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Caríssimos(as) Irmãos(as), saudamos a todos vocês com a Paz e o Bem contidas no Cristo Jesus e em São Francisco de Assis.



domingo, junho 30, 2013

Domingo da Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo

Vermelho. São Pedro e São Paulo, Apóstolos, Solenidade

LITURGIA DA PALAVRA

1ª Leitura: At 12,1-11 
Sl 33 
2ª Leitura: 2Tm 4,6-8.17-18 
Evangelho: Mt 16, 13-19 



                    São Pedro e São Paulo 


1) Pedro: Simão responde pela fé dos seus irmãos (evangelho). Por isso, Jesus lhe dá o nome de Pedro, que significa sua vocação de ser pedra, rocha, para que Jesus edifique sobre ele a comunidade daqueles que aderem a ele na fé. Pedro deverá dar firmeza aos seus irmãos (cf. Lc 22,32). Esta “nomeação” vai acompanhada de uma promessa: as “portas” (= cidade, reino) do inferno (o poder do mal, da morte) não poderão nada contra a Igreja, que é uma realização do “Reino do Céu” (de Deus).

A libertação da prisão ilustra esta promessa (1ª leitura). Jesus lhe confia também “o poder das chaves”, i.é, o serviço de “mordomo” ou administrador de sua casa, de sua família, de sua comunidade ou “cidade”. Na medida em que a Igreja é realização (provisória, parcial) do Reino de Deus, Pedro e seus sucessores, os Papas, são “administradores” dessa parcela do Reino de Deus (dos “Céus” no sentido de “Deus”… nada a ver com a figura de Pedro como porteiro do céu no sentido do “além”..).

Eles têm a última responsabilidade do serviço pastoral. Pedro, sendo aquele que “responde pelos Doze”, administra ou governa as responsabilidades da evangelização (não a administração material…). Quem exerce este serviço hoje é o Papa, sucessor de Pedro e bispo de Roma (de Roma, por causa das circunstâncias históricas).

Pedro recebe também o poder de “ligar e desligar” – o poder da decisão, de obrigar ou deixar livre -, exatamente como último responsável da comunidade (em Mt 18,18, esse poder é dado à comunidade como tal, evidentemente sob a coordenação de quem responde por ela). Não se trata de um poder ilimitado, mas da responsabilidade pastoral, que concerne à orientação dos fiéis para a vida em Deus, no caminho de Cristo.

2) Paulo: Se Pedro aparece como fundamento institucional da Igreja, Paulo aparece mais na qualidade de fundador carismático. Sua vocação se dá na visão do Cristo no caminho de Damasco: de perseguidor, transforma-se em mensageiro de Cristo; “apóstolo”. É ele que realiza, por excelência, a missão dos apóstolos, de serem testemunhas de Cristo “até aos extremos da terra” (At 1,8).

As cartas a Tímóteo, escritas da prisão em Roma, são a prova disto, pois Roma é a capital do mundo, o trampolim para o Evangelho se espalhar por todo o mundo civilizado daquele tempo. Ele é o “apóstolo das nações”. No fim da sua vida, pode oferecer sua vida como “oferenda adequada” a Deus, assim como ele ensinou (Rm 12,1). Como Pedro, ele experimenta Deus como um Deus que liberta da tribulação (2ª leitura).

Pedro e Paulo representam duas vocações na Igreja, duas dimensões do apostolado, diferentes, mas complementares. As duas foram necessárias para que pudéssemos comemorar, hoje, os fundadores da Igreja universal. A complementaridade dos dois“carismas” continua atual: a responsabilidade institucional e a criatividade missionária.

Essa complementaridade pode provocar tensões (cf. Gl 2); as preocupações de uma “teologia romana” podem não ser as mesmas que as de uma “teologia latino-americana”. A recente polêmica em tomo da Teologia da Libertação mostrou que tal tensão pode ser extremamente fecunda e vital para a Igreja toda.

Hoje, celebra-se especialmente o “Dia do Papa”. Enseja uma reflexão sobre o serviço da responsabilidade última. Importa libertar-nos de um complexo antiautoritário de adolescentes. Devemos crescer para a obediência adulta, sem mistificação da autoridade, nem anarquia. O “governo” pastoral é um serviço legítimo e necessário na Igreja. Mas importa observar também que aquele que tem a última palavra deve escutar as penúltimas palavras de muita gente.

Do livro “Liturgia Dominical”, de Johan Konings, SJ, Editora Vozes
franciscanos.org.br

sábado, junho 29, 2013

29 de Junho - São Pedro e São Paulo

Verde. Sábado da 12ª Semana Tempo Comum

Leituras
1ª Leitura - Gn 18,1-15
Salmo - Lc 1,46-47. 48-49. 50-51. 52-53. 54-55 (R.Cf.54b)
Evangelho - Mt 8,5-17


Reflexão - Mt 8, 5-17

Ele tomou as nossas dores e carregou sobre si as nossas enfermidades. Jesus é solidário com todos os que sofrem e é sempre uma presença de amor em suas vidas. A sua presença manifesta o amor que Deus tem pelo gênero humano. Quem tem fé verdadeira é sempre capaz de ver a presença de Jesus na sua própria vida, principalmente nos momentos de sofrimento e de dor, e sente os efeitos dessa presença amorosa. O verdadeiro discípulo de Jesus é aquele que manifesta a todos os que sofrem esta presença e esta solidariedade de Jesus, e o faz através do serviço, ou seja, tornando-se ele próprio uma extensão do braço amoroso de Jesus que atua nos momentos difíceis da vida de todos.


SÃO PEDRO E SÃO PAULO
A solenidade de são Pedro e de são Paulo é uma das mais antigas da Igreja, sendo anterior até mesmo à comemoração do Natal. Já no século IV havia a tradição de, neste dia, celebrar três missas: a primeira na basílica de São Pedro, no Vaticano; a segunda na basílica de São Paulo Fora dos Muros e a terceira nas catacumbas de São Sebastião, onde as relíquias dos apóstolos ficaram escondidas para fugir da profanação nos tempos difíceis.

E mais: depois da Virgem Santíssima e de são João Batista, Pedro e Paulo são os santos que têm mais datas comemorativas no ano litúrgico. Além do tradicional 29 de junho, há: 25 de janeiro, quando celebramos a conversão de São Paulo; 22 de fevereiro, quando temos a festa da cátedra de São Pedro; e 18 de novembro, reservado à dedicação das basílicas de São Pedro e São Paulo.

Antigamente, julgava-se que o martírio dos dois apóstolos tinha ocorrido no mesmo dia e ano e que seria a data que hoje comemoramos. Porém o martírio de ambos deve ter ocorrido em ocasiões diferentes, com são Pedro, crucificado de cabeça para baixo, na colina Vaticana e são Paulo, decapitado, nas chamadas Três Fontes. Mas não há certeza quanto ao dia, nem quanto ao ano desses martírios.

A morte de Pedro poderia ter ocorrido em 64, ano em que milhares de cristãos foram sacrificados após o incêndio de Roma, enquanto a de Paulo, no ano 67. Mas com certeza o martírio deles aconteceu em Roma, durante a perseguição de Nero.

Há outras raízes ainda envolvendo a data. A festa seria a cristianização de um culto pagão a Remo e Rômulo, os mitológicos fundadores pagãos de Roma. São Pedro e são Paulo não fundaram a cidade, mas são considerados os "Pais de Roma". Embora não tenham sido os primeiros a pregar na capital do império, com seu sangue "fundaram" a Roma cristã. Os dois são considerados os pilares que sustentam a Igreja tanto por sua fé e pregação como pelo ardor e zelo missionários, sendo glorificados com a coroa do martírio, no final, como testemunhas do Mestre.

São Pedro é o apóstolo que Jesus Cristo escolheu e investiu da dignidade de ser o primeiro papa da Igreja. A ele Jesus disse: "Tu és Pedro e sobre esta pedra fundarei a minha Igreja". São Pedro é o pastor do rebanho santo, é na sua pessoa e nos seus sucessores que temos o sinal visível da unidade e da comunhão na fé e na caridade.

São Paulo, que foi arrebatado para o colégio apostólico de Jesus Cristo na estrada de Damasco, como o instrumento eleito para levar o seu nome diante dos povos, é o maior missionário de todos os tempos, o advogado dos pagãos, o "Apóstolo dos Gentios".

São Pedro e são Paulo, juntos, fizeram ressoar a mensagem do Evangelho no mundo inteiro e o farão para todo o sempre, porque assim quer o Mestre.

cnbb.org.br
paulinas.org.br

sexta-feira, junho 28, 2013

Deus, o grande esquecido

Vermelho. 6ª-feira da 12ª Semana Tempo Comum 
Sto. Irineu, BMt, memória


Leituras
1ª Leitura - Gn 17.1.9-10.15-22
Salmo - Sl 127 (128),1-2. 3. 4-5 (R. 4)
Evangelho - Mt 8,1-4


O estilo de Deus é a paciência

“A história demonstra que, quando o homem arranca Deus de sua consciência, também arranca do coração as fibras do bem que o ajudam a não cometer monstruosidades. Perdendo Deus, o homem perde também a humanidade” (Cardeal Angelo Amato - Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos).

