SEJAM BEM-VINDOS!

Caríssimos(as) Irmãos(as), saudamos a todos vocês com a Paz e o Bem contidas no Cristo Jesus e em São Francisco de Assis.



quarta-feira, julho 31, 2013

31 de Julho - Santo Inácio de Loyola

Branco. 4ª-feira da 17ª Semana Tempo Comum 
Sto. Inácio de Loyola Presb., memória

Leituras
1ª Leitura - Ex 34,29-35
Salmo - Sl 98, 5. 6. 7. 9 (R. Cf. 9c)
Evangelho - Mt 13,44-46


Inácio de Loyola tinha algumas orações de sua preferência. Além daquela conhecida como “Oração de Santo Inácio”, extraída dos seus Exercícios Espirituais, a Alma de Cristo era, sem dúvida, uma de suas preferidas. Ao celebrar a festa do Santo – dia 31 de julho – deixamos aqui as duas orações, para sua reflexão.

Oração de Santo Inácio
Tomai, Senhor, e recebei
Toda a minha liberdade, a minha memória também.
O meu entendimento e toda a minha vontade
Tudo o que tenho e possuo, vós me destes com amor.
Todos os dons que me destes, com gratidão vos devolvo
Disponde deles, Senhor, segundo a vossa vontade.
Dai-me somente, o vosso amor, vossa graça
Isto me basta, nada mais quero pedir.


Anima Christi

Alma de Cristo
Alma de Cristo, santificai-me.
Corpo de Cristo, salvai-me.
Sangue de Cristo, inebriai-me.
Água do lado de Cristo, lavai-me.
Paixão de Cristo, confortai-me.
Ó bom Jesus, ouvi-me.
Dentro de vossas chagas, escondei-me.
Não permitais que eu me afaste de vós.
Do espírito maligno, defendei-me.
Na hora da minha morte, chamai-me e mandai-me ir para vós
para que, com os vossos santos, vos louve por todos os séculos dos séculos.
Amém.
http://amaivos.uol.com.br/amaivos09/noticia/noticia.asp?cod_noticia=15517&cod_canal=29


Arcebispo recebe imprensa e fala sobre vinda do papa Francisco
O arcebispo metropolitano de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha, recebeu na tarde da última terça-feira (30), a imprensa natalense, para uma coletiva. O tema foi a Jornada Mundial da Juventude, da qual ele foi um dos catequistas, e também, a vinda do papa Francisco ao Brasil e a importância deste momento para a Igreja Católica. Também participou da coletiva, o padre Inácio Lopes, coordenador do setor juventude, da Arquidiocese de Natal.

Segundo Dom Jaime, uma das características mais marcantes do sumo pontífice, foi a simplicidade. “Francisco chama atenção a essa simplicidade, de não nos submetermos a uma mentalidade de príncipes da Igreja, mas de servidores, de pessoas desinstaladas, de pobres, e que estejam, sobretudo, próximas do povo”, frisa.

O arcebispo também destacou o convite feito pelo santo padre ao povo. “A grande chamada e mensagem do papa é essa: sair de si, ir ao encontro e levar nosso Senhor às pessoas. Também destaco as atitudes de Francisco, que mostravam liberdade, em relação à realidade do mundo atual. É uma pessoa realmente cativante. Para nós, foi, com certeza, um momento profundo de renovação e entusiasmo”, pontua.

Em relação à Jornada Mundial da Juventude, Dom Jaime ressaltou a importância do evento para a renovação da fé das pessoas. “Durante esses dias, era possível perceber a paz que este evento trouxe para a cidade, bem como, os sentimentos de fraternidade e harmonia. O amor de Deus, a alegria, o acolhimento, contagiou a todos, independentemente de crenças religiosas”, destaca.

Para o padre Inácio Lopes, a JMJ superou as expectativas. “Já havia participado da edição de Madri, em 2011, mas, o Brasil tem esse aspecto do povo caloroso e de muita fé. As pessoas que estavam ali, buscavam um único objetivo, o encontro com Deus e com o próximo. Acredito que o grande legado que a Jornada deixa, é o da evangelização da juventude”, avalia.
arquidiocesedenatal.org.br


terça-feira, julho 30, 2013

O Papa Francisco recorda aos jornalistas os ensinamentos da Igreja sobre a homossexualidade

Verde. 3ª-feira da 17ª Semana Tempo Comum
Leituras
1ª Leitura - Ex 33,7-11; 34,5b.28
Salmo - Sl 102,6-7. 8-9. 10-11. 12-13 (R. 8a)
Evangelho - Mt 13,36-43

VATICANO, 30 Jul. 13 / 08:14 am (ACI/EWTN Noticias).- No voo de volta a Roma, o Papa Francisco surpreendeu os jornalistas com uma roda de imprensa em que respondeu a suas inquietações. Na última pergunta abordou o tema do lobby gay e recordou os ensinamentos da Igreja sobre os homossexuais.

