Verde. 5ª-feira da 13ª Semana Tempo Comum
Leituras
1ª Leitura - Gn 22,1-19
Salmo - Sl 114,1-2.3-4.5-6.8-9 (R. 9)
Evangelho - Mt 9,1-8
1ª Leitura - Gn 22,1-19
Salmo - Sl 114,1-2.3-4.5-6.8-9 (R. 9)
Evangelho - Mt 9,1-8
Os pais de São Francisco
As Fontes Franciscanas nos oferecem pouquíssimas informações sobre os pais de São Francisco. Os principais biógrafos, como Tomás de Celano e São Boaventura, após relatarem um pouco sobre a juventude de São Francisco e dos primeiros tempos de sua vocação e missão, nada mais falam sobre a sua família. Mesmo assim, é possível trazer à luz alguns dados importantes com o intuito de compreendermos melhor as origens do nosso pai seráfico.
Pedro Bernardone é o nome do pai de São Francisco. Este nome aparece nas biografias do santo como o opositor ferrenho das decisões de seu filho. Ele fez de tudo para que o seu primogênito não se desviasse do caminho traçado por ele. Provavelmente, Pedro Bernardone via em Francisco um sucessor que ocuparia em breve o seu lugar à frente dos negócios da família.
Paz e Bem
Pedro Bernardone é o nome do pai de São Francisco. Este nome aparece nas biografias do santo como o opositor ferrenho das decisões de seu filho. Ele fez de tudo para que o seu primogênito não se desviasse do caminho traçado por ele. Provavelmente, Pedro Bernardone via em Francisco um sucessor que ocuparia em breve o seu lugar à frente dos negócios da família.
Tomás de Celano, São Boaventura e outros antigos biógrafos não mencionam o nome da mãe de São Francisco. O nome de Joana ou de Senhora Pica só são registrados nas biografias mais tardias, assim como a sua suposta origem francesa. Por outro lado, ela é descrita por todos como aquela que teve sensibilidade para compreender a vocação de seu filho, libertando-o da prisão doméstica imposta pelo pai.
Segundo o autor da Legenda dos Três Companheiros os pais de Francisco o amavam intensamente, e por esta mesma razão toleravam as atitudes extravagantes do filho quando ainda vivia na casa paterna: “Muitas vezes era repreendido pelos pais que lhe diziam que ele fazia tão grandes despesas consigo mesmo e com os outros que não parecia filho deles, mas de algum grande príncipe. Mas, porque seus pais eram ricos e o amavam com extrema ternura, toleravam-no em tais coisas, não querendo perturbá-lo” (LTC 2,4-5).
Pedro Bernardone era um rico comerciante de tecidos de luxo. Ele possuía, inclusive, uma loja de tecidos importados na qual o jovem Francisco deve ter trabalhado. Isso significa que ele pertencia ao nível mais elevado da classe mercantil de Assis. Documentos do século XIII comprovam que ele possuía também muitas casas na cidade e que seus descendestes continuaram a gozar da riqueza herdada do velho patriarca da família. O pai viajava com frequência à França para comprar tecidos finos os quais eram revendidos por preços compensadores. Ele era não só possuidor de muitos bens, mas um amante apaixonado pelo dinheiro e por toda a sua riqueza.
Assis, no tempo de São Francisco, passava por um processo de emancipação política diante do poder centralizador dos senhores nobres. Essa reviravolta social era promovida pelos burgueses (comerciantes e artesãos) que reivindicavam naquele momento uma participação efetiva e plena nas decisões político-econômicas da cidade. O pai de São Francisco, sendo ele um rico comerciante, juntamente com seus pares devia ter seus interesses a defender neste processo político-social típico de sua época. As cidades que se reorganizavam a partir dos interesses dos burgueses (denominadas de “Comunas”) estabeleciam um modo mais democrático de exercer o poder político.