Ao receber o Prêmio Nobel de Literatura, em 1970, Alexander Soljenítsin, famoso historiador e escritor russo, pronunciou essas palavras: “Consagrei-me durante 50 anos ao estudo. Li centenas de livros, reuni muitos testemunhos pessoais, publiquei oito obras. Hoje, se tivesse de resumir o mais brevemente possível a verdadeira causa de nosso problema, só teria uma explicação: o homem esqueceu-se de Deus... E se me pedissem que dissesse claramente qual a maior ameaça, ainda assim não acharia outra coisa a dizer, senão que o homem se esqueceu de Deus”.


Os jornalistas não deram muita atenção a este chamado para voltarmos ao Senhor. Contudo, reconheçamos que a conclusão do escritor é oportuna. A Sagrada Escritura apresenta a história da humanidade, que optou por viver sem Deus como um drama renovado constantemente. Os progressos que o homem faz só mostram, de maneira mais evidente, as limitações e o abismo que o separa da satisfação plena. De fato, os progressos não beneficiam a todos e não preenchem o vazio do coração.


A constatação de Soljenítsin nos lembra que Deus, amorosamente, sempre nos convida a voltarmos para Ele. Primeiro, é necessário reconhecer, diante d'Ele, que O temos desprezado. De muitas maneiras O temos desprezado. Peça perdão ao Pai e volte para Ele, que é bom e misericordioso em perdoar, “e pronto a renovar sua vida, e abundante em benignidade para todos os que te invocam” (Salmo 86,5). “Vinde e tornemos ao Senhor” (Oséias 6,1). Só no bom Deus se encontra o verdadeiro sentido para a vida.

“A tentação de colocar Deus de lado para, assim, colocarmos a nós mesmos no centro, está sempre à espreita. Deus é paciente com os homens, porque os ama; e quem ama compreende, espera, dá confiança, não abandona, não corta as pontes, sabe perdoar. O estilo do Senhor é a paciência. Ele nunca se cansa de perdoar. Somos nós quem nos cansamos de Lhe pedir perdão. Voltemos ao Senhor, pois ele nos espera para nos perdoar”, assim declara como pastor amoroso o Papa Francisco (L’osservatore Romano, 14/04/2013, pp.1 e 3).

O bom Deus vive em amor nas profundezas do nosso ser. O grande gênio, bispo e doutor da Igreja, Santo Agostinho exclamava: “Deus me é mais íntimo que meu íntimo, mais íntimo que eu a mim mesmo”.


Padre Inácio José do Vale
cancaonova.com

quinta-feira, junho 27, 2013

Ouvir e praticar a Palavra do Senhor

Verde. 5ª-feira da 12ª Semana Tempo Comum

Leituras
1ª Leitura - Gn 16,1-12.15-16
Salmo - Sl 105, 1-2. 3-4a. 4b-5 (R. 1a)
Evangelho - Mt 7,21-29



REFLEXÃO

Nossa perícope é a conclusão do discurso denominado ‘Sermão da Montanha’ (Mt 5–7). Não são as muitas palavras ou o louvor estéril que caracteriza o discípulo, mas o seu engajamento afetivo e efetivo em realizar a vontade de Deus: “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor! Senhor!’, entrará no Reino dos Céus, mas só aquele que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus” (v. 21). Trata-se de ouvir e pôr em prática a palavra do Senhor, pois, de alguma maneira, nesta palavra de vida está a vontade de Deus para cada um. É esse dinamismo de escuta e prática da palavra do Senhor que dá solidez à Igreja, comunidade dos discípulos, casa “construída sobre a rocha” (v. 24) da fé.
Carlos Alberto Contieri, sj

paulinas.org.br

quarta-feira, junho 26, 2013

Nenhum de nós é cristão por pura casualidade!, exclama o Papa

LITURGIA do dia 26 de junho, 12a semana do tempo comum

Primeira Leitura (Gn 15,1-12.17-18)

Responsório (SI 104,1-9)
Evangelho (Mt 7,15-20)



VATICANO, 25 Jun. 13 / 02:43 pm (ACI/EWTN Noticias).- Ser cristão é um chamado de amor, um chamado a converter-se em filhos de Deus e ninguém o é "por pura casualidade", disse hoje o Papa Francisco na Missa na Casa Santa Marta. O Santo Padre enfatizou que a certeza do cristão é que o Senhor jamais abandona e pede seguir adiante em meio das dificuldades.

O Papa Francisco centrou sua homilia na Primeira Leitura, extraída do Livro do Gênesis, onde se narra a discussão entre Abraão e Lot sobre a divisão da terra. "Quando eu leio essa passagem, penso no Oriente Médio e peço muito ao Senhor para que nos dê a? sabedoria. Não briguemos pela paz".

"Abraão parte da sua terra com uma promessa: todo o seu caminho é ir em direção a esta promessa. E o seu percurso é um modelo para o nosso. Deus chama Abraão, uma pessoa, e desta pessoa faz um povo. Se vemos no Livro do Gênesis, ao início, na Criação, podemos encontrar que Deus cria as estrelas, cria as nuvens, cria os animais, cria as, os, as, os… Mas cria o homem: no singular, um".

"A nós Deus sempre fala no singular, porque nos criou a sua imagem e semelhança. E Deus nos fala no singular. Falou a Abraão e lhe deu uma promessa e o convidou a sair de sua terra. Nós cristãos fomos chamados no singular: nenhum de nós é cristão por pura casualidade! Nenhum!"

Existe um chamado "com nome, com uma promessa", disse o Papa: "Vai adiante. Eu estou contigo! Eu caminho junto a ti". E isto, continuou, Jesus sabia: "também nos momentos mais difíceis se dirige ao Pai".

"Deus nos acompanha, Deus nos chama pelo nome, Deus nos promete uma descendência. E isto é um pouco a segurança do cristão. Não é uma casualidade, é um chamado! Um chamado que nos faz ir para frente. Ser cristão é um chamado de amor, de amizade; um chamado a converter-me em filho de Deus, irmão de Jesus; a torna-me fecundo na transmissão aos outros deste chamado; a converter-me em instrumento deste chamado. Há tantos problemas, tantos problemas; há momentos difíceis: Jesus passou tantos! Mas sempre com aquela segurança: ‘O Senhor me chamou. O Senhor é como eu. O Senhor me prometeu’".

O Senhor, reiterou o Papa, "é fiel, porque Ele jamais pode negar a si mesmo: É a fidelidade". E pensando nesta passagem onde Abrão "é ungido pai, pela primeira vez, pai dos povos, pensamos também em nós que fomos ungidos no Batismo e pensamos na nossa vida cristã".

"Alguém poderia dizer: ‘Padre, sou pecador’… Mas todos o somos. Isso se sabe. O problema é: pecadores, ir adiante com o Senhor, ir adiante com aquela promessa que nos fez, com aquela promessa de fecundidade e dizer aos outros, contar aos outros que o Senhor está conosco, que o Senhor nos escolheu e que Ele não nos deixa sozinhos, jamais! Aquela certeza do cristão nos fará bem".

Para concluir o Papa fez votos para "que o Senhor nos dê, a todos nós, este desejo de ir adiante, que teve Abraão, em meio aos problemas; mas ir adiante, com aquela segurança de saber que Ele me chamou, que me prometeu tantas coisas belas e que está comigo!"


acidigital.com

terça-feira, junho 25, 2013

Devemos zelar pelas coisas santas do Senhor

12a semana do tempo comum

LITURGIA

Primeira Leitura (Gn 13,2.5-18)
Responsório (Sl 14)
Evangelho (Mt 7,6.12-14)


HOMILÍA

Devemos zelar pelas coisas santas do Senhor, ter discernimento para sabermos a hora, o momento e a quem nos dirigiremos com a Palavra de Deus e com as coisas santas que dizem a respeito a Ele.
Que coisa maravilhosa o Evangelho de hoje! Ele está nos chamando à atenção para não darmos aos cães as coisas santas nem atirarmos as nossas pérolas aos porcos. Os cães não sabem o que é uma coisa santa, e os porcos não sabem dar valor às pérolas. Para os porcos, pérolas e lavagem são a mesma coisa. Isso nos mostra que não devemos gastar nossas energias, nosso ardor, para anunciar o Reino de Deus, as coisas d’Ele para quem vai menosprezá-las, caçoar delas e nos ridicularizar com aquilo que estamos levando a eles.

Eu sei que, dentro de nós, muitas vezes, existe um ímpeto de querer evangelizar, anunciar o Senhor a outras pessoas. Mas para anunciar, pregar existe o tempo, a hora e o momento certo.

