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sábado, maio 30, 2015

Maria, a mãe de Jesus

Resumidamente, podemos dizer que Nossa Senhora é Mãe de Deus e não da divindade. Ou seja, Ela é Mãe de Deus por ser Mãe de Jesus, pois as duas naturezas (a divina e a humana) estão unidas em Nosso Senhor Jesus Cristo. 

A heresia de negar a maternidade divina de Nossa Senhora é muito antiga. Ela nasceu com Nestório, então bispo de Constantinopla. 

Mas, afinal, por que Nossa Senhora é Mãe de Deus? 

Vamos provar pela razão, pela Sagrada Escritura e pela Tradição que Nossa Senhora é Mãe de Deus. 

A pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo 

Se perguntarmos a alguém se ele é filho de sua mãe, se esta verdadeiramente for a mãe dele, de certo nos lançará um olhar de espanto. E teria razão. 

O homem, como sabemos, é composto de corpo e alma, sendo esta a parte principal do seu ser, pois comunica ao corpo a vida e o movimento. 

A nossa mãe terrena, todavia, não nos comunica a alma, mas apenas o nosso corpo. A alma é criada diretamente por Deus. A mãe gera apenas a parte material deste composto, que é o seu ser. E como é que alguém pode, então, afirmar que a pessoa que nos dá à luz é nossa mãe? 

Se fizéssemos essa pergunta a qualquer pessoa sincera e instruída que não aceite que Maria é a mãe de Deus, ela mesmo responderia com tranqüilidade: "é certo, a minha mãe gera apenas o meu corpo e não a minha alma, mas a união da alma e do corpo forma este todo que é a minha pessoa; e a minha mãe é mãe de minha pessoa. 

Sendo ela mãe de minha pessoa, composta de corpo e alma, é realmente a minha mãe." 

Apliquemos, agora, estas noções de bom senso ao caso da Maternidade divina de Maria Santíssima. 

Há em Jesus Cristo "duas naturezas": a natureza divina e a natureza humana. Reunida, constituem elas uma única pessoa, a pessoa de Jesus Cristo. 

Nossa Senhora é Mãe desta única pessoa que possui ao mesmo tempo a natureza divina e a natureza humana, como a nossa mãe é a mãe de nossa pessoa. Ela deu a Jesus Cristo a natureza humana; não lhe deu, porém, a natureza divina, que vem unicamente do Padre Eterno. 

Maria deu, pois, à Pessoa de Jesus Cristo a parte inferior - a natureza humana, como a nossa mãe nos deu a parte inferior de nossa pessoa, o corpo. 

Apesar disso, nossa mãe é, certamente, a mãe da nossa pessoa, e Maria é a Mãe da pessoa de Jesus Cristo. 

Notemos que em Jesus Cristo há uma só pessoa, a pessoa divina, infinita, eterna, a pessoa do Verbo, do Filho de Deus, em tudo igual ao Padre Eterno e ao Espírito Santo. E Maria Santíssima é a Mãe desta pessoa divina. Logo, ela é a Mãe de Jesus, a Mãe do Verbo Eterno, a Mãe do Filho de Deus, a Mãe da Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, a Mãe de Deus, pois tudo é a mesma e única pessoa, nascida do seu seio virginal. 

A alma de Jesus Cristo, criada por Deus, é realmente a alma da pessoa do Filho de Deus. A humanidade de Jesus Cristo, composta de corpo e alma, é realmente a humanidade do Filho de Deus. E a Virgem Maria é verdadeiramente a Mãe deste Deus, revestido desta humanidade; é a Mãe de Deus feito homem. 

Ela é a Mãe de Deus - "Maria de qua natus est Jesus": "Maria de quem nasceu Jesus" (Mt 1, 16). 

Note-se que Ela não é a Mãe da divindade, como nossa mãe não é mãe de nossa alma; mas é a Mãe da pessoa de Jesus Cristo, como a nossa mãe é mãe de nossa pessoa. 

A pessoa de Nosso Senhor é divina, é a pessoa do Filho de Deus. Logo, por uma lógica irretorquível, Ela é a Mãe de Deus. 

A conseqüência da negação da maternidade divina é a negação da Redenção

Agora, qual é o fundo do problema dessa heresia? Analisemos alguns pormenores e algumas conseqüências de se negar a maternidade divina de Nossa Senhora. 

O inventor da absurda negação foi Nestório, o indigno sucessor de S. João Crisóstomo, na sede de Constantinopla. 

A subtilidade grega havia suscitado vários erros a respeito da pessoa de Jesus Cristo! 

Sabélio pretendeu aniquilar a personalidade do Verbo. Ario procurou arrebatar a esta personalidade a áureola divinal; negaram os docetas a realidade do corpo de Jesus Cristo e os Apolinaristas, a alma humana de Cristo. 

Tudo fora atacado pela heresia, na pessoa de Nosso Senhor; mas a cada heresia que surgia a Igreja infalível, sob a direção do Papa de Roma, saia em defesa da única e imperecível verdade: da pessoa do Verbo divino contra Sabélio; da divindade desta pessoa, contra Ário; da realidade do corpo humano de Jesus, contra os Apolinaristas. 

Bastava apenas um ponto central para suportar o ataque da parte dos hereges: era a união das duas naturezas, divina e humana, em Jesus Cristo. 

Caberia a Nestório levantar esta heresia, e aos filhos de Lutero continuarem a defender este erro grotesco. 
Foi em 428 que o indigno Patriarca Nestório começou a pregar que havia em Jesus Cristo duas pessoas: uma divina, como filho de Deus; outra humana, como filho de Maria. 

Por isso conclui o heresiarca, Maria não pode ser chamada Mãe de Deus, mas simplesmente Mãe de Cristo ou do homem. 

Concebe-se o alcance de uma tal negação. Se as duas naturezas, a divina e a humana, não são hipostaticamente unidas em Nosso Senhor Jesus Cristo, de modo a formar uma única pessoa, desaparece a Encarnação e a Redenção, porquanto o Filho de Deus, não se tendo revestido de nossa natureza, não pode ser o nosso Redentor. Somente o homem Jesus sofreu. Ora, o homem, como ser finito, só pode fazer obras finitas. Logo, a Redenção não é mais de um valor infinito; Jesus Cristo não pode mais ser adorado, pois é apenas um homem; o Salvador não é mais o Homem-Deus. Tal é o erro grotesco que Nestório, predecessor de Lutero, não temeu lançar ao mundo. 

Ora, os protestantes não querem levar às últimas conseqüências a negação da maternidade divina de Nossa Senhora. Admitem em Jesus Cristo duas naturezas e uma pessoa, mas lhes repugna a união pessoal (hipostática) das duas naturezas na única pessoa de Jesus Cristo. 

