti-lo à nossa vida. Vem acolhido quando havia já 28
anos e por bem 43 anos exerceu o ofício de frade esmoleiro na cidade que lhe
deu o gentílico.
Respondeu ao chamado do Senhor
escolhendo ser irmão de todos e de sê-lo segundo o Evangelho. O seu contínuo
peregrinar pelas vias da cidadezinha de Nicósia levou-o a encontrar a todos: a
dureza dos encarcerados, a inocência das crianças, a força dos operários, a
debilidade dos enfermos, a amargura dos humilhados e a insolência dos
violentos. Mas, com todos usou a arma que conservava no seu alforje: o amor
d’Aquele que por todos morreu sobre a cruz. (cf.1Cor 8,11). Dele se diz que, encontrando-se
com um blasfemador, primeiro ajoelhava-se e recitava por três vezes o “Glória
ao Pai”, depois levantava-se e o convidava a emendar-se.
Tendo abraçado a pobreza, aceitou
despojar-se, seja das coisas materiais que da sua vontade e isto o levou a ser,
antes de tudo, um homem livre e feliz. Era homem simples e de poucas palavras,
capaz, porém, de ir diretamente ao coração das pessoas. A vida de Frei Félix
tornou-se reflexo da presença de Deus. Eis porque muitos homes e mulheres do
seu tempo recolheram tantos fatos miraculosos ligados à sua vida. Morreu em
Nicósia na madrugada de 31 de maio de 1787[2].
3. Irmãos leigos e santos
Os nossos "dois Félix" fazem
parte de uma legião numerosa de presenças luminosas que edificaram a nossa
história e, a celebração do aniversário do nascimento deles, suscitou em mim o
desejo de honrar a sua santidade partilhando convosco, caros irmãos e irmãs,
algumas reflexões sobre a nossa vocação de frades capuchinhos, particularmente
aquela dos irmãos leigos.[3] Escrevo com a consciência de que existem inteiras áreas da nossa Ordem
onde a presença dos irmãos não-clérigos está para desaparecer completamente e
isto não é nada bom. Esta situação, se não sofrerá uma mudança radical, terá
consequências nefastas sobre a originalidade e a integridade do nosso carisma
franciscano capuchinho. Tento motivar esta minha afirmação partindo de
situações concretas.
a. Quando te perguntam: “Quem és?”
Caro irmão, quando alguém te
pergunta “quem és”, ou então quando te apresentas, como respondes, quais
expressões usas? Qual é a tua resposta imediata? Dizes: “Sou um frade
capuchinho!” E esperas que seja eventualmente o teu interlocutor a pedir-te explicações de modo mais detalhado
sobre o que seria “um frade capuchinho?” Ou a tua resposta é :“Sou um
sacerdote!”, ou ainda te defines a partir
de alguma função ou profissão que exerces, dizendo: “ Sou pároco, sou
professor, etc.” Estou convencido de que
na resposta à pergunta “quem és”, ou na apresentação que fazemos de nós mesmos,
revelamos a concepção que temos da nossa pessoa. Quando digo: “Sou um frade
capuchinho”, afirmo em primeiro lugar ser um consagrado, um religioso,
pertencente à Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. Declaro de ter feito uma
opção de vida, de pertencer a uma fraternidade, defino-me uma pessoa que deseja
viver relações autênticas com outros irmãos e irmãs. Indiretamente afirmo
também a paternidade de Deus sobre a minha pessoa. Quando digo: “Sou um frade
menor capuchinho”, trago comigo a grande fraternidade da Ordem, sem fazer
nenhuma distinção ou seleção, afirmando assim a marca distintiva da minoridade da qual compreendemos o
significado, mas que, geralmente, temos dificuldade para viver e testemunhar na
concretude quotidiana.
Quando alguém se define como
“padre”, “sacerdote”, “pároco”, “professor” ou outras coisas, existe um certo
perigo de que a primeira resposta, “sou um frade capuchinho”, não lhe baste.
Não creio que se justifique este tipo de resposta simplesmente pelo fato de
querer facilitar a compreensão ao nosso interlocutor, ao contrário, creio que a
nossa resposta seja reveladora de como compreendemos a nós mesmos.
b. Ser ou permanecer?