É obvio que devemos anunciar e pregar a Palavra no tempo oportuno e inoportuno, mas o que não podemos, de forma nenhuma, é desperdiçarmos o Evangelho de Cristo com quem somente o despreza e pisa em cima. Devemos zelar pelas coisas santas do Senhor, ter discernimento para sabermos a hora, o momento e a quem nos dirigiremos com a Palavra de Deus e com as coisas santas que dizem a respeito a Ele.

Respeitar as coisas santas é saber o momento e a hora certa de evangelizar. Nós entramos pela porta estreita, passamos pela porta apertada, mas precisamos encontrar brechas para, ali, anunciar o Evangelho. Esse é o caminho que nos salva, e não é porta larga, onde tudo pode, onde tudo é permitido, onde não existem leis nem limites.

Que nós vivamos as diretrizes, guiados pelo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo – Comunidade Canção Nova

cancaonova.com

segunda-feira, junho 24, 2013

Natividade de São João Batista

LITURGIA

Primeira Leitura (Is 49,1-6)

Responsório (Sl 138)
Segunda Leitura (At 13,22-26)
Evangelho (Lc 1,57-66.80)



O bendito filho da velhice de Isabel e Zacarias

Para um casal judeu, nada mais dolorido do que a impossibilidade de um filho em seu casamento. Esposo e esposa se uniam em vista da prole. Os pais fiéis experimentavam profunda alegria em darem sua contribuição para o incremento numérico e qualitativo do povo do Senhor. Com idade avançada, Zacarias e Isabel são agraciados com uma tão suspirada gravidez.

João foi chamado e vocacionado antes de nascer. A Igreja nos faz ler uma pagina de Isaías e aplica o conteúdo do texto ao filho da velhice de Zacarias e Isabel. O profeta fala de misterioso ser que viria no futuro. “Desde o ventre de minha mãe, ele tinha em mente o meu nome; fez de minha palavra uma espada afiada, protegeu-me à sombra de sua mão e fez de mim uma flecha aguçada…”.

Os evangelistas Lucas e João se comprazem em elencar alguns pormenores a respeito desse que chamamos de precursor do Messias.

● João é filho da velhice de Isabel e Zacarias. É dom e graça de Deus. Maria recebe a visita do anjo. Será mãe do desejado das colinas eternas. Depois do anúncio do anjo, na visita de Isabel, mãe do Batista, o menino pula de alegria no seu seio. Há uma atmosfera de alegria. Joao já está com seis meses de gestação. E, naquele momento, começa o relacionamento dos dois, ambos ainda no seio de suas mães. O Precursor se alegra com a chegada do Messias.

● João vai adotar um estilo de vida austero. Tomará consciência de que deve preparar os caminhos do Senhor. Vai viver no deserto e, num determinado momento, começará uma pregação e uma atividade junto do Rio Jordão. Anunciará um batismo de conversão. Quando os corações já tiverem começado a trilhar caminhos de reviravolta interior, ele dirá: “Não sou o Messias. Depois de mim, vem alguém que é maior. Não sou digno de desatar as correias de suas sandálias. Importa que ele cresça e eu desapareça. Ele é o Cordeiro que tira o pecado do mundo”!

● No devido tempo, Isabel dera a luz ao menino. Houve festa e júbilo e as pessoas se perguntavam: “O que será desse menino. De fato, a mão do Senhor estava com ele”.

● Comentando o nascimento do Batista, lemos em Santo Agostinho: “A Igreja celebra o nascimento de João como um acontecimento sagrado. Dentre os nossos antepassados, não há nenhum outro cujo nascimento seja celebrado solenemente. Celebramos o de João, celebramos também o de Cristo: tal fato tem, sem dúvida, uma explicação. E se não a soubermos dar tão bem, como exige a importância desta solenidade, pelo menos meditemos nela mais frutuosa e profundamente. João nasce de uma anciã estéril; Cristo nasce de uma jovem virgem”.

Frei Almir Ribeiro Guimarães

franciscanos.org.br


Oração a São João Batista
São João Batista, que fostes santificado no seio materno,
ao ouvir de vossa mãe a saudação a Maria Santíssima, e
canonizado ainda em vida pelo mesmo Jesus Cristo
que declarou solenemente não haver
entre os nascidos de mulheres nenhum maior que vós;
por intercessão da Virgem e
anunciando-o como Mestre e
apontando-o como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo,
alcançai-nos a graça de darmos também nós testemunho da verdade e
selá-lo até, se preciso for, com o próprio sangue,
como o fizestes vós,
degolado iniquamente por ordem de um rei cruel e sensual,
cujos desmandos e caprichos havíeis justamente denunciado.
Abençoai a todos os que vos invocam e
fazei que todos nós sejamos profetas de boas novas. Amém. 





domingo, junho 23, 2013

“Quem diz o povo que eu sou?”- 12o domingo do tempo comum

1.Introdução
Vivemos num tempo de luzes e cores, ambiente de festa e de música em aparelhos de som e em fones de ouvido, mas, de fato, estamos em trevas: Não sabemos direito quem é Jesus e qual seria mesmo o sentido de nossa vida!
Jesus, dirigindo-se para Jerusalém, onde será crucificado e morto, sente necessidade de iluminar a consciência de seus discípulos. Perguntou: “Quem diz o povo que eu sou?”

Nunca se falou tanto de Jesus Cristo como em nosso tempo! Mas, quem é mesmo Jesus Cristo, de quem tanto falamos? Seria um profeta, um grande homem ou o Filho de Deus vivo? É necessário ter uma fé esclarecida para assumir uma decida e verdadeira prática cristã!

2.Palavra de Deus
Zc 12,10-11 – A profecia de Zacarias é de difícil compreensão. Quem seria o homem morto (transpassado) e chorado pelos autores do mal feito? O espírito de amor e de consolação (em melhor tradução) seria espírito de pesar profundo! De arrependimento, portanto.

Gl 3,26-29 – Jesus., com sua morte, derrubou todas as divisões; inaugurou um reino de fraternidade, de igualdade e de paz. Temos a impressão que este mundo, ainda, não chegou!

Lc 9,18-24 – Jesus procura purificar a consciência dos Apóstolos a seu respeito: “Ele é o Messias de Deus, o ungido de Deus”! Ele vai enfrentar o poder religioso (os sacerdotes), o poder jurídico (os fariseus) e o poder econômico (os saduceus). Eles o matarão, mas o Pai vai ressuscitá-lo!

3.Reflexão
• Os inocentes continuam sendo mortos como no tempo do profeta Zacarias; melhor, a profecia continua falando hoje, pois os inocentes (crianças, jovens, lideres sindicais, operários e povo em geral) continuam sendo mortos pela prática da injustiça, da impunidade e da violência do poder público. Os jovens, hoje, são mortos pela droga e a droga faz vítimas fáceis entre os membros de famílias (pobres e ricas) mal vividas e distantes das normas de Deus.

• Vivemos tempos difíceis e, por isso, precisamos purificar nossa fé em Jesus Cristo. Perguntar-nos, com sinceridade, “Quem é Jesus Cristo para mim?” Ele não é um profeta qualquer, nem mesmo “o glorioso vencedor da morte e do pecado”!… Ele é o inocente transpassado e que continua sendo transpassado nas vítimas da violência de toda a espécie, da injustiça que sufoca e faz morrer à míngua o povo pobre enquanto os poderosos têm salarios incontroláveis e escandalosos.!

• Não podemos ficar “cantando alleluia no templo” e deixar os poderosos fazer leis iníquas em próprio favor. Cristo (presente nos oprimidos) precisa ser chorado e defendido por um grande levante e enfrentamento com a injustiça, a corrupção e o desvio de recursos públicos que deixam hospitais e escolas em completo abandono! Vamos lá, que podemos fazer em sua defesa?

• Paulo fala que na Igreja de Jesus não há mais nem judeu e nem grego, nem escravo e nem livre e nem homem e nem mulher; pois vós sois um em Cristo Jesus”. Mas, se em nossas igrejas subsistem divisões (inclusive, entre Movimentos) será que somos Igreja de Cristo? Certamente não! Precisamos rever nossa prática cristã.

“Minha alma tem sede do Deus vivo”!


por Frei Frei Carlos Zagonel


capuchinhosrd.org.br

sábado, junho 22, 2013

Nas mãos da providência

2Coríntios 12, 1-10
Mateus 6, 24-34

Temos essa convicção: o Senhor nos vê, nos olha, nos ama. Ele é a Providência de nossa vida. Lançamos nele nossa confiança. Os lírios dos campos e os pássaros dos céus merecem atenção daquele mesmo Senhor que nos tirou do nada. Aquele que alimenta os pardais e veste de gala os lírios dos campos com toda certeza cuidará de nós. Não haverá de faltar o necessário para uma vida nobre e digna. Esse mesmo Amor e fonte de Vida, em Jesus de Nazaré, veio até nós, percorreu os caminhos da terra, desceu aos vales espinhosos para buscar a ovelha perdida, colocou em sua montaria aquele que tinha sido objeto de assaltantes e sangrava à beira do caminho, aquele que disse com palavras e gestos que não existe maior amor do que dar a vida pelos amigos e pelos que não são amigos nos garante que nosso amanhã não é escuridão, nem incerteza. Estamos nas mãos do Pai.