Basta um pequeno raciocínio para reconhecer como necessária a maternidade Divina da Santíssima Virgem: Nosso Senhor morreu como homem na Cruz (pois Deus não morre), mas nos redimiu como Deus, pelos seus méritos infinitos. Ora, a natureza humana de Nosso Senhor e a natureza divina não podem ser separadas, pois a Redenção não existiria se Nosso Senhor tivesse morrido apenas como homem. Logo, Nossa Senhora, Mãe de Nosso Senhor, mesmo não sendo mãe da divindade, é Mãe de Deus, pois Nosso Senhor é Deus. Se negarmos a maternidade de Nossa Senhora, negaremos a redenção do gênero humano ou cairíamos no absurdo de dizer que Deus é mortal! 

Os protestantes, admitindo que Jesus Cristo nasceu de Maria - e não podem negá-lo, pois está no Evangelho (Mt 1, 16) -, devem admitir: que a pessoa deste Jesus é divina; que Nossa Senhora é a Mãe desta pessoa; que ela é, portanto, Mãe de Deus! É um dilema sem saída do ponto de vista racional. 

O Concílio de Éfeso: 

Quando o heresiarca Ário divulgou o seu erro, negando a divindade da pessoa de Jesus Cristo, a Providência Divina fez aparecer o intrépido Santo Atanásio para confundi-lo, assim como fez surgir Santo Agostinho a suplantar o herege Pelágio, e S. Cirilo de Alexandria para refutar os erros de Nestório, que haviam semeado a perturbação e a indignação no Oriente. 

Em 430, o Papa São Celestino I, num concílio de Roma, examinou a doutrina de Nestório que lhe fora apresentada por S. Cirílo e condenou-a como errônea, anti-católica, herética. 
S. Cirilo formulou a condenação em doze proposições, chamadas os doze anátemas, em que resumia toda a doutrina católica a este respeito. 

Pode-se resumi-las em três pontos: 

1) Em Jesus Cristo, o Filho do homem não é pessoalmente distinto do Filho de Deus; 

2) A Virgem Santíssima é verdadeiramente a Mãe de Deus, por ser a Mãe de Jesus Cristo, que é Deus; 

3) Em virtude da união hipostática, há comunicações de idiomas, isto é: denominações, propriedades e ações das duas naturezas em Jesus Cristo, que podem ser atribuídas à sua pessoa, de modo que se pode dizer: Deus morreu por nós, Deus salvou o mundo, Deus ressuscitou. 

Para exterminar completamente o erro, e restringir a unidade de doutrina ao mundo, o Papa resolveu reunir o concílio de Éfeso (na Ásia Menor), em 431, convidando todos os bispos do mundo. 

Perto de 200 bispos, vindos de todas as partes do orbe, reuniram-se em Éfeso. S. Cirilo presidiu a assembléia em nome do Papa. Nestório recusou comparecer perante os bispos reunidos. 

Desde a primeira sessão a heresia foi condenada. Sobre um trono, no centro da assembléia, os bispos colocaram o santo Evangelho, para representar a assistência de Jesus Cristo, que prometera estar com a sua Igreja até a consumação dos séculos, espetáculo santo e imponente que desde então foi adotado em todos os concílios. 

Os bispos cercando o Evangelho e o representante do Papa, pronunciaram unânime e simultaneamente a definição proclamando que Maria é verdadeiramente Mãe de Deus. Nestório deixou de ser, desde então, bispo de Constantinopla. 

Quando a multidão ansiosa que rodeava a Igreja de Santa Maria Maior, onde se reunia o concílio, soube da definição que proclamava Maria "Mãe de Deus", num imenso brado ecoou a exclamação: "Viva Maria, Mãe de Deus! Foi vencido o inimigo da Virgem! Viva a grande, a augusta, a gloriosa Mãe de Deus!" 

Em memória desta solene definição, o concílio juntou à saudação angélica estas palavras simples e expressivas: "Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte". 

Provas da Santa Escritura 

Para iluminar com um raio divino esta verdade tão bela e fundamental, recorramos à Sagrada Escritura, mostrando como ali tudo proclama este título da Virgem Imaculada. 

Maria é verdadeiramente Mãe de Deus. 

Ela gerou um homem hipostaticamente unido à divindade; Deus nasceu verdadeiramente dela, revestido de um corpo mortal, formado do seu virginal e puríssimo sangue. 

Embora, no Evangelho, Ela não seja chamada expressamente "Mãe de Cristo" ou "Mãe de Deus", esta dignidade deduz-se, com todo o rigor, do texto sagrado. 

O Arcanjo Gabriel, dizendo à Maria: "O santo que há de nascer de ti será chamado Filho de Deus" (Lc 1, 35), exprime claramente que ela será Mãe de Deus. 

O Arcanjo diz que o Santo que nascerá de Maria será chamado o Filho de Deus. Se o Filho de Maria é o Filho de Deus, é absolutamente certo que Maria é a Mãe de Deus. 

Repleta do Espírito Santo, Santa Isabel exclama: "Donde me vem a dita que a Mãe de meu Senhor venha visitar-me?" (Lc 1, 43). 

Que quer dizer isso senão que Maria é a Mãe de Deus? Mãe do Senhor ou "Mãe de Deus" são expressões idênticas. 

S. Paulo diz que Deus enviou seu Filho, feito da mulher, feito sob a lei (Galat. 4, 4). 

O profeta Isaías predisse que a Virgem conceberia e daria à luz um Filho que seria chamado Emanuel ou Deus conosco (Is 7, 14). Qual é este Deus? É necessariamente Aquele que, segundo o testemunho de S. Pedro, não é nem Jeremias, nem Elias, nem qualquer outro profeta, mas, sim, o Cristo, o Filho de Deus vivo. 

É aquele que, conforme a confissão dos demônios, é: o Santo de Deus. 

Tal é o Cristo que Maria deu à luz. 

Ela gerou, pois, um Deus-homem. Logo, é Mãe de Deus por ser Mãe de um homem que é Deus e que, sendo Deus, Redimiu o gênero humano. 

A Doutrina dos Santos Padres, a Tradição: 

Tal é a doutrina claramente expressa no Evangelho, e sempre seguida na Igreja Católica. 

Os Santos Padres, desde os tempos Apostólicos até hoje, foram sempre unânimes a respeito desta questão; seria uma página sublime se pudéssemos reproduzir as numerosas sentenças que eles nos legaram. 

Citemos pelo menos uns textos dos principais Apóstolos, tirados de suas "liturgias" e transmitidas por escritores dos primeiros séculos. 

Santo André diz: "Maria é Mãe de Deus, resplandecente de tanta pureza, e radiante de tanta beleza, que, abaixo de Deus, é impossível imaginar maior, na terra ou no céu." (Sto Andreas Apost. in transitu B. V., apud Amad.). 

São João diz: "Maria é verdadeiramente Mãe de Deus, pois concebeu e gerou um verdadeiro Deus, deu à luz, não um simples homem como as outras mães, mas Deus unido à carne humana." (S. João Apost. Ibid). 

