SEJAM BEM-VINDOS!

Caríssimos(as) Irmãos(as), saudamos a todos vocês com a Paz e o Bem contidas no Cristo Jesus e em São Francisco de Assis.



sábado, agosto 31, 2013

A vida precisa ser plena

Verde. Sábado da 21ª Semana Tempo Comum
Liturgia da palavra
1ª Leitura - 1Ts 4,9-11
Salmo - Sl 97,1. 7-8. 9 (R. 9)
Evangelho - Mt 25,14-30

REFLEXÃO

Novamente ouvimos na Liturgia da Missa a parábola do homem que, ao viajar, confiou seus bens aos empregados pedindo que os fizessem render. Distribuiu-os conforme a capacidade de cada um. Houve os que multiplicaram os bens recebidos, fazendo-o generosamente. Aquele que recebeu apenas um talento ficou com receio de perde-lo e enterrou-o esperando a volta do patrão para devolver-lhe. Não teve ele a coragem de correr risco, de agir, de trabalhar, de frutificar.

A lição da parábola dos talentos parece clara. Os operários do Reino recebem dons e necessitam frutificar. Os discípulos do Senhor foram salvos e santificados pela paixão, morte e ressurreição do Senhor. Morreram a si mesmos pelo batismo, ou seja, foram mergulhados na paixão e morte do Senhor para serem criaturas novas. Podem dizer, usando expressão do Apóstolo, que sua vida está escondida em Cristo Jesus. São seres novos, renascidos. E desta forma cumulados de dons e talentos. Sua vida precisa ser plena. Não podem limitar-se ao mínimo. Haverão de buscar fazer o máximo, multiplicar os dons recebidos. Não se trata de atravessar a vida cristã em brancas nuvens, ou seja, realizando o mínimo. Somos chamados a ser santos e sermos luz na vida dos que caminham perto de nós.

Há esses dons e talentos naturais e outros que são fruto da graça. Tanto uns como os outros serão multiplicados.

Não temos o direito de sermos pessoas medíocres. Precisamos crescer humana e cristãmente. Há o que têm do dom de servir, de falar, de cantar, de discernir. Tudo deve ser colocado à disposição dos outros e em benefício de muitos. Não poderemos girar em torno de nos mesmos, enterrar os talentos, mas ser para os outros, ajuda-los, levantá-los, encorajá-los com os dons que recebemos.

Há esses dons investidos em casa: os pais para com os filhos, os filhos para com os pais, esposo para com a esposa. Dom de criar em casa um clima de alegria, de beleza, de vida. Invenções de meios e modos que a cada possa ser, de fato, Igreja doméstica. Há essa capacidade de resolver problemas e impasses vividos por outros: doentes, desempregados, drogados, desanimados.

Há esses que, de modo particular, colocam seus talentos ao serviço do Reino: pastores segundo o coração de Deus, catequistas de crianças, jovens e adultos, missionários em terras longínquas ou na vizinhança, pessoas conscientes de terem sido agraciadas pelo alto e que não querem e não podem deixar de anunciar, pela vida e pela palavra, que o amor precisa ser amado.

Sim, compreendemos! Precisamos viver plenamente, não pela metade. Os dons recebidos serão generosamente multiplicados. No fundo é o seguinte: o Senhor nos convida à plenitude do existir, ou seja, quer que sejamos santos com os dons que nos dá. Não cabe nenhuma postura de mesquinharia. O mínimo talento que recebemos precisa ser multiplicado.

Frei Almir Ribeiro Guimarães
www.franciscanos.org.br

sexta-feira, agosto 30, 2013

Que vigilância deve ter aqueles que são casados?

Verde. 6ª-feira da 21ª Semana Tempo Comum
LITURGIA DIÁRIA
1ª Leitura - 1Ts 4,1-8
Salmo - Sl 96,1.2b. 5-6. 10. 11-12 (R. 12a)
Evangelho - Mt 25,1-13

HOMILIA - Pe Roger Araujo

Que vigilância deve ter aqueles que são casados? Não alimentem comportamentos e não levem imoralidades para dentro do casamento, para dentro do lar.

Deus não nos chamou à impureza, mas à santidade. Portanto, desprezar estes preceitos não é desprezar o homem, mas Deus que nos deu o Espírito Santo.

A Palavra nos chama a atenção sobre a vigilância que nós precisamos ter com a santidade no meio em que vivemos, na Igreja onde estamos.

A parábola das dez virgens nos aponta as cinco que são previdentes, aquelas que estão vigiando, cuidando de si, cuidando do seu corpo, da sua alma, do seu espírito, da sua disciplina pessoal. E as cinco imprevidentes, aquelas que são levadas pelo tempo, deixando as coisas acontecerem e não cuidam de si mesmas.

A Palavra nos chama a viver a santidade, porque esta é a vontade de Deus. Ele quer que nos afastemos de toda e qualquer impureza. Falando diretamente àqueles que são casados, a santidade precisa ser vivida no casamento.

Que vigilância deve ter aqueles que são casados? Aqueles que foram chamados a viver o amor matrimonial, que não tenham uma vida dupla, nem o homem nem a mulher. Não alimentem sentimentos, não alimentem comportamentos e não levem impurezas, imoralidades para dentro do casamento, para dentro do lar.

Cuidado com a pornografia, cuidado com as coisas imorais que vêm de diversos canais que querem tirar a pureza daquilo que é santo: o matrimônio segundo a vontade de Deus.

Solteiros e casados, castidade e pureza são ideais de vida nem sempre fáceis de serem vividos. Por isso, a vigilância precisa ser um cuidado que todos nós devemos ter.

Hoje, Deus nos lembra que somos o lugar da morada divina. Ele nos diz que não podemos enganar ninguém. Não alimente sentimentos em alguém se você não pode levá-lo a diante, não alimente esperança quando esta não pode ser cumprida.

Que Deus afaste da vida de todos aqueles que foram chamados à santidade do matrimônio a duplicidade, o erro e o perigo do adultério. E digo mais, nem nós que somos de Igreja podemos achar que não vamos cair nessa tentação.

Somos os primeiros convidados a sermos vigilantes nesse sentido, para que não sejamos causa de queda para ninguém.

Senhor, guarde-nos na pureza e na santidade.

Deus abençoe você!
cancaonova.com


Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo de Campos (RJ)

No dia 30 de agosto se comemora a iniciativa da Anistia Internacional e da Fedefam o Dia Internacional dos desaparecidos. Não podemos deixar de dar ressonância a este grave e trágico problema e flagelo que tem afetado a milhares de vitimas na maioria dos países e nações.

São rostos de crianças seqüestradas para tráfego de órgãos ou exploração sexual, ou ainda para comercialização no mercado de famílias que querem adotar. São rostos de jovens que também são recrutadas pelo aliciamento e a violência para a prostituição, ou para a prestação de serviços domésticos a preço vil sem nenhuma garantia trabalhista. São rostos de trabalhadores humildes como o brasileiro Amarildo que foi levado pelo crime de morar numa comunidade pobre e confundido com bandidos. São presumidos terroristas que o Império do terror aprisiona em mais de 500 centros clandestinos dispersos pelo mundo, para torturar e aniquilar.

São ainda os milhares de desaparecidos na América Latina, cujos familiares não tem o conforto e consolo de saber o destino final de suas pessoas queridas e o direito de dar um enterro a seus restos mortais. O Holocausto foi não só possível pelo ódio mas pela indiferença e apatia, pela falta de solidariedade, graças ao cinismo e conformismo habitual de quem não vê além do seu nariz e não quer complicações. Um verdadeiro cristão é aquele que afirma alto e de bom tom com a sua palavra e a sua vida, quando alguém é levado, seqüestrado ou "desaparecido", eu estou sendo levado com ele, eu estou sendo atacado e destruído, porque cada pessoa humana, criança, jovem, adulto ou idoso, de qualquer credo, raça ou nação é meu irmão/ã, e não posso ficar calado nem passivo. Que Nossa Senhora Mãe dos Homens, Senhora do Desterro, Mãe da Solidariedade, nos torne cada vez mais compassivos e comprometidos com a causa das pessoas desaparecidas. Deus seja louvado!

cnbb.org.br


quinta-feira, agosto 29, 2013

Não deixe de anunciar a verdade - Martírio de João Batista - 29 de agosto

Vermelho. Martírio de São João Batista, Memória

Martírio de São João Batista

A celebração da festa do martírio de São João Batista, que na Igreja latina tem origens antigas (na França no século V, e em Roma no século VI), está vinculada à dedicação da Igreja construída em Sebaste na Samaria, no suposto túmulo do Precursor de Cristo. A festa aparece já na data de 29 de agosto nos Sacramentários romanos,e conforme o Martirológio Romano essa data corresponderia à segunda vez que encontraram a cabeça de São João Batista, transportada para Roma. Temos sobre São João BAtista as narrações dos Evangelhos, em particular de Lucas, que nos fala de seu nascimento, da vida no ddeserto, da sua pregação, e de Marcos que nos refere a sua morte. Pelo Evangelho e pela tradição podemos reconstruir a vida do Precursor, cuja palavra de fogo parece na verdade com o espírito de Elias. Negou categoricamente ser o Messias esperado, afirmando a superioridade de Jesus, que apontou aos seus seguidores por ocasião do batismo nas margens do Rio Jordão. Sua figura parece ir se desfazendo, à medida que vai surgindo "o mais forte", Jesus. Todavia, "o maior dentre os profetas" não cessou de fazer ouvir a sua voz onde fosse necessária para consertar os sinuosos caminhos do mal. Reprovou publicamente o comportamento pecaminoso de Herodes Antipas e da cunhada Herodíades, mas a previsível suscetibilidade deles custou-lhe a dura prisão em Maqueronte, na margem oriental do mar Morto.