"Se escreve muito sobre o lobby gay. Até agora não encontrei ninguém no Vaticano com uma carteira de identidade que diga "gay". Alguns dizem que há. Quando alguém se encontra com uma pessoa assim, deve distinguir entre o fato de ser gay e o fato de fazer lobby gay, porque nenhum lobby é bom. Se uma pessoa é gay e procura Jesus, e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-la? O catecismo diz que não se deve marginalizar essas pessoas por isso. Elas devem ser integradas à sociedade. O problema não é ter esta tendência. Devemos ser irmãos. O problema é fazer lobby, de pessoas gananciosas, lobby de políticos, de maçons, tantos lobbies. Esse é o pior problema", disse o Papa segundo uma transcrição difundida pelo jornal El Mundo da Espanha.

O que ensina o Catecismo
Na Terceira Parte do Catecismo, titulada "A Vida em Cristo", o Catecismo daIgreja Católica aborda o tema da homossexualidade. Reproduzimos o texto oficial a seguir.


Castidade e homossexualidade
2357 A homossexualidade designa as relações entre homens ou mulheres, que experimentam uma atração sexual exclusiva ou predominante para pessoas do mesmo sexo. Tem-se revestido de formas muito variadas, através dos séculos e das culturas. A sua génese psíquica continua em grande parte por explicar. Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves (Gn 19, 1-29; Rm 1, 24-27; 1 Cor 6, 10; 1 Tm 1, 10), a Tradição sempre declarou que «os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados» (Congregação para a Doutrina da Fé, Declaração Pessoa Humana, 8). São contrários à lei natural, fecham o ato sexual ao dom da vida, não procedem duma verdadeira complementaridade afetiva sexual, não podem, em caso algum, ser aprovados.
2358 Um número considerável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais profundamente radicadas. Esta propensão, objetivamente desordenada, constitui, para a maior parte deles, uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á, em relação a eles, qualquer sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar na sua vida a vontade de Deus e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar devido à sua condição.
2359 As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes do autodomínio, educadoras da liberdade interior, e, às vezes, pelo apoio duma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem aproximar-se, gradual e resolutamente, da perfeição cristã.

Aqui se pode ler o texto oficial do Catecismo:

http://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/p3s2cap2_2196-2557_po.html


acidigital.com

segunda-feira, julho 29, 2013

Elogio à laboriosa Marta - 29 de julho

Branco. Santa Marta, Memória
Leituras
1ª Leitura - 1Jo 4,7-16
Salmo - Sl 33(34),2-3.4-5.6-7.8-9.10-11 (R. 2a ou 9a)
Evangelho - Jo 11,19-27


Santa Marta
Lições de Santo Agostinho


“As palavras de nosso Senhor Jesus Cristo nos advertem que em meio à multiplicidade das ocupações deste mundo devemos aspirar a um único fim. Aspiramos porque estamos a caminho e não em morada permanente; ainda em viagem e não na pátria definitiva; ainda no tempo do desejo e não da posse plena. Mas devemos aspirar, sem preguiça e sem desânimo, a fim de podermos um dia chegar ao fim.

Marta e Maria eram irmãs, não apenas irmãs de sangue, mas também de sentimentos religiosos. Ambas estavam unidas ao Senhor, ambas em perfeita harmonia serviam ao Senhor corporalmente presente. Marta o recebeu como costumam ser recebidos os peregrinos. No entanto, era a serva que recebia o seu Senhor, uma doente que acolhia o salvador, uma criatura que hospedava o Criador. Recebeu o Senhor para lhe dar o alimento corporal, ela que precisava do alimento espiritual. O Senhor quis tomar a forma de servo e, nesta condição, ser alimentado pelos servos, por condescendência, não por necessidade. Também foi por condescendência que se apresentou para ser alimentado. Pois tinha assumido um corpo que lhe fazia sentir fome e sede.

Portanto, o Senhor foi recebido como hóspede, ele que veio para o que era seu e os seus não o receberam, deu-lhes a capacidade de se tornarem filhos de Deus (Jo 1, 11-12). Adotou o servos e os fez irmãos; remiu os cativos e os fez co-herdeiros. Que ninguém entre vós ouse dizer: Felizes os que merecem receber Cristo em sua casa! Não te entristeças, não te lamentes por teres nascido num tempo em que já não podes ver o Senhor corporalmente. Ele não te privou desta honra, pois afirmou: Todas as vezes que fizeste isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que fizestes (Mt 25,40).

