SEJAM BEM-VINDOS!

Caríssimos(as) Irmãos(as), saudamos a todos vocês com a Paz e o Bem contidas no Cristo Jesus e em São Francisco de Assis.



quinta-feira, maio 31, 2012

31 de maio - encerramento do mês de maio

Paz e Bem!

Hoje é o encerramento do mês dedicado a MARIA e o início da trezena de Santo Antônio em preparação para sua festa, no dia 13 de junho.

Logo mais, às 18:30, missa e coroação de Nossa Senhora ( encenação do Ministério Jovem Frei Junípero ) e hasteamento da bandeira, dando início a trezena que vai até dia 12, sempre as 18:30h . E logo após, apresentações musicais e teatrais e barracas de comida e bebida, dando início a parte social, no pátio interno do convento. Aos sábados e domingos, a missa é às 19h.

Divulgue, participe, traga seus familiares e amigos para viver conosco esta trezena.

quarta-feira, maio 30, 2012

Nossa mãe, Maria - os dogmas marianos

A Maternidade Divina
O dogma da Maternidade Divina se refere a que a Virgem Maria é verdadeira Mãe de Deus. Foi solenemente definido pelo Concílio de Éfeso (431 d.C.). Algum tempo depois, foi proclamado por outros Concílios universais, o de Calcedonia e os de Constantinopla.

O Concílio de Éfeso, do ano 431, sendo Papa São Clementino I (422-432) definiu:
"Se alguém não confessar que o Emanuel (Cristo) é verdadeiramente Deus, e que portanto, a Santíssima Virgem é Mãe de Deus, porque pariu segundo a carne ao Verbo de Deus feito carne, seja anátema."

O Concílio Vaticano II faz referência ao dogma da seguinte maneira: "Desde os tempos mais remotos, a Bem-Aventurada Virgem é honrrada com o título de Mãe de Deus, a cujo amparo os fiéis acodem com suas súplicas em todos os seus perigos e necessidades". (Constituição Dogmática Lumen Gentium, 66).


A Perpétua Virgindade
O Dogma da Perpétua Virgindade se refere a que Maria foi Virgem antes, durante e perpétuamente depois do parto.

"Ela é a Virgem que conceberá e dará à luz um Filho cujo nome será Emanuel" (Cf. Is., 7, 14; Miq., 5, 2-3; Mt., 1, 22-23) (Constituição Dogmática Lumen Gentium, 55 - Concílio Vaticano II).

"O aprofundamentamento da fé na maternidade virginal levou a Igreja a confessar a virgindade real e perpétua de Maria inclusive no parto do Filho de Deus feito homem. Com efeito, o nascimento de Cristo "longe de diminuir consagrou a integridade virginal" de sua mãe. A liturgia da Igreja celebra a Maria como a 'Aeiparthenos' a 'sempre-virgem'." (499-catecismo da Igreja Católica).


A Imaculada Conceição
O Dogma da Imaculada Conceição estabelece que Maria foi concebida sem mancha de pecado original. O dogma foi proclamado pelo Papa Pio IX, no dia 8 de dezembro de 1854, na Bula Ineffabilis Deus.

"Declaramos, pronunciamos y definimos que a doutrina que sustenta que a Santíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua concepção, foi por singular graça e privilégio de Deus onipotente em previsão dos méritos de Cristo Jesus, Salvador do gênero humano, preservada imune de toda mancha de culpa original, foi revelada por Deus, portanto, deve ser firme e constantemente crida por todos os fiéis."


A Assunção


O dogma da Assunção se refere a que a Mãe de Deus, ao cabo de sua vida terrena foi elevada em corpo e alma à glória celestial.

Este dogma foi proclamado pelo Papa Pio XII, no dia 1 de novembro de 1950, na Constituição Munificentissimus Deus:

"Depois de elevar a Deus muitas e reiteradas preces e de invocar a luz do Espíritu da Verdade, para glória de Deus onipotente, que outorgou à Virgem Maria sua peculiar benevolência; para honra do seu Filho, Rei imortal dos séculos e vencedor do pecado e da morte; para aumentar a glória da mesma augusta Mãe e para gozo e alegria de toda a Igreja, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos Pedro e Paulo e con a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que a Imaculada Mãe de Deus e sempre Virgem Maria, terminado o curso da sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma à glória do céu".

Agora bem, Porquê é importante que os católicos recordemos e aprofundemos no Dogma da Assução da Santíssima Virgem Maria ao Céu? O Novo Catecismo da Igreja Católica responde à esta interrogação:

"A Assunção da Santíssima Virgem constitui uma participação singular na Ressurreição do seu Filho e uma antecipação da Ressurreição dos demais cristãos"(966).

A importância da Assunção para nós, homens e mulheres do começo do Terceiro Milênio da Era Cristã, radica na relação que existe entre a Ressurreição de Cristo e nossa. A presença de Maria, mulher da nossa raça, ser humano como nós, quem se encontra em corpo e alma já glorificada no Céu, é isso: uma antecipação da nossa própria ressurreição.

Mais ainda, a Assunção de Maria em corpo e alma ao céu é um dogma da nossa fé católica, expressamente definido pelo Papa Pio XII pronunciando-se "ex-cathedra". E... Quê é um Dogma?
Posto nos termos mais simples, Dogma é uma verdade de Fé, revelada por Deus (na Sagrada Escritura ou contida na Tradição), e que também é proposta pela Igreja como realmente revelada por Deus.

Neste caso se diz que o Papa fala "ex-cathedra", quer dizer, que fala e determina algo em virtude da autoridade suprema que tem como Vigário de Cristo e Cabeça Visível da Igreja, Mestre Supremo da Fé, com intenção de propor um assunto como crença obrigatória dos fiéis católicos.

O Novo Catecismo da Igreja Católica (966) nos explica assim, citando a Lumen Gneitium 59, que à sua vez cita a Bula da Proclamção do dogma:

"Finalmente a Virgem Imaculada, preservada livre de toda macha de pecado original, terminado o curso da sua vida terrena foi levada à glória do Céu e elevada ao trobno do Senhor como Rainha do Universo, para ser conformada mais plenamente a Seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da mrote".

E o Papa João Paulo II, em uma das suas catequeses sobre a Assunção, explica isto mesmo nos seguintes termos:

"O dogma da Assunção, afirma que o corpo de Maria foi glorificado depois de sua morte. Com efeito, enquanto para os demais homens a ressurreição dos corpos ocorrerá no fim do mundo, para Maria a glorificação do seu corpo se antecipou por singular previlégio" (JPII, 2- Julho-97).

"Contemplando o mistério da Assunção da Virgem, é possível compreender o plano da Providência Divina com respeito a humanidade: depois de Crsito, Verbo Encarnado, Maria é a primeria criatura humana que realizou o ideal escatológico, antecipando a plenitude da felicidade prometida aos eleitos mediante a ressurreição dos corpos" (JPII, Audiência Geral do 9-julho-97). Continua o Papa: "Maria Santíssima nos mostra o destino final dos que 'escutam a Palavra de Deus e a cumprem'(Lc. 11,28). Nos estimula a elevar nosso olhar às alturas onde se encontra Cristo, sentado à direita do Pai, e onde também está a humilde escrava de Nazaré, já na glória celestial"(JPII, 15-agosto-97).

Os homens e mulheres de hoje vivimos pendentes do enigma da morte. Ainda que o enfoquemos de diversas formas, segundo a cultura e crenças que tenhamos, por mais que o evadimos em nosso pensamento por mais que tratemos de prolongar por todos os meios ao nosso alcane nossos dias na terra, todos temos uma necessidade grande desta esperança certa de imortalidade contida na promessa de Cristo sobre nossa futura ressurreição.

Muito bem faria a muitos cristãos ouvir e ler mais sobre este mistério da Assunção de Maria, o qual nos diz respeito tão diretamente. Por quê se chegou a difundir-se a crença no mito pagão da re-encarnação entre nós? Se pensamos bem, estas idéias estranhas à nossa fé cristão vieram metendo-se na medida em que deixamos de pensar, de predicar e de recordar aos mistérios, que como o da Assunção, têm a ver com a outra vida, com a escatologia, com as realidades últimas do ser humano.

O mistério da Assunção da Santíssima Virgem Maria ao Céu nos convida a fazer uma pausa na agitada vida que levamos para refletir sobre o sentido da nossa vida aqui na terrra, sobre o nosso fim último: a Vida Eterna, junto com a Santíssima Trindade, a Santíssima Virgem Maria e os Anjos e Santos do Céu. O fato de saber que Maria já está no Céu gloriosa em corpo e alma, como nos foi prometido aos que façamos a Vontade de Deus, nos renova a esperança em nossa futura imortalidade e felicidade perfeita para sempre.

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terça-feira, maio 29, 2012

Nossa mãe, Maria - a coroa franciscana



A Coroa das Sete Alegrias de Nossa Senhora é uma antiga devoção franciscana. Por isso também é chamado de Rosário Franciscano. A espiritualidade de São Francisco canta os louvores a Deus por tudo de bom que o Senhor nos faz. Na Coroa Franciscana, celebramos as grandes alegrias da virgem Maria. São Sete alegrias e rezamos um Pai Nosso, dez Ave -Marias e um Glória ao Pai para cada alegria de Nossa Senhora.

Existe uma tradição segundo a qual Nossa Senhora, antes de sua Assunção ao Céu, teria vivido 72 anos nesta terra. Por isso, na Coroa Franciscana rezam-se duas Ave-Marias antes das sete dezenas, completando, assim, uma Ave-Maria para cada ano de vida de Nossa Senhora.

Medite as sete alegrias de Nossa Senhora, rezando a Coroa Franciscana.

Oferecimento: Ó piedosíssima Virgem Maria, purificai nossos lábios e nossos corações, para que possamos, dignamente, recitar a coroa de vossas alegrias. Nós vo-la oferecemos, para gloriar-vos, para implorar vosso auxílio, em favor das almas do purgatório, pelas necessidades da Igreja e de nosso País para satisfazer em tudo, a justiça divina. Nós nos unimos a todas as intenções do Sagrado Coração de Jesus e do vosso Coração Imaculado.

- Creio
- Pai-Nosso
- Duas Ave-Marias

PRIMEIRA ALEGRIA: Consideramos a alegria de Nossa Senhora ao ouvir do Arcanjo São Gabriel que fora escolhida por Deus para ser a Mãe do Salvador
- 1 Pai-Nosso
- 10 Ave-Marias
- 1 Glória ao Pai (sem a jaculatória: "Ó meu Jesus...")

SEGUNDA ALEGRIA: Consideramos a alegria da Santíssima Virgem em casa de sua prima Isabel, quando foi pela primeira vez saudada como Mãe de Deus
 - 1 Pai-Nosso
- 10 Ave-Marias
- 1 Glória ao Pai (sem a jaculatória: "Ó meu Jesus...")





TERCEIRA ALEGRIA: Consideramos o inefável gozo de Nossa Senhora no estábulo de Belém, quando seu Filho Divino nasceu
- 1 Pai-Nosso
- 10 Ave-Marias
- 1 Glória ao Pai (sem a jaculatória: "Ó meu Jesus...")

QUARTA ALEGRIA: a Adoração dos Reis Magos ao Menino Deus
- 1 Pai-Nosso
- 10 Ave-Marias
- 1 Glória ao Pai (sem a jaculatória: "Ó meu Jesus...")

QUINTA ALEGRIA: Maria e José encontram Jesus no templo
- 1 Pai-Nosso
- 10 Ave-Marias
- 1 Glória ao Pai (sem a jaculatória: "Ó meu Jesus...")