Nas comunas italianas os ricos comerciantes ostentavam um padrão de vida igual ou superior ao da nobreza. Não é de estranhar que Francisco cultivasse sonhos de se tornar um cavaleiro, honraria típica de quem pertencia à nobreza.
Todo comerciante do nível de Pedro Bernardone devia saber pelo menos ler, escrever, fazer contas e utilizar o latim num nível elementar. Com muita probabilidade, esta deve ter sido a educação formal que Francisco, quando criança ou adolescente, recebeu durante seus estudos na igreja de São Jorge. De fato, muitos estudiosos, analisando alguns escritos do santo, afirmam que o grau de instrução de São Francisco era aquele que se esperava de um comerciante de sua categoria.
Outro fato curioso é que as biografias concordam em atribuir a Francisco o uso da língua francesa principalmente em momentos de entusiasmo e fervor. Este conhecimento do francês por parte de Francisco deve-se provavelmente ao pai que, tendo em vista os negócios com a França, transmitiu ao filho o conhecimento que tinha desta língua.
Segundo o autor da Legenda dos Três Companheiros os pais de Francisco o amavam intensamente, e por esta mesma razão toleravam as atitudes extravagantes do filho quando ainda vivia na casa paterna: “Muitas vezes era repreendido pelos pais que lhe diziam que ele fazia tão grandes despesas consigo mesmo e com os outros que não parecia filho deles, mas de algum grande príncipe. Mas, porque seus pais eram ricos e o amavam com extrema ternura, toleravam-no em tais coisas, não querendo perturbá-lo” (LTC 2,4-5).
Pedro Bernardone era um rico comerciante de tecidos de luxo. Ele possuía, inclusive, uma loja de tecidos importados na qual o jovem Francisco deve ter trabalhado. Isso significa que ele pertencia ao nível mais elevado da classe mercantil de Assis. Documentos do século XIII comprovam que ele possuía também muitas casas na cidade e que seus descendestes continuaram a gozar da riqueza herdada do velho patriarca da família. O pai viajava com frequência à França para comprar tecidos finos os quais eram revendidos por preços compensadores. Ele era não só possuidor de muitos bens, mas um amante apaixonado pelo dinheiro e por toda a sua riqueza.
Assis, no tempo de São Francisco, passava por um processo de emancipação política diante do poder centralizador dos senhores nobres. Essa reviravolta social era promovida pelos burgueses (comerciantes e artesãos) que reivindicavam naquele momento uma participação efetiva e plena nas decisões político-econômicas da cidade. O pai de São Francisco, sendo ele um rico comerciante, juntamente com seus pares devia ter seus interesses a defender neste processo político-social típico de sua época. As cidades que se reorganizavam a partir dos interesses dos burgueses (denominadas de “Comunas”) estabeleciam um modo mais democrático de exercer o poder político.
Nas comunas italianas os ricos comerciantes ostentavam um padrão de vida igual ou superior ao da nobreza. Não é de estranhar que Francisco cultivasse sonhos de se tornar um cavaleiro, honraria típica de quem pertencia à nobreza.
Todo comerciante do nível de Pedro Bernardone devia saber pelo menos ler, escrever, fazer contas e utilizar o latim num nível elementar. Com muita probabilidade, esta deve ter sido a educação formal que Francisco, quando criança ou adolescente, recebeu durante seus estudos na igreja de São Jorge. De fato, muitos estudiosos, analisando alguns escritos do santo, afirmam que o grau de instrução de São Francisco era aquele que se esperava de um comerciante de sua categoria.
Outro fato curioso é que as biografias concordam em atribuir a Francisco o uso da língua francesa principalmente em momentos de entusiasmo e fervor. Este conhecimento do francês por parte de Francisco deve-se provavelmente ao pai que, tendo em vista os negócios com a França, transmitiu ao filho o conhecimento que tinha desta língua.
Paz e Bem
Frei Salvio Romero, eremita capuchinho
http://www.escolafranciscanademeditacao.blogspot.com.br/
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