Certamente temos consciência de que precisamos fazer a nossa parte. Não seremos indolentes e preguiçosos. Trabalhamos, lutamos, trabalhamos em fábricas, construímos hospitais, melhoramos as escolas, descobrimos novos tratamentos para a AIDS, inventamos elevadores, computadores, rastreadores. Estudamos o corpo humano, os espaços siderais. Criamos novas técnicas agrícolas. A final de contas o Senhor nos deu a ordem de organizar a face da terra. Não descansamos numa beata passividade. Somos pessoas que agimos.

Sabemos, e como, que precisamos fazer nossa parte na certeza de que o Senhor não nos faltará. Não confiamos em nossos músculos, em dinheiro, em nosso ego. Fazemos simplesmente a nossa parte. Teremos o que vestir, o que comer… E lutaremos pela dignidade de tantos que não têm roupa decente nem mesa digna. Seremos a Providência deles em nome do Senhor que cuida dos lírios dos campos e das aves do céu.
Frei Almir Ribeiro Guimarães
franciscanos.org.br

sexta-feira, junho 21, 2013

Viver com simplicidade

São Luís Gonzaga, religioso.
2Coríntios 11, 18. 21-30; Mateus 6, 19-23

Num dos versículos da segunda carta aos Coríntios proclamada na liturgia de ontem líamos: “E quando, estando entre vós, tive alguma necessidade, não fui pesado a ninguém, pois os irmãos vindo da Macedônia supriram minhas necessidades. Em todas as circunstâncias, cuidei e cuidarei de não ser pesado a vós”(2Cor 11, 9). Paulo se contenta com o mínimo e não deseja ser peso para seus ouvintes que, ao que parece, não estão muito dispostos a serem generosos em seus dons. Paulo leva uma vida digna e frugal, simples, modesta. No trecho do Sermão da Montanha Jesus faz uma séria advertência: “Não junteis tesouros aqui na terra onde a traça e ferrugem destroem e os ladrões assaltam e roubam”. Estamos diante do desejo desmedido de ganhar e guardar. Vivemos uma sociedade da competição e do lucro, da complicação da vida por causa da competição e do desejo do ter.

Muito se tem escrito e refletido sobre a necessidade de reduzir nossas exigências e desejos materiais. Vivemos num processo de complicação da vida. Se tivermos coragem será possível viver com maior simplicidade, mesmo nas grandes cidades. Compramos muito. Compramos roupas demais, bebidas demais, coisas demais. As coisas perdem sua validade. Consumimos. Não temos tempo de apreciar o perfume de um vinho, porque temos a adega cheia de garrafas. Não “curtimos” as pessoas porque o face-book está lotado de mensagens. Respondemos sem colocar afeto nas palavras que formulamos, sem “degustar” a riqueza do outro. Perdemo-nos em detalhes completamente dispensáveis e perdermos a visão do conjunto, porque “queremos” demais. Exigimos coisas das quais nem nos lembramos posteriormente. As pessoas precisam ir além do ter e da competição. Precisam apreciar um por-de-sol, uma paisagem bonita pela paisagem, um rio pela beleza do rio. Não podemos querer comprar o terreno para construir uma casa para nós, para nós…para nós…

Liberdade, poesia, busca do Absoluto, tentar descobrir o tesouro do evangelho escondido no campo ou buscar a pérola preciosa que não se compra com dinheiro, nem com poder ou prestígio. “Porque onde está o teu tesouro, aí está o teu coração”.

Frei Almir Ribeiro Guimarães
franciscanos.org.br

quinta-feira, junho 20, 2013

Essas tantas formas de oração

Verde. 5ª-feira da 11ª Semana Tempo Comum 1ª Leitura - 2Cor 11,1-11
Salmo - Sl 110,1-2. 3-4. 7-8 (R. 7a)
Evangelho - Mt 6,7-15


Reflexão
Quando orardes não useis muitas palavras, como fazem os pagãos. Eles pensam que serão ouvidos pela força de muitas palavras (Mt 6,7).

Mais uma vez ouvimos Jesus ensinando os seus a rezar. Pede que não usem muitas palavras e ensina-lhes a oração do nosso Pai, do Pai comum ao qual pedimos a vinda do Reino, o perdão das ofensas e o pão de cada dia.

Vejamos alguns retratos de pessoa em oração:

● Vemos aquele garotinho ou aquela menininha ajoelhados diante da cama. Com as mãos postas, olham para uma estampa de Jesus. Através do Pai nosso ou de pensamentos espontâneos olham com sinceridade para a imagem. Fazem o sinal de cruz e se deitam serenamente.

● Temos agora aquela senhora idosa. Terminadas as tarefas da tarde e antes que escureça de vez coloca-se no canto da varanda protegida por um chalé e reza o terço. Pensa nos mistérios da vida de Cristo. Procura ficar bem atenta, mas de quando em vez se distrai e… cochila. Mas está unida ao Senhor.

● Vemos aquele casal que pertence a um sério movimento de espiritualidade conjugal. Os dois participam de retiro. Depois de um palestra vão para o jardim. Levam o livrinho dos salmos. Rezam um ou outro e depois vão até a capela do Santíssimo e se entregam ao Senhor numa atmosfera de recolhimento e de silêncio.

● Aquela mulher é religiosa contemplativa há mais de quarenta anos. Convive com o Senhor desde a sua juventude. Contemplativa desde sempre rezou as horas do dia, com delicadeza, com vagar, com sinceridade. Quantas meditações, quantos momentos de contemplação. De manha cedo, antes do Oficio de Laudes permanece uma meia hora diante do Senhor. Hoje idosa, enquanto passa roupa ou arruma a capela caminha na presença do Senhor.

● Vemos aquele grupo de oração. São doze pessoas. Sentam-se em forma de círculo. No meio da sala há uma dessas pinturas do Cristo Mestre estilo oriental. Cantam mantras, ouvem uma Palavra, guardam silêncio, fazem preces espontâneas. Assim têm audiência com o Senhor que se acerca dos que o buscam de coração sincero.

Frei Almir Ribeiro Guimarães



São José será citado nas Orações Eucarísticas do Missal Romano
O nome de São José foi acrescentado nas Orações Eucarísticas II, III e IV do Missal Romano. A decisão da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos foi publicada nesta quarta-feira, 19, pela Sala de Imprensa da Santa Sé.

A citação do nome deverá ser feita logo após o nome da Bem-Aventurada Virgem Maria, esclareceu o decreto da congregação.

A decisão foi motivada pelo lugar singular que São José ocupou como "pai de Jesus", à frente da Família do Senhor e por sua contribuição generosa à missão que Deus lhe confiou. "Aderindo plenamente ao início dos mistérios da salvação humana, tornou-se modelo exemplar de generosa humildade, que os cristãos têm em grande estima, testemunhando aquela virtude comum, humana e simples, sempre necessária para que os homens sejam bons e fiéis seguidores de Cristo", destaca o decreto.

A Congregação enfatizou ainda que, na Igreja Católica, os fiéis sempre manifestaram uma especial devoção a São José, "honrando solenemente a memória do castíssimo Esposo da Mãe de Deus como Patrono celeste de toda a Igreja", que tal modo que no antiquíssimo cânone romano o nome do santo foi acrescentado por decisão de João XXIII. Iniciativa acolhida por Bento XVI e agora pelo Papa Francisco.


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quarta-feira, junho 19, 2013

As três práticas fundamentais do homem religioso

Verde. 4ª-feira da 11ª Semana Tempo Comum

1ª Leitura - 2Cor 9,6-11

Salmo - Sl 111, 1-2. 3-4. 9 (R. 1a)
Evangelho - Mt 6,1-6.16-18


Três práticas fundamentais de um homem e de uma mulher religiosos. Essas práticas estão na esmola, na oração e no jejum.


Hoje, aprendemos com Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo três práticas fundamentais de um homem e de uma mulher religiosos. Essas práticas estão na esmola, na oração e no jejum. Três elementos importantes para estarmos bem com Deus, para nos relacionarmos com Ele, com nosso próximo e com nós mesmos.

Podemos começar a falar sobre a oração, pois ela é o meio pelo qual nos relacionamos direto com Deus. Às vezes, as pessoas pedem assim: “Padre, ore por mim, reze por mim”. Meu filho, eu posso rezar por você, mas você pode falar diretamente com o Senhor. Daí você me diz assim: “Mas o senhor é mais íntimo d’Ele”.