SEXTA ALEGRIA: Maria vê a Jesus Ressuscitado
- 1 Pai-Nosso
- 10 Ave-Marias
- 1 Glória ao Pai (sem a jaculatória: "Ó meu Jesus...")

SÉTIMA ALEGRIA: a Assunção de Maria e sua Coroação
- 1 Pai-Nosso
- 10 Ave-Marias
- 1 Glória ao Pai (sem a jaculatória: "Ó meu Jesus...")

- SALVE RAINHA

Oração Final: 
                                                                           Lembrai-vos, ó puríssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que nenhum daqueles que tem recorrido à vossa proteção, implorado a vossa assistência e reclamado a vosso socorro, fosse por vós desamparado. Animados nós, de igual confiança, a vós, Virgem dentre todas singular, como a uma Mãe recorremos e de vós nos valemos, e, gemendo com o peso de nossos pecados nos prostramos a vossos pés. Não desprezeis nossas súplicas. Ó Mãe do Divino Verbo Humanado, mas dignai-vos de as ouvir, propícia, e de nos alcançar o que vos rogamos. Amém!

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segunda-feira, maio 28, 2012

Nossa mãe, Maria - os católicos e a Virgem Maria

Por que os católicos adoram a Maria? Somente se deve adorar a Deus.

Antes de tudo, terá que dizer que os católicos não adoram à Virgem Maria. O culto que lhe professamos não é adoração, posto que esta corresponde unicamente a Deus. Os católicos veneram a Santa Maria, porque Ela é a mulher a quem Deus escolheu para que fora a Mãe de Cristo. Quer dizer, Maria não é uma pessoa qualquer, é a Mãe do próprio Deus. Recordemos a passagem da visitação:

"E aconteceu que, assim que Isabel ouviu a saudação de Maria, saltou de gozo o menino em seu seio, e Isabel ficou cheia de Espírito Santo; e exclamando com grande voz, disse: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito o fruto de seu seio. »" (Lc 1, 41-42)

Isabel chama Maria "Bendita és tu entre as mulheres", e a chama deste modo por inspiração do Espírito Santo, do qual se enche logo depois de escutar a saudação de Maria. E a Virgem mesma diz nos seguintes versículos:

"E disse María: «Minha alma engrandeçe o Senhor, e meu espirito exulta em Deus meu Salvador, porque olhou para a humilhação de sua serva. Sim! Doravante as gerações todas me chamarão de bem aventurada." (Lc 1, 46-48)

María é bem-aventurada pelo fato de ter sido escolhida Por Deus para levar o Salvador em seu seio, e por isso os católicos a chamam assim durante "doravante as gerações". O respeito e veneração que professam os católicos à Santíssima Virgem têm, portanto, bases bíblicas sólidas.

Maria não é mãe de Deus, é somente mãe de Cristo. Não pode ser mãe de Deus porque Deus é infinito e eterno, e Maria não.

Isabel, na passagem da visitação, chama a Maria "A mãe de meu Senhor" (Lc 1, 43). Certamente, o Senhor é Jesus, quem é Deus mesmo. Se aceitarmos que Maria é verdadeira e realmente mãe do Senhor Jesus, então Ela é, portanto, verdadeira e realmente Mãe de Deus, já que o Senhor Jesus é Deus mesmo. Pretender que Maria é mãe "somente" do corpo físico do Senhor é absurdo. O Senhor Jesus é uma pessoa completa. Pretender separar sua divindade e sua humanidade é absurdo, e é uma heresia conhecida como nestorianismo, que diz que há duas pessoas separadas em Cristo encarnado: uma divina (o filho de Deus) e outra humana (o filho de Maria). A heresia foi condenada e a doutrina esclarecida no Concílio de Efeso no ano 431.

Logicamente, a divindade do Senhor Jesus não provém de Maria, mas não por isso ela deixa de ser verdadeiramente Sua Mãe. O mesmo acontece conosco: a alma imortal que cada um de nós possui provém diretamente de Deus, mas isso não significa que minha mãe não seja verdadeira minha mãe. Terá que recordar que foi vontade do Senhor o haver-se encarnado em uma mulher, e que essa Mulher fosse sua Mãe. Deus não necessitava uma Mãe, mas quis atuar assim em seu plano de Salvação, e por sua Vontade Maria foi escolhida como Mãe de Deus "porque nada é impossível para Deus" (Lc 1, 37)

Maria é chamada "intercessora", o qual é antibíblico, segundo 1 Tim 2, 5 que diz "Porque há um só Deus, e também um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus"

A Igreja Católica nunca ensinou que María ocupa o lugar do Senhor Jesus, justamente o contrário. A Igreja proclamou sempre que Cristo é o único caminho para chegar ao Pai, e que só por Ele é que somos reconciliados. Por isso, e neste sentido, Jesus é o único mediador entre Deus e os homens, o único no qual Deus e o homem são reconciliados.

Entretanto, há outro sentido da palavra "mediador". Por exemplo, se pedir a alguém que ore por ti, então essa pessoa está "mediando" ou "intercedendo" por ti ante Deus. Neste sentido, qualquer pode interceder ante Deus por outra pessoa, e isto em nada obscurece ou diminui a mediação e a reconciliação trazida por Jesus Cristo, justamente o contrário. E é neste sentido que dizemos que Santa Maria é intercessora, e o é por excelência, já que é a que mais esteve unida ao Verbo Encarnado, sendo sua própria Mãe.

Há algum exemplo no qual Santa Maria tenha intercedido por alguém mais nos Evangelhos? A resposta encontramos na passagem das bodas de Caná:

" No terceiro dia, houve uma festa de casamento em Caná da Galiléia, e a mãe de Jesus estava aí. Jesus também tinha sido convidado para essa festa de casamento, junto com seus discípulos. Faltou vinho e a mãe de Jesus lhe disse: "Eles não têm mais vinho!" Jesus respondeu: Mulher, que existe entre nós? Minha hora ainda não chegou." A mãe de Jesus disse aos que estavam servindo: "Façam o que ele mandar." Havia aí seis potes de pedra de uns cem litros cada um, que serviam para os ritos de purificação dos judeus. Jesus disse aos que serviam: "Encham de água esses potes." Eles encheram os potes até a boca. Depois Jesus disse: "Agora tirem e levem ao mestre-sala." Então levaram ao mestre-sala. Este provou a água transformada em vinho, sem saber de onde vinha. Os que serviam estavam sabendo, pois foram eles que tiraram a água. Então o mestre-sala chamou o noivo e disse: "Todos servem primeiro o vinho bom e, quando os convidados estão bêbados, servem o pior. Você, porém, guardou o vinho bom até agora." Foi assim, em Caná da Galiléia, que Jesus começou seus sinais. Ele manifestou a sua glória, e seus discípulos acreditaram nele." (Jo 2, 1-11)

A passagem não é uma simples anedota do Evangelho, é o primeiro milagre do Senhor Jesus. João diz que foi aí onde Ele começou seus sinais e manifestou sua glória. Maria se dirige ao Senhor, expressando sua preocupação pelos noivos com as palavras "Não têm vinho", e espera dEle uma intervenção que resolva. A aparente negativa do Jesus não é mais que isso, aparente. Maria, que confia em seu Filho, deixa- toda a iniciativa a Ele, dirigindo-se aos empregados e convidando-os a fazer o que Ele lhes disser. E sua confiança é recompensada. O Senhor obra o milagre, transformando a água em vinho. A intervenção da Santa Maria no primeiro milagre de seu Filho não é acidental. A passagem das bodas de Caná põe em destaque o papel cooperador de Maria na missão do Senhor Jesus.

Maria teve outros filhos. Na Bíblia se fala claramente dos "irmãos de Jesus" (MT 12, 46; MT 13, 55; Mc 3, 31, etc.)

A palavra grega que se utiliza para designar aos irmãos de Jesus é "adelphos", e tem distintos significados: irmão de sangue, companheiros, compatriotas, etc. Nenhum dos Evangelhos menciona outros filhos de Maria como tais. Por outro lado, a resposta de Santa Maria ao anjo "«Como será isto, se não conheço varão?»" (Lc 1, 34) quando lhe anuncia que vai conceber um filho, não podem entender-se se María não tivesse tido a intenção de permanecer virgem, pois nesse momento já estava desposada com José (Lc 1, 27). "Conhecer" neste caso significa ter relações sexuais íntimas. Se Maria tivesse pensado em ter relações com José, o fato de que o anjo lhe anuncie que vai ter um filho lhe teria parecido conseqüência natural de seu matrimônio, com o qual não tivesse dado essa resposta.

O Evangelho também diz que Jesus é o filho primogênito da Maria (Lc 2, 7) e alguns pretendem ver nisto uma prova de que Maria tinha outros filhos. Entretanto, a palavra "primogênito" somente faz referência ao primeiro nascido, e não de se tiver ou não tem irmãos.

Maria não foi virgem depois do parto. No Lc 1, 25 se lê "E não a conhecia até que ela deu a luz um filho, e lhe pôs por nome Jesus.", O que implica que depois de que Maria deu a luz a Jesus teve relações com o José.

A palavra "até" neste caso, quer ressaltar o simples feito de que José não teve relações com a María antes que ela desse a luz a Jesus. Não implica de nenhum modo que José tivesse relações com a María após o nascimento de Cristo.


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domingo, maio 27, 2012

Nossa mãe, Maria - Maria, a mulher do Pentecostes

Não há como não falar de Maria nesse acampamento. Satanás nunca aguentou olhar para a Virgem. Ela é aquela que é cheia do Espírito Santo.

“Naqueles dias, Maria partiu apressadamente para a região montanhosa, dirigindo-se a uma cidade de Judá. Ela entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou de alegria em seu ventre, e Isabel ficou repleta do Espírito Santo. Com voz forte, ela exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Como mereço que a mãe do meu Senhor venha me visitar?” Lc 1, 39-43

Assim que Isabel é batizada pelo Espírito, ela recebe o dom da revelação e proclama Maria como a Mãe do Senhor. Esse é um encontro maravilhoso entre duas grandes mulheres. Isabel já com idade avançada e a jovem Maria. É como uma prefiguração do encontro do Antigo e do Novo testamento.

“Maria então disse: 'A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque ele olhou para a humildade de sua serva. Todas as gerações, de agora em diante, me chamarão feliz, porque o Poderoso fez para mim coisas grandiosas.' ” Lc 1, 46- 49

Não há como aceitar Jesus e negar a sua Mãe. A pessoa mais íntima de Jesus Cristo foi a Virgem. Ela pouco falou nas escrituras, mas se fez presente na vida do Senhor de forma única. Ela permaneceu durante 30 anos na vida do Mestre, conhecendo profundamente o coração de Seu Filho. Quis acompanhá-lo durante a Sua missão, mas percebeu que Jesus devia ir a todos. “Sai de cena” e acompanha o Jesus no meio da multidão.

A última palavra de Maria da Sagrada Escritura é uma ordem, que vem dar sentido a toda a nossa vida: “Fazei tudo o que ele vos disser!” (Jo 2, 5). Ela nos mostrou como encontrar a verdadeira felicidade, pois ela mesmo aprendeu naqueles 30 anos como encontrar o Seu Filho.

Muitos questionam as vezes que Jesus se refere a Virgem Maria como “mulher”. Parece um tratamento grosseiro de um filho , mas cada vez que Ele a chamava assim, retificava e afirmava o que ela era: a mulher da promessa. Maria é a nova mulher, é a promessa de Deus para a humanidade. Deus que chama Eva de mulher , quando essa junto com Adão é expulsa do paraíso, agora se encarna no seio da Nova Arca, da Nova mulher, para reconduzir a amizade com o Senhor toda a humanidade.