Por ocasião da festa celebrada em Maqueronte, a filha de Herodíades, Salomé, tendo dado verdadeiro show de agilidade na dança, entusiasmou a Herodes. Como prêmio pediu, por instigação da mãe, a cabeça de São João Batista. Último profeta e primeiro apóstolo, ele deu a vida pela sua missão, e por isso é venerado na Igreja como mártir. Ele foi fiel, bondoso e o clarão de Cristo, anunciando a luz da eterna claridade.

acidigital.com



LITURGIA DA PALAVRA
Leituras
1ª Leitura - Jr 1,17-19
Salmo - Sl 70(71),1-2.3-4a.5-6ab.15ab e 17 (R. 15a)
Evangelho - Mc 6,17-29


O melhor meio de calar a verdade que a Igreja ensina é tentando eliminá-la. Assim como João Batista, a Igreja é perseguida, mas não deixa de anunciar o que é verdadeiro.

Hoje, celebramos o martírio de São João Batista, um dos poucos santos do qual celebramos o duplo nascimento. O nascimento de João para a vida na terra é celebrado no dia 24 de junho, e hoje nós celebramos o seu nascimento para o céu, o dia em que ele foi martirizado.

O Evangelho da Missa relata muito bem como aconteceu esse duro episódio. João Batista disse a verdade a Herodes: “Não te é permitido ficar com a mulher do teu irmão”. É óbvio que isso causou incômodo no próprio Herodes, que tentou disfarçar, tentou ignorar o profeta. Mas aquela que participava do adultério, Herodíades, ficou com muito ódio de João Batista e procurava, de alguma forma, vingar-se daquilo que João pregava e anunciava.

O problema não era João, mas a verdade que ele pregava. Sabemos que as verdades incomodam, algumas chegam a doer. Como nós não temos meios de eliminá-la, procuramos eliminar os pregadores dela. Nós procuramos dar descrédito àqueles que nos anunciam verdades, e isso acontece com a Igreja no mundo inteiro e em todas as épocas.

O melhor meio de calar a verdade que a Igreja ensina é tentando eliminá-la. Veja que ela, assim como João Batista, é perseguida, martirizada, mas não deixa de anunciar o que é verdadeiro, porque as portas do inferno não prevalecerão contra ela.

A Igreja, assim como João Batista, sofre, porque anuncia Jesus Cristo, anuncia a defesa da vida e os valores evangélicos.

Ser profeta, nos dias de hoje, não é fácil, como não foi ontem. São João Batista é para nós um modelo daquela verdade que não se cala.

Hoje, somos chamados por Deus a não sermos convenientes com as pessoas apenas para agradá-las, mas precisamos dizer a verdade assim como ela é.

A verdade não é contra as pessoas, mas contra o erro. Por isso João Batista deu a sua vida por ela.

Que a nossa vida seja iluminada por essa única verdade que se chama Jesus Cristo e pelo Seu Evangelho.

Deus abençoe você!

Pe Roger Araújo
cancaonova.com





quarta-feira, agosto 28, 2013

Exortações de Paulo / Santo Agostinho

Branco. 4ª-feira da 21ª Semana Tempo Comum 
Sto. Agostinho BDr, memória


Leituras

1ª Leitura - 1Ts 2,9-13
Salmo - Sl 138 (139),7-8. 9-10. 11-12ab (R.1a)
Evangelho - Mt 23,27-32


REFLEXÃO

Paulo é evangelizador e demonstra grande afeto pelos que ouvem a palavra que não é palavra sua, mas do Cristo que ele encontrou no caminho de Damasco e que revolucionou sua vida. A partir de então, ele não pode separar sua vida pessoal da tarefa de anunciar até o último sopro de vida a força do Evangelho.

● Paulo pede que os tessalonicenses se afastem dos irmãos que se comportam diferentemente da tradição de que dele uns e outros receberam. O Apóstolo insiste na pureza da doutrina. Não quer que o erro contamine os outros e venha a fazer com que os fiéis se percam. Com certeza não se trata de desprezar esses que agem e pensam de maneira diferente. Em outros contextos é dito que se deve procurar os que se afastam. Precisamente vivemos hoje um tempo de busca dos que se afastam. A palavra a ser dita é a do diálogo. Compreendemos que Paulo seja firme pedindo que os seus ouvintes não sejam sócios dos que proclamam o contrário do que foi ensinado. Com isso, no entanto, não defende que os que cometem erros sejam desprezados.

● Mais adiante Paulo pede que seus leitores ou ouvintes fujam de toda ociosidade. Que trabalhem, que não sejam peso para ninguém. Os cristãos não vivem dos bens dos outros. Ganham o pão com o suor da fronte. Há um ditado mencionado: “Quem não quer trabalhar também não deve comer”.

● Francisco de Assis assim admoestava seus frades: “Aqueles irmãos aos quais o Senhor deu a graça de trabalhar, trabalhem fiel e devotamente, de modo que afastado o ócio que é inimigo da alma, não extingam o espírito da santa oração e da devoção, ao qual devem servir todas as coisas temporais” ( Regra Bulada, cap. V). No seu Testamento, o mesmo Francisco: “Eu trabalhava com minhas mãos e quero trabalhar; e quero firmemente que todos os irmãos trabalhem num ofício que convenha à honestidade. Os que não sabem trabalhar aprendam, não pelo desejo de receber o salário do trabalho, mas por causa do exemplo e para afastar a ociosidade” (20-21).

● Paulo deixa expresso, no final de sua exortação, o voto da paz. “Que o Senhor da paz, ele próprio, vos dê a paz, sempre e em toda parte”. Faz questão de dizer que as linhas que escreve são de fato suas: “Esta saudação é do meu próprio punho, de Paulo. É assim que assino todas as minhas cartas; é a minha letra. A graça de nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos vós”.

Frei Almir Ribeiro Guimarães

www.franciscanos.org.br




Tarde te Amei 
Santo Agostinho

Tarde te amei, ó beleza tão antiga e tão nova! Tarde demais eu te amei!
Eis que habitavas dentro de mim e eu te procurava do lado de fora!
Eu, disforme, lançava-me sobre as belas formas das tuas criaturas.
Estavas comigo, mas eu não estava contigo.
Retinham-me longe de ti as tuas criaturas, que não existiriam se em ti não existissem.
Tu me chamaste, e teu grito rompeu a minha surdez.
Fulguraste e brilhaste e tua luz afugentou a minha cegueira.
Espargiste tua fragrância e, respirando-a, suspirei por ti.
Eu te saboreei, e agora tenho fome e sede de ti.
Tu me tocaste, e agora estou ardendo no desejo de tua paz.

terça-feira, agosto 27, 2013

Jesus não é um "flash", é uma luz que dura sempre e nos salva, diz o Papa

Branco. 3ª-feira da 21ª Semana Tempo Comum 
Sta. Mônica, memória


Leituras 
1a leitura - 1Ts 2,1-8
Salmo - Sl 138 (139),1-3. 4-6 (R. 1)
Evangelho - Mt 23,23-26


VATICANO, 26 Ago. 13 / 05:55 am (ACI/EWTN Noticias).- Em suas palavras prévias à oração do Ângelus, na Praça de São Pedro, o Papa Francisco assegurou que "Jesus ilumina a nossa vida com uma luz que não se apaga mais. Não é um fogo de artifício, não é um flash! Não, é uma luz tranquila que dura sempre".

A luz de Jesus, indicou, "nos dá paz. Assim é a luz que encontramos se entramos pela porta de Jesus".

O Evangelho de hoje, apontou o Santo padre, "nos convida a refletir sobre o tema da salvação", pois ao sair Jesus da Galileia alguém se aproxima dele e lhe pergunta "Senhor, são poucos os que se salvam?".

"Jesus não responde diretamente à pergunta: não é importante saber quantos se salvam, mas é bastante importante saber qual é o caminho da salvação", disse o Papa.

"E então à pergunta Jesus responde dizendo: ‘Fazei todo esforço possível para entrar pela porta estreita. Porque eu vos digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão’. O que Jesus quer dizer? Qual é a porta pela qual devemos entrar? E porque Jesus fala de uma porta estreita?".

Francisco recordou que "a imagem da porta volta várias vezes no Evangelho e remete àquela da casa, do lar, onde encontramos segurança, amor, calor. Jesus nos diz que há uma porta que nos faz entrar na família de Deus, no calor da casa de Deus, da comunhão com Ele".

"Esta porta é o próprio Jesus. Ele é a porta. Ele é a passagem para a salvação. Ele nos conduz ao Pai. E a porta que é Jesus não está nunca fechada, esta porta não está nunca fechada, está aberta sempre e a todos, sem distinção, sem exclusão, sem privilégios".

O Papa sublinhou que "Jesus não exclui ninguém. Algum de vocês poderia dizer-me: "Mas padre, com certeza eu sou excluído, porque sou um grande pecador: fiz tantas coisas más, fiz tantas, na vida". Não, você não está excluído! Justamente por isso você é o preferido".

"Porque Jesus prefere o pecador, sempre, para perdoá-lo, para amá-lo. Jesus está esperando você para te abraçar, te perdoar. Não tenhas medo: Ele te espera. Ânimo, tenha coragem para entrar pela sua porta".

O Santo Padre assinalou que "todos são convidados a atravessar esta porta, a atravessar a porta da fé, a entrar na sua vida e a fazê-Lo entrar na nossa vida, para que Ele a transforme, a renove, dê a ela alegria plena e duradoura".