Qualquer um de nós, que no íntimo do quarto, do nosso interior, dedica o seu tempo sagrado a Deus, será ouvido por Ele. Faça da oração uma prática para a sua vida.

Ao nosso próximo temos de dar o melhor de nós, mas esmola virou sinônimo de sobra. No entanto, esmola é caridade, exercida de forma distante. Muito melhor do que darmos alguma coisa a alguém – porque geralmente damos o que não queremos mais –, temos de dar nós mesmos ao outro, ser presença amorosa na vida dele. Tenha tempo para gastar com as pessoas que estão ao seu lado.

A atenção que damos ao próximo é a nossa melhor forma de exercermos a caridade. Agora, precisamos de disciplina: disciplina interior, autocontrole, vigilância… E o jejum é uma das formas de dizermos: “Controle o instinto, controle o orgulho, a autossuficiência”. Não é dieta, mas jejum!

Deus abençoe você!



Padre Roger Araújo – Comunidade Canção Nova
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terça-feira, junho 18, 2013

Preciosa é a nossa oração por aqueles que nos perseguem

Verde. 3ª-feira da 11ª Semana Tempo Comum
1ª Leitura - 2Cor 8,1-9
Salmo - Sl 145,2. 5-6. 7. 8-9a (R. 1)
Evangelho - Mt 5,43-48



Precisamos desejar todo o bem àqueles que nos perseguem, e o nosso querer bem tem de ser o mais ativo, porque, se tem uma coisa que é preciosa é a nossa oração.
“Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem!” (Mt 5,44).

No fundo, essa é uma das coisas mais difíceis de se viver no segmento de Jesus Cristo. Para mim, uma das mais importantes e fundamentais características dos discípulos de Jesus é a capacidade de amar, de querer bem a quem não nos quer bem.

Amar os inimigos quer dizer querer que ele esteja bem, querer que tudo seja próspero para ele. Orar por aqueles que nos perseguem é a melhor resposta que podemos dar àqueles que nos fizeram algum mal nessa vida.

Às vezes, nossa atitude é de total indiferença, de frieza; nós, simplesmente, eliminamos alguém de nossa vida. No fundo, essa pessoa sai do nosso consciente, mas fica em nosso inconsciente e vai para o porão do nosso coração, da nossa vida. Muitas vezes, elas estão lá, marcando nossos sonhos, trazendo-nos pesadelos e más lembranças.

Volto a lhes dizer: nós não precisamos andar de braços dados com essas pessoas, e pode ser que elas nem queiram mais falar conosco. O que precisamos é desejar todo o bem a ela, e o nosso querer bem tem de ser o mais ativo, porque, se tem uma coisa que é preciosa é a nossa oração.

É importante que, em nossas orações, na nossa intimidade com Deus, haja espaço para pedirmos e suplicarmos por aqueles que não nos querem bem. Orarmos mesmo, desejarmos que o Senhor as abençoe, as proteja e livre-as de todo o mal. É preciso, inclusive, verbalizar suas intenções.

“Senhor, abençoe a quem me fez muito mal, abençoe a este, aquele e também aquele outro; guarde seus passos, ilumine sua vida.”

Se nós somos seguidores do Senhor do bem, o que nós podemos desejar, até para o pior dos seres humanos, é que a graça de Deus os acompanhe.

Deus abençoe você neste dia!



Padre Roger Araújo – Comunidade Canção Nova
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segunda-feira, junho 17, 2013

Teologia do corpo e Castidade, fontes espirituais do namoro

Verde. 2ª-feira da 11ª Semana Tempo Comum 
Sto. Antônio de Pádua PresbDr, memória

1ª Leitura - 2Cor 6,1-10
Salmo - Sl 97, 1. 2-3ab. 3cd-4 (R.2a)
Evangelho - Mt 5,38-42



Na comemoração do dia dos namorados, percebe-se que esta palavra e denominação inclui várias experiências as vezes não compatíveis com o namoro cristão. Para começo de conversa, namorar significa criar e gerar vínculos amorosos na perspectiva da comunhão e vocação matrimonial. Namorar é ser capaz de construir um projeto conjugal de união oblativa, que una duas vidas para sempre.

O bem-aventurado João Paulo II, ensinou que o nosso corpo reflete o esplendor da Santíssima Trindade, os namorados são chamados a crescer na comunhão interpessoal e a se prepararem para um ato e estado de consagração total do amor, que chamamos de casamento. A sexualidade deve expressar a total entrega como dom na reciprocidade e fidelidade da aliança esponsal do matrimônio cristão.

A castidade é a virtude que purifica o olhar, as intenções, a mística de respeitar, amar e querer bem ao outro, valorizando-o em todo o seu ser como um presente precioso dado por Deus a nós. Um amor verdadeiro e autêntico é capaz de esperar, de renunciar a tudo aquilo que está reservado para o momento pleno da conjugalidade marital, para desenvolver a ternura, delicadeza, e a arte de encantar ao futuro esposo/a. Pensar que atropelar ou descaracterizar a etapa do namoro, vai trazer algum aprendizado é o mesmo que querer ser amigo convivendo com a traição.

Diante do erotismo exacerbado e os apelos à pornografia e o sexo descompromissado, a castidade nos reconduz ao plano de Deus unindo o que o pecado separa, despertando para a beleza de um amor puro, incontaminado, integro e fiel que conta com a benção e a amizade de Jesus Nosso Senhor. Que Santo Antônio que une corações olhe para os namorados com amabilidade e desperte neles o verdadeiro amor nupcial, o amor que não passa.

Deus seja louvado!

Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo de Campos (RJ)

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domingo, junho 16, 2013

O amor da pecadora e o perdão de seu pecado

Verde. 11º DOMINGO Tempo Comum
1ª Leitura - 2Sm 12,7-10.13
Salmo - Sl 31,1-2.5.7.11 (R. cf 5ad)
2ª Leitura - Gl 2,16.19-21
Evangelho - Lc 7,36-8,3

Ao ler o evangelho de hoje, a gente se pergunta o que foi primeiro: o amor ou o perdão. Jesus diz: “Têm-lhe sido perdoados seus muitos pecados, porque muito amou”, e: “Têm sido perdoados teus pecados … tua fé te salvou” (Lc 7, 47-50). Será que os pecados foram perdoados porque mostrou muito amor, ou o contrário? A narração não permite distinguir claramente, mas também não importa, pois o mistério do perdão é que se trata de um encontro entre o homem contrito e Deus que deseja reconciliação. A contrição é o amor que busca perdão e o perdão é a resposta de Deus a este amor. A contrição é o amor do pecador, que se encontra com o amor de Deus, que é: perdão.

Jesus ilustra este mistério com uma dessas parábolas chocantes bem ao gosto de Lc: dois devedores, um com pouca e outro com muita dívida, são absolvidos. Quem é que gostará mais do homem que os absolveu? Quem tinha a dívida maior. É o caso desta meretriz, que lhe demonstrou efusivamente gestos de carinho e afeição. Mas o outro está aí também: o anfitrião de Jesus, que demonstrou pouco calor na acolhida de seu hóspede. Será que ele tinha poucas dívidas, portanto, recebeu pouco perdão e por isso só pôde amar um pouquinho? Então, seria bom “pecar firmemente e amar mais firmemente ainda”? A realidade talvez seja diferente. Pode ser que alguém não reconhece quanta dívida tem e, por isso, recebe pouca absolvição e mostra pouco amor. Já começa por aí: porque tem pouco amor, não é capaz de reconhecer a grande dívida que tem para com Deus, pois não percebe quão pouco ele corresponde ao amor infinito…

Medido com o critério de Deus, ninguém é justo. Todos são pecadores. Porém, os que fazem pecados “notáveis” tomam mais facilmente consciência de sua pecaminosidade. É o caso da meretriz, no evangelho, e de Davi, na 1ª leitura. Os que fazem pecados mais difíceis de avaliar e acusar, como sejam o orgulho, a auto-suficiência, a inveja e coisas assim, mais dificilmente são lembrados de sua injustiça. Talvez observem perfeitamente as regras do bom comportamento. Os judaizantes da 2ª leitura, que querem impor aos pobres pagãos da Galácia as “obras da Lei” como meio de salvação, transformariam os gálatas em seres auto-suficientes iguais a si. “Não, diz Paulo, isso não posso permitir. Se fossem estas obras da Lei que salvassem, Jesus não precisava ter morrido” (Gl 2,2l).

