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Caríssimos(as) Irmãos(as), saudamos a todos vocês com a Paz e o Bem contidas no Cristo Jesus e em São Francisco de Assis.



terça-feira, maio 01, 2012

O trabalho nosso de cada dia

Comemoração de São José Operário
Gênesis 1,26-2,3; Mateus 13, 54-58 (leituras próprias)

Neste primeiro de maio eis-nos festejando José, o carpinteiro, patrono celeste de todos os operários e trabalhadores. Nós que aprendemos a respeitar e venerar José como esposo de Maria, o fiel e discreto esposo de Maria e o pai nutrício do Verbo Encarnado, olhamos para ele também como protetor celeste e modelo dos trabalhadores.

Quanta dignidade e quanta beleza no trabalho humano! Basta abrir os olhos e ver quanto exige a execução de um labor bem feito e quanto bem fazemos todos com o trabalho de nossas mãos.

Deus bom e grande cria os espaços terrestres e siderais e confia ao ser humano a administração da terra através do labor de suas mãos e de sua inteligência. Em nossas mãos está obra da criação. Através do trabalho transformamos quedas de água em energia, com pedras e saibros construímos casas, com cimento fazemos pontes. Tudo isso para obedecer a ordem do criador e dominar a terra. Ficamos estupefatos diante dos avanços da medicina: exames, radiografias, ressonâncias magnéticas, sempre novos avanços… E os progressos dos meios de comunicação, da aviação, dos automóveis…inteligência do homem e trabalho de tantos operários nas montadoras, na pilotagem de avião, no transplante de fígado, no mundo da eletrônica. Ficamos extasiados diante do homo faber. É uma graça trabalhar.

Através do trabalho tornamos a terra mais humana. Há esse trabalho remunerado, por vezes bem remunerado, por vezes mal recompensado. Há esses empregados e operários que se levantam muito cedo, que enfrentam o trânsito louco, viajam horas a fio para chegar no horário no local de trabalho. Há os que no caminho vão rezando, lendo os salmos, desfiando as contas do rosário. Há os que levam no coração a preocupação com a família. Enquanto respondem os e-mails, enquanto lavam as agências do banco, enquanto trabalham com tornos nas metalúrgicas pensam em seus amores e nos desamores… Sempre trabalhando…

Há esse trabalho em casa, não remunerado, mas tão importante: arrumar a casa, plantar uma roseira, fazer um bolo, lavar a roupa da semana, comprar o necessário para a semana, cuidar da avó doente e que não tem condições nem de ir ao banheiro… Tudo feito com o coração mesmo que junto com o cansaço… Pouco importa.

Que beleza esses jovens universitários estudiosos, pesquisadores, laboriosos, vencedores, moças e moças que trabalharam arduamente para vencer em suas carreiras e poderem ser pessoas que enfeitem a terra com seu labor e tornem mais humana a vida dos mortais.

Que bom podermos trabalhar. Que tristeza alguém ter que ficar num leito de doente, numa cadeira de rodas dependendo dos outros e não podem trabalhar. O trabalho é graça.

Termino estas reflexões descosturadas com palavras de São Francisco sobre o trabalho, contidas em seu Testamento: “E eu trabalhava com as minhas mãos e quero trabalhar; e quero firmemente que todos os meus irmãos trabalhem num ofício que convenha à honestidade. Os que não sabem trabalhar que aprendam, não pelo desejo de receber o salário do trabalho, mas por causa do exemplo e para afastar a ociosidade” .

Frei Almir Ribeiro Guimarães

franciscanos.org.br

Pia União de Santo Antônio

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