Inspirado por Deus, por meio da Virgem Maria, Maximiliano Kolbe, cheio de “ousadias”, arriscou uma nova forma de levar o Cristo a todo o mundo. Essa nova forma foi a propagação, por todos os meios lícitos, do grande amor à Imaculada Conceição da Beatíssima Virgem.
O presente artigo tem a intenção de especular acerca dessa tão grande e nobre contestação de alguns dos grandes mestres franciscanos e desse santo do nosso tempo, visando a uma maior especulação desse dogma, desde São Francisco até São Maximiliano e, oxalá, uma incitação a essa devoção, que outrora tantos outros já o fizeram.
I – A piedade Mariana de
São Francisco de Assis
Para melhor adequarmos alguns pontos acerca de uma Mariologia Franciscana, cabe-nos ir até o ideal mariano do nosso Seráfico Pai fundador, São Francisco de Assis e também, à sua experiência espiritual que, por fim, constituiu fonte de inspiração para os demais frades, que o seguiram nesse processo todo especial à Santa Mãe de Deus.
Como santo e grande fundador de uma família religiosa, como autor de muitos escritos religiosos e criador de uma autêntica doutrina espiritual, São Francisco não podia deixar de falar ou expressar seus sentimentos e devoção a Maria, Mãe de Jesus. Sabemos que São Francisco a admirava e nas mãos dela, depositava toda a sua fundação. Entretanto, não é fácil descrever uma mariologia de São Francisco diante de sua grande piedade; não é fácil dizer, em poucas palavras, como se exprime, principalmente, o carisma do Seráfico Pai ou quais são os elementos constitutivos de sua devoção mariana.
Sabemos que, basicamente, São Francisco revelou sua devoção, especialmente, a Cristo. Ele, como revelação do amor de Deus, que saindo totalmente de sua glória, se fez humilde e pobre, na sua abertura ao homem e ao mesmo tempo, como caminho e vida. O mistério de Cristo é visto pelo santo na sua raiz, que é o seio do Pai, do qual o Filho eternamente emerge, “Deus Verdadeiro de Deus Verdadeiro”[1] e, na sua missão no mundo, por meio da Encarnação, a qual realiza, de modo perfeito, o retorno da criação ao Pai pelo sacrifício que culmina na glória da Ressurreição. É aí que o amor especial de São Francisco leva para Maria a figura de pobre, humilde, menor e Mãe do crucificado.
Em sua época altamente cristocêntrica, Francisco de Assis, sem conhecimento teológico algum, conseguiu, da sua maneira, dar um vigor maior à vida do Cristo resumida nos três baluartes cruciais do seu processo de conversão: num primeiro momento, por meio da Eucaristia, quando começaram a surgir as suas primeiras inquietações durante a missa, por ocasião da festa de São Matias. Ele é levado (por força do Espírito Santo) a entrar em igrejas abandonadas e, numa delas, Santa Maria dos Anjos, contemplou o Cristo Crucificado (segundo momento), mas glorioso e, mais tarde, o Cristo do presépio (terceiro momento), isto é, da meditação da natureza divina, aos poucos, Francisco chegou à natureza humana do Cristo. A partir daí, começou a entender que esta humanidade de Deus manifesta-se nos mais necessitados – os pobres e os leprosos – e então partiu para servi-los como que ao próprio Deus.
Neste íntimo relacionamento com a Trindade, Francisco não se esqueceu da Beatíssima Virgem. Não é à toa que tinha uma especial predileção por aquela capelinha que é padroada pela Senhora dos Anjos. Ali queria ficar e até pediu mais tarde, que se algum dia, algum frade fosse expulso dela pela porta, que voltasse e entrasse pela janela, mas que não a abandonasse. “Tendo ele se fixado nesse local por causa do seu respeito pelos anjos e de seu amor à Mãe de Cristo; sempre o amou acima de qualquer outro no mundo, pois foi aí que ele principiou, humildemente, progrediu na virtude e atingiu a culminância da felicidade. Foi esse lugar que ele confiou aos irmãos, ao morrer, como particularmente caro à Santíssima Virgem”.[2]
A ardente devoção de Francisco de Assis à Virgem Maria é bem descrita por São Boaventura quando narra:
“Francisco permaneceu ainda algum tempo na igreja da Virgem Mãe de Deus, suplicando-lhe em instantes e contínuas preces, que se tornasse sua advogada. E pelos méritos da Mãe de Misericórdia e junto daquela que concebera o Verbo cheio de graça e de verdade, ele também concebeu e deu à luz o espírito de verdade evangélica”.[3]
Aqui, São Boaventura põe em destaque alguns dos títulos da Virgem Maria, que, como bom filho de Francisco de Assis, herda a relação de Maria com a Trindade salvífica, e em particular com o Espírito Santo: decorre daí que Francisco se concentra sobretudo na missão de Maria, como serviço da redenção e glorificação da Trindade.