Aliás, Marta, permite-me dizer-te: Bendita sejas pelo teu bom serviço! Buscas o descanso como recompensa pelo teu trabalho. Agora estás ocupada com muitos serviços, queres alimentar os corpos que são mortais, embora sejam de pessoas santas. Mas quando chegares à outra pátria, acaso encontrarás peregrinos para hospedar? Encontrarás um faminto para com ele repartires o pão? Um sedento para dares de beber? Um doente para visitar? Um desunido para reconciliar? Um morto para sepultar?

Lá não haverá nada disso. Então o que haverá? O que Maria escolheu: lá seremos alimentados, não alimentaremos. Lá se cumprirá com perfeição e em plenitude o que Maria escolheu aqui: daquela mesa farta ela recolhia as migalhas da palavra do Senhor. É o próprio Senhor quem diz a respeito de seus servos: Em verdade eu vos digo, ele mesmo vai fazê-los sentar à mesa e, passando, os servirá (Lc 12.,37).

Liturgia das Horas III,, p.1454-1455

Frei Almir Ribeiro Guimarães
www.franciscanos.org.br

sábado, julho 27, 2013

JMJ Rio 2013 - Na Catedral do Rio, Papa Francisco convoca bispos, padres e religiosos para ir ao encontro das pessoas

Verde. Sábado da 16ª Semana Tempo Comum
Leituras
1ª Leitura - Ex 24,3-8
Salmo - Sl 49,1-2. 5-6. 14-15 (R. 14a)
Evangelho - Mt 13,24-30

Na manhã deste sábado, 27 de julho, a Catedral Metropolitana de São Sebastião, no Rio de Janeiro (RJ) recebeu os bispos brasileiros, presbíteros e diáconos, além de religiosos e seminaristas, para a missa presidida pelo Papa Francisco. O pontífice foi acolhido na Catedral pelo arcebispo do Rio, dom Orani João Tempesta. Também concelebraram o presidente da CNBB, cardeal Raymundo Damasceno Assis; o vice-presidente da entidade, dom José Belisário da Silva, e diversos bispos brasileiros e estrangeiros, que pregaram as catequeses durante a Jornada Mundial da Juventude.

O Santo Padre presenteou a Catedral do Rio de Janeiro com um cálice, simbolizando a unidade da igreja em comunhão. Após a proclamação do evangelho, um trecho da conclusão de São Marcos que relata o envio dos discípulos de Jesus, Francisco dirigiu a sua homilia. “Vendo essa Catedral lotada, penso na palavra do salmo da missa do dia de hoje: ‘Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor”, iniciou. “Somos chamados por Deus! (...) Os religiosos não podem ser desmemoriados. Tem que ter no coração a recordação da origem de sua vocação”.

O Papa recordou que os vocacionados são chamados a ir ao encontro dos irmãos. “Permanecer com Cristo não significa exilar-se, mas sim ir ao encontro dos outros. (...) Ser missionário não significa necessariamente abandonar o país, família e os amigos. Pois Deus quer que sejamos missionários onde estamos. Ajudemos aos jovens a perceber que ser discípulo é consequência do ser batizado”.
Em harmonia com a reflexão atual da Igreja no Brasil sobre a renovação paroquial, Francisco destacou que os ministros do evangelho devem ir ao encontro dos que estão afastados. “Não podemos ficar enclaustrados em nossa casa, em nossa paróquia. Não se trata simplesmente de abrir a porta para acolher, mas de sair pela porta fora para procurar e encontrar. Devemos sair, somos enviados! Temos que sair pela porta para buscar e encontrar as pessoas”, disse o Papa, que destacou também a importância da acolhida dos jovens nas comunidades. “São convidados VIP em nossas paróquias!”.

Francisco recordou ainda que os ministros da Igreja devem combater a cultura da exclusão. “Queridos irmãos e irmãs, somos chamados por Deus a anunciar o Evangelho e a promover com alegria a cultura do encontro. (...) Vamos ao encontro de tantos irmãos e irmãs que estão abandonados. Não fiquemos em casa: vamos sair de casa, e assim sejamos discípulos do Senhor!”.
cnbb.org.br

sexta-feira, julho 26, 2013

JMJ Rio2013 - Três ministros, um só coração… Franciscano

Branco. São Joaquim e Sant'Ana, pais de Nossa Senhora, Memória

Leituras
1ª Leitura - Eclo 44,1.10-15
Salmo - Sl 131(132),11.13-14.17-18 (R. Lc 1,32a)
Evangelho - Mt 13,16-17