"Nos dias de hoje, passamos diante de tantas portas que nos convidam a entrar prometendo uma felicidade que depois percebemos que dura somente um instante, que é um fim em si mesma e não tem futuro. Mas eu pergunto a vocês: nós, por qual porta queremos entrar? E quem queremos fazer entrar pela porta da nossa vida?".

"Gostaria de dizer com força: não devemos ter medo de atravessar a porta da fé em Jesus, de deixá-Lo entrar sempre mais na nossa vida, de sair de nossos egoísmos, dos nossos fechamentos, das nossas indiferenças com os outros".

O Papa indicou que "certamente aquela de Jesus é uma porta estreita, não porque seja uma sala de tortura. Não, não por isto! Mas porque nos pede para abrir o nosso coração a Ele, para reconhecer-nos pecadores, necessitados da sua salvação, do seu perdão, do seu amor, de ter humildade para acolher a sua misericórdia e fazer-nos renovar por Ele".

"Pela porta estreita que é Cristo deve passar toda a nossa vida.".

O Santo Padre assinalou também que "Jesus no Evangelho nos diz que ser cristãos não é ter uma ‘etiqueta’!".

"Eu pergunto a vocês: vocês são cristãos de etiqueta ou de verdade? E cada um responda para si! Não cristãos, nunca cristãos de etiqueta! Cristãos de verdade, de coração. Ser cristão é viver e testemunhar a fé na oração, nas obras de caridade, no promover a justiça, no fazer o bem".

Virgem Maria, Porta do Céu, peçamos que nos ajude a atravessar a porta da fé, a deixar que o seu Filho transforme a nossa existência como transformou a sua para levar a todos a alegria do Evangelho", concluiu.
acidigital.com



Prefácio da festa de Santa Mônica, do Missal Agostiniano:
Acima de tudo é justo para nós
na festa da santa mãe Mônica,
louvar os teus dons.
Vivificada em Cristo,
ela viveu de modo tal que sua fé e sua conduta
constituíam um louvor ao teu nome
e em seu coração ela sentia tua presença.
Ela ganhou para ti seu esposo.
Nutriu espiritualmente os filhos,
gerando-os tantas vezes quantas os via distanciar-se de ti; 
e lhe concedeste, por suas sinceras e quotidianas lágrimas,
que seu filho Agostinho não se perdesse.

segunda-feira, agosto 26, 2013

Tenho vivido de aparências?

Verde. 2ª-feira da 21ª Semana Tempo Comum
Leituras
1ª Leitura - 1Ts 1,1-5.8b-10
Salmo - Sl 149, 1-2. 3-4. 5-6a.9b (R.4a)

Evangelho - Mt 23,13-22

Nós podemos ter nossos limites, nossas faltas, nossas falhas (ninguém é perfeito), mas devemos buscar a perfeição e não viver de aparências.

“Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós fechais o Reino dos Céus aos homens. Vós porém não entrais” (Mt 23,13).

Jesus, doce, manso e humilde de coração, é firme quando precisa sê-lo. Sobretudo com a hipocrisia daqueles que exigem viver uma coisa, mas não a vivem; pior ainda, são duros e exigentes com outras pessoas, mas eles mesmos não colocam nada em prática daquilo que dizem. São demais exigentes com os outros, mas facilmente se esquecem dos seus próprios erros, das suas próprias falhas; facilmente enganam os outros, induzindo-os ao erro, mas não colocam em prática aquilo que se propõem a viver.

“Guias cegos”, nos diz Jesus. Não são capazes de esconder nem seus próprios interesses. Sim, porque eles, muitas vezes, aceitam que se faça o sacrifício no Templo pelo dinheiro, por aquilo que vão obter de lucros, mas não pelo dom da santificação, do altar ou do templo.

Essa hipocrisia é totalmente condenada pelo Senhor, por isso Jesus fala, com toda a veemência do Seu coração, condenando esse tipo de comportamento.

Deixa eu dizer a você: nós podemos ter nossos limites, nossas faltas, nossas falhas (ninguém é perfeito), mas devemos buscar a perfeição e não viver de aparências. Temos de corrigir, consertar nossos comportamentos ou qualquer coisa que fazemos, mas que não são dignas do Reino de Deus.

A Palavra do Senhor nos convida a sermos mais autênticos. A autenticidade começa quando conhecemos os nossos próprios limites, não quando disfarçamos ou fingimos não tê-los; a autenticidade acontece para valer quando colocamos Deus em primeiro lugar e nos esforçamos para viver Sua Palavra em nossa vida.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
cancaonova.com


domingo, agosto 25, 2013

Vocação Universal à Salvação

verde. XXI Domingo do Tempo Comum
Isaías 66, 18-21; Hebreus 12, 5-7.11-13; Lucas 13, 22-30

Vocação Universal à Salvação

Embora homem da cidade, Lucas gosta de apresentar Jesus atravessando os lugarejos do interior. Para a mensagem de hoje, esta representação é significativa: a todos
deve ser apresentado o convite do Reino (evangelho). De fato, à preocupação apocalíptica de saber o número dos eleitos e as chances que a gente tem (cf. o vestibular), Jesus responde: o número dos eleitos não importa;importa a conversão, esforçar-se para entrar e não ficar gracejando, dando um ar de interessado, sem nada empreender; pois vem o momento quando o dono da casa se levanta e fecha a porta; então, não reconhecerá os que estiverem com ele nas praças, mas só “de corpo presente”, sem dar audiência à sua palavra. Ora, a festa em si, ela está aberta a todos os que quiserem esforçar-se.

A crítica se dirige àqueles em cujas praças Jesus ensinou (13, 26): deixaram-no falar, mas não obedeceram a seu apelo de conversão, talvez porque estavam seguros de pertencer ao número dos eleitos. Eles são os primeiros, que viram últimos, enquanto os últimos – os desprezíveis pagãos -, quando se convertem, se tornam os primeiros, para sentar com Abrão, Isaac e Jacó (que provocação para os judeus!) na mesa do banquete escatológico, vindos de todos os cantos do mundo.

Esta mensagem não perdeu sua atualidade. O que Jesus recusa é o calculismo e a falsa segurança a respeito da eleição. A eleição não responde a nenhum critério humano. É a graça de Deus que nos chama a sua presença. Diante deste chamado, todos, seja quem for, devem converter-se, pois ninguém é digno da santidade de Deus, nem de seu grande amor. Ninguém se pode considerar dispensado de lhe prestar ouvido e de transformar sua vida conforme a exigência de sua palavra. Não existe um número determinado de eleitos ( é bom repeti-lo, com vistas a certas seitas por aqui). O que existe é um chamado universal e permanente à conversão. E este vale também para os que já vêm rotulados como bons cristãos. Pois a fé nunca é conquistada para sempre. É como o maná do deserto: se a gente o quer guardar até a manhã seguinte, apodrece (cf. Ex 16,20)! Quem não retorna diariamente o trabalho de responder à Palavra com uma autêntica conversão, gritará em vão: “Senhor, eu participei de retiros e assisti a pregações, palestras e cursos em teu nome ( e também comi e bebi nas suas festinhas paroquiais…)”… E também hoje os últimos poderão ser os primeiros: os que não vão à igreja, porque não têm roupa decente, porque devem trabalhar, porque têm filhos demais, ou, simplesmente, porque se sentem estranhos entre tanta gente de bem… Para chamar a eles é que Jesus não ficou nos grandes centros, mas entrou nos bairros e vilarejos.

A 2ª leitura entra em choque com a mentalidade “esclarecida”: Deus ” castiga” para nos educar. “Pois o Senhor educa a quem ele ama e castiga todo que acolhe como filho” (Hb 12,6; cf Pr 3,11-12). Achamos horrível: Deus faz sofrer? Não. Educa-nos, como um bom pai educa seus filho, corrigindo-o. Esta é a resposta dos antigos para o escândalo do sofrimento; e do nosso povo simples também. Será que eles se enganam? No fundo, pouco lhes interessa donde vem o sofrimento. Querem saber o que fazer com ele! Que o sofrimento existe, é inegável. Muitas vezes, é causado pelos homens, mas nem sempre. A quem sofre importa menos explicar as causas do que dar um sentido ao sofrer. O sofrimento pode ter o valor de educação para uma vida que agrade a Deus, já que este, em Cristo, encarou o sofrimento. Não é errada tal valorização do sofrimento, já que não se consegue escapar dele, nem mesmo no admirável mundo novo da era tecnológica. Como cristãos, devemos aprender a viver uma vida nova, diferente da vigente. Isso não é possível sem sofrer. Porém, este sofrimento não deprime, não torna fatalista, mas faz crescer a força para produzir frutos de paz e justiça: “Levantai pois as mãos fatigadas e os joelhos trêmulos; dirigi vossos passos pelo caminho reto!” (12,12)

Do livro “Liturgia Dominical”, de Johan Konings, SJ, Editora Vozes

www.franciscanos.org.br

sábado, agosto 24, 2013

A tradição e a catequese - Dom Jaime

Vermelho. São Bartolomeu, Apóstolo, Festa
Leituras
1ª Leitura - Ap 21,9b-14
Salmo - Sl 144(145),10-11.12-13ab.17-18 (R. cf. 12a)
Evangelho - Jo 1,45-51
Dom Jaime Vieira Rocha - Arcebispo Metropolitano de Natal

Queridos irmãos e irmãs! Por ocasião do dia do catequista (25 de agosto, 4º domingo de agosto, mês vocacional), quero refletir convosco sobre esta vocação muito importante e indispensável nas nossas comunidades. O catequista é alguém que assume o convite de Cristo para ensinar e formar novos discípulos missionários. Esta ação do catequista que consiste na formação é um dos elementos essenciais do conceito de Tradição que a Igreja apresenta para nós.