Quem nos livra de nossa dívida é Deus. Só ele, que criou nossa vida, é capaz de restaurá-la na sua integridade. Quando perdoa pecados, Jesus revela que Deus está com ele (o que os comensais perceberam: Lc 7,49). Pedir perdão é dar a Deus uma chance para refazer em nós a obra de seu amor criador. Mas quem pouco o ama, não lhe dá essa chance …

A liturgia de hoje nos ensina outra coisa ainda. Davi foi lembrado de seu pecado por um porta-voz de Deus, o profeta Natã. Quando Natã lhe conta uma história bem semelhante à sua própria, Davi exclama: “Tal homem deve morrer” (2Sm 12,5; seria bom incluir na 1ª leitura o trecho imediatamente anterior, a parábola de Natã). Mas para que reconheça seu próprio caso, é preciso que Natã lhe diga: “Esse homem és tu!” Nós temos em nós mesmos um porta-voz de Deus, que nos diz: “Esse homem és tu!”: nossa consciência. É preciso escutá-la. Então saberemos quão pouco correspondemos ao amor de Deus que fundou nossa via e a dos nossos irmãos. Então também entrarão em ação o amor do pecador, que se chama “contrição”, e o amor de Deus, que se chama “perdão”.

O salmo responsorial, Sl 32[3l], medita essa realidade. Ter seu pecado a descoberto diante de Deus e dos homens e apesar disso ser acolhido no amor de Deus e da comunidade é a maior felicidade (e a razão fundamental por que existe o sacramento da penitência).

Segundo a oração do dia, nada podemos sem a graça de Deus. Por isso, pedimos essa graça, para em nossos projetos e sua execução estarmos de acordo com o que Deus ama.

Do livro “Liturgia Dominical”, de Johan Konings, SJ, Editora Vozes
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sábado, junho 15, 2013

O Vademecum do pregador

Verde. Sábado da 10ª Semana Tempo Comum

LEITURAS

1ª Leitura - 2Cor 5,14-21
Salmo - Sl 102, 1-2. 3-4. 8-9. 11-12 (R. 8a)
Evangelho - Mt 5,33-37


REFLEXÃO
Paulo é eminentemente pregador, anunciador da Boa Nova que o cativou no caminho de Damasco quando Jesus ressuscitado tomou conta de todo o seu universo. Nos escritos do Novo Testamento é quase impossível encontrar mais fogo do que nas cartas e nos discursos do ardoroso Paulo de Tarso.

● O pregador e o evangelizador, em suas atividades, são “pressionados”. O amor de Cristo os pressiona. Francisco de Assis, mais tarde, dirá o mesmo de outra maneira: o amor precisa ser amado. Pregadores e evangelizadores não são funcionários de uma empresa, mas ardorosos seres que desejam partilhar sua fé e seu júbilo.

● Cristo morreu por todos para que os vivos não vivam para si. Esta é outra exortação de Paulo como pregador. Cristo nos traz a vida nova. E o Cristo pregado não é conhecido segundo a carne. O Jesus histórico morreu na cruz e vive de maneira nova. Somos criaturas novas. O mundo velho desapareceu. Agora é o novo. Não conhecemos ninguém de acordo com a natureza humana. Cristo ressuscitado é a grande novidade.

● Neste começo de novo século estamos também compreendendo que é preciso mudar, encontrar o novo em nossa vida da Igreja. Não podemos nos apegar às vestes antigas que, por mais bonitas que tenham sido, perderam sua funcionalidade ou ficaram apertadas. O mundo do formalismo, do legalismo, da rotina tem que acabar e haveremos de ter a perspicácia de ver a vida brotando ali onde tudo poderia parecer sem nexo.

● Com a morte e ressurreição de Jesus, efetivamente, começou a novidade. Ele fez o mundo do pecado e da inimizade morrer. Veio o mundo novo da reconciliação. Paulo se considera embaixador da reconciliação que a paixão, morte e ressurreição de Cristo veio nos trazer.

● Que homens reconhecendo seu pecado e o mal que neles mora “deixem-se reconciliar”. Aquele que não conheceu pecado Deus o fez pecado para matar o pecado.

● Importante essa consciência bem viva de nossa condição de pecadores. Ela não pode nos levar ao desespero. Cristo nos reconciliou com o Pai. Paulo tem plena certeza de que sua missão é a de ser embaixador da reconciliação. “Em nome de Cristo nós vos suplicamos: deixai-vos reconciliar com Deus. Aquele que não cometeu nenhum pecado , Deus o fez pecado por nós, para que nele nos tornemos justiça de Deus”.


Frei Almir Ribeiro Guimarães

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sexta-feira, junho 14, 2013

Hoje é sexta-feira e tem Benção de São Félix


BENÇÃO DE SÃO FÉLIX
V - A nossa proteção está no nome do Senhor. 

R - Que fez o céu e a terra.

V – Ouvi Senhor, a minha oração.

R - E chegue a Vós o meu clamor.

V - O Senhor esteja convosco.

R - Ele está no meio de nós.

V - Rogai por nós, São Félix.

R - Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.


Oremos:
Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, rico em misericórdia, que socorrestes a fragilidade humana com a vossa graça, olhai para estes vossos filhos e filhas a fim de que, afastadas todas as doenças, conservem a perfeita saúde do corpo e da alma. (Aspersão e canto apropriado).

Unção: Pela intercessão da gloriosa sempre Virgem Maria e de São Félix, livre-vos Deus de todas as doenças e de todos os males do corpo e da alma. Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém. (Procede-se à unção, na testa, em forma de cruz, enquanto se canta um hino).

Oremos: Ouvi, Senhor, as preces que agora vos dirigimos em favor desses vossos filhos e filhos que, em vosso nome, ungimos. E pela intercessão da gloriosa sempre Virgem Maria (de Santo Antônio) e de São Félix, fazei que possam experimentar a força dessa unção e sejam libertados de todos os males do corpo e da alma. Amém!

Bênção de São Francisco (e despedida): 

V. + O Senhor vos abençoe e vos guarde.

R. Amém!

V. + O Senhor vos mostre a sua face e se compadeça de vós.

R. Amém!

V. + O Senhor volte o seu rosto para vós e vos dê a paz.

R. Amém!

V. + O Senhor vos abençoe: o Pai e o Filho e o Espírito Santo.

R. Amém!

Carta a todos os Frades Menores Capuchinhos para o Ano da Fé



                                                                  Clique AQUI e leia a carta na íntegra



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quinta-feira, junho 13, 2013

TREZENA DE SANTO ANTÔNIO - de 31 de maio à 13 de junho de 2013

"TODAS AS VEZES QUE FIZESTES ISSO A UM DESTES MAIS PEQUENINOS, FOI A MIM QUE O FIZESTES!" ( Mt 25,40)



PROGRAMAÇÃO
horário das missas



13/06( quinta-feira )
- às 6:30
Pregador: Frei Carlos Alexandre, OFMCap

- às 10h
Pregador: Dom Jaime Vieira Rocha

- às 18:30
Pregador: Frei Francisco de Assis Barreto, OFMCap
Após a missa, procissão pelas ruas do centro da cidade


Paz e Bem!





Santo Antônio de todo mundo


Verde. 5ª-feira da 10ª Semana Tempo Comum 

1ª Leitura - 2Cor 3,15-4,1.3-6

Salmo - Sl 84,9ab10. 11-12. 13-14 (R. Cf. 10b)
Evangelho - Mt 5,20-26


Reflexão


Todas as pessoas costumam falar em justiça ,mas para a maioria delas o fundamento dessa justiça são princípios e valores humanos, principalmente o que está escrito nas leis. Para nós cristãos, esse critério não é suficiente para entendermos verdadeiramente o que é justiça. Não é suficiente em primeiro lugar porque nem tudo o que é legal, é justo ou moral, como por exemplo a legalização do divórcio, do aborto ou da eutanásia. Também devemos levar em consideração que todas as pessoas, embora sejam seres naturais, possuem um dom de Deus que faz delas superiores à natureza, participantes da vida divina, e como Deus é amor, o amor é, para quem crê, o único e verdadeiro critério da justiça.

(Liturgia CNBB)



SANTO ANTONIO
Presbítero e doutor da Igreja


Fernando Bulhões nasceu em Lisboa, Portugal (1191?-1195?) e morreu em Pádua, na Itália, a 13 de junho de 1231. Por isso é conhecido tanto como Antônio de Lisboa, como Antônio de Pádua. Fernando de Bulhões ou Fernando Martins? Nasceu ele na capital de Portugal onde hoje se ergue a Igreja de Santo Antônio. Pouco se sabe com certeza a respeito de seus pais. É estudante no Convento de São Vicente de Fora em Lisboa, dos cônegos agostinianos. Torna-se, depois, noviço dessa Congregação. Passa a viver no Mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra, espaço que permitia maior recolhimento e melhor qualidade de estudo. Começa a se interessar, particularmente, pela Bíblia e pelos Padres da Igreja. Por isso, seus sermões, mais tarde, serão comentários sábios a respeito das Escrituras.

Um acontecimento da época o impressiona. Francisco de Assis começava sua vida evangélica em Assis, na Itália, enquanto os filhos do Poverello passavam por Portugal com destino ao Marrocos, no intuito de evangelizar os mouros. Chamou a atenção do Cônego de Santo Agostinho o idealismo, a fraternidade dos franciscanos e sua determinação missionária. O fato decisivo na vida de Antônio foi a transladação dos corpos dos franciscanos mártires do Marrocos que passaram por Portugal. Fernando resolve ser franciscano e como tal é designado para o eremitério de Santo Antônio (Antão). Passando a se chamar Frei Antônio.