Reflexão 


Todos nós falamos muito em felicidade e todas as pessoas desejam ser felizes. Em nome da felicidade as pessoas fazem as maiores proezas e correm os maiores riscos. A felicidade está sempre naquilo que nós mais valorizamos na nossa vida. É justamente aqui que nós encontramos o elemento de análise principal para encontrarmos a causa de tanto sofrimento e tanta dor que estão presentes no mundo de hoje. Deus é o valor absoluto e somente a partir dele pode haver felicidade verdadeira. Qualquer felicidade que encontre o seu fundamento fora de Deus, coloca o seu fundamento em um falso valor, de modo que é na verdade uma falsa felicidade, que só pode trazer dor e sofrimento.
cnbb.org.br

JMJ Rio 2013

Rio de Janeiro (RJ) - Na manhã desta quinta, dia 25 de julho, no Espaço Franciscano, a chuva que caía desde cedo parece que veio regar a semente de comunhão e unidade presente no coração dos franciscanos e franciscanas. Num clima familiar, simples, marcado por espontâneo improviso, a Providência se encarregou de permitir que os Ministros Gerais de cada obediência se dirigissem aos jovens e à Família Franciscana presente no Espaço Franciscano.

Frei Michael Perry, Ministro Geral da OFM (frades menores), falou na abertura do Momento de Oração, após acender o Círio Pascal, a Luz de Cristo Vivo e Ressuscitado que ilumina o coração da juventude. Expressando-se em Inglês, Frei Michael demonstrou muito afeto nas palavras e, olhando nos olhos de irmãos e irmãs da assembleia, enfatizou: “Você é uma maravilha de Deus”. Depois, pediu que todos se olhassem nos olhos e repetissem esta mesma afirmação entre si. Também destacou a importância de todos os seguidores de Clara e Francisco se imbuírem do espírito missionário. Ao nos apresentarmos, devemos acrescentar ao nosso nome a palavra missionário. ‘Eu sou Michael, missionário!’”

A Oração teve prosseguimento e, durante a Leitura do Evangelho, chegou ao Espaço Franciscano Frei Marco Tasca, Ministro Geral da OFMConv (frades conventuais), que se comunicou em italiano. “A ressurreição de Cristo é uma prova de que, em nossa vida, a morte não está em primeiro lugar, a tristeza não está primeiro lugar, nossos pecados não estão em primeiro lugar, mas a esperança. A vida franciscana não pode ser desanimada ou triste”. Frei Marco também chamou a atenção para a importância do cultivo da unidade na Família Franciscana. “Viemos de lugares diferentes, usamos hábitos diferentes, mas isto é da história. O importante é que somos movidos pela mesma paixão por Cristo que moveu Francisco e Clara”.

Como na oração de abertura, os participantes de diferentes idiomas se uniram para rezar o Pai-nosso, que foi recitado em português, italiano, espanhol e inglês. Próximo ao término do momento de oração, chegou ao Espaço Franciscano o suíço Frei Mauro Jöhri, Ministro Geral da OFMCap (capuchinhos). Também falando italiano, Frei Mauro brincou e disse que foi “pego de surpresa” para falar e também fez referência à chuva. “Fico muito feliz em ver tantos irmãos e irmãs jovens, neste dia em que Louvamos a Deus pela Irmã Água que, segundo São Francisco, é muito humilde, preciosa e casta”.

Os três Ministros Gerais foram muito espontâneos ao se expressarem. Falaram com o coração. Apesar de não terem sido combinadas previamente, as colocações dos Ministros Gerais na Oração Inicial do Espaço Franciscanos conferiram a este momento alegria e sentido de unidade. Ao final, todos foram convidados a se saudar, franciscanamente, com a conhecida máxima de “Paz e Bem”. Houve festa, dança, alegria e confraternização, tudo com o tempero da simplicidade franciscana.

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SANT'ANA E SÃO JOAQUIM - 26 de Julho

Ana e seu marido Joaquim já estavam com idade avançada e ainda não tinham filhos. O que, para os judeus de sua época, era quase um desgosto e uma vergonha também. Os motivos são óbvios, pois os judeus esperavam a chegada do messias, como previam as sagradas profecias.

Assim, toda esposa judia esperava que dela nascesse o Salvador e, para tanto, ela tinha de dispor das condições para servir de veículo aos desígnios de Deus, se assim ele o desejasse. Por isso a esterilidade causava sofrimento e vergonha e é nessa situação constrangedora que vamos encontrar o casal.