S. Tiago: "Maria é a Santíssima, a Imaculada, a gloriosíssima Mãe de Deus" (S. Jac. in Liturgia). 

S. Dionísio Areopagita: "Maria é feita Mãe de Deus, para a salvação dos infelizes." (S. Dion. in revel. S. Brigit.) 
Orígenes (Sec. II) escreve: "Maria é Mãe de Deus, unigênito do Rei e criador de tudo o que existe" (Orig. Hom. I, in divers.) 

Santo Atanásio diz: "Maria é Mãe de Deus, completamente intacta e impoluta." (Sto. Ath. Or. in pur. B.V.). 
Santo Efrém: "Maria é Mãe de Deus sem culpa" (S. Ephre. in Thren. B.V.). 

S. Jerônimo: "Maria é verdadeiramente Mãe de Deus". (S. Jerôn. in Serm. Ass. B. V.). 

Santo Agostinho: "Maria é Mãe de Deus, feita pela mão de Deus". (S. Agost. in orat. ad heres.). 

E assim por diante. 

Todos os Santos Padres rivalizaram em amor e veneração, proclamando Maria: Santa e Imaculada Mãe de Deus. 
Terminemos estas citações, pela citação do argumento com que S. Cirilo refutou Nestório: 

"Maria Santíssima, diz o grande polemista, é Mãe de Cristo e Mãe de Deus. A carne de Cristo não foi primeiro concebida, depois animada, e enfim assumida pelo Verbo; mas no mesmo momento foi concebida e unida à alma do Verbo. Não houve, pois, intervalo de tempo entre o instante da Conceição da carne, que permitiria chamar Maria "Mãe de um homem", e a vinda da majestade divina. No mesmo instante a carne de Cristo foi concebida e unida à alma e ao Verbo". 

Vê-se, através destas citações, que nenhuma dúvida, nenhuma hesitação existe sobre este ponto no espírito dos Santos Padres. É uma verdade Evangélica, tradicional, universal, que todos aceitam e professam. 

Conclusão: Dever de culto à Mãe de Deus 

Maria é Mãe de Deus... é absolutamente certo. Esta dignidade supera todas as demais dignidades, pois representa o grau último a que pode ser elevada uma criatura. 

Oro, toda dignidade supõe um direito; e não há direito numa pessoa, sem que haja dever noutra. 

Se Deus elevou tão alto a sua Mãe, é porque Ele quer que ela seja por nós honrada e exaltada. 

Não estamos bastante convencidos desta verdade, porque, comparando Maria Santíssima com as outras mães, representamo-nos a qualidade de Mãe de Deus sob seu aspecto exterior e acidental, enquanto na realidade a base de sua excelência ela a possui em seu "próprio ser moral", que influi em seu "ser físico". 

Maria concebeu o Verbo divino em seu seio, porém esta Conceição foi efeito de uma plenitude de graças e de uma operação do Espírito Santo em sua alma. 

Pode-se dizer que a mãe não se torna mais recomendável por ter dado à luz um grande homem, pois isto não lhe traz nenhum aumento de virtude ou de perfeição; mas a dignidade de Mãe de Deus, em Maria Santíssima, é a obra de sua santificação, da graça que a eleva acima dos próprios anjos, da graça a que ela foi predestinada, e na qual foi concebida, para alcançar este fim sublime de ser "Mãe de Deus": é a sua própria pessoa. 

Diante de tal maravilha, única no mundo e no céu, eu pergunto aos pobres protestantes: não é lógico, não é necessário, não é imperioso que os homens louvem e exaltem àquela que Deus louvou e exaltou acima de todas as criaturas? 

Se fosse proibido cultuar à Santíssima Virgem, como querem os protestantes, o primeiro violador foi o próprio Deus, que mandou saudar à Virgem Maria, pelo arcanjo S. Gabriel: "Ave, cheia de graça!" (Lc 1, 28). 

Santa Isabel: "Bendita sois vós entre as mulheres" (Lc 1, 42) 

Igualmente, a própria Nossa Senhora nos diz: "Doravante, todas as gerações me chamarão bem-aventurada..." (Lc 1, 48). 

Todos esses atos indicam o culto à Nossa Senhora, a honra que lhe é devida. 

O Arcanjo é culpado, Santa Isabel é culpada, os evangelistas são culpados, os santos são culpados e 19 séculos de cristianismo também... Só os protestantes não... 

Desde os primórdios do Cristianismo, como já vimos, era comum o culto à Maria Santíssima. 

Em 340, S. Atanásio, resumindo os dizeres de seus antecessores nos primeiros séculos, S. Justino, S. Irineu, Tertuliano, e Orígenes, exclama: "Todas as hierarquias do céu vos exaltam, ó Maria, e nós, que somos vossos filhos da terra, ousamos invocar-vos e dizer-vos: Ó vós, que sois cheia de graça, ó Maria, rogai por nós!" 

Nas catacumbas encontram-se, em toda parte, imagens e estátuas da Virgem Maria. 

O culto de Nossa Senhora não é um adorno da religião, mas uma peça constitutiva, parte integral, e indissoluvelmente ligada a todas as verdades e mistérios evangélicos. Querer isolá-lo do conjunto da doutrina de Jesus Cristo é vibrar golpe mortal na religião inteira, fazê-la cair, e nada mais compreender da grandeza em que Deus vem unir-se às criaturas. 

Nossa Senhora é Mãe de Deus: "Maria de qua natus est Jesus!" 

Tudo está compendiado nesta frase. Maria, simples criatura; Jesus, Deus eterno; e a encarnação "de qua natus est"; afinal, a união indissolúvel que produz o nascimento, entre o Filho e a Mãe, a grande e incomparável obra-prima de Deus. 

Ele pode fazer mundos mais vastos, um céu mais esplêndido, mas não pode fazer uma Mãe maior que a Mãe de Deus! (S. Bernardo Spec. B.V. c 10). Aqui Ele se esgotou. É a última palavra de seu poder e de seu amor!

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terça-feira, maio 26, 2015

15 conselhos do Padre Pio para os que estão sofrendo

De tempos em tempos, Deus envia ao nosso mundo algumas pessoas extraordinárias, que servem como pontes entre a terra e o céu, e ajudam a que milhares de outras pessoas possam desfrutar do Paraíso eterno.

O século XX nos deixou um homem especial: o Padre Pio de Pietrelcina, um religioso capuchinho nascido nesse povoado do sul da Itália e morto em 1968 em San Giovanni Rotondo. São João Paulo II o elevou aos altares em 2002, em uma canonização que bateu todos os recordes de assistência. Hoje, podemos dizer que ele é o santo mais venerado da Itália.

O Padre Pio recebeu dons especiais de Deus, como o discernimento das almas e a capacidade de ler as consciências; curas milagrosas; bilocação; dom das lágrimas; perfume de rosas; e sobretudo os estigmas nos pés, mãos e lado, que ele padeceu durante 50 anos.

Ao longo da sua vida, ele escreveu milhares de cartas às pessoas que dirigia espiritualmente, e estas cartas são uma fonte de sabedoria cristã prática e de grande utilidade.