Maria juntou os apóstolos em oração no cenáculo. Aqueles que estavam com muito medo, encontraram nos braços da Mãe a confiança para esperar a promessa de Jesus se cumprir.
“Quando chegou o dia de Pentecostes, os discípulos estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído como de um vento forte, que encheu toda a casa em que se encontravam. Então apareceram línguas como de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia expressar-se.” At 2, 1- 4

Não há Pentecostes sem Maria. Não há como ser um carismático, uma pessoa cheia do Espírito Santo, sem a presença e o carinho da Mãe. Pedro, o primeiro papa, que havia negado Jesus diante de uma simples porteira, encontrou no colo da Mãe a força e o consolo para esperar que o Espírito Santo fizesse nele uma obra nova.

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PENTECOSTES - A força do Espírito rompe barreiras e renova o mundo!

Por Frei Jacir de Freitas Faria, OFM (*)

I. INTRODUÇÃO GERAL

Na era da internet, uma notícia chega aos quatro cantos do mundo em frações de segundos. Através das teclas do computador, vemos o mundo e nos comunicamos com ele, nos mobilizamos para coisas boas e ruins. Tudo se parece a um espírito que corre veloz nas ondas invisíveis e nas fibras óticas de um mundo globalizado, que, apesar dos avanços tecnológicos, persiste ainda em mostrar o incômodo da miséria, do racismo, da exploração sexual e das injustiças sociais que assolam grande parte do nosso planeta. A globalização ainda não acontece satisfatoriamente na promoção da solidariedade, da cultura da paz, do acesso aos bens necessários à vida, da promoção da justiça.
É nesse contexto de século XXI que continuamos celebrando Pentecostes como acontecimento profundamente aglutinador, pois nele todos os povos são reunidos por Deus para desfrutar da páscoa de seu Filho, fonte de paz, salvação e vida plena para todos. Pentecostes não é o oposto de Babel (Gn 11,1-9), pois ali não se trata de multiplicação de línguas, mas é a plenitude da comunicação entre o divino e o humano e evento basilar do cristianismo primitivo, ao reler a manifestação de Deus no monte Sinai. É o que veremos nas leituras de hoje.

II. COMENTÁRIOS DOS TEXTOS BÍBLICOS

1. I leitura (At 2,1-11): Pentecostes é a releitura simbólica do Sinai

Haviam se passado os cinquenta dias entre as festas da Páscoa e Pentecostes. Era o quinquagésimo dia da festa das semanas, daí o nome hebraico da festa: pentecostes. Era o dia 06 do mês de Sivan – 22 de maio no nosso calendário. Jerusalém estava repleta de peregrinos. Todos teriam trazido as primeiras colheitas para serem ofertadas no templo. A peregrinação até Jerusalém teria sido linda. Imagine grupos de pessoas caminhando juntos com cestos de uva, trigo, azeitonas, tâmaras, mel… Imagine o povo sendo acolhido em Jerusalém ao som de harpa, flauta e recitação de Salmos. Todos carregavam dentro de si o desejo de agradecer a Deus pelas primeiras colheitas e de comemorar o “dom da Torá”, da Lei dada ao povo no monte Sinai tantos séculos atrás. Nisso consistia a festa judaica de Pentecostes: comemorar o recebimento da Torá no monte Sinai e afirmar, com isso, que no dia de sua revelação “Eu também estava lá” (Dt 5, 24). O ontem se torna hoje (Lc 4).

Em Jerusalém estavam todos. E todos presenciaram a vinda do Espírito Santo. Como podemos interpretar esse episódio narrado por Lucas em Atos? Não estaria aí uma releitura do evento Sinai? Lucas descreve o acontecido em Pentecostes tendo na memória a narrativa do Sinai. Era preciso demonstrar que um novo Sinai estava acontecendo para legitimar a ação da comunidade de Jerusalém. Jesus teria dito para voltar a Jerusalém e lá eles receberiam o Espírito Santo. Pentecostes passa a ser o batismo da comunidade cristã, o qual a confirma na missão de ir para o mundo e evangelizar. Mais do que um dado histórico, estamos diante de uma profissão de fé. Sem Pentecostes, a Páscoa (passagem) em Jesus para uma nova vida não estaria completa. É belíssima a simbologia usada por Lucas para falar de uma experiência tão importante que marca o início da missão das comunidades cristãs.

Em At 2,1-13 temos dois relatos unidos: um mais antigo (vv. 1-4 + 12-13) e um mais desenvolvido redacionalmente (vv.5-11). O objetivo do primeiro é chamar a atenção para o fato carismático e apocalíptico de Pentecostes, e o segundo, demonstrar o caráter profético e missionário do evento. Vamos considerar o texto como um todo e interpretá-lo simbolicamente e como releitura do Sinai (cf. Faria, Jacir de Freitas, In.: O Espírito de Jesus rompe as barreiras, São Leopoldo: CEBI, 2001 p.13-16).

Eis os símbolos:

a) Casa em Jerusalém: a vinda do Espírito Santo ocorre, segundo a tradição, em uma casa de dois andares na cidade de Jerusalém, que está situada sobre o monte Sião. Esses dois detalhes evocam claramente o monte Sinai, local onde Moisés recebeu as Dez Palavras de Deus. No Primeiro Testamento, os montes eram considerados lugares privilegiados da manifestação de Deus.

a) Língua/linguagem: Lucas substitui o termo voz, que aparece na narrativa do Sinai, para língua. Esses termos são semelhantes e ambos se referem à Palavra. E cada um entende na sua própria língua. A Palavra é a presença de Deus. Língua (idioma) e linguagem (modo de se comunicar) têm o mesmo sentido no texto. O milagre de Pentecostes consiste no fato de os presentes poderem entender os apóstolos a partir de sua própria cultura. É o mesmo que dizer: a evangelização está sendo realizada com sucesso. Por isso, esse fenômeno de “falar em línguas” – também encontrado em At 10,46; 19,6; 1Cor 12,10.28.30; 14,2.4-6.9 -, aparece nessa leitura com o acréscimo de “outras línguas”, com a intenção de demonstrar que a evangelização era para “todos no mundo todo”. Evangelizar não é falar em língua que ninguém entende, mas justamente o contrário. Não importa o idioma (língua mãe), mas a linguagem comum, o modo como é transmitida a proposta do reino.

b) De fogo: representa a manifestação de Deus; é um modo apocalíptico para dizer que Deus se manifestou – Ex 3,2-3; 13,21; 19,18) -, (Cf. Comblin, José, Atos dos Apóstolos vol. 1:1-12. Petrópolis: Vozes, 1988, p.89). Deus acompanha o povo pelo deserto numa coluna de fogo que iluminava a noite (Ex 13,20-22). Deus desce para falar com o povo e Moisés no Sinai por meio de um fogo (Ex 19,18). A comunidade de Mateus conservou a memória da fala de João Batista que anuncia o batismo no Espírito Santo e no fogo que Jesus deveria realizar (Mt 3,11). E é isto que ocorre em Pentecostes, segundo a interpretação da comunidade de Atos dos Apóstolos. O Espírito Santo é o fogo da Palavra de Jesus que deve ser anunciada pelos seus seguidores. Também a tradição rabínica associa a palavra de Deus com o fogo. O comentário rabínico da passagem de Ex 20,18 “todo o povo ouviu trovões” diz: “Note-se que não é dito o trovão, mas ‘trovões’. Por isso, Rabi Johanan disse que a voz de Deus, apenas pronunciada, dividiu-se em 70 vozes, em 70 línguas, para que todas as nações pudessem compreender. Quando cada nação entendeu a voz na própria língua, a sua alma desfaleceu, salvo Israel que a ouviu, mas não ficou perturbado”( Cf. FABRIS, Rinaldo, Os Atos dos Apóstolos,São Paulo: Loyola, 1991, p.62. ). Falar em línguas, então, significa anunciar a palavra comprometedora de Jesus e não, balbuciar palavras indecifráveis.

c) Multidão: simboliza o povo no deserto que recebeu as tábuas da Lei. No dia de Pentecostes, três mil pessoas estavam em Jerusalém. Não se trata aqui de uma cifra exata. A comunidade de Atos quis, com isso, afirmar que a comunidade dos convertidos era uma multidão, proveniente de doze povos e três regiões. Basicamente, estavam em Jerusalém três grupos: a) nativos do oriente (partos, medos e elamitas); 2) habitantes do leste (Mesopotâmia), norte (Ásia), sul (Líbia) e os da Judeia, Capadócia, Ponto, Frígia, Panfília e Egito; 3) estrangeiros (romanos, judeus e prosélitos, cretenses – povo marítimo – e árabes – povos do deserto). Curioso é o fato de que Lucas não menciona o território das igrejas paulinas (Síria, Macedônia e Grécia). Na menção aos povos, Roma está em último lugar. De onde Lucas herdou essa lista? Questão debatida. A lista dos vv. 9-10 Lucas herdou de uma fonte, mas a modificou, provavelmente. “Judeia” fora do lugar, no meio da Mesopotâmia e “Creta e arábia” parecem ser composição lucana.

d) Vendaval impetuoso: simboliza a manifestação de Deus. É a “violência” do Espírito que leva a comunidade a ser profética e missionária. Deus fala no Primeiro e Segundo Testamentos.

e) Estão cheios do vinho doce: essa acusação simboliza os que não estão abertos ao novo da comunidade cristã. Segundo os Rolos do Templo (Cf. FITZMYER, J., The Acts of the Apostles, The Anchor Bible, vol. 31, p.235.), gruta 11, os judeus de Qumrã celebravam três pentecostes: a) Festa das Semanas e do Novo Trigo (50 dias após a Páscoa); b) Festa do Novo Vinho (50 dias após a festa do Novo Trigo); c) Festa do Novo Óleo (50 dias após a Festa do Novo Vinho). Essa sequencia de festas nos mostra que, depois da Páscoa, de cinquenta em cinquenta dias, era celebrada uma festa. Sendo uma das festas a do Novo Vinho, podemos entender melhor essa zombaria no texto: “estão cheios de vinho doce”. Lucas pode ter conhecido múltiplos Pentecostes entre os contemporâneos Judeus e fez alusão ao Pentecostes do Novo Vinho, quando fala, mais propriamente, do Pentecostes do Novo Trigo.

f) Discurso de Pedro: Como Moisés, Pedro faz um discurso para fortalecer na fé os que aceitaram a proposta de Jesus e desmascara os que não estão dispostos a seguir o novo. Pedro, como liderança do grupo dos apóstolos, convoca a comunidade a acreditar em Jesus de Nazaré que foi morto e ressuscitou dos mortos por intervenção divina. Diante da reação atônita da comunidade, só resta a conversão para obter a salvação.

2. Evangelho (João 20,19-23): Pentecostes é a nova páscoa para os seguidores de Jesus, na paz e no anúncio do Espírito Santo.