Mas Ana e Joaquim não desistiram. Rezaram por muito e muito tempo até que, quando já estavam quase perdendo a esperança, Ana engravidou. Não se sabe muito sobre a vida deles, pois passaram a ser citados a partir do século II, mas pelos escritos apócrifos, que não são citados na Bíblia, porque se entende que não foram inspirados por Deus. E eles apenas revelam o nome dos pais da Virgem Maria, que seria a Mãe do Messias.

No Evangelho, Jesus disse: "Dos frutos conhecereis a planta". Assim, não foram precisos outros elementos para descrever-lhes a santidade, senão pelo exemplo de santidade da filha Maria. Afinal, Deus não escolheria filhos sem princípios ou dignidade para fazer deles o instrumento de sua ação.

Maria, ao nascer no dia 8 de setembro de um ano desconhecido, não só tirou dos ombros dos pais o peso de uma vida estéril, mas ainda recompensou-os pela fé, ao ser escolhida para, no futuro, ser a Mãe do Filho de Deus.

A princípio, apenas santa Ana era comemorada e, mesmo assim, em dias diferentes no Ocidente e no Oriente. Em 25 de julho pelos gregos e no dia seguinte pelos latinos. A partir de 1584, também são Joaquim passou a ser cultuado, no dia 20 de março. Só em 1913 a Igreja determinou que os avós de Jesus Cristo deviam ser celebrados juntos, no dia 26 de julho.

paulinas.org.br

quinta-feira, julho 25, 2013

Primeira homilia do Papa Francisco no Brasil: “conservar a esperança, deixar-se surpreender por Deus e viver a alegria”

“É de Maria que se aprende o verdadeiro discipulado” disse o Papa Francisco, durante a celebração da Eucaristia, na Basílica de Nossa Senhora em Aparecida (SP). Essa é sua primeira homilia e também primeira viagem apostólica internacional durante a Jornada Mundial da Juventude. Papa Francisco começou dizendo que “quanta alegria me dá de vir a casa da Mãe Aparecida”. Lembrou que no dia seguinte a sua eleição, ele foi a Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, para confiar meu pontificado. Hoje, disse o Papa, ele quis vir a Aparecida confiar a Jornada Mundial da Juventude e a vida do povo latino-americano.

O Papa lembrou que foi justamente em Aparecida, seis anos atrás, ele pode se dar conta, pessoalmente, de algo que considerou belíssimo: os bispos trabalharam na V Conferência do episcopado latino-americano e caribenho (CELAM) eram acompanhados pelos peregrinos que vinham ao Santuário confiar suas vidas à Nossa Senhora Aparecida. Por isso, o Documento que foi publicado depois daquele encontro “nasceu do trabalho dos pastores e da fé dos romeiros sob a proteção de Maria”.

E fez uma breve mediatação chamando a atenção para posturas: “conservar a esperança, deixar-se surpreender por Deus e viver a alegria”. Em primeiro lugar, disse o Papa, “nunca percamos a esperança!”. Recordou que o mal esta presente na vida de todos, mas o mal não é o mais forte. “Deus é a nossa esperança”, afirmou o Papa. “É verdade que tantas pessoas, e também os jovens, estão diante de tantos ídolos”, continuou. Esses ídolos seriam o dinheiro, poder e o prazer. Lembrou também que muitas pessoas, frequentemente, vivem a solidão e tem uma sensação de vazio, mas é preciso que ninguém desanime: “sejamos luzeiros da esperança”, conclamou o Papa. Pediu que todos tenham uma visão positiva da realidade e recordou que os jovens são um motor potente para a sociedade e para a Igreja: “eles são a coração espiritual de um povo”, acentuou.

A segunda atitude, prosseguiu o Papa, é aquela de cada pessoa se deixar surpreender por Deus. “Quem é homem e mulher de esperança, sabe que, mesmo em meio a dificuldades, Deus está atento e nos surpreende”. Papa Francisco lembrou que a própria história da imagem de Aparecida é uma bela ilustração das surpresas de Deus. Ninguém poderia imaginar que de uma pesca no Rio Paraíba, viria a mensagem de que o Brasil inteiro tem uma mãe. “Longe de Deus, o vinho da alegria e da esperança, se esgota”. Perto dele, tudo isso se torna possível, complementou o Papa.

