Deuteronômio 30, 10-14;
Salmos - Sl 68,14.17.30-31.33-34.36ab.37 (R.cf.33)
Colossenses 1, 15-20;
Lucas 10, 25-37
Na vida há coisas que não podem ser agendadas para mais tarde. Há o bem que poder ser feito um pouco mais adiante. Mas há aquele que precisa executada com toda presteza. O homem fortes sintomas de infarto, a barreia que está para cair, o menino que está no berço da casa em chamas… Eis algumas situações em que a ajuda não pode ser postergada… É uma história relatada por Lucas no evangelho hoje proclamado foi inventada por Jesus. A parábola de um samaritano tido como bom, especialmente bom. Viajantes e viandantes caminhavam de um lado para o outro. Meio apressadamente. Afinal de contas todos tinham coisas urgentes a fazer. Temos roupa para lavar, mudas para plantar, viagens a organizar, cuidados a prestar aos nossos familiares… Afinal de contas, ninguém é de ferro… Um sacerdote e um levita, ocupados com as coisas do culto, não puderam dar atenção ao homem que estava jogado à beira da estrada. O pobre ser estava completamente sem condições de socorrer-se a si mesmo. Tinha sido barbaramente atacado por ladroes. Sem auxilio imediato morreria. O samaritano parou, avaliou as condições do homem , as feridas, o sangue perdido. Experimenta um sentimento de compaixão, sofre com… coloca o homem em sua montaria, leva para uma hospedaria e se compromete a pagar o que for necessário gastar com ele…Usa de misericórdia. Assim está explicado o sentido de quem é o próximo de cada um… Próximo é aquele que aqui e agora mais precisa de mim… Há esses próximos mais próximos. Há esse amor e carinho para o cônjuge desanimado, desalentado, doente, fraco, fragilizado. Há essas atenções a serem prestadas pelos pais aos filhos ao longo de sua vida mormente quando os filhos são crianças ou atravessam as plagas delicadas da adolescência, quando precisam ser recolhidos a um hospital devido a uma overdose de drogas. Há também esses próximos mais distantes. Vejo idosos e pessoas mais jovens que estão na fila de um laboratório de análises clínicas… meio jogados a beira da estrada… esperando no frio que a porta se abra…. Há essas pobres pessoas nos presídios, cumprindo pena merecida , estragados como seres humanos precisando do amor de pessoas que as façam sentir-se gente. Há essas pessoas… essas tantas pessoas que precisam comer, curar a ressaca de uma bebedeira, trocar uma roupa suja…Tudo nos faz refletir sobre esses que são nossos próximos. E Jesus perguntou: “Na tua opinião, meu caro mestre da lei, então qual dos três que passaram perto do homem jogado à beira da estrada foi próximo de um delas. Certamente aquele que usou de misericórdia. Tu farás o mesmo…”.
Frei Almir Ribeiro Guimarães
franciscanos.org.br
São Camilo de Léllis, nasceu em Bucchiánico de Chieti, seu pai era marquês, homem de armas e herdou do pai a coragem e a espada. Sempre ficava internado no hospital de São Thiago em Roma, buscando tratamento para um tumor, pagava a diária do hospital trabalhando de servente, pois o vício do jogo fê-lo perder todo o dinheiro que tinha. Colocou-se então a serviço dos capuchinhos e nesse período teve a graça da conversão e decidiu mudar de vida. Ficou então como ajudante no hospital, servindo principalmente aos doentes mais repugnantes, ausentando-se apenas nos domingos de folga, que passava ao lado de São Felipe Néri, pelo qual foi influenciado na determinação da obra que estava para empreender. No final do ano Santo de 1575, quando os poucos hospitais romanos mostravam-se insuficientes para atender todos os peregrinos necessitados de assistência que São Camilo de Léllis fundou a Congregação dos Ministros, ou seja, servidores dos enfermos que deveriam cuidar espiritualmente e corporalmente dos doentes. Passado dois anos, São Camilo foi ordenado sacerdote e continuou dirigindo por vinte anos seus religiosos. Sua dedicação aos doentes era tanta, que sempre repetia quando alguém queria tirá-lo do leito dos enfermos: "estou ocupado com nosso Senhor Jesus Cristo." São Camilo de Léllis morreu no dia 14 de Julho do ano 1614, foi canonizado em 1746. Em 1886 foi declarado patrono dos enfermos e dos hospitais.
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