A comunidade está reunida e com medo. O ressuscitado ultrapassa a barreiras físicas e aparece diante dela. Ele lhes diz: ‘a paz esteja convosco’. “Paz se diz em hebraico Shalom, o qual, por sua vez, tem sua origem no verbo Shlm que, no tempo verbal piel,significa pagar, devolver, ressarcir, indenizar, conservar. Da mesma raiz, o adjetivo Shalem significa estar completo, inteiro. Pagar em hebraico tem o sentido de completar o valor justo. É uma forma simbólica de completar o vazio deixado pelo objeto tirado. Quem compra e não paga mutila o outro. Paz é um eterno estar em harmonia com Deus, o outro e o universo. Os judeus acreditam que o Messias só virá, quando a justiça social estiver implantada em nosso meio. Jerusalém, a cidade (Yeru) da paz (Shalem), é protótipo desse sonho, dessa esperança. Jerusalém, em hebraico se escreve, na verdade, Ierushalaim. Duas vezes aparece o i(em hebraico yod), sendo que na segunda vez ele não é pronunciado, pois representa o nome de Deus, Iahweh. Os outros povos, não compreendendo o significado do i no nome dessa cidade santa, traduziram o seu nome para Jerusalém. O yod representa, para o semita, a esperança. E é nesse contexto que podemos entender a fala de Jesus: “Nem um i sequer será tirado da Lei” (Mt 5,18). A esperança de paz, de voltar ao tempo de Deus, jamais acabará para quem sabe esperar. Jesus pôde dizer Paz a vós, pois ele é a paz. A sua presença já é paz e esperança. Quando, na missa, saudamos o outro com a expressão paz de Cristo, desejamos que Cristo esteja dentro dele e que ele seja qual outro ressuscitado. A expressão “Paz de Cristo” reúne os elementos do ser completo, da harmonia e, mais do que isso, da presença duradoura de Deus transmitida por Jesus aos seus” (Cf. Faria, Jacir de Freitas, As origens apócrifas do cristianismo, comentários aos evangelhos de Maria Madalena e Tomé. 2 ed. São Paulo: Paulinas, 2003, p.??).

Para as comunidades joaninas, Pentecostes, como dom do Espírito, se realiza na Páscoa. Jesus, na sua morte de cruz, entrega o Espírito (Jo 19,30). Jesus ressuscitado aparece aos discípulos e lhes oferece o Espírito Santo, como nos atesta o evangelho de hoje (v.22). A comunidade pascal é portadora da paz e da força do Espírito do Ressuscitado que deve ser levado ao mundo. Ela é sinal da ação do Espírito que faz passar da morte para a vida todo o universo. Por isso, Jesus envia a comunidade ao mundo, com a missão de reconciliá-lo com Deus, combatendo as forças do mal. A nova comunidade dos judeus cristãos é portadora do projeto de Deus para a verdadeira unificação do mundo. Esse segredo chama-se: páscoa do ressuscitado. Sua força é a mesma de Pentecostes: reunir a diversidade na unidade. O desafio da comunidade é abrir as portas da ‘casa’: sair de si para reconhecer no universo o “vendaval” do Espírito que tudo renova, tudo recria e que sopra onde quer.

3. II leitura (I Coríntios 12,3b -7.12-13): O Espírito, fonte de diversidade e de comunhão

Tendo aprofundado o caráter simbólico da solenidade de Pentecostes, nos deparamos com a segunda leitura de hoje, a qual é um desafio proposto à comunidade de Corinto, em meio às divisões que ela sofria. Paulo insiste na comunhão no mesmo Espírito, na diversidade de ministérios, atividades, raças, culturas e povos. Diversidade é sinal da riqueza do único corpo de Cristo e condição para a unidade. O Espírito distribui os dons e reúne tudo e todos em Cristo. Assim, todos devem ser responsáveis e contribuir para o crescimento da comunidade, o Corpo do Senhor. Essa unidade só é possível porque envolve três realidades: 1) a ressurreição de Jesus que reúne o corpo e a comunidade; 2) a força do Espírito que impulsiona esse corpo e 3) a diversidade de dons necessários à vida do corpo.

Na Comunidade de Corinto e nas de hoje, reconhecer Jesus como Senhor, título do Ressuscitado, é abandonar toda e qualquer divisão entre os irmãos. É ser sinal do amor de Deus para o mundo, deixando a energia do Espírito nos conduzir ao diferente, ao novo, manifestando a todos a vida que Deus dá. É o que expressa o prefácio litúrgico de Pentecostes: “…é ele quem dá a todos os povos o conhecimento do verdadeiro Deus e une, numa só fé, a diversidade das raças e línguas”. A unidade dos cristãos é um desafio constante para todos nós. É nesse espírito que somos convidados a viver a Páscoa do Senhor como fator de unidade entre todas as Igrejas e entre todo o gênero humano. Pentecostes, assumido pela tradição cristã como plenitude da Páscoa de Jesus, é a força capaz de nos fazer compreender e viver em profundidade o projeto universal de vida para todos. Faz-nos enxergar no diferente, e até no estranho, a força da vida divina. A vida nova em Cristo tem força “simbólica”, unificadora: supõe abandonar tudo o que divide, afasta e cria abismos na convivência humana e ecológica, para abraçar outra norma de vida: o amor que reúne, aproxima e refaz a convivência na humanidade. É o Espírito, força de vida e de unidade, o único capaz de nos conectar com todo o universo e com a fonte da vida.

III. PISTAS PARA REFLEXÃO

1. Demonstrar que o Espírito Santo é o coração palpitante que animou a vida das primeiras comunidades cristãs no anúncio do evangelho e na fé em Jesus ressuscitado. Somos herdeiros dessa fé intrépida que rompeu barreiras e ganhou o mundo.

2. Demonstrar que a grande mensagem de Pentecostes é a evangelização e não o falar línguas. A vivacidade de nossas comunidades é um exemplo de um novo Pentecostes acontecendo.

3. O Espírito de Deus em Pentecostes enche todo o universo e mantém unidas todas as coisas; gera novas relações na comunidade e no mundo; realiza a plenitude da Aliança do Sinai: o amor sem fronteiras.



franciscanos.org.br

sábado, maio 26, 2012

Nossa mãe, Maria - sábado, dia dedicado a Nossa Senhora



"Que em cada um de vós haja a alma de Maria para
bendizer o Senhor; e em cada um de vós esteja o seu 
espírito, para exultar em Deus!"
(Santo Ambrósio)

A Igreja dedica o Sábado a Nossa Senhora porque foi no 1° Sábado Santo que ela viveu sem Jesus, com Jesus morto.

Após o escurecer de Sexta-Feira Santa, quando a enorme pedra fechou a boca da sepultura, Maria passou a ficar sem Jesus, sem o amado Filho. Naquele momento, para ela o tempo parou. Foi o Sábado do grande e doloroso repouso, o Sábado do grande silêncio, o Sábado da grande solidão, da morte e do luto. Foi o único dia de sua preciosa vida, que ela viveu sem ter Jesus vivo. Foi o Sábado da imensa dor de Maria.

Para consolá-la por tamanha dor a Igreja decidiu dedicar-lhe todos os sábados, com a intenção de confortá-la e compensá-la pela morte do amado Filho. Os outros filhos adotivos se apresentam para consolá-la. Portanto, o Sábado é consagrado a Maria para alegrá-la em sua solidão e tristeza. O Sábado mariano é como aurora: ele antecede e anuncia o aparecimento do Domingo, o dia do Sol Divino, Jesus.


Fonte: Pe. Antonio Lorenzatto, Livro da Família 1997.
http://www.santissimavirgemaria.com.br/dia_dedicado_a_nossa_senhora.html

sexta-feira, maio 25, 2012

Nossa mãe, Maria - a Virgem Maria na Ordem Franciscana

À luz do Espírito Santo, Francisco de Assis concebeu a “Ordo Minorum”, sob a proteção de Nossa Senhora, sendo o ponto de partida a encarnação do Verbo. Foi ela quem o orientou rumo ao seu Divino Esposo, o qual fez com que Miriam fosse o coroamento de toda a criação, a criatura mais perfeita, Santa e Imaculada em sua concepção.

Inspirado por Deus, por meio da Virgem Maria, Maximiliano Kolbe, cheio de “ousadias”, arriscou uma nova forma de levar o Cristo a todo o mundo. Essa nova forma foi a propagação, por todos os meios lícitos, do grande amor à Imaculada Conceição da Beatíssima Virgem.

O presente artigo tem a intenção de especular acerca dessa tão grande e nobre contestação de alguns dos grandes mestres franciscanos e desse santo do nosso tempo, visando a uma maior especulação desse dogma, desde São Francisco até São Maximiliano e, oxalá, uma incitação a essa devoção, que outrora tantos outros já o fizeram.



I – A piedade Mariana de
São Francisco de Assis

          Para melhor adequarmos alguns pontos acerca de uma Mariologia Franciscana, cabe-nos ir até o ideal mariano do nosso Seráfico Pai fundador, São Francisco de Assis e também, à sua experiência espiritual que, por fim, constituiu fonte de inspiração para os demais frades, que o seguiram nesse processo todo especial à Santa Mãe de Deus.

Como santo e grande fundador de uma família religiosa, como autor de muitos escritos religiosos e criador de uma autêntica doutrina espiritual, São Francisco não podia deixar de falar ou expressar seus sentimentos e devoção a Maria, Mãe de Jesus. Sabemos que São Francisco a admirava e nas mãos dela, depositava toda a sua fundação. Entretanto, não é fácil descrever uma mariologia de São Francisco diante de sua grande piedade; não é fácil dizer, em poucas palavras, como se exprime, principalmente, o carisma do Seráfico Pai ou quais são os elementos constitutivos de sua devoção mariana.

Sabemos que, basicamente, São Francisco revelou sua devoção, especialmente, a Cristo. Ele, como revelação do amor de Deus, que saindo totalmente de sua glória, se fez humilde e pobre, na sua abertura ao homem e ao mesmo tempo, como caminho e vida. O mistério de Cristo é visto pelo santo na sua raiz, que é o seio do Pai, do qual o Filho eternamente emerge, “Deus Verdadeiro de Deus Verdadeiro”[1] e, na sua missão no mundo, por meio da Encarnação, a qual realiza, de modo perfeito, o retorno da criação ao Pai pelo sacrifício que culmina na glória da Ressurreição. É aí que o amor especial de São Francisco leva para Maria a figura de pobre, humilde, menor e Mãe do crucificado.

Em sua época altamente cristocêntrica, Francisco de Assis, sem conhecimento teológico algum, conseguiu, da sua maneira, dar um vigor maior à vida do Cristo resumida nos três baluartes cruciais do seu processo de conversão: num primeiro momento, por meio da Eucaristia, quando começaram a surgir as suas primeiras inquietações durante a missa, por ocasião da festa de São Matias. Ele é levado (por força do Espírito Santo) a entrar em igrejas abandonadas e, numa delas, Santa Maria dos Anjos, contemplou o Cristo Crucificado (segundo momento), mas glorioso e, mais tarde, o Cristo do presépio (terceiro momento), isto é, da meditação da natureza divina, aos poucos, Francisco chegou à natureza humana do Cristo. A partir daí, começou a entender que esta humanidade de Deus manifesta-se nos mais necessitados – os pobres e os leprosos – e então partiu para servi-los como que ao próprio Deus.