A Tradição é a vida da Igreja que se transmite desde o tempo dos apóstolos até hoje. Ela é chamada de Tradição apostólica, pois a experiência dos apóstolos é fundamental para o entendimento da missão e da vida da Igreja. Se hoje somos cristãos é devido em grande parte a uma grande multidão de homens e mulheres que entregaram o seu tempo para nos instruir na fé e na vida Igreja. Esta é uma ação ininterrupta, responsável por tantas fileiras na Igreja de homens e mulheres que foram iniciados na vida cristã.

Somos eternamente gratos a essas pessoas que não mediram esforços na missão de ensinamento da fé para os fiéis. Ser catequista é transmitir aos outros o que ele mesmo recebeu. Nisto existe um grande exemplo no apóstolo são Paulo: na primeira carta aos Coríntios, quando fala da instituição da Eucaristia e da Ressurreição, capítulos 11 e 15, respectivamente, ele usa a expressão que indica o processo da Tradição, o mesmo que deve estar presente na missão do catequista: “Transmiti-vos, em primeiro lugar, aquilo que eu mesmo recebi” (cf. 1Cor 11,23; 15,3).

É bem verdade que temos muitas deficiências na nossa catequese. Mas, animados pelo testemunho de tantos catequistas em nossas comunidades e tantos que no passado enfrentaram as dificuldades no seu caminho, queremos afirmar nossa esperança e nossa confiança de que cresceremos juntos no desenvolvimento de uma catequese de inspiração catecumenal, isto é, atenta às diversas etapas da vida de fé, uma catequese integral, harmoniosa e mistagógica.

Para isso, como é importante que todos se sintam catequistas, evangelizadores. Na comunidade paroquial a catequese não é somente uma função particular. A vocação de catequizar, isto é, de anunciar Cristo aos outros, não pode ser de alguns poucos, mas de todos os batizados. Uma catequese integral deve ser assumida para que nossos fiéis sejam convictos na fé, na esperança e na caridade.

Conclamo a todos, presbíteros, diáconos permanentes, religiosos e religiosas, consagrados e consagradas, leigas e leigos engajados: façamos da catequese uma preocupação pastoral de primeiro plano. Que ninguém se sinta dispensado dessa missão. É preciso acabar com esta frustração pastoral: são muitos batizados, mas poucos evangelizados. Assumamos a catequese, pois a Igreja é a casa da iniciação cristã.


www.tribunadonorte.com.br

sexta-feira, agosto 23, 2013

Santa Rosa de Lima - 23 de agosto

Branco. Santa Rosa de Lima, virgem, Festa

Leituras
1ª Leitura - 2Cor 10,17-11,2
Salmo - Sl 148,1-2.11-13a.13c-14 (R. Aleluia ou cf. 12a.13a)
Evangelho - Mt 13,44-46

REFLEXÃO

Comemoramos hoje a padroeira da América Latina, Santa Rosa de Lima. Hoje se proclama como primeira leitura um trecho da 1 Coríntios: “Oxalá pudésseis suportar um pouco de insensatez de minha parte. Na verdade, vós me suportais. Sinto por vós um amor ciumento, semelhante ao amor que Deus vos tem. Fui eu que vos desposei a um único esposo, apresentando-se a Cristo como virgem pura”. Rosa viveu os desponsórios místicos.

Rosa de Lima, falecida a 24 de agosto de 1617, foi beatificada em 1668 por Clemente IX; em seguida proclamada patrona principal da América, das Filipinas e das Índias Ocidentais, em 1670, por Clemente X, que a canonizou em 1671. A festa de Santa Rosa de Lima foi antecipada para a véspera de seu nascimento para a glória por causa da concorrência da festa do apóstolo Bartolomeu.

Isabel Flores y de Oliva, nascida de pais espanhóis em Lima, em 1586, com o apelido de Rosa, dado por uma serva índia (Mariana) por causa de sua beleza, recebeu a crisma aos onze anos, das mãos do arcebispo São Turíbio de Mogrovejo; aos vinte anos, juntou-se como terciária à Ordem dominicana, vestindo seu hábito (1606), uma vez que em Lima não havia convento da Ordem Segunda. Tendo rejeitado o matrimônio, construiu um eremitério no fundo do jardim materno, entrando na intimidade de Santa Catarina de Sena de cujas experiências (matrimônio místico) foi êmula, dedicando-se a severas penitências, acompanhadas de oposições, incompreensões e enfermidades de todo gênero. Passou os últimos três anos de sua na cada de um casal que muito a estimava e nesta casa morreu, sendo avisada por Jesus: “Prepara-te, os esponsais se aproximam”. Expirou repetindo: “Jesus, Jesus, fica comigo”.

Uma jovem consagra sua vida ao Senhor que acolhe como seu Esposo e passa, no mistério da oração, na tentativa de união com ele em todos os momentos, deixando-se se transformada interiormente pela presença do Amado. Revelações do Senhor à santa: “Ó rosa do meu coração, tu és a minha esposa”.

Frei Almir Ribeiro Guimarães

www.franciscanos.org.br

quinta-feira, agosto 22, 2013

NOSSA SENHORA RAINHA - Sempre de novo as grandezas da serva do Senhor

Branco. Nossa Senhora, Rainha, Memória
Leituras
1ª Leitura - Is 9,1-6
Salmo - Sl 112(113),1-2.3-4.5-6.7-8 (R. 2, ou Aleluia)
Evangelho - Lc 1,26-38


Nesta festa de Nossa Senhora Rainha ouvimos o relato da anunciação do Anjo na liturgia da missa. Transcrevemos aqui uma homilia de São Beda o Venerável (Lecionário Monástico I, p. 221-223):

Irmãos caríssimos, a leitura de hoje do santo Evangelho nos recorda o começo da nossa redenção, quando Deus enviou um anjo do céu à Virgem para anunciar o novo nascimento do Filho de Deus na carne, , pelo qual pudéssemos, uma vez apartado o que é velho e nocivo, ser renovados e contados entre os filhos de Deus. Portanto, para merecer os alcançar os dons da salvação prometida, procuremos ouvir atentamente os seus primórdios.

O anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um varão chamado José, e o nome da Virgem era Maria (Lc 1, 26-27). O que se diz sobre a pertença à casa de Davi refere-se não apenas a José, mas também a Maria, pois era preceito da Lei que cada um tomasse esposa em sua própria tribo e família, como também o atesta o Apóstolo, escrevendo a Timóteo: Lembra-te de Jesus Cristo ressuscitado dentre os mortos, da descendência de Davi, segundo meu Evangelho(2 Tm 2,8). Assim, o Senhor nasceu realmente da linhagem de Davi, visto que sua mãe imaculada pertencia à verdadeira estirpe de Davi.

Entrando onde ela estava, a Anjo lhe disse: “Não temas Maria! Encontraste graça junto de Deus. Eis que conceberás no teu seio e darás à luz um filho, e tu o chamarás com o nome de Jesus. Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai”( Lc 1, 28.30-32). Por trono de Davi se deve entender o reino do povo de Israel, que em seu tempo Davi governou com fiel dedicação, sob a ordem e ajuda de Deus. O Senhor deu ao nosso Redentor o trono de Davi, seu pai, quando dispôs que se encarnasse na descendência de Davi, para conduzir ao reino eterno, com a graça espiritual, o povo que Davi governara com um poder temporal. Como diz o Apóstolo: Ele nos arrancou do poder das trevas e nos transportou para o reino de seu Filho amado (Cl 1, 13).

Ele reinará na casa de Jacó para sempre (Lc 1,33). Casa de Jacó refere-se à Igreja universal, a qual, pela fé e pela confissão de Cristo, participa da sorte dos patriarcas, seja através daqueles que nasceram da raça dele, seja através dos que, oriundos de outras nações, renasceram em Cristo pelo batismo espiritual. Nesta casa ele reinará para sempre, e o seu reino não terá fim (Lc 1,33. Nela reina na vida presente quando rege os corações dos eleitos, onde habita pela fé e pelo seu amor, governando-os com continua proteção, para que alcance os dons da suprema retribuição. E reina na vida futura quando terminado o seu exílio temporal, Ele os introduz na pátria celeste. Ali para sempre cativos da visão de sua presença, eles se alegram por não terem outra coisa a fazer senão dedicar-se aos louvores divinos.

Frei Almir Ribeiro Guimarães

www.franciscanos.org.br




SALVE RAINHA


Salve Rainha, Mãe de Misericórdia 
Vida, doçura e esperança nossa, Salve! 
A Vós bradamos, os degredados filhos de Eva 
A Vós suspiramos, gemendo e chorando 
neste Vale de Lágrimas. 
Eia, pois, advogada nossa 
Esses Vossos olhos misericordiosos 
A nós volvei! 
E depois desse desterro, 
Mostrai-nos Jesus, bendito fruto do Vosso Ventre 
Ó Clemente, 
Ó Piedosa, 
Ó Doce Sempre Virgem Maria. 
Rogai por nós Santa Mãe de Deus, 
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém.

quarta-feira, agosto 21, 2013

Caminhos franciscanos com Frei Xavier e Obra de Maria - de 20 a 30 de outubro de 2014





        Uma excursão pelos caminhos de São Francisco e com a companhia de nosso querido Frei Xavier.      Entre em contato para maiores detalhes e garante sua vaga.