Existem outras
expressões da nossa linguagem que revelam um modo de pensar e nossas convicções
profundas. Algumas vezes escutei afirmações do tipo: “Este jovem é muito capaz,
homem intelectualmente e humanamente dotado, decidiu ‘permanecer’ ou continuar
‘apenas’ irmão”. Confesso que estas palavras me irritam seriamente! O verbo
‘permanecer’ neste caso, revela que, àquela pessoa, a quem se refere, falta
alguma coisa, que a sua vocação, seu serviço é parcial e incompleto. É como
dizer que a consagração religiosa não é suficiente para dar pleno sentido à
existência de uma pessoa. Creio que esta concepção da vocação dos nossos irmãos
leigos, influencie não pouco na diminuição dos “irmãos” na nossa Ordem e corre
o risco de depreciar e enfraquecer o significado profundo e autêntico da vida
consagrada. A linguagem usada para definir a vocação dos nossos irmãos não é
muito feliz, os títulos de “irmão leigo” ou “irmão não sacerdote”, indicam a
ausente relação com o sacerdócio ministerial.[4] Seria mais convincente falar de “irmão religioso”, mas não creio que
aqui seja o lugar para expor a teologia dos estados de vida do cristão na
Igreja.
O que me preocupa e entristece é
a escassa consideração que existe dentro da nossa Ordem a respeito da vocação
do “irmão leigo” e não admira que o número dos irmãos diminua progressivamente. Existem circunscrições da Ordem onde ninguém
escolhe ser irmão, porque todos querem ser sacerdotes. Conheço situações nas
quais o Ministro provincial o os formadores, nos diálogos com um irmão que possui
bons recursos intelectuais e que talvez tenha estudado teologia, insistem para
que não “permaneça” irmão, mas peça para ser ordenado! A preocupação excessiva
para iniciar os jovens na formação ao presbiterato terá como consequência levar progressivamente nossa Ordem a
configurar-se como ordem clerical e talvez duvidemos da real consistência
contida na consagração religiosa para
justificar ou dar sentido a uma opção de vida como a nossa.[5] Nos esquecemos do que era São
Francisco?
c. Servidores o servidos?
Às vezes quando se
conversa sobre o pessoal empregado que trabalha em nossas casas, ouço
afirmações como: “Pena que não tenhamos mais os irmãos leigos que se ocupem dos
trabalhos domésticos!” Esta situação deve tornar-se ocasião de reflexão e
revisão para fazer escolhas decididamente mais fraternas. Por outro lado, se
algum de nós tem o dom para ser um bom cozinheiro, alfaiate ou outra coisa, não
vejo porquê este tipo de atividade não possa ser considerado que um serviço a
mais útil à fraternidade e ainda uma atividade que dá sentido à vida.[6] Muitas vezes a divisão entre aqueles que se
ocupam dos serviços domésticos e aqueles que dedicam-se ao ministério e à
pastoral leva a criar duas categorias de frades: aqueles que servem e os que se
fazem servir. A este propósito o VII CPO afirma: “Todo serviço nas nossas casas deve ser oportunamente partilhado por
todos os frades por força da nossa vocação. [7]” E as nossas Constituições renovadas: “A nossa vida de pobreza e minoridade requer que cada um de nós
colabore, quanto possível, nas tarefas domésticas em espírito de fraterna
comunhão. Tal participação favorece a mútua dependência e a ajuda recíproca,
qualifica a fraternidade e confere credibilidade à nossa vida. O trabalho de
casa frade não o dispensa do cuidado da casa e dos serviços quotidianos da
fraternidade; assumamo-los como parte integrante de nossa vida ordinária.[8] Pergunto-me somente por que tanta
dificuldade em dar cumprimento a estes
reiterados convites por parte dos textos oficiais da nossa Ordem?
4. Percursos formativos adequados
para os irmãos leigos
As considerações que
expus até agora são consequência também da dificuldade e incapacidade de pensar
e desenvolver percursos formativos que permitam aos irmãos realizarem um
serviço eficaz, qualificado e útil à
fraternidade, à Igreja e à sociedade. Geralmente aqueles que se sentem chamados
a ser irmãos leigos vêm associados aos caminhos formativos previstos para os
candidatos ao sacerdócio, o que significa que o irmão leigo é percebido como
exceção e nunca como a regra. Nas visitas
às circunscrições da Ordem, noto que permanece forte a tendência a considerar a
pessoa a partir da função que exerce ou da utilidade de seu trabalho e não da
identidade de pessoa consagrada a Deus e chamada a doar a vida. Na formação inicial e permanente é necessário
insistir sobre a vida religiosa como
plenitude e realização da existência.
Radicado nesta consciência, o religioso poderá empreender uma formação
profissional que se tornará a modalidade para doar as próprias energias e os
próprios talentos levando em conta as necessidades da fraternidade local ou
provincial. Muitos frades antes de serem agregados à nossa Ordem exerciam
atividades profissionais ou desenvolviam artes e ofícios que, continuados na
fraternidade seriam uma riqueza e um testemunho muito significativos.