Neste íntimo relacionamento com a Trindade, Francisco não se esqueceu da Beatíssima Virgem. Não é à toa que tinha uma especial predileção por aquela capelinha que é padroada pela Senhora dos Anjos. Ali queria ficar e até pediu mais tarde, que se algum dia, algum frade fosse expulso dela pela porta, que voltasse e entrasse pela janela, mas que não a abandonasse. “Tendo ele se fixado nesse local por causa do seu respeito pelos anjos e de seu amor à Mãe de Cristo; sempre o amou acima de qualquer outro no mundo, pois foi aí que ele principiou, humildemente, progrediu na virtude e atingiu a culminância da felicidade. Foi esse lugar que ele confiou aos irmãos, ao morrer, como particularmente caro à Santíssima Virgem”.[2]

A ardente devoção de Francisco de Assis à Virgem Maria é bem descrita por São Boaventura quando narra:

“Francisco permaneceu ainda algum tempo na igreja da Virgem Mãe de Deus, suplicando-lhe em instantes e contínuas preces, que se tornasse sua advogada. E pelos méritos da Mãe de Misericórdia e junto daquela que concebera o Verbo cheio de graça e de verdade, ele também concebeu e deu à luz o espírito de verdade evangélica”.[3]

Aqui, São Boaventura põe em destaque alguns dos títulos da Virgem Maria, que, como bom filho de Francisco de Assis, herda a relação de Maria com a Trindade salvífica, e em particular com o Espírito Santo: decorre daí que Francisco se concentra sobretudo na missão de Maria, como serviço da redenção e glorificação da Trindade.

Deste zelo de Francisco para com as igrejas e a sua profunda veneração a Nossa Senhora, é que nesta narração, Boaventura enfatiza “na igreja da Virgem Mãe de Deus”, “sua advogada”, “Mãe de Misericórdia”, “aquela que concebera o Verbo...”.

É perceptível que desde o início da Ordem Franciscana, a Virgem Maria já estava exercendo um papel todo peculiar de cooperação, que deve ser fortemente acentuado, ainda mais no que tange o plano divino da Salvação, pois ela é colocada neste plano. Segundo Boaventura, conforme o que foi estabelecido por Deus: a Encarnação; pois: “... se tirar do mundo a Mãe de Deus, por conseqüência terá tirado o Verbo encarnado”. [4]

É devido à Encarnação de Jesus Cristo que Maria tem um lugar especial na espiritualidade de São Francisco! Em decorrência, ele desejava tratar com um amor mais reconhecido aquela Mãe, que não somente tinha trazido o Filho de Deus na nossa condição humana, mas o tinha feito nosso irmão. A Encarnação se realizou por meio de uma mulher santíssima, Maria, que em virtude de sua Maternidade, tem uma relação singular com o Filho de Deus. Mãe e Filho são inseparáveis. Contemplando o mistério da Encarnação, São Francisco não apenas era transportado por um amor inefável pelo Filho de Deus que se fez nosso irmão, mas também transportado por um amor indizível a Maria.

A maternidade divina é o ponto fundamental do pensamento mariano de São Francisco. Ele amou e venerou a Virgem antes de tudo e sobretudo, porque nos deu Jesus, o Filho de Deus. Ele viu, na dignidade de Mãe de Deus, o coração do mistério de Maria, o fundamental e o central da sua grandeza.

Para Francisco, falar de Maria era exprimir a realidade da história da salvação, no sentido do que Deus realizou nela, em sua história concreta, colocando em evidência a própria realidade que Deus concretiza em toda a humanidade. Para ele, ser Mãe de Deus é a sua grande função, dentro do plano de salvação.[5] 


quinta-feira, maio 24, 2012

Nossa mãe, Maria - Nossa Senhora, Auxiliadora dos cristãos


A devoção a Nossa Senhora Auxiliadora, Dom Bosco e a consagração a Maria
A devoção a Nossa Senhora Auxiliadora, Dom Bosco e a consagração a Maria.
Hoje, dia 24 de Maio, os Salesianos comemoram a Festa de Nossa Senhora Auxiliadora. A devoção, que se tornou mais conhecida com Dom Bosco, fundador dos Salesianos, das Filhas de Maria Auxiliadora, entre outros, é também comemorada em muitas comunidades do Brasil e do mundo. Inúmeras pessoas recorrem a Maria, pedindo seu auxílio, proteção e intercessão. Outras, participam das festividades para agradecer as graças derramadas pelas mãos da Virgem.

Você sabe qual a relação de Dom Bosco com a consagração a Virgem Maria?

Esta devoção a Nossa Senhora, com o título de Auxiliadora dos cristãos, foi muito difundida por Dom Bosco. O Santo tinha uma particular devoção a Maria, consagrou-se a ela pelo método de São Luís Maria Grignion de Montfort e recomendou aos seus filhos espirituais que se consagrassem a ela. Esta devoção foi transmitida não somente à família salesiana, mas também a todos que se aproximavam dele.

Percebe-se que sua devoção a Nossa Senhora Auxiliadora tem uma íntima ligação com o “Tratado da Verdadeira Devoção Devoção à Santíssima Virgem”. Dom Bosco falava da Virgem como mãe amorosa, que cuida de cada um de seus filhos, ajudando-os em todas as suas dificuldades. Porém, não deixa de alertá-los de um grande perigo para suas almas: “Maria Santíssima não quer a devoção daqueles que querem continuar vivendo em pecado”.

Dizer que Nossa Senhora não quer a devoção de quem quer continuar no pecado é uma afirmação muito dura. Afinal, quem de nós pode se dizer santo? Mas, o que Dom Bosco nos chama a atenção por estas palavras é que não podemos dizer que somos devotos da Virgem Maria e não viver uma busca pela santidade. O Santo chega a dizer que: “Maria Santíssima Imaculada odeia tudo aquilo que é contrário a pureza”.

Como verdadeiros devotos da Virgem Maria, somos chamados a lutar para sermos fiéis às nossas promessas do batismo, renunciar ao mal e ao pecado. Este é o cerne do método de consagração do Tratado. Ao nos consagrar a Maria por esse método, fazemos o compromisso de viver com fidelidade uma vida cristã autentica e recebemos da Virgem um auxílio maior. Isso acontece porque por esta consagração somos mais dóceis a ela e ao Espírito Santo, modelados à imagem de Jesus Cristo.

Assim, sendo verdadeiros devotos de Nossa Senhora, Auxiliadora dos cristãos, alcançaremos cada vez a semelhança de Jesus Cristo, que é o fim último da consagração a Maria e também de nossas vidas. Que Nossa Senhora Auxiliadora seja sempre o nosso auxílio, especialmente nos momentos de dificuldade, na luta contra o pecado e na busca pelo Reino de Jesus Cristo. Este Reino virá, em sua plenitude, quanto acontecer o Reino da Virgem Maria. Como consagrado a ela, somos chamados a ser seus apóstolos, para que apressemos a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo.

www.cancaonova.com

Nossa mãe, Maria - novenas, rosários e cultos

Números podem ajudar e podem nos desviar da fé. Praticar sete, treze, nove ou três são práticas pedagógicas, mas não podem ser vistas de maneira cabal e absoluta. Seria triste um católico ensinar que se alguém não orar exatamente 50 vezes as Ave Marias de uma parte do rosário não receberá a graça que pede. Seria trágico ensinar que a cada sete velas virtuais que um católico apaga na internet, ele se livra de sete maldições. Isso é superstição. Não tem nada a ver com cristianismo. Entrou como impureza e ganga bruta no meio do ouro da catequese! Se o padre ensina isso, seja corrigido por algum colega que estudou mais do que ele!

No passado remoto atribuía-se excessiva importância números. Ainda hoje algumas correntes de fé fazem uso do número na prática da fé. Cinco Pai Nossos, 50 Ave Marias, 5 Glória ao Pai ; 7 dias de jejum libertador, 3 dias ,7 dias , 9 dias , 13 dias , 40 dias passam a ter significados excessivamente vinculantes. Acabam escravizando. Seria como dizer que um livro não ensina porque o aluno não leu cinco das suas páginas...Ele pode ter perdido aqueles ensinamentos, mas aprendeu!

Correntes, novenas, tríduos, são propostas pedagógicas que se baseiam
na repetição. Condenar pura e simplesmente essa prática é ignorar o quanto para o povo a repetição faz sentido. Mas repetir sem catequese é charlatanismo. Passa a impressão de que Deus ouve pelo muito falar ou pelo muito repetir, pratica doutrina coisa que Jesus já condenou. Jesus deixa claro que não é por aí que se chega ao Pai

E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos. (Mt 6: 7)

Ele prefere coisas mais objetivas e menos sensacionais.

Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas. (Mt 23, 23)

E, quando orares, não sejas como os hipócritas; pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. (Mateus 6, 5)

Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente. (Mateus 6, 6)

Alguns pregadores esqueceram esta essencialidade da fé e partiram para a exigência dos números que escravizam. O povo tem necessidade de orar junto e as igrejas dependem de cultos. Uma igreja sem culto morreria em poucos meses. Mas o que caracteriza uma igreja é sua doutrina e seu jeito de adorar a Deus. O culto oficial é, portanto algo fundamental numa igreja.

Além do culto oficial há as devoções que não são obrigatórias, mas que ajudam os fiéis. Ninguém é obrigado a rezar nem as 200 Ave Marias que formam o terço do rosário de preces que um piedoso pregador difundiu homenageando a participação de Maria no seu papel de primeira cristã e seguidora de Jesus. O fiel medita com Maria. Mas é apenas devoção particular ou de algum grupo. A Igreja a recomenda, mas não a exige. Também não é permitido exagerar as virtudes do rosário, como alguns católicos fazem. Maravilhoso é uma coisa; milagroso é outra.

Alguns irmãos na televisão assam a impressão de que tais preces são instrumentos infalíveis. Rezou daquele jeito, conseguiu! A doutrina católica não autoriza isso. Por mais que alguém goste do rosário, há formas de oração mais importantes para a Igreja. E quem se magoa com essa afirmação mostra o quanto esta precisando ler melhor a sua Bíblia e o Catecismo Católico.
Pe. Zezinho, scj  
www.padrezezinhoscj.com

quarta-feira, maio 23, 2012

Nossa mãe, Maria - a comunhão de Maria com a humanidade

Frei José Carlos Correa Pedroso

Além da Antífona de Nossa Senhora, do Ofício da Paixão, vamos ler outra oração dedicada à Mãe de Deus:

Salve, ó senhora, Rainha santa, Mãe santa de Deus, ó Maria, que sois Virgem feita Igreja, e escolhida pelo santíssimo Pai celestial, que vos consagrou com seu santíssimo e dileto Filho e o Espírito Santo Paráclito! Em vós residiu e reside toda a plenitude da graça e todo o bem! Salve, ó palácio do Senhor! Salve, ó tabernáculo do Senhor! Salve, ó morada do Senhor! Salve, ó manto do Senhor! Salve, ó serva do Senhor! Salve, ó Mãe do Senhor, e salve vós todas, ó santas virtudes, derramadas, pela graça e iluminação do Espírito Santo, nos corações dos fiéis, transformando-os de infiéis em fiéis do Senhor! (Saudação à Mãe de Deus).

Chamar Nossa Senhora de Virgem feita Igreja é uma das maiores originalidades de São Francisco e demonstra que a viu realmente como uma imagem do Povo de Deus:
Como o povo de Israel, que Deus escolheu entre os mais desconhecidos da terra, Maria era uma virgem quando o Senhor a escolheu: na cultura antiga, não sendo homem nem sendo a mãe ou a esposa de alguém, era fraca, não tinha importância, era nada.

Mas ela foi feita cheia de graça por pura bondade do Senhor, como o povo que era escravo no Egito, e Deus assumiu como sua esposa.

E ela foi a primeira dentro de todo o Povo a receber a plenitude da vida de Deus, essa vida trinitária que Ele quer que chegue a todos.

Nela ficou claro que toda essa união com a divindade transforma-a, eleva-a, mas não absorve sua personalidade nem a tira de sua normalidade, como deve acontecer com todo o povo.