Deste zelo de Francisco para com as igrejas e a sua profunda veneração a Nossa Senhora, é que nesta narração, Boaventura enfatiza “na igreja da Virgem Mãe de Deus”, “sua advogada”, “Mãe de Misericórdia”, “aquela que concebera o Verbo...”.
É perceptível que desde o início da Ordem Franciscana, a Virgem Maria já estava exercendo um papel todo peculiar de cooperação, que deve ser fortemente acentuado, ainda mais no que tange o plano divino da Salvação, pois ela é colocada neste plano. Segundo Boaventura, conforme o que foi estabelecido por Deus: a Encarnação; pois: “... se tirar do mundo a Mãe de Deus, por conseqüência terá tirado o Verbo encarnado”. [4]
É devido à Encarnação de Jesus Cristo que Maria tem um lugar especial na espiritualidade de São Francisco! Em decorrência, ele desejava tratar com um amor mais reconhecido aquela Mãe, que não somente tinha trazido o Filho de Deus na nossa condição humana, mas o tinha feito nosso irmão. A Encarnação se realizou por meio de uma mulher santíssima, Maria, que em virtude de sua Maternidade, tem uma relação singular com o Filho de Deus. Mãe e Filho são inseparáveis. Contemplando o mistério da Encarnação, São Francisco não apenas era transportado por um amor inefável pelo Filho de Deus que se fez nosso irmão, mas também transportado por um amor indizível a Maria.
A maternidade divina é o ponto fundamental do pensamento mariano de São Francisco. Ele amou e venerou a Virgem antes de tudo e sobretudo, porque nos deu Jesus, o Filho de Deus. Ele viu, na dignidade de Mãe de Deus, o coração do mistério de Maria, o fundamental e o central da sua grandeza.
Para Francisco, falar de Maria era exprimir a realidade da história da salvação, no sentido do que Deus realizou nela, em sua história concreta, colocando em evidência a própria realidade que Deus concretiza em toda a humanidade. Para ele, ser Mãe de Deus é a sua grande função, dentro do plano de salvação.[5]
Deste zelo de Francisco para com as igrejas e a sua profunda veneração a Nossa Senhora, é que nesta narração, Boaventura enfatiza “na igreja da Virgem Mãe de Deus”, “sua advogada”, “Mãe de Misericórdia”, “aquela que concebera o Verbo...”.
É perceptível que desde o início da Ordem Franciscana, a Virgem Maria já estava exercendo um papel todo peculiar de cooperação, que deve ser fortemente acentuado, ainda mais no que tange o plano divino da Salvação, pois ela é colocada neste plano. Segundo Boaventura, conforme o que foi estabelecido por Deus: a Encarnação; pois: “... se tirar do mundo a Mãe de Deus, por conseqüência terá tirado o Verbo encarnado”. [4]
É devido à Encarnação de Jesus Cristo que Maria tem um lugar especial na espiritualidade de São Francisco! Em decorrência, ele desejava tratar com um amor mais reconhecido aquela Mãe, que não somente tinha trazido o Filho de Deus na nossa condição humana, mas o tinha feito nosso irmão. A Encarnação se realizou por meio de uma mulher santíssima, Maria, que em virtude de sua Maternidade, tem uma relação singular com o Filho de Deus. Mãe e Filho são inseparáveis. Contemplando o mistério da Encarnação, São Francisco não apenas era transportado por um amor inefável pelo Filho de Deus que se fez nosso irmão, mas também transportado por um amor indizível a Maria.
A maternidade divina é o ponto fundamental do pensamento mariano de São Francisco. Ele amou e venerou a Virgem antes de tudo e sobretudo, porque nos deu Jesus, o Filho de Deus. Ele viu, na dignidade de Mãe de Deus, o coração do mistério de Maria, o fundamental e o central da sua grandeza.
Para Francisco, falar de Maria era exprimir a realidade da história da salvação, no sentido do que Deus realizou nela, em sua história concreta, colocando em evidência a própria realidade que Deus concretiza em toda a humanidade. Para ele, ser Mãe de Deus é a sua grande função, dentro do plano de salvação.[5]