Muitas vezes ouço dizer que o
povo não compreende a vocação do irmão. Esta afirmação ressoa como um desafio,
porque denuncia a nossa dificuldade em testemunhar o dom e o carisma que a vida consagrada representa para a Igreja. O
Ano da Vida Consagrada, lançado pelo Papa Francisco, representa uma boa
oportunidade para olhar com admiração e gratidão o dom do qual somos
partícipes, pedindo com humildade ao Espírito Santo que a nossa quotidianidade
torne-se “explicação existencial” do significado da profissão dos Conselhos
Evangélicos.
5. A nossa identidade fraterna
Nesta carta, renovo a
minha esperança e rezo para que a Igreja nos ajude realmente, também através do
acesso a alguns serviços e responsabilidades, a afirmar a plenitude da vocação
do irmão. A atual situação não permite aos irmãos o acesso a determinadas
responsabilidades como aquela de guardião, vigário provincial, custódio,
ministro provincial e este tipo de preclusão transmite ainda mais a mensagem de
que aos irmãos falte alguma coisa! Atualmente é fácil obter a dispensa para o
serviço de guardião, mas não o é ao invés para aquele de superior maior.[9] O pedir uma dispensa significa que nos encontramos diante de um
“impedimento!”
Já há anos estamos pedindo e
insistindo junto à Santa Sé, para que nos seja concedida a graça de viver o
quanto São Francisco previu na Regra, isto é, que todos os membros da nossa Ordem
possam ser eleitos ou nomeados para todos os serviços e ofícios previstos pelas
nossas Constituições. Basta ler, por exemplo, o capítulo sétimo da Regra bulada
para se dar conta.[10]. Diversos Capítulos gerais defenderam e apoiaram esta causa.
Considero útil recordar os dois
textos votados durante o último Capítulo
geral a propósito da nossa identidade fraterna:
O 84°Capítulo geral reafirma o trabalho feito
para esclarecer a nossa identidade franciscana de acordo com o Concílio
Vaticano II e o Magistério da Igreja e apoia
plenamente a sua continuação essencialmente seguindo a mesma linha, em
perfeita coerência com os pontos
principais aprovados pelos recentes Capítulos gerais e contidos nas nossas
atuais Constituições aprovadas pela Santa Sé (cfr. especialmente Const. 83,5-6; 84,3-5; 115,6).
O 84°Capítulo geral confia ao Espírito Santo e
ao prudente juízo do Magistério e seu definitório a continuação do trabalho
para uma positiva solução da proposta a respeito da nossa identidade como
irmãos. Nós desejamos haver a graça de
viver em conformidade com o carisma
fundacional de São Francisco que foi aprovado como tal pela autoridade
apostólica do Papa (cfr PC 2,2b; can. 578; proposição 10 do Sínodo da Vida
Consagrada, 1994; Vita consacrata 61).[11]
Quero também reafirmar o quanto
insistiram sobre o assunto os meus predecessores, Fr. Flavio Roberto Carraro
(1982-1994) e Fr. John Corriveau (1994-2006), os quais, não perderam nenhuma
ocasião para apresentar esta nossa instância às autoridades competentes. O
mesmo diga-se dos precedentes Capítulos gerais.
A mesma solicitação é partilhada
com as demais famílias franciscanas (OFM, OFMConv, TOR); nos dirigimos juntos
ao Santo Padre para pedir a graça acima mencionada. Também as ordens monásticas
estão se movendo no mesmo sentido. Tive a ocasião de falar diretamente seja com
Papa Bento XVI que com Papa Francisco; apresentei o nosso pedido aos
responsáveis da Congregação para a Vida Consagrada e a questão foi suscitada
várias vezes durante as Assembleias dos Superiores Gerais.
Confiando numa resposta positiva
ao nosso pedido à Santa Sé, desejo gastar ainda algumas palavras a propósito de
uma preocupação expressa mais acima: a progressiva clericalização da nossa
Ordem. Quer seja busca de prestígio ou falta de fé (?), estou consciente de que
provoco e espero seja uma provocação salutar. O meu temor é que se enfraqueça
progressivamente o sentido da consagração religiosa, vocação que manifesta o
desejo de doar de modo exclusivo e total
a vida a Deus e à humanidade inteira. O dom de si a Deus e aos irmãos, que bebe
cotidianamente do Evangelho, como fizeram os dois “Santos Félix”, representa a
motivação forte que faz da vida do irmão leigo uma resposta plena e completa
àquele “vem e segue-me” pronunciado por Jesus.