Apresentamos, a seguir, uma pequena seleção de pensamentos do Padre Pio diante do sofrimento, extraídos de suas cartas; tais pensamentos dão esperança e elevam a alma:

1. O sofrimento suportado de maneira cristã é a condição que Deus, autor de todas as graças e de todos os dons que conduzem à salvação, estabeleceu para conceder-nos a glória.

2. Quanto mais sofrimentos você tiver, mais amor receberá.

3. Jesus quer preencher todo o seu coração.

4. Deus quer que sua incapacidade seja a sede da sua onipotência.

5. A fé é a tocha que guia os passos dos espíritos desolados.

6. No tumulto das paixões e das vicissitudes adversas, que nos sustente a grata esperança da inesgotável misericórdia de Deus.

7. Coloque toda a sua confiança somente em Deus.

8. O melhor consolo é aquele que vem da oração.

9. Não tema por nada. Ao contrário, considere-se muito afortunado por ter sido considerado digno e partícipe das dores do Homem-Deus.

10. Deus o deixa nessas trevas para a sua glória: esta é a grande oportunidade do seu progresso espiritual.

11. A felicidade só se encontra no céu.

12. Quanto mais crescem as tentações do demônio, mais perto a alma está de Deus.

13. Bendiga o Senhor pelo sofrimento e aceite beber o cálice do Getsêmani.

14. Suporte os sofrimentos durante toda a sua vida para poder participar dos sofrimentos de Cristo.

15. A oração é a melhor arma que temos: é uma chave que abre o coração de Deus.

aleteia.org

segunda-feira, maio 25, 2015

As manifestações visíveis do Espírito invisível

Deus: fogo, vento, sopro. Deus em movimento, Deus Espírito Santo. Todas as manifestações da terceira pessoa da Santíssima Trindade apresentam a figura de um Deus surpreendente, multifacetado, que não se deixa aprisionar pelos esquemas humanos. É o Espírito da Verdade entregue pelo Pai e pelo Filho à comunidade, a fim de que ela permaneça fiel à missão que Jesus lhe confiou.

Embora invisível, o Espírito Santo apresenta manifestações muito visíveis que, ao contrário do que se possa imaginar, não se apoia principalmente em episódios de êxtase coletivo, de forte apelo emocional, mas no dia a dia discreto e silencioso de famílias e comunidades que fazem o amor acontecer. Basta uma leitura atenta da “Sequência de Pentecostes” para se ter ideia das variadas formas que o Espírito se faz presença concreta:

Consolo que acalma, alívio nas aflições – Sempre que um filho de Deus ou uma comunidade de fé se mobiliza em oferecer apoio a quem se encontra aflito ou desesperado, através de um abraço fraterno, da disposição para escutar, do interesse pelo drama do outro, eis que o Espírito se manifesta.

Pai dos pobres, aquele que aquece o frio – A comunidade de fé que se desdobra para atender aos necessitados, de alimento, de agasalho, de calor humano, de dignidade, é manifestação viva e efetiva do Espírito de Deus agindo entre os seus.

Cura para os doentes – Nos hospitais e casas de saúde, nos lares de idosos, nos centros de recuperação, nas casas de família, o Espírito se apresenta da disposição comprometida de quem se desdobra no cuidado daquele que padece de enfermidades, sejam elas do corpo, da alma, do espírito.

Aquele que dobra o que é duro – Em cada episódio de diálogo, de perdão, de reconciliação é o Espírito de Deus que amolece os corações, que dispõe as pessoas ao encontro e ao múltiplo entendimento, conforme aparece no episódio dos Atos dos Apóstolos (At 2,1-11).

Estes são alguns exemplos práticos da manifestação concreta do Espírito na vida das pessoas e das comunidades. É a criatividade de Deus em ação, suscitando no seio da Igreja diversos carismas e ministérios, como relata São Paulo na Primeira Carta aos Coríntios (1Cor 12,3b-7.12-13).

Ao soprar sobre os Apóstolos, Jesus retoma o sopro criador do Pai narrado no Livro do Gênesis, o sopro que convida o ser humano à vida. Jesus chama seu povo à vida nova de quem renasce no Espírito e, gratamente, se sente enviado a levar esta maravilhosa novidade que Deus entrega gratuitamente a seus filhos e filhas.


Frei Gustavo Medella

www.franciscanos.org.br

domingo, maio 24, 2015

Recebei o Espírito Santo - PENTECOSTES

Fomos batizados em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. O Pai que tudo criou por amor, o Filho amado que se encarnou, morreu, ressuscitou, voltou ao Céu, está presente conosco, um dia há de voltar glorioso, e o Espírito Santo de amor, alma da Igreja, presente do Ressuscitado à Igreja e ao mundo. O coração de nossa vida cristã está no amor, vida da Santíssima Trindade, força transformadora, capaz de mudar o mundo. No tempo do Espírito Santo, até o final dos tempos, somos chamados à missão de anunciar a Boa Nova do Evangelho.

Jesus ressuscitado apareceu aos seus discípulos, soprou sobre eles e lhes concedeu o Espírito Santo (Cf. Jo 20, 19-23). Quando veio o dia de Pentecostes, os que se encontravam em oração no Cenáculo, com Maria, a Mãe de Jesus, receberam o Espírito Santo (Cf. At 2, 1-11). Homens antes marcados pelo medo agora se lançam à missão. Multiplicaram-se os dons do Espírito Santo na vida de todos e os Atos dos Apóstolos testemunham os frutos de sua efusão, na pregação, vida comunitária, oração e milagres. E a Igreja cresceu com a força do Espírito, mantendo em todos os séculos o ardor missionário, para chegar aos confins da terra. Cada época, inclusive com suas crises, foi sempre marcada pela ação do Espírito Santo, que suscitou pessoas e iniciativas adequadas para que o Evangelho chegasse a todos.

E época de mudanças e crises é, de forma especial, o tempo em que vivemos, tanto que se diz com frequência que a atual é uma "mudança de época", uma grande virada na história, que deixa perplexas pessoas e instituições, como se o chão fosse tirado de debaixo dos pés. Nos próximos meses serão comemorados os cinquenta anos da conclusão do Concílio Vaticano II, assim como de vários de seus documentos, frutos da ação do Espírito Santo, que impulsionou a belíssima estação missionária então inaugurada na Igreja. A última das grandes Constituições emanadas do Concílio continua plenamente atual, reveladora da perspicácia suscitada justamente pelo Espírito Santo, parecendo redigida para os dias que correm.