Pede aos superiores que autorizem sua missão no Marrocos. Querer morrer mártir. É acometido de doença e precisa voltar para o continente europeu. Volta sem ter feito pregações, nem ter convertido os mouros e sem a glória do martírio. Há uma tempestade no mar e a embarcação em que viajou foi jogada nas costas da Sicília. O frade lusitano vai se tornar italiano. Lá se junta aos frades franciscanos. Em 1221, vamos encontra-lo em Assis, participando de um Capitulo onde se encontrou com Francisco. Este o nomeou professor de teologia dos frades. Teria passado quinze meses no eremitério de Montepaolo. Um talento especial de Antônio foi conhecido por ocasião de uma ordenação sacerdotal em Forli. O frade encarregado da prefação teve impedimento. Assim, Antônio foi convidado a fazer a homilia em seu lugar. Todos ficaram impressionados com o conteúdo e a forma de sua pregação. A partir de então seus superiores compreenderam que ele deveria trabalhar na evangelização, sobretudo numa época em que proliferam as heresias. Na sua ladainha é chamado de “martelo dos hereges”. Boa parte de sua atividade será consagrada à evangelização e esclarecimento a respeito da doutrina cristã. Haverá de percorrer toda a região da Lombardia. A história registrará sua presença também em várias cidades francesas: Limoges, Montpellier, Toulouse.

Em 1226, participa do Capítulo dos Frades em Arles. No ano seguinte é nomeado Provincial da Romagna. Solicita ao Ministro Provincial que o dispense deste serviço para poder dedicar-se à pregação do evangelho e esclarecimento dos fiéis no tocante à verdadeira doutrina da Igreja. Alternava pregação com momentos vividos no eremo em contemplação.

Pouco depois da Páscoa sentiu-se mal. Tratava-se de hidropsia. Recolheu-se ao eremitério de Camposanpiero. Era o ano de 1231, seus confrades prepararam-lhe uma cabana. Sentindo que seu estado de saúde piorava pediu que o levassem para Pádua. Quando chegou em Arcella, subúrbio de Pádua veio a falecer. Arcella tinha um mosteiro de Clarissas que pretendiam oferecer sepultura para o grande frade. Era o dia 13 de junho de 1231. Antônio, no entanto, foi levado para a cidade de Pádua, na Igreja de Nossa Senhora.

Frei Almir Ribeiro Guimarães

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quarta-feira, junho 12, 2013

Os mandamentos são o caminho para a vida

Verde. 4ª-feira da 10ª Semana Tempo Comum

1ª Leitura - 2Cor 3,4-11

Salmo - Sl 98, 5. 6. 7. 8. 9 (R. Cf. 9c) 
Evangelho - Mt 5,17-19 



HOMILIA
Os mandamentos são o caminho para a vida, para a nossa salvação. Precisamos nos esforçar para colocá-los em prática e ensinar os outros a também observá-los.

Disse Jesus: “Quem desobedecer a um só destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será considerado o menor no Reino dos Céus” (Mt 5,19).

Jesus está chamando nossa atenção para o fato de que nós, de forma nenhuma, podemos dar menos importância a nenhum, sequer, dos mandamentos da Lei de Deus.

Os mandamentos são o caminho para a vida, para a nossa salvação. Precisamos nos esforçar para colocá-los em prática e ensinar os outros a também observá-los.

Observando estes mandamentos, nós não podemos transgredi-los nem ensinar outros a fazer o mesmo ou dar menos importância à Palavra de Deus e aos Seus ensinamentos. Que seja o esforço do nosso coração, o esforço da nossa vida para colocá-los em prática.

Uma boa coisa é relembrar quais são esses mandamentos, desde o primeiro – ‘Amar a Deus sobre todas as coisas’ – até os outros que vêm em seguida, do jeito como aprendemos na catequese.

Quando éramos crianças, aprendemos, de cor, esses ensinamentos; agora, precisamos saber colocá-los em prática, exercitá-los no cotidiano de nossa vida, no mundo em que vivemos, cercado por mentiras, impurezas e maldades. É muito importante que ensinemos o caminho da verdade, da vida, os quais estão nos mandamentos da Lei do Senhor nosso Deus.

Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo – Comunidade Canção Nova

terça-feira, junho 11, 2013

Busquemos a plenitude da vida

Vermelho. São Barnabé, apóstolo, Memória

1ª Leitura - At 11,21b-26; 13,1-3

Salmo - Sl 97 (98),1. 2-3ab. 3cd-4. 5-6 (R. 2a)
Evangelho - Mt 10,7-13



HOMILÍA

Precisamos aprender com São Barnabé a buscar a plenitude da vida, no Espírito, porque essa é a graça mais necessária para nós.

Hoje, temos a alegria de celebrar o apóstolo São Barnabé, um homem bom, cheio do Espírito Santo e de muita fé. Barnabé foi um dos companheiros de Paulo na pregação do Evangelho.

Chama-me à atenção essa graça especial do apóstolo, pois teve o Espírito Santo como dom principal da sua vida e foi conduzido pela graça desse mesmo Espírito. Barnabé colocou-se inteiro à disposição do Senhor.

Um homem cheio do Espírito de Deus é, ao mesmo tempo, alguém cheio de fé, pois crê que nada é impossível ao Pai. Ele crê na ação, na mão do Senhor agindo no meio dele, conduzindo seus passos, iluminando a sua vida e as coisas mais obscuras que há no fundo de sua alma.

Precisamos aprender com São Barnabé a buscar a plenitude da vida, no Espírito, porque essa é a graça mais necessária para nós. O mundo, hoje, carece de homens e mulheres cheios da Água da Vida.

Queremos pedir a intercessão do apóstolo Barnabé para que ele suplique para a Igreja, para o mundo, para as nossas casas e famílias uma poderosa unção do Paráclito, a fim de que Ele nos dê docilidade à vontade de Deus e nos ensine a fazer a Sua vontade. Pedimos que Ele nos ajude a colocar em prática a vontade de Jesus na nossa vida.

Busquemos essa graça pela oração, pela vida conduzida na vontade de Deus, para que eu e você também sejamos pessoas cheias do Espírito Santo.

Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo – Comunidade Canção Nova


             Animação bíblico-catequética faz encontro


A Animação Bíblico-Catequética da Arquidiocese de Natal, coordenada pelo Diácono Edmar de Araújo Conrado, reunirá os coordenadores de catequese dos setores Eucaristia, Crisma e Batismo, dia 15 de junho, das 8h30 às 13 horas, na Igreja de São Pedro, do Alecrim, em Natal. Cada paróquia da Arquidiocese deve enviar um coordenador de cada setor – Eucaristia, Crisma e Batismo.

O encontro servirá para avaliar o período, mas também terá caráter de convivência fraterna e troca de experiências entre os coordenadores dos setores. Haverá a cobrança de uma taxa de R$ 12,00 por cada pessoa, para cobrir as despesas do evento. A presença deverá ser confirmada pelo e-mail: edmar_conrado@yahoo.com.br ou pelos telefones: 8807-6542 / 8896-9930.


segunda-feira, junho 10, 2013

Programação da presença dos Franciscanos na #JMJRio2013



Caríssimos Irmãos e Irmãs, Paz e Bem!

É com o coração repleto de júbilo que aguardamos a realização da Jornada Mundial da Juventude, que se realiza entre os dias 23 e 28 de Julho deste, na cidade de Rio de Janeiro, RJ, no Brasil. Trata-se de um verdadeiro presente que a graça generosa de Deus oferece aos jovens de todo o mundo, acolhidos de braços abertos pelo Cristo Redentor e enviados em missão pelo mesmo Senhor que os exorta: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (Mt 28,19).
Cientes do dom da graça que o Senhor suscitou e suscita no seio de Sua Igreja através do Seráfico Pai, queremos responder com generosidade ao Dom da Graça e somar nossos esforços para nos unirmos enquanto Família Franciscana e marcarmos nossa presença neste encontro como manifestação da multiforme graça de Deus, que suscitou e suscita no seio da Igreja, pelo Espírito, os diferentes dons e carismas. 

Para tanto, a Família Franciscana do Brasil está se mobilizando para proporcionar um verdadeiro encontro fraterno a todos aqueles que estão ligados ou se sentem atraídos pela trajetória de São Francisco e Santa Clara de Assis, que tem sua continuidade dos milhões de seguidores e simpatizantes do carisma espalhados pelo mundo inteiro.


Em termos de programação, nossa presença franciscana acontecerá das seguintes formas:
- Encontro Internacional da Juventude Franciscana (Jufra) - De 19 a 22 de julho, na cidade de São João Del Rei, MG.