A terceira e última atitude escolhida pelo Papa é “viver na alegria”. Lembrou que todos devem caminhar na esperança, deixando se surpreender por Deus e ser alegres. “O cristão é alegre, nunca está triste. Deus nos acompanha. Temos uma mãe que sempre intercede pela vida de seus filhos”, afirmou. E concluiu dizendo que Jesus mostra a face de um Pai que ama. E, por isso, o cristão não pode ter o rosto de quem está em constante estado de luto. Pediu que todos se deixassem contagiar pela alegria de Cristo e recordou que o que Bento XVI disse no Santuário de Aparecida, em 2007, quando afirmou que “o discípulo sabe que sem Cristo não há luz, não ha esperança, não há futuro”. E concluiu: “viemos bater na casa de Maria. Ela nos abriu, fez nos entrar e nos aponta seu filho e, agora, ela nos diz: ‘Fazei o que ele disser’. O Papa responde a esse apelo dizendo que todos devem fazer o que Cristo disser na esperança, cheios das surpresas de Deus e na alegria.



Confira a homilia na íntegra:

Venerados irmãos no episcopado e no sacerdócio,
Queridos irmãos e irmãs!

Quanta alegria me dá vir à casa da Mãe de cada brasileiro, o Santuário de Nossa Senhora Aparecida. No dia seguinte à minha eleição como Bispo de Roma fui visitar a Basílica de Santa Maria Maior, para confiar a Nossa Senhora o meu ministério de Sucessor de Pedro. Hoje, eu quis vir aqui para suplicar à Maria, nossa Mãe, o bom êxito da Jornada Mundial da Juventude e colocar aos seus pés a vida do povo latino-americano.

Queria dizer-lhes, primeiramente, uma coisa. Neste Santuário, seis anos atrás, quando aqui se realizou a V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe, pude dar-me conta pessoalmente de um fato belíssimo: ver como os Bispos – que trabalharam sobre o tema do encontro com Cristo, discipulado e missão – eram animados, acompanhados e, em certo sentido, inspirados pelos milhares de peregrinos que vinham diariamente confiar a sua vida a Nossa Senhora: aquela Conferência foi um grande momento de vida de Igreja. E, de fato, pode-se dizer que o Documento de Aparecida nasceu justamente deste encontro entre os trabalhos dos Pastores e a fé simples dos romeiros, sob a proteção maternal de Maria. A Igreja, quando busca Cristo, bate sempre à casa da Mãe e pede: “Mostrai-nos Jesus”. É de Maria que se aprende o verdadeiro discipulado. E, por isso, a Igreja sai em missão sempre na esteira de Maria.

Assim, de cara à Jornada Mundial da Juventude que me trouxe até o Brasil, também eu venho hoje bater à portada casa de Maria, que amou e educou Jesus, para que ajude a todos nós, os Pastores do Povo de Deus, aos pais e aos educadores, a transmitir aos nossos jovens os valores que farão deles construtores de um País e de um mundo mais justo,solidário e fraterno. Para tal, gostaria de chamar à atenção para três simples posturas: Conservar a esperança; deixar-se surpreender por Deus; viver na alegria.

1. Conservar a esperança. A segunda leitura da Missa apresenta uma cena dramática: uma mulher – figura de Maria e da Igreja – sendo perseguida por um Dragão – o diabo - que quer lhe devorar o filho. A cena, porém, não é de morte, mas de vida, porque Deus intervém e coloca o filho a salvo (cfr. Ap 12,13a.15-16a). Quantas dificuldades na vida de cada um, no nosso povo, nas nossas comunidades, mas, por maiores que possam parecer, Deus nunca deixa que sejamos submergidos.Frente ao desânimo que poderia aparecer na vida, em quem trabalha na evangelização ou em quem se esforça por vivera fé como pai e mãe de família, quero dizer com força: Tenham sempre no coração esta certeza! Deus caminha a seu lado,nunca lhes deixa desamparados! Nunca percamos a esperança! Nunca deixemos que ela se apague nos nossos corações! O “dragão”, o mal, faz-se presente na nossa história, mas ele não é o mais forte. Deus é o mais forte, e Deus é a nossa esperança! É verdade que hoje, mais ou menos todas as pessoas, e também os nossos jovens, experimentam o fascínio de tantos ídolos que se colocam no lugar de Deus e parecem dar esperança: o dinheiro, o poder, o sucesso, o prazer.Frequentemente, uma sensação de solidão e de vazio entra no coração de muitos e conduz à busca de compensações, destes ídolos passageiros. Queridos irmãos e irmãs, sejamos luzeiros de esperança! Tenhamos uma visão positiva sobre a realidade.Encorajemos a generosidade que caracteriza os jovens, acompanhando-lhes no processo de se tornarem protagonistas da construção de um mundo melhor: eles são um motor potente para a Igreja e para a sociedade. Eles não precisam só de coisas, precisam sobretudo que lhes sejam propostos aqueles valores imateriais que são o coração espiritual de um povo,a memória de um povo. Neste Santuário, que faz parte da memória do Brasil, podemos quase que apalpá-los:espiritualidade, generosidade, solidariedade, perseverança, fraternidade, alegria; trata-se de valores que encontram a sua raiz mais profunda na fé cristã.