Quando penso à vocação e ao
testemunho das nossas irmãs Clarissas Capuchinhas e de todas as outras
consagradas, fico edificado, porque não têm necessidade de serem ordenadas, mas
dão seu testemunho com simplicidade, vivendo plenamente a sua consagração.
A esta altura, como
noutras cartas precedentes, parece-me ouvir as objeções e as críticas dos
confrades: “Ministro, por que desprestigias o ministério ordenado?” Ou ainda: “Esta igualdade a todo custo só
embaça o dom que o presbiterato representa para a Igreja.” Não é nada disso! Cheguei
até aqui com o intento de provocar uma reflexão, quis afirmar a originalidade
da nossa vocação, que a condição de vida dos nossos irmãos leigos testemunha de
maneira eminente e é o que nos iguala: A sequela de Jesus na vida consagrada. “Francisco acolheu na primeira fraternidade
todos aqueles que desejavam partilhar do seu ideal minorítico; entre eles havia
também sacerdotes”[12]
6. Conclusão
Caros irmãos e caras
irmãs, no Ano da Vida Consagrada recordamos dois aniversários significativos
que nos falam da santidade de dois irmãos leigos. Aproveitemos este evento como
ocasião de conversão, de redescoberta do sentido e da atualidade da vida
religiosa. Convido cada frade a perguntar-se com simplicidade e verdade: “Como
estou vivendo a minha consagração?” A
resposta a esta pergunta torne-se depois objeto de partilha fraterna, de
apoio recíproco, de comunicação na fé que ajudam a qualidade das nossas
relações fraternas. Ajudemo-nos a testemunhar às pessoas do nosso tempo o
primado de Deus e como esta pertença a Ele é capaz de gerar relações onde a
caridade, a acolhida, a misericórdia e a solidariedade são os elementos
constitutivos.
Quero terminar esta
carta convidando todos os frades da Ordem a unirem-se à minha gratidão por cada
irmão leigo presente nas nossas fraternidades.
O Senhor vos abençoe e
vos guarde em seu amor!
Roma, 5 de abril de 2015
Solenidade da Páscoa do Senhor.
Fr. Mauro Jöhri,
Ministro geral OFMCap
[1] Carta Circular por ocasião do 300° ano da canonização
de São Félix de Cantalício, (1515-1587), Analecta
Ordinis Fratrum Minorum Capuccinorum 128-n. 2 (2012) 820-824.
[2] Para saber mais, vide:: Sulle orme dei santi. Santoriale cappuccino.
Segunda edição a cura de Costanzo Cargnoni, San Giovanni Rotondo 2012, 226-234.
[3] Constato que, de certo modo, continuo a
reflexão iniciada na Carta “Identidade e
pertença capuchinha” do ano passado.
[4] Parece-me interessante lembrar como o VII CPO,
que tratou sobre “A nossa vida fraterna em minoridade” advertiu a necessidade
de precisar a figura do sacerdote(capuchinho) como menor, mas não aquela do
irmão, sendo esta suficientemente clara deste ponto de vista. Cfr. números 35 e seguintes.
[5] Da parte de muitos dos nossos
confrades dedicados à animação vocacional, foi-me pedido que escrevesse uma
carta a toda a Ordem sobre este assunto. Espero, mais cedo ou mais tarde
conseguir, no entanto, ouso pedir a todos
que tenham a coragem de propor a vocação do irmão leigo como uma dimensão
plenamente correspondente ao nosso ser frades capuchinhos.
[6] Espero que o próximo Conselho Plenário da
Ordem sobre “A graça de trabalhar”
enfrente este gênero de problemáticas e nos ajude a criar uma concepção mais
respeitosa de cada tipo de atividade que “não apaguem o espírito da santa
oração e devoção, ao qual todas as outras coisas temporais devem servir.” (Regra
bulada V.)
[9] A
propósito, nossas Constituições rezam ao n. 90,3: “No âmbito da Ordem, da província e da fraternidade local, todos os
ofícios e serviços devem ser acessíveis a todos os frades, tendo em conta,
porém, os atos que requerem a ordem sacra.”
[10] “Os Ministros, no entanto, se são presbíteros,
com misericórdia lhes imponham a penitência; se, porém, não forem sacerdotes,
façam com que lhes seja imposta por outros sacerdotes da Ordem, como lhes
parecer melhor segundo Deus”
[11] Atti dell’84°Capitolo Generale
(A cura di fra Carlo Calloni), Curia Generale dei Frati Minori Cappuccini, Vol.
II, Roma 2012, 471.