Como deve acontecer com todo o Povo, ela se tornou um novo cristo, uma colaboradora no anúncio do Bem (começou com Isabel, passou por Caná, acompanhou Jesus pobre, foi para a casa de João...).

Por tudo isso, como lembra o magnífico capítulo 8 da Lumen Gentium, Maria merece, muito mais que Eva, ser chamada a "Mãe dos Viventes". Francisco preferiu chamá-la Virgem feita Igreja.

Somos nós que temos que fazer o Povo do nosso tempo ir sendo transformado numa Igreja feita Maria. É o nosso campo de trabalho: nossas ações diárias são capazes de construir a comunhão da humanidade.

Para Francisco, Maria é um ponto de chegada muito claro para o Povo: nós vamos ser aquela esposa descendo do céu coroada com doze estrelas. Ele lembrou isso no cântico Ouvi, pobrezinhas!, que escreveu para as clarissas: Porque cada urna será rainha no céu, coroada com a Virgem Maria!

E também o propôs como o ponto mais alto a alcançar no Cântico de Frei Sol: Bem-aventurados os que as suportam em paz, que por vós, Altíssimo, serão coroados!

Mas Francisco e Clara ainda viram Maria como o Povo evangelizador, que assumiu ser o Cristo místico. Viram-na como peregrina acompanhando Jesus pelo mundo, pobre e vivendo de esmola.

Por isso, o Fundador também a fez Advogada da Ordem e pediu que os frades nunca abandonassem a Porciúncula, a casa de Nossa Senhora em que a Ordem nasceu.

A humanidade vai se realizar quando for a Cidade de Deus. Maria é a figura dessa Pátria total e definitiva.

Frei José Carlos Correa Pedroso é capuchinho, do Centro Franciscano de Espiritualidade de Piracicaba (SP)


terça-feira, maio 22, 2012

Nossa mãe, Maria - Ave Maria

Ave-Maria, cheia de graça! 
O Senhor é convosco 
Bendita sois vóis entre as mulheres 
E Bendito é o Fruto do vosso ventre, Jesus 
Santa Maria Mãe de Deus, 
Rogai por nós os pecadores 
Agora e na hora de nossa morte. Amém 


A Ave Maria é a prece mariana por antonomásia. Para se chegar à formulação da Ave Maria atual, foi necessário percorrer um caminho de muitos séculos. Essa oração é composta de duas partes. A primeira consta de uma dupla saudação extraída do Evangelho:

1 – A saudação do Arcanjo Gabriel, enviado por Deus a fim de anunciar a divina maternidade de Maria: “Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo” (Lc 1, 28);

2 – A saudação de Santa Isabel, prima de Nossa Senhora, que, inspirada pelo Espírito Santo, proclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre” (Lc 1, 42). A essas duas saudações foram acrescidas duas palavras para que elas fossem mais distintamente enunciadas (Maria, Ave-Maria...) e Jesus (de teu ventre, Jesus).

A segunda parte da oração contém uma súplica.

* * *
Os teólogos apresentam diversas razões de conveniência para que a Anunciação a Maria Santíssima tenha sido feita por um anjo. Dentre elas, duas podem ser aduzidas:

1 – Como a virgindade é conatural aos anjos, foi conveniente que um deles recebesse a missão de fazer esse anúncio a Maria, a qual, vivendo em carne, levava uma vida verdadeiramente angélica (cfr. Santo Tomás de Aquino, Suma teológica, III, q. 30, a, 2, c.);

2 – O anjo — e não o homem, maculado pelo pecado original — era o legado mais apto e conveniente para ser enviado à puríssima Virgem, isenta, como os anjos, de toda a culpa.

Quando começaram os primeiros cristãos a saudar a Santíssima Virgem com as palavras do anjo ou de Santa Isabel? Provavelmente, quando tiveram em mãos o Evangelho de São Lucas. O primeiro documento escrito em que aparece o uso da saudação do anjo é a Homilia de um certo Theodoto Ancyrani, falecido antes do ano 446. Nela é explicitamente afirmado que, impelidos pelas palavras do anjo, dizemos: “Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo”.

Quanto à saudação de Santa Isabel, aparece ela unida à do anjo por volta do século V. As duas saudações conjugadas já se encontram nas liturgias orientais de São Tiago (em uso na Igreja de Jerusalém), de São Marcos (na Igreja Copta) e de São João Crisóstomo (na Igreja de Constantinopla).

Na Igreja latina, entretanto, as referidas saudações aparecem pela primeira vez unidas aproximadamente no século VI, em obras de São Gregório Magno.

O nome Maria foi acrescentado às palavras do anjo, no Oriente, por volta do século V, segundo parece, na liturgia de São Basílio; no Ocidente, porém, parece que isto ocorreu aproximadamente no século VI, figurando numa das obras de São Gregório Magno, o Sacramentário Gregoriano.

O nome Jesus foi acrescido às palavras de Santa Isabel provavelmente um século depois, no Oriente, figurando pela primeira vez em certo Manual dos Coptas, talvez no século VII; no Ocidente, todavia, o primeiro documento que registra o nome do Redentor é a Homilia III sobre Maria, mãe virginal, de Santo Amedeo, Bispo de Lausanne (Suíça) (aproximadamente em 1150), discípulo de São Bernardo. Nos mencionados documentos, ao nome Jesus encontra-se adicionada a palavra Christus.

* * *
A segunda parte da prece (Santa Maria, etc.), a súplica, já era empregada na Ladainha dos Santos. Em determinado código do século XIII, da Biblioteca Nacional Florentina, que já pertencera aos Servos de Maria do Convento da Beata Maria Virgem Saudada pelo Anjo, em Florença, lê-se esta oração: “Ave dulcíssima e imaculada Virgem Maria, cheia de Graça, o Senhor é contigo, bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, mãe da graça e da misericórdia, rogai por nós agora e na hora da morte. Amém.

Nesta fórmula, faltam somente dois vocábulos: [nós] pecadores e nossa [morte].

A fórmula precisa da Ave Maria, como é rezada hoje, encontra-se pela primeira vez no século XV, no poema acróstico do Venerável Gasparini Borro, O.S.M. (+ 1498).

A segunda parte da Ave Maria foi sempre rezada em caráter privado pelos fiéis até o ano de 1568, quando o Papa São Pio V promulgou o novo Breviário Romano, no qual figura a fórmula do referido Venerável Gasparini Borro, sendo estabelecida solenemente sua recitação no início do Ofício Divino, após a recitação do Pai Nosso e prescrita para todos os sacerdotes. Depois de um século a mencionada fórmula, sancionada pelo Sumo Pontífice, difundiu-se, de fato, em toda a Igreja universal.

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São Félix de Cantalíce - 300 anos de canonização

Religioso da Primeira Ordem (1515-1587). Canonizado por Clemente XI no dia 22 de maio de 1712.

Félix de Cantalício foi uma das mais populares e mais características figuras da Roma do século XVI. Nasceu na aldeia de Cantalício, pequena povoado no sopé dos Apeninos, próximo de Rieti, em 1515. Até aos 30 anos, trabalhou no campo, como agricultor, viajando, depois, para Roma, não para gozar dos divertimentos da gente da cidade nem para melhorar sua condição de pobre e humilde.

Entrou como religioso na Ordem dos Capuchinhos e, a partir de 1547, até à sua morte em 1587, dedicou- se a pedir esmola de porta em porta no Convento de São Nicolau, hoje chamado de Santa Cruz dos Luccesi. Passava pelas ruas de Roma, com o seu áspero e pobre hábito, pedindo esmola, não só para o Convento, mas também para os pobres e para os doentes.

A todo aquele que lhe dava qualquer coisa dizia sempre: Deo gratias – Graças a Deus! Aos que não lhe davam nada, dizia também: Deo gratias. Por isso, bem depressa começou a ser conhecido pelo nome de Frei Deo gratias. São Filipe de Néri, o apóstolo florentino dos romanos, tornou-se o seu grande amigo. Quando São Filipe o encontrava na rua, pedia-lhe publicamente conselhos e ensinamentos.

A simplicidade espontânea e popular de frei Félix rodeava-o de gratificante admiração. São Carlos Borromeu tinha-o em grande consideração, como muitos outros prelados que reconheciam naquele inculto, mas tão espiritual capuchinho, uma capacidade intelectual extraordinária. Predisse a Sisto V que este seria Papa e aconselhou-o a comportar- se dignamente quando o fosse. Viram-se muitas púrpuras cardinalícias e dignidades prelatícias a inclinar-se diante daquele aldeão, vestido de hábito capuchinho.

Félix tinha temperamento místico. Dormia apenas 3 horas por dia. O resto da noite consagrava-o, na igreja, à oração, na contemplação dos mistérios da vida de Jesus. Comungava todos os dias o Corpo do Senhor. Nos dias santos era seu costume fazer a pe regrinação às Sete Igrejas de Roma ou, então, visitava os doentes nos diversos hospitais da cidade. Alimentou sempre terna devoção para com Nossa Senhora que lhe apareceu muitas vezes e lhe entregou o Menino Jesus que ele estreitava amorosamente nos braços.

Morreu aos 72 anos, no dia 18 de maio de 1587, arrebatado numa visão de Nossa Senhora. A sua sepultura, na igreja da Imaculada Conceição dos Capuchinhos de Roma, converteu-se em lugar de peregrinação. Foi canonizado por Clemente XI, a 22 de maio de 1712.

Texto do livro “Santos Franciscanos para cada dia”, edição Porziuncola




ORAÇÃO

Senhor, que em São Félix de Cantalício destes à vossa Igreja e à Ordem dos Frades Menores Capuchinhos um admirável modelo de simplicidade evangélica, concedei-nos que, a seu exemplo, edifiquemos o vosso povo com a mesma irradiante alegria que o tornava amável para com todos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

segunda-feira, maio 21, 2012

Nossa mãe, Maria - Magnificat

A minha alma glorifica o Senhor
E o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador.

Porque pôs os olhos na humildade da sua Serva:
De hoje em diante me chamarão bem aventurada todas as gerações.
O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas:
Santo é o seu nome.

A sua misericórdia se estende de geração em geração
Sobre aqueles que o temem.
Manifestou o poder do seu braço
E dispersou os soberbos.

Derrubou os poderosos de seus tronos
E exaltou os humildes.
Aos famintos encheu de bens
E aos ricos despediu de mãos vazias.

Acolheu a Israel, seu servo,
Lembrado da sua misericórdia,
Como tinha prometido a nossos pais,
A Abraão e à sua descendência para sempre

Glória ao Pai e ao Filho
E ao Espírito Santo,
Como era no princípio,
Agora e sempre. Amem.


Maria, inspirada na tradição do Antigo Testamento, celebra com o cântico do Magnificat as maravilhas que Deus realizou nela.
Esse cântico é a resposta da Virgem ao mistério da Anunciação: o anjo convidou-a a alegrar-se. Sua alegria nasce de ter experimentado pessoalmente o olhar bondoso que Deus dirigiu a ela.

Segundo o Irmão Andrés E. Machado, Sodalício de Vida Cristã, este cântico é conhecido com esta palavra em latim, “Magnificat”, porque é a palavra com a qual Nossa Senhora começou seu cântico de louvor a Deus: “Engrandece”. Maria queria que suas palavras engrandecessem, fizessem maior e mais glorioso o próprio Deus.

Frente ao Senhor, potente e misericordioso, Maria manifesta o sentimento de sua pequenez: “Minha alma proclama a grandeza do Senhor; alegra meu espírito em Deus, meu salvador, porque olhou para a humildade de sua serva” (Lc 1,46-48).