Nossa atual mudança de época é chamada de crise. O Concílio Vaticano II oferecia uma leitura que se revela pertinente: "Como acontece em qualquer crise de crescimento, esta transformação traz consigo não pequenas dificuldades. Assim, o homem, que tão imensamente alarga o próprio poder, nem sempre é capaz de colocá-lo ao seu serviço. Ao procurar penetrar mais fundo no interior de si mesmo, aparece frequentemente mais incerto a seu próprio respeito. E, descobrindo gradualmente com maior clareza as leis da vida social, hesita quanto à direção que a esta deve imprimir. Nunca o género humano teve ao seu dispor tão grande abundância de riquezas, possibilidades e poderio econômico; e, no entanto, uma imensa parte dos habitantes da terra é atormentada pela fome e pela miséria, e inúmeros são ainda os analfabetos. Nunca os homens tiveram um tão vivo sentido da liberdade como hoje, em que surgem novas formas de servidão social e psicológica. Ao mesmo tempo em que o mundo experimenta intensamente a própria unidade e a interdependência mútua dos seus membros na solidariedade necessária, ei-lo gravemente dilacerado por forças antagônicas; persistem ainda, com efeito, agudos conflitos políticos, sociais, económicos, raciais e ideológicos, nem está eliminado o perigo duma guerra que tudo subverta. Aumenta o intercâmbio das ideias; mas as próprias palavras com que se exprimem conceitos da maior importância assumem sentidos muito diferentes segundo as diversas ideologias. Finalmente, procura-se com todo o empenho uma ordem temporal mais perfeita, mas sem que a acompanhe um progresso espiritual proporcionado. Marcados por circunstâncias tão complexas, muitos dos nossos contemporâneos são incapazes de discernir os valores verdadeiramente permanentes e de harmonizá-los com os novamente descobertos. Daí que, agitados entre a esperança e a angústia, sentem-se oprimidos pela inquietação, quando se interrogam acerca da evolução atual dos acontecimentos. Mas esta desafia o homem, força-o até a uma resposta" (GS 9).

O Espírito Santo suscita e exige de nós respostas adequadas, capazes de revelar o papel que cabe justamente aos cristãos na transformação da realidade. Um dos sinais da docilidade ao Espírito Santo é o sentido da esperança, com o qual se identificam os sinais da graça de Deus presentes nos corações das pessoas. Passar por todos os lugares recolhendo o que existe de positivo e de autêntico em todos, verdadeiras sementes do Verbo de Deus que o Espírito Santo plantou. Atrás de muitos olhares cheios de perplexidade, outros até marcados pela dor ou pela revolta, está latente a busca da verdade. Celebrar a Festa de Pentecostes é comprometer-se com a visão do bem existente, onde quer que nos encontremos, especialmente nos ambientes mais desafiadores.

As pessoas não esperam dos cristãos uma adaptação pura e simples aos conceitos de grupos ou correntes de pensamento. O respeito aos cristãos vem quando estes são coerentes e buscam as razões de suas convicções e as oferecem com simplicidade e realismo. Já ouvi jovens que afirmaram ainda não conseguirem viver como cristãos, mas sabedores de que estes proclama e vivem a verdade. Este é um caminho oferecido pelo Espírito Santo, adequado para nossos dias.

O Espírito Santo suscita para nosso tempo a coragem para sermos diferentes para melhor. Considero verdadeira tentação as respostas feitas de tradicionalismo e integrismo, com as quais alguns grupos pretendem contrapor-se às ondas destruidoras de valores de nosso tempo. É mais exigente e ao mesmo tempo mais forte que homens e mulheres convictos do Evangelho, presentes em todos os ambientes, criativos no diálogo, corajosos na descoberta das pontes a serem edificadas com as pessoas que muitas vezes os questionam, se sintam lançados aos novos campos de missão. O Espírito Santo nos conceda uma nova onda de profissionais, técnicos, cientistas, operários, políticos, gente de nosso tempo com uma nova qualidade, capazes de serem diante do mundo melhores, não para humilhar quem quer que seja, mas prontos a fecundar esta época com as mudanças mais profundas, aquelas que Ele mesmo, Espírito da verdade, planta em nossos corações.

Atitudes de nosso tempo, "da hora", plenamente adequadas, como fruto do Pentecostes que celebramos: clareza de que Deus habita em nós como num templo, consciência de que a dignidade humana dada pelo Batismo, fazendo-nos novas criaturas; horror ao pecado, à mentira, à violência, à impureza (Cf. Gl 5, 13-26); oração contínua (Cf. Lc 18, 1) para viver sempre na presença de Deus; humildade, penitência, adesão à Igreja de Cristo e alegria constante. Pessoas assim, conduzidas pelo Espírito Santo, são capazes de fermentar a mudança do mundo e responder aos desafios de nosso tempo.

Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém do Pará (PA)

cnbb.org.br

sábado, maio 23, 2015

O significado de cada parte da Ave-Maria

Cada parte da oração da Ave-Maria tem um significado baseado nas Sagradas Escrituras e na Tradição

A Ave-Maria é uma das orações mais queridas do povo católico. É a mais antiga oração que conhecemos dirigida a Nossa Senhora, nossa Mãe, Mãe de Jesus, Mãe da Igreja. Ela está na própria Bíblia, revelação de Deus.

Na Anunciação, o Anjo a saudou: “Ave, cheia de graça”. Maria foi a única que achou graça diante de Deus, porque foi a única “concebida sem o pecado original”. Nas aparições a Santa Catarina Labouré, na França, em 1830, ela pediu que fosse cunhada o que ficou sendo chamada de “Medalha milagrosa”. Em letras de ouro, Catarina viu escrita a bela frase: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós!”.


“O Senhor é convosco”, disse-lhe o Arcanjo Gabriel. Maria tem uma intimidade profunda com Deus. Diz o nosso Catecismo que “desde toda eternidade, Deus escolheu, para ser a Mãe de Seu Filho, uma filha de Israel, uma jovem judia de Nazaré na Galileia, ‘uma virgem desposada com um varão chamado José, da casa de Davi, e o nome da virgem era Maria’ (Lc 1,26-27)”. Ela é Filha do Pai, é a Mãe do Filho, e é a Esposa do Espírito Santo. Está em plena unidade com a Santíssima Trindade. Numa única mulher Deus tem Mãe, Filha e Esposa.

“Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre” (Lc 1,42). Foi assim que Santa Isabel saudou a Virgem, “em alta voz” e “cheia do Espírito Santo”. E o menino João Batista estremeceu em seu seio. Isabel deixou claro por que Maria é “bendita entre todas as mulheres”: “Donde me vem a honra de vir a mim a Mãe do meu Senhor?” (v.43). E Isabel completa: “Bem-aventurada és tu que creste…” (v.44).

O bendito fruto do seu ventre é o próprio Deus, Filho de Deus, encarnado em seu seio virginal: Jesus. Ela é a Mãe de Deus. Quando o herege Nestório, patriarca de Constantinopla, quis negar essa verdade, o povo se revoltou, e o Concílio de Nicéia, em 431, confirmou a maternidade divina de Maria: (Theotókos). “Todas as gerações me chamarão bem-aventurada” (Lc 1,48), por isso a piedade da Igreja para com a Santíssima Virgem é intrínseca ao culto cristão.