2. A segunda postura: Deixar-se surpreender por Deus. Quem é homem e mulher de esperança – a grande esperança que a fé nos dá – sabe que, mesmo em meio às dificuldades, Deus atua e nos surpreende. A história deste Santuário serve de exemplo: três pescadores, depois de um dia sem conseguir apanhar peixes, nas águas do Rio Parnaíba, encontram algo inesperado: uma imagem de Nossa Senhora da Conceição. Quem poderia imaginar que o lugar de uma pesca infrutífera, tornar-se-ia o lugar onde todos os brasileiros podem se sentir filhos de uma mesma Mãe? Deus sempre surpreende, comoo vinho novo, no Evangelho que ouvimos. Deus sempre nos reserva o melhor. Mas pede que nos deixemos surpreender pelo seu amor, que acolhamos as suas surpresas. Confiemos em Deus! Longe d’Ele, o vinho da alegria, o vinho da esperança, se esgota. Se nos aproximamos d’Ele, se permanecemos com Ele, aquilo que parece água fria, aquilo que é dificuldade, aquilo que é pecado, se transforma em vinho novo de amizade com Ele.

3. A terceira postura: Viver na alegria. Queridos amigos, se caminhamos na esperança, deixando-nos surpreender pelo vinho novo que Jesus nos oferece, há alegria no nosso coração e não podemos deixar de ser testemunhas dessa alegria. O cristão é alegre, nunca está triste. Deus nos acompanha. Temos uma Mãe que sempre intercede pela vida dos seus filhos, por nós, como a rainha Ester na primeira leitura (cf. Est 5, 3). Jesus nos mostrou que a face de Deus é a de um Pai que nos ama. O pecado e a morte foram derrotados. O cristão não pode ser pessimista! Não pode ter uma cara de quem parece num constante estado de luto. Se estivermos verdadeiramente enamorados de Cristo e sentirmos o quanto Ele nos ama, o nosso coração se “incendiará” de tal alegria que contagiará quem estiver ao nosso lado. Como dizia Bento XVI: «O discípulo sabe que sem Cristo não há luz, não há esperança, não há amor, não há futuro” (Discurso inaugural da Conferência de Aparecida [13 de maio de 2007]: Insegnamenti III/1 [2007], 861).Queridos amigos, viemos bater à porta da casa de Maria. Ela abriu-nos, fez-nos entrar e nos aponta o seu Filho.Agora Ela nos pede: «Fazei o que Ele vos disser» (Jo 2,5). Sim, Mãe nossa, nos comprometemos a fazer o que Jesus nos disser! E o faremos com esperança, confiantes nas surpresas de Deus e cheios de alegria. Assim seja.

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No tempo novo de Jesus - São Tiago - 25 de juho

Vermelho. São Tiago, Apóstolo, Festa
Leituras
1ª Leitura - 2Cor 4,7-15
Salmo - Sl 125(126),1-2ab.2cd-3.4-5.6 (R.5)
Evangelho - Mt 20,20-28

Combates e suores ou honras e coroas

No tempo novo de Jesus, as coisas mudaram. Os que servem é que são reis. Bela a homilia de João Crisóstomo que a Liturgia das Horas propõe para nossa oração e deleite:

“Os filhos de Zebedeu pedem a Cristo: Deixa-nos sentar um à tua direita e o outro à tua esquerda (Mc 10,37). Que resposta lhes dá o Senhor? Para mostrar que no seu pedido nada havia de espiritual, e se soubessem o que pediam não teriam ousado fazê-lo, diz: Não sabeis o que estais pedindo (Mt 20,22), isto é, não sabeis como é grande, admirável e superior aos próprios poderes celestes aquilo que pedis. Depois acrescenta; Por acaso podeis beber o cálice que eu vou beber? (Mt 20,22). É como se lhes dissesse: “Vós me falais de honras e de coroas; eu, porém, de combates e de suores. Não é este o tempo das recompensas, nem é agora que minha glória vai se manifestar. Mas a vida presente é de morte violenta, de guerras e de perigos”.

Reparai como o Senhor os atrai e exorta, pelo modo de interrogar. Não perguntou “Podeis suportar os suplícios, podeis derramar o vosso sangue? Mas indagou: Por acaso podeis beber o cálice? E para os estimular ainda acrescentou, que eu vou beber? E assim falava para que, em união com ele, se tornassem mais decididos. Chama sua paixão de batismo, para dar a entender que os sofrimentos haviam de trazer uma grande purificação para o mundo inteiro. Então os dois discípulos lhe disseram: Podemos(Mt 20,20). Prometem imediatamente cheios de fervor, sem perceber o alcance do que dizem, mas com esperança de obter o que pediam.