Vida Consagrada em tempos complexos: mensagem da CNBB aos religiosos e religiosas

Branco. 4ª-feira da 20ª Semana Tempo Comum
S. Pio X Pp, memória ( Papa da Terceira Ordem (1835-1914). Canonizado por Pio XII no dia 29 de maio de 1954.) 

Leituras1ª Leitura - Jz 9,6-15
Salmo - Sl 20,2-3. 4-5. 6-7 (R. 2a)
Evangelho - Mt 20,1-16a


“O segredo da vida consagrada está na fidelidade e na perseverança”. Esta é a afirmação do presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, dom Pedro Brito Guimarães, na mensagem por ocasião do dia da Vida Religiosa Consagrada (18 de agosto, terceiro domingo do mês vocacional) em todo o Brasil.

A seguir, a íntegra da mensagem:

Brasília-DF, 19 de julho de 2013
MOVC – C – Nº 0418/13

MENSAGEM DO PRESIDENTE DA COMISSÃO PARA OS MINISTÉRIOS ORDENADOS E A VIDA CONSGRADA DA CNBB, AOS RELIGIOSOS E ÀS RELIGIOSAS DO BRASIL

VIDA CONSAGRADA, EM TEMPOS COMPLEXOS. QUAL É A SAIDA?

Amado, amada de Deus, consagrado, consagrada do Reino,
Tenho sede!

No clássico da literatura universal, Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll, há uma cena em que Alice está perdida e, de repente, vê, no alto da árvore, um gato. Ela olha para ele e diz:

- Alice: "Você pode me ajudar?"
- Gato: "Sim, pois não".
- Alice: "Para onde vai essa estrada?"
- Gato: "Para onde você quer ir?"
- Alice: "Eu não sei, estou perdida".
- Gato: "Para quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve".
Nesta mesma obra, em outra cena:
- Alice: “Onde fica a saída?"
- Gato: “Depende”.
- Alice: “De quê?”
- Gato: “Depende de para onde você quer ir”.

Querido irmão, querida irmã, não é minha intenção - não tenho este direito -, comparar a Vida Religiosa Consagrada com Alice, com o gato, e nem com o fato de Alice estar perdida. O que gostaria de dizer é que, nas encruzilhadas da vida, “se o homem não sabe aonde quer chegar, qualquer direção parecerá certa” (LaoTsé). E ainda mais: "nenhum vento sopra a favor de quem não sabe para onde ir" (Sêneca). Dizia meu pároco, de saudosa memória: “o que cansa não é a caminhada; é a pressa de chegar ou não querer chegar”.

Creio que muitos de nós já cantamos esta linda canção: “Perdido, confuso, vazio, sozinho na estrada, tentando encontrar um caminho que seja o meu, não importa se é duro, eu quero buscar. Caminheiro, você sabe, não existe caminho. Passo a passo, pouco a pouco e o caminho se faz.Iguais, são todos iguais, ninguém tem coragem sequer de pensar. Será que ninguém é capaz de sentir esta vida e com ela vibrar? Será que não vale a pena arriscar tudo, tudo e a vida encontrar?” (Bendito B. Prado).

Andança, itinerância, mendicância, provisoriedade, missionariedade. Errante, vagante; risco, desânimo, solidão, desafio, perda, crise... Quem ainda não enfrentou tais situações ou vivenciou tais estados de ânimo? Porém, tudo passa! Só Deus basta! Sejamos firmes, fortes e fieis. “Os que confiam no Senhor são como o monte de Sião: nunca se abala, está firme para sempre” (Sl 125,1). Quem assim age pode ser comparado a uma casa construída sobre a rocha. Cai a chuva, vem a tempestade, sopra o vento e a casa não cai, pois está firmemente alicerçada (cf. Mt 7,24). Ele precisa apenas do nosso pedido: “permanece conosco, Senhor” (Lc 24,29).

Diante dos desafios, das dificuldades, dos embates e dos combates que a Vida Consagrada enfrenta hoje, como de resto, a própria Igreja, somos tentados a pensar que ela esteja em mar bravio, com seu barco a deriva, sem timoneiro, sem horizonte, confusa, na noite escura, sem perspectiva de um amanhecer banhado de sol. Quantas vezes nos sentimos perdidos, como Alice no País das Maravilhas, à espera de alguém que nos indique uma direção certa e segura.

No entanto, não nos esqueçamos: somos discípulos e discípulas de Jesus! Em meio às tormentas da vida, jamais podemos nos sentir perdidos como Alice! Cristo é nosso Amigo e nosso Guia, nossa Força e nossa Rocha, nossa Esperança e nossa Alegria e nossa certeza de Vitória. As dificuldades e as perseguições fazem parte de quem se faz discípulo de Cristo. Elas são sinais que purificam o nosso sim a Jesus.

A Vida Religiosa Consagrada é uma caminhada bela e edificante. E, nesta caminhada, haverá de cruzar e atravessar os umbrais do ponto focal, do ponto de partida e do ponto de chegada. A Vida Religiosa Consagrada tem seus segredos, seus encantos e suas paixões. O segredo da vocação à Vida Religiosa Consagrada está no encantamento por Jesus, por sua Igreja e pelo seu povo. Ninguém segue fielmente, por muito tempo, a alguém por quem não tenha encantamento. O segredo da fidelidade na Vida Religiosa Consagrada está no encantamento por Jesus, por sua pessoa, seu evangelho e seu projeto de vida.O segredo do seguimento missionário do consagrado e da consagrada está no encantamento pelo estilo e pelo modelo de vida missionária de Jesus. O segredo da vida espiritual do consagrado e da consagrada está na capacidade de se encantar ou se reencantar cada dia, de começar sempre de novo, e partir, sem olhar para trás. O segredo da Vida Consagrada está na fidelidade e na perseverança. Quem assim não vive, a chama da vocação se apaga e a vida perde o seu sentido e vira fadiga e rotina. Neste estado de ânimo, dificilmente uma vocação se manterá fiel e perseverante à obra e à missão.

O papa Francisco, falando, recentemente, aos seminaristas, aos noviços e às noviças, chamou-nos a atenção para quatro pontos que consideramos fundamentais e inegociáveis para a vida e missão da pessoa consagrada a Deus:

1. Fujam do perigo da cultura do provisório:"eu não culpo vocês. Reprovo esta cultura do provisório que não nos faz bem, pois, uma escolha definitiva hoje é muito difícil. Na minha época era mais fácil, porque a cultura favorecia uma escolha definitiva tanto para a vida matrimonial, quanto para a vida consagrada ou sacerdotal, mas nesta época não é fácil uma escolha definitiva. Nós somos vítimas desta cultura do provisório".

2. Sintam-se alegres por serem amados e chamados por Deus:“ao nos chamar, Deus nos diz: “você é importante para mim, eu te quero bem, conto contigo”. Entender isso é o segredo de nossa alegria. Sentir-se amados por Deus, sentir que para Ele não somos números, mas pessoas. Sentir que é Ele quem nos chama. Tornar-se sacerdote, religioso e religiosa não é, antes de tudo, uma escolha nossa, mas a resposta a um chamado e um chamado de amor".

3. Sigam o caminho do amadurecimento, na paternidade e maternidade pastorais:"vocês, seminaristas e religiosas, consagrem o seu amor a Jesus, um grande amor; o coração é para Jesus. E isso nos leva a fazer o voto de castidade, o voto de celibato. Mas os votos de castidade e do celibato não terminam no momento dos votos, continuam. Quando um sacerdote não é pai de sua comunidade, quando uma religiosa não é mãe de todos aqueles com os quais trabalha, se tornam tristes. Este é o problema. A raiz da tristeza na vida pastoral é a falta de paternidade e maternidade que vem da maneira de viver mal esta consagração, que nos deve levar à fertilidade. Não se pode pensar num sacerdote ou numa religiosa que não são fecundos. Isso não é católico! Esta é a beleza da consagração: é a alegria, a alegria".

4. Sintam-se chamados a uma Igreja missionária:"Deem sua contribuição em favor de uma Igreja assim: fiel ao caminho que Jesus quer. Não aprendem conosco, que não somos mais jovens; não aprendam conosco aquele esporte que nós, os velhos, muitas vezes fazemos: o esporte da reclamação. Não aprendam conosco o culto da reclamação. É uma deusa que se lamenta sempre. Sejam positivos, cultivem a vida espiritual e, ao mesmo tempo, sejam capazes de encontrar as pessoas, especialmente as desprezadas e desfavorecidas. Não tenham medo de sair e caminhar contracorrente. Sejam contemplativos e missionários...”

Caríssimo e caríssima, independente do que vocês fazem, somente pelo modo de vocês viverem a especial consagração a Deus e aos irmãos e irmãs, mais necessitados, vocês sempre me provocaram admiração, encanto, fascínio, paixão e vontade de imitá-los. Dentre tantos elementos que me fascinam, gostaria de destacar alguns:

1. Nas congregações, nos conventos, nos mosteiros, nas abadias, nas clausuras, nas casas de serviços e de inserções, surgiram os maiores e os mais queridos santos e santas da Igreja católica.

2. Nas universidades e faculdades, nos colégios e nas escolas católicas, vocês formam os maiores e os melhores teológos e teólogas, mestres e doutores que alimentam a vida com o sabor e o saber do evangelho de Jesus Cristo.

3. Vocês vivem os mais ricos e os mais bonitos estados de vida cristã: ativa, apostólica, mística, ascética, monástica, contemplativa. Tudo isso através das duas mãos da evangelização: a diaconia fraterna do serviço (Marta) e a diaconia da oração e da contemplação (Maria).

