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segunda-feira, maio 21, 2012

Nossa mãe, Maria - Magnificat

A minha alma glorifica o Senhor
E o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador.

Porque pôs os olhos na humildade da sua Serva:
De hoje em diante me chamarão bem aventurada todas as gerações.
O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas:
Santo é o seu nome.

A sua misericórdia se estende de geração em geração
Sobre aqueles que o temem.
Manifestou o poder do seu braço
E dispersou os soberbos.

Derrubou os poderosos de seus tronos
E exaltou os humildes.
Aos famintos encheu de bens
E aos ricos despediu de mãos vazias.

Acolheu a Israel, seu servo,
Lembrado da sua misericórdia,
Como tinha prometido a nossos pais,
A Abraão e à sua descendência para sempre

Glória ao Pai e ao Filho
E ao Espírito Santo,
Como era no princípio,
Agora e sempre. Amem.


Maria, inspirada na tradição do Antigo Testamento, celebra com o cântico do Magnificat as maravilhas que Deus realizou nela.
Esse cântico é a resposta da Virgem ao mistério da Anunciação: o anjo convidou-a a alegrar-se. Sua alegria nasce de ter experimentado pessoalmente o olhar bondoso que Deus dirigiu a ela.

Segundo o Irmão Andrés E. Machado, Sodalício de Vida Cristã, este cântico é conhecido com esta palavra em latim, “Magnificat”, porque é a palavra com a qual Nossa Senhora começou seu cântico de louvor a Deus: “Engrandece”. Maria queria que suas palavras engrandecessem, fizessem maior e mais glorioso o próprio Deus.

Frente ao Senhor, potente e misericordioso, Maria manifesta o sentimento de sua pequenez: “Minha alma proclama a grandeza do Senhor; alegra meu espírito em Deus, meu salvador, porque olhou para a humildade de sua serva” (Lc 1,46-48).

Provavelmente, o termo grego tapeinosis foi tirado do cântico de Ana, a mãe de Samuel. Com ele indicam a “humilhação” e a “miséria” de uma mulher estéril (cf. 1 S 1,11), que encomenda sua pena ao Senhor. Com uma expressão semelhante, Maria apresenta sua situação de pobreza e a consciência de sua pequenez perante Deus que, com decisão gratuita, colocou seu olhar sobre ela, jovem humilde de Nazaré, chamando-a a converter-se na mãe do Messias.

As palavras “de agora em diante todas as nações me chamarão bem-aventurada” (Lc 1,48), têm como ponto de partida a felicitação de Isabel, que foi a primeira a proclamar a Maria “bendita” (Lc 1,45).

O cântico prediz que essa proclamação irá se estendendo e ampliando com um dinamismo incontido. Ao mesmo tempo, testemunha a veneração especial que a comunidade cristã sentiu pela Mãe de Jesus desde o século I. O Magnificat constitui a primícia das diversas expressões de culto, transmitidas de geração em geração, com as quais a Igreja manifesta seu amor à Virgem de Nazaré.

“O Poderoso fez em mim maravilhas; seu nome é santo e sua misericórdia chega aos fiéis de geração em geração” (Lc 1,49-50). O que são essas ‘maravilhas’ realizadas em Maria pelo Poderoso? A expressão aparece no Antigo Testamento para indicar a libertação do povo de Israel do Egito ou da Babilônia.

No Magnificat refere-se ao acontecimento misterioso da concepção virginal de Jesus, acontecido em Nazaré depois do anúncio do anjo. 

No Magnificat, cântico verdadeiramente teológico porque revela a experiência do rosto de Deus feita por Maria, Deus não só é o Poderoso, a quem nada é impossível, como havia declarado Gabriel (cf. Lc 1,37), mas também o Misericordioso, capaz de ternura e fidelidade para com todo ser humano.

“Ele faz proezas com seu braço; dispersa os soberbos de coração; derruba do trono os poderosos e enaltece os humildes; os famintos os sacias de bens e despede os ricos de mãos vazias” (Lc 1,51-53).
Estas palavras do cântico, ao mesmo tempo em que nos mostram em Maria um modelo concreto e sublime, nos ajudam a compreender que o que atrai a benevolência de Deus é sobretudo a humildade de coração.
Por último, o cântico exalta o cumprimento das promessas e a fidelidade de Deus com o seu povo escolhido: “Auxilia a Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, como havia prometido a nossos pais, em favor de Abraão e de seus filhos para sempre” (Lc 1,54-55).

Maria, cheia de dons divinos, não se detém a contemplar seu caso pessoal, mas compreende que esses dons são uma manifestação da misericórdia de Deus a todo seu povo.

Nela Deus cumpre suas promessas com uma fidelidade e generosidade abundantes.


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Pia União de Santo Antônio

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