Provavelmente, o termo grego tapeinosis foi tirado do cântico de Ana, a mãe de Samuel. Com ele indicam a “humilhação” e a “miséria” de uma mulher estéril (cf. 1 S 1,11), que encomenda sua pena ao Senhor. Com uma expressão semelhante, Maria apresenta sua situação de pobreza e a consciência de sua pequenez perante Deus que, com decisão gratuita, colocou seu olhar sobre ela, jovem humilde de Nazaré, chamando-a a converter-se na mãe do Messias.

As palavras “de agora em diante todas as nações me chamarão bem-aventurada” (Lc 1,48), têm como ponto de partida a felicitação de Isabel, que foi a primeira a proclamar a Maria “bendita” (Lc 1,45).

O cântico prediz que essa proclamação irá se estendendo e ampliando com um dinamismo incontido. Ao mesmo tempo, testemunha a veneração especial que a comunidade cristã sentiu pela Mãe de Jesus desde o século I. O Magnificat constitui a primícia das diversas expressões de culto, transmitidas de geração em geração, com as quais a Igreja manifesta seu amor à Virgem de Nazaré.

“O Poderoso fez em mim maravilhas; seu nome é santo e sua misericórdia chega aos fiéis de geração em geração” (Lc 1,49-50). O que são essas ‘maravilhas’ realizadas em Maria pelo Poderoso? A expressão aparece no Antigo Testamento para indicar a libertação do povo de Israel do Egito ou da Babilônia.

No Magnificat refere-se ao acontecimento misterioso da concepção virginal de Jesus, acontecido em Nazaré depois do anúncio do anjo. 

No Magnificat, cântico verdadeiramente teológico porque revela a experiência do rosto de Deus feita por Maria, Deus não só é o Poderoso, a quem nada é impossível, como havia declarado Gabriel (cf. Lc 1,37), mas também o Misericordioso, capaz de ternura e fidelidade para com todo ser humano.

“Ele faz proezas com seu braço; dispersa os soberbos de coração; derruba do trono os poderosos e enaltece os humildes; os famintos os sacias de bens e despede os ricos de mãos vazias” (Lc 1,51-53).
Estas palavras do cântico, ao mesmo tempo em que nos mostram em Maria um modelo concreto e sublime, nos ajudam a compreender que o que atrai a benevolência de Deus é sobretudo a humildade de coração.
Por último, o cântico exalta o cumprimento das promessas e a fidelidade de Deus com o seu povo escolhido: “Auxilia a Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, como havia prometido a nossos pais, em favor de Abraão e de seus filhos para sempre” (Lc 1,54-55).

Maria, cheia de dons divinos, não se detém a contemplar seu caso pessoal, mas compreende que esses dons são uma manifestação da misericórdia de Deus a todo seu povo.

Nela Deus cumpre suas promessas com uma fidelidade e generosidade abundantes.


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domingo, maio 20, 2012

Nossa mãe, Maria - A Coroa do Agradecimento

Por Frei Stefano Maria Manelli, FFI

"Oh, Santa coroa do Rosário!” Esta invocação à coroa do Rosario nasce espontânea quando vemos a coroa nas mãos da Rainha do Rosário em Pompéia, nas mãos da Imaculada em Lourdes, nas mãos do Imaculado Coração em Fátima.

O quanto deve ser importante esta coroa do Rosário se a a mesma Nossa Senhora a tem nas suas mãos de Rainha do céu e da terra, se dela mesma, em pessoa, nos foi presenteada em Lourdes, e nos foi recomendado com insistência materna em Fátima!

A partir de São Domingos, a coroa do Rosário esteve nas mãos de exércitos de Santos e de Papas, de místicos e de missionários, de estadistas e de artistas, de cientistas e de heróis, de homens e de mulheres, de pessoas idosas e de crianças, em todo momento e em todas as partes da terra.

Lembremos, por exemplo, São Francisco de Sales, Santa Margarida Maria Alacoque, Santo Afonso de Ligório, Santa Bernadette Soubirous, São Pio X, Santa Maria Goretti, São Pio de Pietralcina, a beata Teresa de Calcutá ... Podemos também lembrar os cientistas Galileo Galilei, Ampere, Pasteur, Marconi; os músicos Vivaldi, Gluck; os pintores Miquelângelo e beato Angelico; os pensadores e escritores, Rosmini e Manzoni ...

"Oh, Santa Coroa do Rosário”

A coroa do Rosário é "santa" porque produz coisas santas, recebe graças, atrai muitas bênçãos, não somente sobre os que rezam a coroa, mas também sobre a casa, sobre a família e sobre o trabalho de quem recita. A coroa do terço é “santa” porque abre as janelas de vinte mistérios da vida de Jesus e de Maria, com o exercício da contemplação e do amor que conduzem a alma para as alturas da santidade.

O Rosário também foi chamado e definido de diversos modos: coroa de graças, rosa de graças, tesouro de graças, corrente de graças, fonte de graças...

São Pio de Pietrelcina, em particular, gostava de dizer que o Rosário é também a arma para toda batalha espiritual e temporal, a arma de triunfo contra todo inimigo, a arma de todas as vitórias (como nos lembra Lepanto), de onde Nossa Senhora do Rosário também foi chamada de “Nossa Senhora das vitórias”, muito querida por Santa Teresinha.

O beato Bartolo Longo, finalmente, deseja que todos morram com a coroa do terço nas mãos, dando-lhe o “último beijo da vida que se apaga", para apresentar-nos ao juízo de Deus com a alma coberta pela “Santa Coroa do Rosário”.


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Sétimo domingo da Páscoa - Festa da Ascensão do Senhor




A Igreja celebra a festa da Ascensão do Senhor… Os últimos momentos de Jesus junto aos apóstolos e a volta de Cristo ao Pai… É a Sua entrada oficial na glória que Lhe correspondia como ressuscitado, depois das humilhações do Calvário; é a volta ao Pai anunciada por Si no dia de Páscoa; “Vou subir para o Meu Pai e vosso Pai, Meu Deus e vosso Deus” (Jo 20, 17). E aos discípulos de Emaús: “Não tinha o Messias de sofrer todas estas coisas para entrar na Sua glória?” (Lc 24, 26).
A vida de Jesus na terra não termina com a sua morte na

Cruz, mas com a Ascensão ao Céu. É o último mistério da vida do Senhor aqui na terra. É um mistério redentor, que constitui, com a Paixão, a Morte e a Ressurreição, o mistério pascal. Convinha que os que tinham visto Cristo morrer na Cruz, entre os insultos, desprezos e escárnios, fossem testemunhas da Sua exaltação suprema.
Comentando sobre a Ascensão do Senhor, ensina São Leão Magno: “Hoje não só fomos constituídos possuidores do paraíso, mas com Cristo ascendemos, mística mas realmente, ao mais alto dos céus, e conseguimos por Cristo uma graça mais inefável que aquela que havíamos perdido.”
A Ascensão fortalece e estimula a nossa esperança de alcançarmos o Céu e incita-nos constantemente a levantar o coração a fim de procurarmos as coisas que são do alto. Agora a nossa esperança é grandiosa, pois o próprio Senhor foi preparar-nos uma morada.
O Senhor está já no Céu com o seu Corpo glorificado, com os sinais do seu Sacrifício redentor, com as marcas da Paixão que Tomé pode contemplar e que clamam pela salvação de todos nós.

Assim, a esperança do Céu encherá de alegria o nosso peregrinar quotidiano. Imitaremos os apóstolos que, segundo São Leão Magno, “tiraram tanto proveito da Ascensão do Senhor que tudo quanto antes lhes causava medo, depois se converteu em alegria. A partir daquele momento, elevaram toda a contemplação das suas almas à divindade que está à direita do Pai; a perda da visão do corpo do Senhor não foi obstáculo para que a inteligência, iluminada pela fé acreditasse que Cristo, mesmo descendo até nós, não Se tinha afastado do Pai e, com a Sua Ascensão, não Se separou dos seus discípulos.”
Com a Ascensão termina a missão terrena de Cristo e começa a dos seus discípulos, a nossa: “Vós sereis testemunhas de tudo isto” (Lc 24, 48), diz Jesus. Portanto, a festa de hoje, recorda-nos que o zelo pelas almas é um mandamento amoroso do Senhor. Ao subir para a Sua glória, Ele nos envia pelo mundo inteiro como suas testemunhas. Grande é a nossa responsabilidade, porque ser testemunhas de Cristo implica, antes de mais nada, procurar comportar-se segundo a Sua doutrina, lutar para que a nossa conduta recorde Jesus e evoque a Sua figura amabilíssima.
Jesus parte, mas permanece muito perto de cada um. Nós encontramo-Lo na Eucaristia, no Sacrário das nossas Igrejas.
Visitemos mais Jesus no Sacrário, que aí permanece sempre à nossa espera! Não deixemos de procurá-Lo com frequência, ainda que na maioria das vezes só possamos fazê-lo com o coração, para dizer-Lhe que nos ajude na tarefa apostólica, que conte connosco para estender a Sua doutrina por todos os ambientes.
Nesta semana, que precede a Solenidade de Pentecostes, fiquemos unidos em oração, como disse Jesus: “Permanecei na cidade até que sejais revestidos da força do alto” (Lc 24, 48).
Assim a vida da Igreja não começa com a acção, mas com a oração, junto de Maria, a Mãe de Jesus. Seja esta a nossa atitude de todos os dias: preceder a acção apostólica ou profissional, de uma profunda e ardente oração, com a Virgem Santíssima, Mãe da Igreja e nossa Mãe.


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sábado, maio 19, 2012

Nossa mãe, Maria - A Salve Rainha



Salve, Rainha, Mãe de misericórdia,
vida, doçura, esperança nossa, salve!
A vós bradamos os degredados filhos de Eva.
A vós suspiramos, gemendo e
chorando neste vale de lágrimas.

Eia, pois, advogada nossa, esses
vossos olhos misericordiosos a nós volvei,
e depois deste desterro mostrai-nos Jesus,
bendito fruto de vosso ventre.
Ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria.

Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Amém.


A “Salve Rainha” é uma da orações mais populares entre os católicos. De tão repetida, é rezada às vezes, de forma maquinal, sem que se sinta da profunda emoção que a percorre do princípio ao fim. Por isso, para recuperar toda sua vibração original, pode ser útil analisar, uma por uma, as estremecidas palavras que a conformam.