Depois de saudar a Virgem Maria, Mãe de Deus, com essas palavras que desceram do céu, a oração da Ave-Maria nos leva a implorar as graças do Senhor pela intercessão daquela a quem Deus nada pode negar.

“Santa Maria, Mãe de Deus”. O que não consegue a Mãe do Altíssimo? O que não pode conseguir, diante do trono da graça, aquela que é Sua Mãe, Esposa e Filha? O milagre das Bodas de Caná (João 2) diz tudo, mostra o grande poder intercessor da Mãe diante do Filho. Por isso, a Igreja sempre nos ensinou: “Peça à Mãe que o Filho atende!”. O bom filho nada nega à sua mãe, por isso São Bernardo de Claraval, doutor da Igreja, a chamava de “Onipotência suplicante”. Consegue tudo, por graça, o que Deus pode por natureza.

E nós pecadores lhe imploramos: “Rogai por nós pecadores agora e na hora de nossa morte”. Consegue do Rei os grandes benefícios aqueles que estão perto d’Ele, aqueles que têm intimidade com Ele. Quem mais do que Maria tem intimidade com Deus? Quantas pessoas me pedem para mediar um pedido junto a monsenhor Jonas Abib, porque sabem que tenho intimidade com ele! O mesmo acontece com Deus. Esse é o poder da intercessão.

A Mãe Santíssima diante do seu Filho roga por nós sem cessar. Disse o Concílio Vaticano II que “assunta aos céus (…), por sua múltipla intercessão, continua a alcançar-nos os dons da salvação eterna. (…) Por isso, a bem-aventurada Virgem Maria é invocada na Igreja sob os títulos de advogada, auxiliadora, protetora e medianeira.” (n.969).

“A missão materna de Maria em favor dos homens de modo algum obscurece nem diminui a mediação única de Cristo; pelo contrário, até ostenta sua potência, pois todo o salutar influxo da bem-aventurada Virgem (…) deriva dos superabundantes méritos de Cristo, baseia-se em sua mediação, dela depende inteiramente e dela aufere toda a sua força.” (n.970)

A nossa Mãe roga por nós a cada momento, mesmo que não tenhamos consciência disso; especialmente protege aqueles que lhe são consagrados fervorosamente. De modo especial, defende-nos na hora da morte. Quantas almas a Virgem Maria salva na hora da morte! Especialmente aqueles que lhe são consagrados. São Bernardo dizia que não é possível que se perca um bom filho de Maria. Por isso, pedimos insistentemente que ela rogue por nós, sobretudo na hora decisiva de nossa morte. Quando rezamos o Santo Rosário, a ela oferecemos rosas espirituais que ela leva a Deus por nós. Ela não as retém para si, pois o rosário é a meditação de toda a vida de Jesus Cristo, nosso Senhor.


Felipe Aquino
cancaonova.com

sexta-feira, maio 22, 2015

Santa Rita de Cássia - 22 de maio

Rita nasceu no ano de 1381, na província de Umbria, Itália, exatamente na cidade de Cássia. Rita, ainda na infância, manifestou sua vocação religiosa. Diferenciando-se das outras crianças, ao invés de brincar e aprontar as peraltices da idade, preferia ficar isolada em seu quarto, rezando.

Para atender aos desejos de seus pais já idosos, Rita casou-se com um homem de nome Paulo Ferdinando, que, a princípio, parecia ser bom e responsável. Mas, com o passar do tempo, mostrou um caráter rude, tornando-se violento e agressivo. A tudo ela suportava com paciência e oração. Tinha certeza de que a penitência e a abnegação conseguiriam convertê-lo aos preceitos de amor a Cristo. Um dia, Paulo, finalmente, se converteu sinceramente, tornando-se bom marido e pai. Entretanto suas atitudes passadas deixaram um rastro de inimizades, que culminaram com seu assassinato, trazendo grande dor e sofrimento ao coração de Rita.

Dedicou-se, então, aos dois filhos ainda pequenos, que na adolescência descobriram a verdadeira causa da morte do pai e resolveram vingá-lo, quando adultos. Rita tentou, em vão, impedir essa vingança. Desse modo, pediu a interferência de Deus para tirar tal idéia da cabeça dos filhos e que, se isso não fosse possível, os levasse para junto dele. Assim foi. Em menos de um ano, os dois filhos de Rita morreram, sem concretizar a vingança.

Rita ficou sozinha no mundo e decidiu dar um novo rumo à sua vida. Determinada, resolveu seguir a vocação revelada ainda na infância: tornar-se monja agostiniana. As duas primeiras investidas para ingressar na Ordem foram mal-sucedidas. Segundo a tradição, ela pediu de forma tão fervorosa a intervenção da graça divina que os seus santos de devoção, Agostinho, João Batista e Nicolau, apareceram e a conduziram para dentro dos portões do convento das monjas agostinianas. A partir desse milagre ela foi aceita.

Ela se entregou, completamente, a uma vida de orações e penitências, com humildade e obediência total às regras agostinianas. Sua fé era tão intensa que na sua testa apareceu um espinho da coroa de Cristo, estigma que a acompanhou durante quatorze anos, mantido até o fim da vida em silencioso sofrimento dedicado à salvação da humanidade.

Rita morreu em 1457, aos setenta e seis anos, em Cássia. Sua fama de santidade atravessou os muros do convento e muitos milagres foram atribuídos à sua intercessão. Sua canonização foi assinada pelo papa Leão XIII em 1900.

A vida de santa Rita de Cássia foi uma das mais sofridas na história da Igreja católica, por esse motivo os fiéis a consideram a "santa das causas impossíveis". O seu culto é celebrado em todo o mundo cristão, sendo festejada no dia 22 de maio, tanto na Igreja do Ocidente como na do Oriente.



ORAÇÃO À SANTA RITA DE CÁSSIA
Ó poderosa e gloriosa Santa Rita, eis a vossos pés uma alma desamparada que necessitando de auxílio, a vós recorre com fé e esperança de ser atendida por vós, que tens o título de Santa dos casos impossíveis e desesperados.
Ó gloriosa Santa, olhai por minha causa, intercedei junto a Deus para que me consiga a graça de que tanto necessito (FAZER O PEDIDO).
Não permitas que tenha que me afastar de vossos pés sem ser atendido.
Se houver em mim, algum obstáculo que me impeça de alcançar a graça que vos imploro, auxiliai-me para que o afaste.
Envolvei o meu pedido em vossos preciosos méritos, e apresentai-o a Nosso Senhor Jesus Cristo, em união com vosso prece.
Ó Santa Rita, eu ponho em vós toda a minha confiança.
Por vosso intermédio, espero com fé e paz, a solução dessa difícil circunstância.
Santa Rita, advogada dos impossíveis, rogai por mim, rogai por todos nós, amém!