- Estande na Feira Vocacional - Entre 23 e 28 de julho, das 10 a.m às 8 p.m., na Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro.


- Espaço Franciscano – Lugar de Encontro e referência, onde haverá apresentações musicais e artísticas, oficinas, espaço para oração e reflexão e principalmente será proporcionada a convivência fraterna na mais profunda comunhão. Dias 23, 25 e 26 de julho, das 10 a.m às 7 p.m.

- Encontro com todos os Ministros Gerais Franciscanos - Como verdadeira família, teremos um diálogo próximo e direto com os jovens e também com os religiosos e religiosas franciscanos. Assim, no dia 24 de julho, às 15h, na Igreja de São Sebastião, no bairro da Tijuca, realizaremos um grande encontro de toda a Família Franciscana conosco, os ministros e superiores gerais dos diferentes ramos de nossa multifacetada família.


Na itinerância abraçada por Francisco e seus seguidores, desejamos nos colocar como Peregrinos do Senhor e nos dirigir, cheios de entusiasmo, à amada terra de Santa Cruz, em nossa querida América Latina. Aproveitando o ensejo, lançamos mão das palavras do Seráfico Pai para expressar nosso ardente desejo de nos encontrar com as diferentes expressões de juventude presentes neste encontro, de forma toda especial com nossos irmãos da Juventude Franciscana:

“É isto que queremos, é isto que procuramos, é isto que desejamos fazer do íntimo do coração” (Cf. 1Cel 9,22).


Com estima fraterna e profunda alegria no Senhor, abraçamos e abençoamos a todos quantos lerem esta carta. 


Roma, 24 de Maio de 2013.





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domingo, junho 09, 2013

Carta para Frei Antônio

Verde. 10º DOMINGO Tempo Comum 

1ª Leitura - 1Rs 17,17-24

Salmo - Sl 29,2.4.5-6.11.12a.13b (R.2a.4b)
2ª Leitura - Gl 1,11-19
Evangelho - Lc 7,11-17




Neste mês de junho, queremos apresentar aos estimados leitores uma pequena carta que o bem-aventurado pai São Francisco escreveu para Santo Antônio. O assunto abordado, como será visto mais adiante, se refere à questão dos estudos teológicos para os frades da Ordem dos Menores (franciscanos).

Antes de apresentar a carta, é interessante situar um pouco a presença de Santo Antonio na Ordem Franciscana. Ainda recente na Ordem, ele esteve presente no Capítulo Geral de Assis, em 1221, e foi nesta ocasião que ele viu São Francisco pela primeira vez. Tendo entrado na Ordem provavelmente no ano anterior, ele estava vindo do Marrocos (norte da África) onde, por motivos de doença, não tinha conseguido pregar o Evangelho ao povo daquela região como era o seu desejo. No seu retorno a Portugal, a sua embarcação foi parar na Sicília (sul da Itália) por causa de uma forte tempestade. Ali, após sua recuperação, tomou o rumo de Assis para onde estavam se dirigindo os frades convocados para o Capítulo Geral.

Ao término do Capítulo Geral, atendendo ao convite de um ministro provincial, Santo Antônio foi morar no norte da Itália. Nesta época ele ainda não tinha sido reconhecido pelo seu profundo conhecimento da Teologia e da Sagrada Escritura em particular, adquirido no tempo de sua formação de cônego agostiniano. Descoberto não muito tempo depois pelos seus irmãos de hábito como ilustre pregador, ele começou a pregar o Evangelho como missionário itinerante, permanecendo neste serviço até a sua morte em 1231, com apenas 36 anos de idade.

Com o acelerado crescimento da Ordem Franciscana, era cada vez mais urgente e necessária uma melhor preparação dos frades, especialmente daqueles que se destinavam à pregação do Evangelho. Santo Antonio, portanto, foi encarregado de ensinar Teologia aos seus confrades. Certamente é neste contexto que devemos situar a famosa carta que o seráfico pai escreveu para Santo Antonio:







“Eu, Frei Francisco,
desejo saúde a Frei Antonio, meu bispo.
Apraz-me que ensines a sagrada Teologia aos irmãos,
contanto que, nesse estudo,
não extingas o espírito de oração e devoção,
como está escrito na Regra.”

Nós temos conhecimento desta pequenina carta graças aos vários pergaminhos medievais que trazem o registro deste precioso documento e também às antigas biografias de Santo Antonio que nos transmitiram a referida carta.

Em que momento da vida teria São Francisco enviado este documento? Os estudiosos costumam defender que esta pequenina carta deve ter sido escrita depois de 1223 porque veem nela uma referência à Regra Bulada aprovada naquele ano. Eles também defendem que esta carta não deve ser posterior a 1225 porque por esta época Santo Antonio tinha ido morar em terras francesas, voltando à Itália somente depois da morte de São Francisco. Portanto, seria bem provável que o pai seráfico tivesse dado esse escrito a Santo Antonio antes de sua partida para a França.
Considerando esta carta, podemos afirmar que São Francisco não era contra os estudos da Teologia, pelo contrário, ele defendeu uma harmonia entre a vida intelectual e a vida espiritual. O ensinamento encontrado nesta carta está em perfeita sintonia com o pensamento do santo encontrado em outros escritos. Observemos o que ele nos ensina, por exemplo, numa de suas Admoestações:

“Diz o Apóstolo: A letra mata, o espírito, porém, vivifica (2Cor 3,6). São mortos pela letra aqueles que somente desejam conhecer as palavras para serem considerados mais sábios entre os outros e poderem adquirir grandes riquezas, para dá-las aos parentes e amigos. São também mortos pela letra aqueles religiosos que não querem seguir o espírito da divina escritura, mas apenas desejam conhecer as palavras e interpretá-las aos outros” (Admoestações 7, 1-3).

Queiramos nós também aprender com o Pobrezinho de Assis a estudar a Sagrada Teologia sem jamais perder o espírito da oração e devoção. Portanto, cresçamos no conhecimento das coisas referentes a Deus para amá-lo ainda mais! E amando-o, desejemos conhecê-lo mais e mais.

Paz e Bem


sábado, junho 08, 2013

O coração da Mãe de Jesus


Branco. Imaculado Coração de Maria, Memória

LEITURAS
1ª Leitura - Is 61,9-11

Salmo - 1Sm 2,1.4-5.6-7 8abcd (R. cf. 1a)
Evangelho - Lc 2,41-51




Ontem celebrávamos a solenidade do Coração fissurado de Jesus e hoje temos diante de nossos olhos a figura de sua Mãe da qual contemplamos o Imaculado Coração. Desde nossa infância aprendemos a ter um carinho todo especial para com a Virgem transparente, aquela que, ao entrar nesse mundo foi preservada da desordem do pecado e que, terminados os seus dias mortais, foi assumida em corpo e alma na gloria.

Menina moça, seu coração experimentou alegria quando do nascimento de seu menino, desse dom que lhe foi dado pela bondade do Altíssimo. O Senhor havia olhado para sua humildade. E agora lá estava o Menino das Palhas. Quantos pensamentos em seu coração!!! O que seria dessa criança? Alegria de um coração de mulher mãe e apreensão a respeito do futuro desse que havia sido modelado na pobreza dessa serva e na transparência de seu coração.
A Maria se aplicam as palavras de Isaías na primeira leitura desta liturgia: “ Exulto de alegria no Senhor e minha alma se regozija em meu Deus; ele me vestiu com as vestes da salvação, envolveu-me como um manto de justiça e adornou-me como um noivo, com sua coroa, ou como uma noiva com suas joias”. A cheia de graças, a agraciada, tem sempre em seus lábios o cântico de gratidão que brota de seu puríssimo e transparente coração.
Mais tarde, no meio da multidão que pedia a condenação de Jesus estava Maria, acompanhando de longe a solidão e o sofrimento do filho diante de Pilatos e no alto da cruz. Maria tinha vontade de gritar, mas levando essas coisas ao fundo do coração, oferecia-se com o Filho. Sim,lá está ela ao pé da cruz. Feito um soldado, ali, na hora das horas, junto de seu filho. Sofrendo e chorando, tendo vontade de gritar e, ao mesmo tempo, murmurando preces, ela se lembrava de tudo… e tinha somente vontade de levar essas coisas ao fundo do coração. O Filho consumava tudo, entregava-se ao Pai. A mesma espada de dor que atingia o coração de Jesus, no dizer de São Bernardo de Claraval, era cravada no coração da Mãe.
Michelangelo esculpiu no mármore uma das tocantes obras de arte de todos os tempos: a Pietà, Maria recebendo em seu colo o Filho morto. Neste momento as dores de Maria atingem seu clímax. Ali ela esta desolada. Ela, com seu coração alegre e seu coração dilacerado esteve bem unida ao Coração de seu filho, o salvador da humanidade e aquele cujo coração na cabia no peito. T


Por Frei Almir R. Guimarães, OFM.
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Pia União de Santo Antônio

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