4. Nos hospitais, nas creches, nos orfanatos, nos pensionatos e nas outras modalidades das redes do amor social, vocês geram ou transformam vidas, mentes e corações, curando feridas, enxugando lágrimas, amenizando dores e cuidando dos sofrimentos de muitos irmãos e irmãs que batem às portas das beneméritas instituições de caridade cristã e de promoção social. Vocês vivem, em primeira pessoa, o que muito bem disse Madre Teresa de Calcutá:“Aqueles que ninguém quer, nós, cristãos, os queremos”.

5. Vocês, na Igreja católica, possuem os melhores e mais bonitos modelos de vida fraterna: tudo em comum, num só coração e numa só alma. A exemplo das primeiras comunidades cristãs, entre vocês ninguém passa necessidade (cf. At 4,32s).

6. Vocês preparam os melhores mestres em espiritualidade, os maiores místicos, missionários e mártires, que derramam seu sangue e dão suas vidas em resgate de muitos, como fez Jesus.

7. Vocês vivem, com corações indivisos, os maiores conselhos evangélicos: a obediência, a pobreza e a castidade.

8. Vocês vivem a forma multifacetária da vida cristã: homem e mulher; vocações laical, missionária, religiosa, especial consagração; papa, bispos, padres, diáconos, irmãos, irmãs, leigos e leigas...

Mas, como disse Jesus, a quem muito é dado, muito será exigido. Vocês estão pagando preço muito alto, por causa das ousadias e das audácias missionária, evangelizadora e apostólica (cf. DAp 273,549, 552). No momento atual vocês estão atravessando mares bravios. Entre estes, destacamos apenas dois que estão na origem dos demais desafios: a diminuição das vocações à Vida Religiosa Consagrada tradicional e o aumento das vocações às novas formas de vida consagrada.

Por fim, caro amigo, cara amiga, aceitem, de bom grado, o convite de Aparecida (551): “levemos nossos navios mar adentro, com o poderoso sopro do Espírito Santo, sem medo das tormentas, seguros de que a Providência de Deus nos proporcionará grandes surpresas”. Amém!

“Amo a todos vocês no Cristo Jesus” (1Cor 16,24).
Deus os/as abençoem!
Brasília, 19 de julho de 2013
Encerramento da AG da CRB.
cnbb.org.br

terça-feira, agosto 20, 2013

Consagrados

Verde. 3ª-feira da 20ª Semana Tempo Comum 
São Bernardo AbDr, memória


Leituras
1ª Leitura - Jz 6,11-24a
Salmo - Sl 84,9. 11-12. 13-14 (R. 9b)
Evangelho - Mt 19,23-30

Reflexão

Felizes aqueles e aquelas que além de serem simplesmente “católicos” são efetivamente discípulos do Senhor. Penso aqui nesses casais cristãos, belos casais, simples, carinhosos, pais extremosos, agentes de pastoral, pessoas tarimbadas, que não desejam desfilar ruidosamente pelas passarelas da vida, vidas expostas e ao mesmo tempo veladas e reservadas. Penso nesses homens e mulheres que organizam o atendimento carinhoso dos doentes, dos idosos, dos abandonados vivendo no coração das realidades terrestres, no mundo, no trabalho, na política, na organização da sociedade para que esta tenha já agora traços do reino definitivo. Penso em todos os cristãos que buscam a santidade lá onde vivem.

O evangelho deste dia nos fala de alguns que deixaram tudo para seguir o Senhor lá onde ele estiver. São eles os religiosos e as religiosas. Penso em primeiro lugar nos contemplativos. Levantam-se cedo, rezam laudes, meditam, celebram a eucaristia ainda quando o dia está chegando, silenciosamente percorrem os corredores da casa, trabalham no campo, no computador. Reúnem-se ao meio dia na capela e no refeitório para a partilha da refeição. Trabalham na cidade, na pastoral que lhes possa ser confiada, escrevem. Deixam tudo. Penso nesses religiosos e religiosas de vida ativa, pessoas cheias de zelo que vão encontro dos outros: das crianças, dos adolescentes, dos jovens, dos drogados, dos bem ou mal casados. Penso em todos esses que fazem uma profissão de seguir Jesus de maneira radical, vivendo os votos de pobreza, de obediência e de castidade. Pobres de bens, simples no falar, modestos nos gestos, vestidos de nobre singeleza. Pessoas que têm o coração indiviso, todo voltado para o Senhor, que fazem convergir para o Senhor, para o Esposo, todo o afeto de seu coração na castidade consagrada. Pessoas que se comprazem em estar com o Senhor na gratuidade da contemplação ou admirando seu rosto desfigurado, mas amável no semblante dos irmãos desfigurados pelo sofrimento. Homens e mulheres que não fecham o coração aos sons do amor de Deus que os convida a uma obediência sem limites. Religiosos e religiosas que vivem em fraternidades onde fazem a partilha dos bens. O ideal de santidade toma conta de suas vidas.

O fundamento de toda vida religiosa consagrada é um chamamento percebido de refazer, de alguma forma, no tecido de sua carne, a luminosa trajetória de Jesus.

“Todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos, campos por causa do meu nome, receberá cem vezes mais e terá como herança a vida eterna”.

Assim são os consagrados.

Frei Almir Ribeiro Guimarães
www.franciscanos.org.br

segunda-feira, agosto 19, 2013

Comissão da CNBB divulga mensagem pelo Dia do Catequista

Verde. 2ª-feira da 20ª Semana Tempo Comum

Leituras
1ª Leitura - Jz 2,11-19
Salmo - Sl 105,34-35. 36-37. 39-40. 43ab.44 (R. 4a)
Evangelho - Mt 19,16-22

Reflexão – Mt 19, 16-22

Deus nos ama com amor eterno e, por isso, quer relacionar-se conosco. A partir disso, devemos perceber qual é o verdadeiro sentido da religião. O que caracteriza o verdadeiro cristão não é a mera observância dos mandamentos, mas a busca da perfeição que está no seguimento de Jesus, portanto no relacionamento com ele. Porém, existem valores deste mundo que se tornam obstáculo para este relacionamento, como é o caso dos bens materiais, que impediram o jovem de buscar livremente a vida eterna e a perfeição, através da caridade e do seguimento de Jesus, embora observasse todos os mandamentos.

http://www.franciscanos.org.br


O Dia do Catequista é celebrado em 25 de agosto em todo Brasil. O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para Animação Bíblico-Catequética, dom Jacinto Bergmann, divulgou uma mensagem a esses importantes atores da caminhada da comunidade eclesial.

Leia a mensagem:

Mensagem aos/às catequistas do Brasil

Um grande grito de louvor e ação de graças brota do nosso coração, por ocasião, mais uma vez, do Dia do/a Catequista. Nele celebramos o ministério bíblico-catequético de todos nós, tão essencial na vida da Igreja! O que seria da Igreja no Brasil, sem a plêiade de catequistas espalhados por todas as “periferias existenciais” do seu imenso território?

Neste ano de 2013, ainda em pleno Ano da Fé, fazemos a memória sagrada do documento “Catequese Renovada”. Desejo que cada um/uma de vocês sinta profunda alegria, não somente pelo documento escrito, mas por causa de toda a vida que ele gerou e impulsionou em nossa caminhada eclesial. Muitos de vocês, os/as mais vividos/as, guardam na mente e no coração o grande mutirão – um verdadeiro “vendaval” provocado pelo Espírito Santo - que trazia um dinamismo novo à nossa prática bíblico-catequética. Todos nós vimos ou ouvimos falar do imenso esforço feito por pessoas que gastaram o melhor de suas vidas para divulgar e tornar vivo em nossas comunidades este espírito novo. Quero destacar, de modo muito especial, o Frei Bernardo Cansi, que já está na casa do Pai, de onde continua a nos inspirar. Este homem fez da “Catequese Renovada” sua grande missão para servir Jesus Cristo de forma incansável: uma verdadeira paixão que contagiou milhares de catequistas por todo o Brasil. Na pessoa dele agradecemos a Deus toda a nuvem de catequetas e biblistas a serviço da renovação bíblico-catequética. E também agradecemos a Deus por cada um de vocês que até hoje lutam e, sem esmorecer, continuam a lutar para tornar realidade o processo de Iniciação à Vida Cristã e de Animação Bíblica da Vida e da Pastoral, que são os frutos atuais desse esforço de renovação.

Neste Dia do/a Catequista também não podemos deixar de lembrar o que aconteceu entre nós há um mês atrás . O profundo processo bíblico-catequético desencadeado pela JMJ, envolvendo grande número de bispos, presbíteros, religiosos e leigos – especialmente jovens -, mas tendo o papa Francisco como catequista principal. Ele apareceu diante de nossos olhos maravilhados de uma maneira muito simples mas profundamente tocante de evangelizar. Uma catequese, feita por ele, de gestos, de atitudes, de simbologias e de palavras cheias de afeto e unção dirigidas ao coração dos jovens e de todas as pessoas, provocando ânimo, coragem, esperança e intensa alegria. Uma perfeita experiência de catequese “comunitária, vivencial e bíblica”, como o próprio documento “Catequese Renovada” propõe.

Por fim recordamos, agradecidos, o papel de Nossa Senhora Aparecida, grande catequista que sustenta a fé, a esperança e o amor do nosso povo brasileiro. Que ela esteja sempre ao nosso lado e nos alcance a bênção da Trindade Santa!

PARABÉNS, queridos/as catequistas da nossa Igreja no Brasil!