Rezar 1 Pai Nosso, 1 Ave Maria, 1 Credo.


quinta-feira, maio 21, 2015

Consagração Cotidiana a Nossa Senhora

“Porque sentimos tanta dificuldade em suportar os defeitos dos outros? Esquecemo-nos de que Jesus suportou todos os nossos pecados?” Papa Francisco



Virgem Imaculada, Minha Mãe Maria Santíssima, eu renovo, hoje e sempre, a consagração a ti de todo o meu ser, para que disponhas de mim para o bem de todos. Somente te peço que eu possa, minha Rainha e Mãe da Igreja, cooperar fielmente com a missão de construir o Reino do Teu Filho Jesus no mundo. Para isso te ofereço minhas orações, meus sacrifícios e minhas ações.

Ó Maria, concebida sem pecado,rogai por nós que recorremos a Vós, e por todos quanto a vós não recorrem, de modo especial pelos inimigos da Santa Igreja e por aqueles que a Vós estão recomendados. Amém.

São Maximiliano Maria Kolbe

quarta-feira, maio 20, 2015

Deus nos preserva de toda a maldade do mundo

Continuamos acompanhando a oração sacerdotal de Jesus. O Mestre, ao se dirigir ao coração de Seu Pai, pede por nós: “Pai santo, Pai amado, Pai querido, guarda-os em teu nome”(João 17, 11b), para que eu e você sejamos guardados no coração do Pai, guardados e protegidos pelo Seu amor.

Ser guardado é ser preservado, é ser abençoado, é ser livre do mal que quer, muitas vezes, agir em nossa vida. Primeiramente, para experimentarmos a plenitude da alegria. Eu sei que nós já tivemos e temos muitas alegrias nesta vida com coisas que nos deixam felizes, para cima e realizados; contudo, a plenitude da alegria só Jesus e aqueles que procuram ter a vida íntima com Ele a experimentam.

Porque a plenitude da alegria é ter o coração livre para exultar em Deus e saborear as coisas do céu. Não é a alegria momentânea, não é a ausência de tristeza; é ter o coração em Deus! Jesus nos pede que a experimentemos e que toquemos na plenitude da alegria celeste.

O Senhor não nos tira do mundo, porque vivemos, caminhamos neste mundo, estamos nele, porque este foi criado por Deus para ser cuidado e para ser liberto da força do mal. E é por isso que estamos neste mundo mesmo sem pertencer a ele. Mas é importante que não nos contaminemos, que nos preservemos e sejamos preservados, pela graça de Deus, do mal deste mundo.

E sabemos o quanto o mal deste mundo se alastra, a malícia deste mundo, revestida de maldades em palavras, em relacionamentos, em propagandas e tantas coisas maldosas. O mundo perece na corrupção do pecado, é o mal que se reveste de bem; é o fazer algo errado como se fosse correto.

Deus quer nos preservar do orgulho e da soberba da vida que nos leva a nos rebelarmos contra Ele e a nos portarmos como se fôssemos os deuses deste mundo; sempre que somos tomados pelo desejo do culto, da glória, da busca da vantagem e do ser melhor que o outro.

Rezemos: Preserva-nos, ó Pai, do mal deste mundo! Guarda-nos no Teu coração como Tu guardarte Teu Filho. Preserva-nos, guarda-nos, liberta-nos e livra-nos do mal. Não permita que o maligno tenha força sobre nós, mas que sejamos vencedores do mal com toda a força do bem! Guarda-nos pelo Teu amor e em Teu amor. Ajuda-nos a sermos mais do que vencedores, pois somente a Ti a glória, Pai, e somente em Ti está a nossa confiança, o nosso refúgio e a nossa segurança!

Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo
cancaonova.com

terça-feira, maio 19, 2015

Um certo mal-estar experimentado pelos religiosos

Persistem sintomas de mal-estar entre os religiosos, até mesmo de desgosto e desilusão. Muitos religiosos sentem-se desestimulados a propor esse projeto de vida aos jovens, como se não valesse a pena consagrar o melhor das forças aos irmãos desvalidos, característica da missão dos religiosos. Profetas de mau augúrio pontificam o exaurimento histórico da Vida Religiosa, com a previsibilidade de desaparecer, esquecendo-se que serão os empobrecidos e os marginalizados os principais atingidos por esta tragédia eclesial. Os tempos são outros.

É verdade! Para alguns, os novos grupos de vida, oriundos dos movimentos eclesiais, de modo especial, os de corte pentecostal, estão destinados a ocupar na Igreja, o papel secularmente ocupado pela Vida Religiosa. Pode ser! Pelo que se vê, em muitos deles, não há como esperar a garra e o empenho no serviço aos empobrecidos, com os quais a Vida Religiosa se destacou, embrenhando-se nos sertões e nas regiões mais distantes e inóspitas: inserindo-se nos contextos urbanos e suburbanos, onde o serviço público e as infraestruturas de atendimento são precários; fazendo-se presente, com ousadia, em todo e qualquer lugar onde o Evangelho deve ser anunciado, das universidades e colégios ao mundo do trabalho, mundo das comunicações onde se discutem os grandes temas da humanidade, dos ambientes pastorais aos fóruns políticos e sociais, da solidariedade com os refugiados e tantos outros sofredores ao mundo da pesquisa e da reflexão, das missões ad gentes ao anúncio do Evangelho nos incontáveis grupos de reflexão, da militância junto aos grupos de economia solidária e tantos grupos de defesa dos direitos humanos à vida contemplativa, no silêncio e na oração.

Presença multiforme e qualificada, com marca de compromisso evangélico, vivido em comunidade, exercido com compaixão e gratuidade. Serviço de misericórdia, nos passos do Mestre Jesus! Seria insensato desaparecer este carisma, que na atuação de milhares de religiosos e religiosas, a maioria das vezes, escondidos e anônimos, o Reino age na história como sal da terra, luz do mundo e fermento na massa.


Frei Almir Guimarães
www.franciscanos.org.br

segunda-feira, maio 18, 2015

São Felix de Cantalice - 500 anos - 18 de maio


Félix de Cantalice

São Félix de Cantalice foi um irmão leigo capuchinho, canonizado pela Igreja Católica. Foi o primeiro irmão capuchinho a ser reconhecido como santo.
Biografia

Filho de camponeses, viveu a infância e juventude no campo. Na adolescência foi trabalhar como pastor e lavrador em uma grande propriedade. Alimentava sua fé praticando penitências, oração contemplativa e a caridade.

Aos 27 anos foi admitido ao convento dos capuchinhos em Roma, como irmão leigo. Em 1545 proferiu seus votos religiosos no Convento de Monte São João. Dividiu seus primeiros anos como capuchinho entre este convento, o convento de Tívoli e o de Palanzano de Viterbo. A partir de 1547 mudou-se para Roma, residindo no Convento de São Boaventura.

Viveu como mendicante, trajando um velho hábito, com um rosário nas mãos e um saco às costas. A quem o ajudava, respondia invariavelmente Deo gratias, que quer dizer Graças a Deus. Isto lhe valeu o apelido de Frei Deo Gratias. Viveu uma vida de profunda simplicidade e dedicação aos mais pobres. Embora fosse analfabeto, era amigo Filipe Néri e Carlos Borromeu e do futuro papa Sixto V.