Quem compôs esta prece tinha uma experiência muito viva das misérias da vida humana. Nesta prece “bradamos” como “degredados”, “suspiramos gemendo e chorando”, vemos o mundo como “um vale de lágrimas”, como um “desterro”… Entretanto, essa melancólica visão da vida acaba dissolvendo-se num sentimento de doce esperança que a ultrapassa e domina. Com efeito, se ao considerar a condição humana, o autor da prece só vê motivos de tristeza, ao fixar sua atenção naquela a quem a dirige, mostra-se animado por um horizonte de expectativas reconfortantes e consoladoras, pois ela, a Virgem Maria, é “mãe de misericórdia”… “vida, doçura, esperança”… “advogada” de “olhos misericordiosos”…

Captaremos melhor o estado de ânimo de que brotou esta comovente oração se lembrarmos quem a compôs e em que circunstâncias. Ela é atribuída ao monge Herman Contrat que a teria escrito por volta de 1.050, no mosteiro de Reichenan, na Alemanha. Eram tempos terríveis aqueles na Europa central: sucessivas calamidades naturais, destruindo as colheitas, epidemias, miséria, fome e morte por toda parte… e, como não se bastasse, a ameaça contínua dos povos bárbaros do Leste que invadiam os povoados, saqueando e matando, destruindo tudo, inclusive igrejas e conventos…

Frei Contrat tinha consciência da infortunada época em que vivia, mas tinha outras razões, além das agruras da vida de seus contemporâneos, para a aflição e o desconsolo. E não podia fechar os olhos para elas, pois as carregava no seu corpo: ele nascera raquítico e deforme; adulto, mal conseguia andar e escrevia com dificuldade, de mirrados que eram os dedos das suas mãos…

Foi no fundo de todas as misérias, as próprias e as alheias, que a alma de Frei Contrat elevou à Rainha dos céus essa maravilhosa prece, carregada de sofrimento e esperança, que é a “Salve Rainha”. Mas, se foi capaz de fazê-lo foi porque, no mais íntimo de seu ser cintilava, sobre a paisagem desolada do mundo, a figura esplendorosa e amável da Mãe de Jesus… Contam que, no dia do seu nascimento, ao constatarem o raquitismo e mal formação do bebê, seus pais caíram em prantos. Sua mãe Miltreed, mulher muito piedosa, ergueu-se então do leito e, lá mesmo, consagrou o menino à Mãe de Deus. Consagrado a Ela, foi educado no amor e na confiança em relação à Ela. E foi com essa bagagem na alma que anos mais tarde foi levado (de liteira, pois continuava sendo um deficiente físico) até o mosteiro de Reichenan, onde com o tempo chegou a ser mestre dos noviços, pois o que tinha de inapto seu corpo, tinha de perspicaz seu espírito.

Quando veio a ser conhecida pelos fiéis a “Salve Rainha” teve um sucesso enorme e logo era rezada e cantada por toda parte. Um século mais tarde, ela foi cantada também na catedral de Espira, por ocasião de um encontro de personalidades importantes, entre elas, a do imperador Conrado e a do famoso São Bernardo, conhecido como o “cantor da Virgem Maria”, pelos incendidos louvores que lhe dedicava nos seus sermões e escritos (ele foi um dos primeiros a chamá-la de “Nossa Senhora”). Dizem que foi nesse dia e lugar que, ao concluir o canto da “Salve Rainha” (cujas últimas palavras eram “mostrai-nos Jesus, o bendito fruto do vosso ventre”), no silêncio que se seguiu, ouviu-se a voz potente de São Bernardo que, num arrebato de entusiasmo pelo mãe do Senhor, gritou, sozinho, no meio da catedral: “ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria”… E a partir dessa data estas palavras foram incorporadas à “Salve Rainha” original.

Nos quase mil anos que se passaram desde que Herman Contrat compôs a “Salve Rainha” uma multidão incontável de fiéis tem se identificado como os sentimentos que ela expressa, vivendo desde sua aflição a doce esperança que inspira sempre a figura amável e amada da Mãe do nosso Salvador.

Fonte: O Dia do Senhor, 30º Dom – Tempo Comum – 26 Out 2003 – Ano 5 – no 49
(AnoB)

http://servosdarainha.wordpress.com/category/a-salve-rainha/

sexta-feira, maio 18, 2012

Nossa mãe, Maria - Louvor de Maria, mãe de Deus

A bela homilia pronunciada por São Cirilo de Alexandria no Concílio de Éfeso.

Contemplo esta assembleia de homens santos, alegres e exultantes que, convidados pela santa e sempre Virgem Maria e Mãe de Deus, prontamente acorreram para cá. Embora oprimido por uma grande tristeza, a vista dos santos padres aqui reunidos encheu-me de júbilo. Neste momento vemos realizar-se entre nós aquelas doces palavras do salmista Davi: “Vede como é bom, como é suave os irmãos viverem juntos bem unidos” (Sl 132,1).

Salve, ó mística e santa Trindade, que nos reunistes a todos nessa igreja de Santa Maria Mãe de Deus.

Salve, ó Maria, Mãe de Deus, venerável tesouro do mundo inteiro, lâmpada inextinguível, coroa da virgindade, cetro da verdadeira doutrina, tempo indestrutível, morada daquele que lugar algum pode conter, virgem e mãe, por meio da qual é proclamado bendito nos santos evangelhos o que vem nome do Senhor (Mt 21,9).




Salve, ó Maria, tu que trouxeste em teu sagrado seio virginal o Imenso e Incomparável; por ti, é glorificada e adorada a Santíssima Trindade: por ti, se festeja e é adorada no universo a cruz preciosa; por ti, exultam os céus; por ti, se alegram os anjos e arcanjos; por ti, são postos em fuga os demônios; por ti, cai do céu o diabo tentador; por ti, é elevada ao céu a criatura decaída; por ti, todo o gênero humano, sujeito à insensatez dos ídolos, chega ao conhecimento da verdade; por ti, o santo batismo purifica os que creem; por ti, recebemos o óleo da alegria; por ti, são fundadas as igrejas em toda a terra; por ti, as nações são conduzidas á conversão.


E que mais direi? Por Maria, o Filho unigênito de Deus veio iluminar os quem jazem nas trevas e nas sombras da morte (Lc 1, 77); por ela, os profetas anunciaram as coisas futuras; por ela, os apóstolos proclamaram aos povos a salvação; por ela, os mortos ressuscitam; por ela, reinam os reis em nome da Santíssima Trindade.

Quem dentre os homens é capaz de celebrar dignamente a Maria, merecedora de todo louvor? Ela é mãe e virgem. Que coisa admirável! Este milagre me deixa extasiado. Quem jamais ouviu dizer que o construtor fosse impedido de habitar no templo que ele próprio construiu? Quem se humilhou tanto a ponto de escolher uma escrava para ser sua própria mãe?

Eis que em tudo exulta de alegria! Reverenciemos e adoremos a divina unidade, com santo temor veneremos a indivisível Trindade, ao celebrar com louvores a sempre Virgem Maria. Ela é templo santo de Deus, que é seu Filho e esposo imaculado. A ele a glória pelos séculos dos séculos. Amém. T

Liturgia das Horas IV, p. 1148-1149

São Félix - primeiro frade capuchinho a ser canonizado


O Santo das ruas de Roma, assim foi chamado São Félix de Cantalício, capuchinho. Nascido no minúsculo centro agrícola de Cantalício (Rieti) em 1515, Félix Porro, de Santo e Santa. Entrou para os capuchinhos nos fins de 1543 e início de 1544 e, completo o ano de noviciado no convento de Antícoli (hoje Foggia), a 18 de maio de 1545 emitiu a profissão dos votos religiosos no conventinho de Monte São João, onde ainda hoje se conserva o seu testamento escrito a 12 de abril de 1545. Ele pertence à primeira geração dos Capuchinhos. Félix se fez frade logo depois da saída de Bernardino Ochino (maio de 1542), quando os pobres capuchinhos foram incriminados publicamente como hereges, e tudo fazia crer que seriam supressos. Convidado por um seu primo agostiniano a segui-lo passando para a sua ordem, Frei Félix respondeu que, se não pudesse continuar sendo frade capuchinho, preferiria permanecer no mundo. Não obstante as perseguições e calúnias a Reforma Capuchinha era altamente estimada.

Parece supérfluo recordar aqui toda uma série de anedotas pitorescas que caracterizam a vida de Frei Félix de Cantalício. Era admirado por todos, inclusive cardeais e papas. Certa vez, em Trindade dos Montes, o papa Sisto V encontra Frei Félix e pede-lhe um pão. O esmoler procura no alforge, a fim de escolher o melhor. "Não escolhas, Frei Félix, dá-me aquele que pegar primeiro". E saiu um pão duro e negro. "Santo Padre, não foi de propósito; tenha paciência e lembra-te que ainda és frade". Sisto V, querendo abreviar os tempos da canonização de Frei Félix, se dizia pronto a confirmar o processo com juramento.

Das coisas maravilhosas atribuídas a Frei Félix ainda vivo, testemunhará quase só gente estranha à Ordem: os frades, ou as ignoravam ou não julgavam oportuno recontá-las. Mas se da vida de Frei Félix se tiram as anedotas, os ditos ingênuos, os milagres e as profecias, bem pouca coisa restaria para ser contada. De fato, depois de ter passado os primeiros quatro anos da sua vida religiosa nos conventos de Antícoli, Monte São João, Tívoli e Palanzana (Viterbo), passou o resto de seus dias em Roma (1547/1587) onde, diariamente, mendigou antes o pão (até 1572) e depois, até à morte, vinho e óleo para os seus frades. Os Capuchinhos que viveram dia a dia com ele, o tinham como um bom religioso como tantos outros, e por isso ficaram apavorados quando viram a interminável procissão de gente que acorria para venerar o seu cadáver e que juntamente com o para Sisto V proclamava os seus milagres e a sua santidade.

Frei Félix levou à perfeição aquilo que as constituições prescreviam, não servilmente mas na liberdade do seu carisma, vivendo no convento principal da ordem, em Roma, sede do vigário Geral. Muitos frades ilustres o conheceram especialmente por ocasião dos capítulos gerais.
O povo de Roma o tinha em alta estima e venerava-o com o mesmo carinho com que venerava outro grande santo daquela época, São Felipe Néri. Entre os dois surgiram competições de humildade: um, em público, bebia da garrafa do fradinho; outro levava pela cidade o barrete do Padre. Cada um queria ajoelhar-se diante do outro mas nenhum deles cedia. Acabavam por se abraçar e, levantando-se, separavam-se em silêncio. Era tão forte e sublime aquela amizade que, para se identificarem com Cristo, se auguravam as penas mais atrozes. Um dizia: "que eu te possa ver queimado vivo"; outro dizia: "que eu te possa ver retalhado em quatro". E assim por diante.

Seria necessário conhecer melhor o influxo (não oficial, mas carismático e real) por ele exercido na vida e na história da Ordem Capuchinha, no campo da perfeição religiosa e da santidade. Não falta material para descobrir os canais e as formas de tal influxo. Basta ver a grande difusão das suas imagens, relíquias, culto, fórmulas particulares de oração e, aquilo que mais conta, o empenho de imitá-lo especialmente da parte dos irmãos não clérigos Capuchinhos, alguns dos quais estão numerados nas listas dos beatos e santos. É certo que, entre os Capuchinhos, Frei Félix de Cantalício foi o Santo mais amado e seguido como modelo: em 1650, entre os 11.000 Capuchinhos da Itália, 277 se chamavam Félix e, até 1966, o necrológio da Província de Roma registra 217 frades que tinham o mesmo nome, Félix.

Entretanto, os 72 anos já lhe pesam. Ansiava ardentemente a paz do céu. Neste sentido fizera saber aos frades de que a sua partida não tardaria muito. Há oito anos que sofria horrivelmente dos intestinos, cujas dores se agravaram em 1587. Eis a conclusão de uma inocentíssima vida. Eram 11 horas da noite, do segundo dia de Pentecostes, 18 de maio de 1587. Toda cidade de Roma compareceu aos funerais. Os milagres multiplicaram-se sobre o seu sepulcro.
Urbano VIII inscreveu-o entre os beatos a 1o. de outubro de 1625. Clemente XI o declarou santo a 22 de maio de 1712.

(Frei Eurípedes Otoni da Silva - OFMCap.)



Oração:
Ò Deus, que destes à família seráfica e à Igreja São Félix, exemplo de simplicidade evangélica e de inocência de vida, concedei que, seguindo os seus passos, cuidamos de amar somente a Cristo e de segui-lo com alegria. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, Nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo. Amém.

Pia União de Santo Antônio

Pia União de Santo Antônio