Dom Jacinto Bergmann
Arcebispo de Pelotas/RS
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética

cnbb.org.br

domingo, agosto 18, 2013

Assunção de Nossa Senhora

Branco. Assunção de Nossa Senhora, Solenidade
Leituras
1ª Leitura - Ap 11,19a; 12,1-6a.10ab
Salmo - Sl 44(45),10bc.11.12ab.16 (R. 10b)
2ª Leitura - 1Cor 15,20-26.28


Evangelho - Lc 1,39-56
Naqueles dias, Maria partiu apressadamente dirigindo-se a uma cidade de Judá. Ela entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou de alegria em seu ventre, e Isabel ficou repleta do Espírito Santo. Com voz forte, ela exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Como mereço que a mãe do meu Senhor venha me visitar? Logo que a tua saudação ressoou nos meus ouvidos, o menino pulou de alegria no meu ventre. Feliz aquela que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido!”. Maria então disse: “A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque ele olhou para a humildade de sua serva. Todas as gerações, de agora em diante, me chamarão feliz, porque o Poderoso fez para mim coisas grandiosas. O seu nome é santo, e sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que o temem. Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os que tem planos orgulhosos no coração. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Encheu de bens os famintos, e mandou embora os ricos de mãos vazias. Acolheu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, conforme prometera a nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre”. Maria ficou três meses com Isabel. Depois, voltou para sua casa.

O dogma da Assunção nos dá uma certeza: Maria já alcançou a realização final. Tornou-se um sinal para a Igreja que crê no cumprimento das promessas de Deus.


A Assunção de Maria foi o último dogma mariano, proclamado pelo papa Pio XII (01/11/1950). Na Constituição Apostólica “Munificentissimus Deus”, a frase “terminado o curso da sua vida terrena”, deixa em aberto a questão sobre se a Virgem Maria morreu antes de sua assunção ou se ela foi assunta antes da morte. Ambas as possibilidades são aceitas pela Igreja.

Escritos desde o século IV falam da Assunção de Maria, mas seu ensino tornou-se comum no mundo cristão no século V. Foi estabelecido, no oriente, pelo imperador Maurício I, por volta do ano 600. No Século VIII o Papa Leão IV introduziu a festa no calendário da Igreja. Debates teológicos sobre a Assunção de Maria continuaram e, em 1950, o Papa Pio XII o definiu como dogma: “Pela autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo e em nossa própria autoridade, proclamamos, declaramos e definimos como dogma divinamente revelado, que a imaculada Mãe de Deus, Maria sempre Virgem, uma vez terminado o curso da sua vida terrena, foi elevada em corpo e alma à glória do céu”.

No Concílio Vaticano II (1962-65), o dogma da Assunção foi confirmado, segundo as seguintes palavras: “Preservada livre de toda culpa de pecado original, a Imaculada Virgem foi levada em corpo e alma à glória celestial, ao terminar sua viagem terrenal. Ela foi exaltada pelo Senhor como Rainha de todos, a fim de que pudesse ser mais completamente configurada a seu Filho, o Senhor dos senhores e o conquistador do pecado e da morte” (LG 59 e 68).

Na missa da Assunção de Nossa Senhora lemos uma passagem do livro do Apocalipse: “Apareceu um grande sinal no céu: uma mulher revestida do sol, a lua debaixo dos pés, e na cabeça uma coroa de doze estrelas” (12,1). Se hoje Maria está “vestida de sol”, não se deve a um mérito seu ou ao resultado de seus esforços, mas à escolha feita pelo próprio Deus.

O que o dogma da Assunção nos ensina? 

A Assunção de Maria mostra o valor do corpo humano, templo do Espírito Santo, também chamado à glorificação. Nosso corpo não é um instrumento do pecado, para a busca do prazer pelo prazer, mas para a glória de Deus.

Imaculada e assunta aos céus, Maria é a realização perfeita do projeto de Deus sobre a humanidade. “A Assunção manifesta o destino do corpo santificado pela graça, a criação material participando do corpo ressuscitado de Cristo, e a integridade humana, corpo e alma, reinando após a peregrinação da história” (Catequese renovada, 235).

O dogma da Assunção nos dá uma certeza: Maria já alcançou a realização final. Tornou-se um sinal para a Igreja que crê no cumprimento das promessas de Deus. Olhando para o que Deus já realizou em Maria, os cristãos animam-se a lutar contra o pecado e a construir um mundo justo e solidário, para participar, um dia, do Reino definitivo.


Dignidade da mulher
Uma mulher já participa da glória que está reservada à humanidade. Nasce, para nós, um desafio: lutar em favor das mulheres que, humilhadas, não têm podido deixar transparecer sua grande vocação. Em Maria, a dignidade da mulher é reconhecida pelo Criador.

Crer na Assunção é proclamar que aquela mulher que deu à luz num estábulo, que teve seu coração traspassado e viveu no exílio, foi exaltada por Deus, e, por tudo isso, está muito mais próxima de nós. A Assunção mostra as preferências de Deus por aqueles que são pobres, pequenos e pouco considerados neste mundo.

A Assunção de Maria lembra-nos que estaremos, um dia, eternamente com Deus. Uma irmã e mãe nossa – irmã na ordem da criação, mãe na ordem da graça – já está com Deus. Renova-se em nosso coração a esperança e a certeza de um dia também estarmos com o Senhor para sempre .


Pe. Francisco Sehnem, Scj
Revista Brasil Cristão

sábado, agosto 17, 2013

Abençoe seus filhos

Oração a Santa Beatriz
Lembrai-vos ó Santa Beatriz da Silva, das muitas angústias e tribulações pelas quais passastes nesta vida e intercedei por nós.
Ó Santa Beatriz, virgem singularmente amada de Maria Imaculada, alcançai-nos a pureza da alma e do corpo, com a graça que ardentemente vos suplicamos. Amém.

Santa Beatriz da Silva: fundadora da Ordem da Imaculada Conceição



Verde. Sábado da 19ª Semana Tempo Comum
Leituras 
1ª Leitura - Js 24,14-29 
Salmo - Sl 15,1-2a.5. 7-8. 11 (R. Cf. 5a) 
Evangelho - Mt 19,13-15 


HOMILÍA DO DIA

Abençoe seus filhos, abençoe suas crianças, coloque as mãos sobre elas e ore. Não existe carinho ou afeto maior!

“Então, Jesus disse: ‘Deixai as crianças e não as proibais de vir a mim, porque delas é o Reino dos Céus’” (Mt 19,14).

Dizendo isso, Jesus abençoava todas as crianças pondo as mãos sobre elas. Hoje, a primeira coisa que queria chamar você a refletir: Quanto é importante abençoarmos as nossas crianças? Estou me dirigindo primeiro aos pais, falando ao coração deles, pois sobre eles foi constituída uma autoridade divina, uma autoridade que veio do coração de Deus. Sobre os pais foi dada a bênção para que eles a passem aos outros, sobretudo aos filhos.

Às vezes, pai e mãe repreendem a criança, chamam demais a atenção dela! Tudo bem que eles têm de educar os filhos, têm de colocá-los no caminho certo, ensiná-los a viver; mas, primeiro, os pais têm de reconhecer a bênção que o filho é. E a melhor maneira é louvar, agradecer, bendizer a Deus pelos filhos que Ele lhes concedeu; ao mesmo tempo, é importante fazer o que Jesus fez.

Abençoe seus filhos, abençoe suas crianças, coloque as mãos sobre elas e ore. Não existe carinho ou afeto maior! Até a mamãe que tem a criança ainda no seu ventre já pode colocar a mão na sua barriga e pedir: “Pai, abençoe esse dom maravilhoso que o Senhor me deu”. A criança no colo, crescendo e também quando já adulta, não deixe, pais, de abençoá-las. Ao mesmo tempo que nós precisamos abençoar, acolher e amar nossas crianças, nós não podemos impedir que elas se aproximem do Reino do Céus, não podemos proibi-las de ir às igrejas, às comunidades. Muito pelo contrário, temos de cuidar, valorizar, incentivar os nossos pequenos a descobrirem, cada vez mais, o lugar que elas têm no coração de Deus, o lugar que elas merecem em nossas igrejas, em nossas comunidades.

Devemos acolher as crianças com amor e nunca afastá-las da casa de Deus. Ao mesmo tempo, devemos pedir ao Pai do Céu que nos conceda um coração puro e confiante. Ninguém confia mais em um pai e em uma mãe do que uma criança. Por isso, nós precisamos ter o coração simples, pedir a Deus que nos dê essa pureza e essa confiança plena no Seu amor e na Sua bondade, como uma criança tem quando está no regaço acolhedor da sua mãe.

Cada um de nós deve estar, como criança, no coração do Senhor.
Deus abençoe você!
Pe Roger Araújo

cancaonova.com


sexta-feira, agosto 16, 2013

Semana Nacional da Família: Que as famílias ganhem uma nova força e um novo vigor

Verde. 6ª-feira da 19ª Semana Tempo Comum

Leituras
1ª Leitura - Js 24,1-13
Salmo - Sl 135,1-3. 16-18. 21-22.24
Evangelho - Mt 19,3-12


“A Transmissão e a Educação da Fé cristã na Família” é o tema, deste ano, para a Semana Nacional da Família, comemorada de 12 a 18 de agosto de 2013.

O tema leva em conta a responsabilidade dos pais e também o Ano da Fé, instituído pelo Papa emérito Bento XVI. Está em consonância também com a Campanha da Fraternidade e a Jornada Mundial da Juventude.