Faleceu em Roma, em 18 de maio de 1587. Logo após a sua morte, o Papa Sisto V (r. 1585-1590) iniciou o processo de beatificação. Foi canonizado em 1712 pelo papa Clemente XI. A Igreja Católica comemora este santo no dia 18 de maio.
Vida de Oração

São Félix de Cantalice costumar passar as noites em oração. E por rezar de forma árdua, por vezes entrava em êxtase, a exemplo de outros santos como Santa Teresa do Menino Jesus e São Francisco de Assis. Num desses momentos, ele teve teve uma visão, não qual a Virgem Maria aparecia a ele com o Menino Jesus em seus braços e o entregava. Geralmente, as imagens de São Félix de Cantalice retratam-no com Cristo em seus braços.

 
São Félix de Cantalice, O.F.M. Cap.
Imagem de São Félix
São Félix de Cantalice
Nascimento18 de Maio de 1515 em Cantalice, Itália
Morte18 de maio d 1585 (70 anos) em Roma,Estados Papais (atual Itália)
Veneração porIgreja Católica
Beatificação1 de outubro de 1625 por Papa Urbano VIII
Canonização1712 por Papa Clemente XI
Festa litúrgica18 de maio
Atribuiçõeshábito capuchinho; segurando o Menino Jesus
PadroeiroSpello, Itália

domingo, maio 17, 2015

Solenidade da Ascensão do Senhor

Hoje, às 19h, último dia do Tríduo em honra à São Felix de Cantalice


Liturgia do dia
1ª Leitura: At 1,1-11
Salmo 46
2ª Leitura: Ef 1,17-23 
Evangelho: Mc16,15-20



Estamos chegando ao final do tempo Pascal! Ao iniciar a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos e dentro da Novena em Preparação à Solenidade de Pentecostes, celebramos o mistério da Ascensão do Senhor, quando comemoramos também o Dia Mundial das Comunicações. Em nossa Arquidiocese será o final de semana de uma bela experiência missionária, com os evangelizadores preparados para repassar para suas paróquias a experiência dessa “igreja em saída”.

A Ascensão é mistério porque brota do coração de Deus, porque ultrapassa tudo quanto possamos imaginar, porque nos dá a vida eterna. Aquele que admiramos ressuscitado em glória na Ressurreição, hoje contemplamo-Lo à direita de Deus, com a mesma autoridade do Pai, e o proclamamos Cabeça da Igreja, Senhor sobre toda a criação, sobre toda a humanidade, Princípio e Fim da história humana e Juiz dos vivos e dos mortos. No Dia da Páscoa contemplamos o Cristo resplendente de Glória; na Ascensão contemplamos o que essa glória significa para nós todos.

Esta solenidade nos faz compreender com o coração que o Cristo que por nós se fez homem, como um de nós viveu e por nós morreu, Ele mesmo, agora, com a sua humanidade glorificada, está à direita do Pai. Isto é admirável: um da nossa raça, a nossa humanidade em Jesus Cristo, participa agora da comunhão da Trindade. Que mistério: n’Ele, a nossa humanidade está totalmente glorificada! Como diz a oração inicial dessa Santa Missa, "a Ascensão do Filho já é a nossa vitória" porque nós, enxertados nele, a ele unidos no Batismo e na Eucaristia, somos membros do seu Corpo, que é a Igreja; e sabemos: onde já está a nossa Cabeça, estaremos também nós um dia! Como diz a segunda leitura da Missa: chegaremos "todos juntos à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, ao estado do homem perfeito e à estatura de Cristo em sua plenitude". Ou seja, no fundo nos mostra também a nossa direção última.

A Festa de hoje nos revela: chegar à estatura do Cristo em sua plenitude! Nada menos que isso pode saciar o coração humano; nada menos que isso pode nos contentar, pode nos dar paz! Olhemos para o Cristo glorioso à direita do Pai e veremos a que somos chamados... Contemplemos, pois, o nosso destino! Tanto maior a grandeza que contemplamos em Cristo, mais deveria nos espantar a ilusão e alienação do mundo atual! Por isso, recordemos a exortação do Apóstolo: "Esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus; aspirai às coisas celestes e não às coisas terrestres. Quando Cristo, vossa vida, aparecer em seu triunfo, então vós aparecereis também com ele, revestidos de glória" (Cl 3,1-4).

“Sentado como Senhor à Direita do Pai”, Jesus é o Senhor do universo e de toda a história. De tudo, Cristo é Senhor; tudo caminha para ele, ele é a Finalidade de tudo... também da história humana. Por mais que o homem pecador trame contra Cristo, por mais que o mundo hodierno volte suas costas ao Senhorio do Ressuscitado, tudo caminha para ele, e ele triunfará ao fim de tudo – ele é o Alfa e o Ômega, o A e o Z, o Princípio e o Fim de todas as coisas! É o que escrevemos no Círio Pascal todos os anos!

O Senhor Jesus, hoje no mais alto dos céus, é Cabeça da Igreja. Aquele que é o Unigênito de Deus, pela sua ressurreição e pelo dom do seu Espírito, tornou-se o Primogênito de muitos irmãos, Cabeça do seu Corpo, que é a Igreja. O Cristo pleno de glória que está nos céus, é nossa cabeça e dele continuamos recebendo a vida, que é o próprio Espírito Santo. Esta vida vem-nos, sobretudo, nos sacramentos, especialmente da Eucaristia, na qual recebemos o Cristo morto e ressuscitado, pleno do Santo Espírito, Senhor que dá a vida. Olhando para Aquele que está à direita do Pai e é nossa Cabeça e Princípio, como não nos alegrar? Como não nos encher de esperança? Como não ter a certeza de que nossa vida caminha para a Plenitude? A Igreja jamais estará sozinha – seu Senhor é o mesmo que está à direita do Pai; seu Esposo e Cabeça, é o Rei da Glória!

A Festa de hoje – que, de certo modo, já nos prepara para o encerramento do Tempo da Páscoa, com o Santo Pentecostes, no próximo Domingo –, nos convida a colocar os pés nas estradas do mundo – na nossa família, no nosso trabalho, entre os nossos amigos, na vida social... pés nas estradas do mundo para proclamar o Senhorio de Cristo, a vivenciar o Ano da Esperança em nossa Igreja Arquidiocesana.

Lembremo-nos da sua promessa e de nossa missão: "Recebereis o poder do Espírito Santo que descerá sobre vós para serdes minhas testemunhas até os confins da terra"! Se conhecermos Jesus de verdade, se o acolhemos realmente em nossa vida, crermos na sua glória e esperarmos com todo nosso coração participar dela, seremos, então, suas testemunhas. E nossa convicção, nosso amor e nossa esperança invencível contagiarão a muitos.

Cardeal Orani João Tempesta
Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)

cnbb.org.br


Pia União de Santo Antônio

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