Devemos refletir sobre o papel dos pais, os desafios que se apresentam, os valores que permanecem, a educação pela presença dos pais com fortaleza e docilidade, a iniciação cristã como educação para a felicidade e, por fim, procuremos elaborar um projeto de vida pessoal e familiar.

Os subtemas, elaborados pela CNBB, desejam provocar e desafiar os pais a assumirem, cada vez mais, a missão de primeiros e autênticos transmissores e educadores da fé cristã.

Atraídos por Jesus Cristo, os pais são convocados por Ele ao anúncio do Evangelho, com um mandato que é sempre novo, uma nova evangelização para descobrir novamente a alegria de crer e reencontrar o entusiasmo de comunicar a fé.

Na descoberta diária do amor, a família ganha força e vigor no compromisso missionário que jamais pode faltar.

A fé na família cresce quando é vivida como experiência de um amor recebido e comunicada como experiência de graça e de alegria.

Programaram-se sete encontros que poderão ser estendidos para ocasiões comemorativas e sugeridas em organizações de celebrações em outros ambientes que vão além da comunidade eclesial, tais como escolas, universidades, fábricas, escritórios etc.

Seria bom que toda família cristã participasse desse momento de evangelização, o qual começa no ambiente paroquial e deve se espalhar por todos os ambientes em que vivemos.

Deus é família: Pai, Filho e Espírito Santo, pessoas que vivem em comunhão. Unidos pela fé, também formamos uma família, a Igreja.

O Senhor nos fez à Sua semelhança e espera que preservemos esses valores. É hora de renovarmos nossa fé, vivendo-a com maior decisão e empenho.

Vamos todos, homens e mulheres cristãs! Que todos e cada um dê a sua colaboração para fazermos com que as famílias cristãs cresçam, como Jesus, em idade, sabedoria e graça diante de Deus!
Dom Eurico dos Santos Veloso 
Arcebispo Emérito de Juiz de Fora (MG)
cancaonova.com


quinta-feira, agosto 15, 2013

Sempre de novo o tema do perdão

Verde. 5ª-feira da 19ª Semana Tempo Comum

1ª Leitura - Js 3,7-10a.11.13-17
Salmo - Sl 113A,1-2. 3-4. 5-6
Evangelho - Mt 18,21-19,1


Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?

Pedro introduz o problema de quantas vezes se deve perdoar. Jesus responde que setenta vezes sete, a saber, sempre porque temos necessidade do poder divino. Neste contexto aparece a paradoxal parábola em que tudo é enorme; o débito de vários milhões do primeiro servo e sua crueldade para com o outro, que tem uma dívida insignificante para com ele. Assim, a condição essencial do perdão divino é o nosso perdão para o próximo, mas perdão cordial, como o perdão de Deus.

A parábola, hoje proclamada, é um drama em ato. Quem faz gastos absurdos e obtém indulto completo esgana depois um colega que lhe deve uma ninharia. Este problema não é só econômico, mas de relações humanas: quem está na alturas e viola atrevidamente altas leis superiores, faz depois um escarcéu por leves inobservâncias dos subalternos: um cônjuge que trai gravemente o outro chega às vezes a matá-lo por uma bagatela engrossada pelo ciúme… Mas por graça de Deus, com o Senhor não se brinca. Bom até o ponto de carregar e expiar nossas falhas, Deus não tolera a exploração de quem, grave pecador, oprime os outros por coisas sem importância. A sentença é clara! Uma só salvação; “Perdoar de coração o próprio irmão que pecou contra nós”. Se aprendêssemos a dizer conscientemente: “Perdoai-nos assim como nós perdoamos”! Deus nos perdoa sem colocar limites, sem cálculos; nós também devemos perdoar fraternalmente. A Eucaristia quer o perdão recíproco, a paz dada de coração.

Reflexões transcritas do Missal Cotidiano da Paulus, p. 1149-1150

Frei Almir Ribeiro Guimarães
www.franciscanos.org.br

quarta-feira, agosto 14, 2013

A sua família é a coisa mais importante que existe

Vermelho. 4ª-feira da 19ª Semana Tempo Comum 
São Maximiliano Maria Kolbe PresbMt., memória


Leituras
1ª Leitura - Dt 34,1-12
Salmo - Sl 65,1-3a. 5.16-17 (R. Cf. 20a.9a)
Evangelho - Mt 18,15-20


A Igreja vive para dar vida pela família, e a sua família é a coisa mais nobre e mais importante que existe. Nós damos a nossa vida para o que há de mais sagrado, para que a família seja cuidada, preservada e abençoada.


Hoje, nós lembramos e celebramos São Maximiliano Maria Kolbe. Esta é a Semana Nacional da Família, e nós não poderíamos ter um exemplo maior do que o desse santo. Quando criança ainda, tive a graça de conhecer a história de São Maximiliano, quando passei pelo Seminário dos Franciscanos Conventuais. A vida deste homem sempre me impressionou, porque ele para nós é exemplo, um santo dos nossos dias.

São Maximiliano morreu nos campos de concentração da Segunda Guerra Mundial, justamente no dia 14 de agosto de 1941, vésperas da festa da Assunção de Nossa Senhora. Foi um homem profundamente mariano. Apaixonado pela causa, pelo dogma da Imaculada Conceição de Maria, ele vivia sua vida inspirado no exemplo da Imaculada.

Foi um grande apóstolo dos meios de comunicação. Hoje, cavaleiro da Imaculada, São Maximiliano projetou o rádio, pensou até em satélite, na época em que a televisão nem existia, para que o Evangelho chegasse longe. Ele é para nós um exemplo.

Ele morreu no campo de concentração, porque um preso havia fugido, e a regra era: quando um preso fugisse, dez outros morreriam no lugar dele. Então, foram escolhidos os dez que iriam morrer. De repente, um pai de família chamado Edmundo começou a gritar: “Por favor, eu tenho mulher, filhos, preciso cuidar deles”.

São Maximiliano ficou comovido com aquele pai de família. Ele levantou sua mão e disse: “Eu gostaria de morrer no lugar deste pai de família”. Ele não desprezou sua vida, mas sabia que aquele pai precisava cuidar dos seus filhos. O soldado aceitou a troca. Edmundo voltou para o campo de concentração e São Maximiliano foi morrer no lugar dele.

Aquele pai de família sobreviveu e esteve presente na beatificação e na canonização de São Maximiliano. Até o último dia da sua vida, Edmundo agradeceu a Deus por esse sacerdote que deu sua vida por ele, para ele cuidasse dos seus filhos.

A Igreja vive para dar vida pela família, e a sua família é a coisa mais nobre e mais importante que existe. Nós damos a nossa vida para o que há de mais sagrado, para que a família seja cuidada, preservada e abençoada.

Que o Senhor cuide de cada um dos pais e mães de família, que São Maximiliano Kolbe interceda por aqueles que precisam cuidar dos seus.


Deus abençoe você!


Padre Roger Araújo
cancaonova.com

terça-feira, agosto 13, 2013

Bem-aventurada Dulce dos Pobres - 13 de agosto

Verde. 3ª-feira da 19ª Semana Tempo Comum

Leituras
1ª Leitura - Dt 31,1-8
Salmo - Dt 32,3-4a. 7. 8. 9.12 (R.9a)
Evangelho - Mt 18,1-5.10.12-14

Reflexão - Mt 18, 1-5.10.12-14


A nossa vida é constantemente condicionada pelos valores e costumes da sociedade e nós temos a tendência de querer levar os valores do mundo para a Igreja e até mesmo para o Reino de Deus. Entre esses valores do mundo que nos influenciam, podemos citar a hierarquização e a competitividade no dia a dia, que fazem com que haja sempre entre nós um clima de disputa e de busca de superioridade em relação às outras pessoas. É esse clima o principal responsável por muitos mal estares na vida da comunidade. São os valores evangélicos que devem transformar o mundo e não os valores do mundo que devem transformar a Igreja.


BEM-AVENTURADA DULCE DOS POBRES
Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, nascida em 26 de maio de 1914, filha de Augusto Lopes Pontes e Dulce Maria de Souza.

Maria Rita foi uma criança muito alegre, gostava de brincar de boneca, empinar pipa e com adoração por futebol (torcedora do Esporte Clube Ypiranga). Desde muito nova já mostrava dedicação a pessoas carentes, mendigos e doentes. Aos 13 anos transformou a casa da família em um centro de atendimento a estas pessoas. Sua casa ficou conhecida como "A Portaria de São Francisco", por conta do número de carentes que se aglomeravam a porta. Nesta época Maria Rita manifestou pela primeira vez o desejo de se dedicar a vida religiosa. Após seis anos Maria Rita se transformou em Irmã Dulce.

Em sua vida religiosa Irmã Dulce abraçou todos em seu caminho, ajudou aqueles que ninguém queria, e até hoje mantém seus braços abertos em suas obras sociais.

"Quando nenhum hospital quiser aceitar algum paciente, nós aceitaremos. Essa é a última porta e por isso eu não posso fechá-la." Irmã Dulce.

O processo de beatificação teve início em 2000, passando por várias etapas, em 22 de maio de 2011, Irmã Dulce será proclamada Beata.

"Se fosse preciso, começaria tudo outra vez do mesmo jeito, andando pelo mesmo caminho de dificuldades, pois a fé, que nunca me abandona, me daria forças para ir sempre em frente" Irmã Dulce.

O decreto de beatificação de Irmã Dulce foi assinado pelo papa Bento XVI no dia 10 de dezembro de 2010, após reconhecimento de um milagre da freira. Ela é a primeira baiana a se tornar beata


cnbb.org.br
paulinas.org.br

Pia União de Santo Antônio

Pia União de Santo Antônio