Que afirma o Senhor? De fato, vós bebereis do meu cálice (Mt 20,23) e sereis batizados no batismo com que eu devo ser batizado (Mc 10,39). Grandes são os bens que lhes anuncia, a saber: “ Sereis dignos de receber o martírio e sofrereis comigo; terminareis a vida com morte violenta e assim participareis de minha paixão”. Mas não depende de mim conceder o lugar à minha direita ou à minha esquerda. Meu Pai é quem dará esses lugares aquele pelo qual ele os preparou (Mt 20,23). Somente depois de lhes ter levantado o ânimo e de tê-los tornado capazes de superar a tristeza é que corrigiu o pedido que fizeram.

Então os outros dez discípulos ficaram irritados contra os dois irmãos (Mt 20,24). Vedes como todos eles eram imperfeitos, tanto que tentavam ficar acima dos outros, como os dez que tinham inveja dos dois? Mas como já tive ocasião de dizer, observai-os mais tarde e vereis como estão livres de todos esses sentimentos. Prestai atenção como o mesmo apóstolo João, que se adianta agora por esse motivo, cederá sempre o primeiro lugar a Pedro quer para usar da palavra, quer para fazer milagres, conforme se lê nos Atos dos Apóstolos. Tiago, porém, não viveu muito tempo. Desde o princípio, pondo de parte toda aspiração humana, elevou-se a tão grande santidade, que bem depressa recebeu a coroa do martírio.

Liturgia das Horas III, p. 1444-1445

Frei Almir Ribeiro Guimarães
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São Tiago Maior
Nascido em Betsaida, este apóstolo do Senhor era filho de Zebedeu e de Salomé e irmão do apóstolo João, o Evangelista.

Pescador juntamente com seu irmão João, foi chamado por Jesus a ser discípulo d’Ele. Aceitou o chamado do Mestre e, deixando tudo, seguiu os passos do Senhor.

Dentre os doze apóstolos, São Tiago foi um grande amigo de Nosso Senhor fazendo parte daquele grupo mais íntimo de Jesus (formado por Pedro, Tiago e João) testemunhando, assim, milagres e acontecimentos como a cura da sogra de Pedro, a Transfiguração de Jesus, entre outros.

Procurou viver com fidelidade o seu discipulado. No entanto, foi somente após a vinda do Espírito Santo em Pentecostes que São Tiago correspondeu concretamente aos desígnios de Deus. No livro dos Atos dos Apóstolos, vemos o belo testemunho de São Tiago, o primeiro dentre os doze apóstolos a derramar o próprio sangue pela causa do Evangelho:

“Por aquele tempo, o rei Herodes tomou medidas visando maltratar alguns membros da Igreja. Mandou matar à espada Tiago, irmão de João” (At 12,1-2).

Segundo uma tradição, antes de ser martirizado, São Tiago abraçou um carcereiro desejando-lhe “a Paz de Cristo”. Este gesto converteu o carcereiro que, assumindo a fé em Jesus, foi martirizado juntamente com o apóstolo.

Existe ainda outra tradição sobre os lugares em que São Tiago passou, levando a Boa Nova do Reino. Dentre estes lugares, a Espanha onde, a partir do Século IX, teve início a devoção a São Tiago de Compostela.

São Tiago Maior, rogai por nós!
cancaonova.com

quarta-feira, julho 24, 2013

JMJ Rio2013 - Um espaço franciscano que cabe o mundo inteiro

Moacir Beggo

Rio de Janeiro (RJ) - O sol foi embora e cedeu lugar para um dia nublado, alternando de vez em com uma garoa fina, na Cidade Maravilhosa. Nem por isso, o dia não começou alegre para a Família Franciscana, que se juntou em frente à Igreja da Venerável Ordem Terceira, no Largo da Carioca, para inaugurar nesta terça-feira (23/7) o Espaço Franciscano na Jornada Mundial da Juventude.

E foi assim, num espaço rústico de uma construção demolida da Ordem Terceira que nasceu a tenda dos franciscanos, toda colorida, aconchegante e com um ‘coração’ grande para acolher as famílias que seguem Francisco e Clara no mundo inteiro.

Frei Gustavo Medella, da Província da Imaculada Conceição, presidiu a celebração inaugural dando boas vindas a todos os peregrinos das mais diferentes nacionalidades e “expressões desse carisma multiforme, colorido e abençoado, que é o carisma de Clara e Francisco de Assis”.

Frei Medella convidou, então, a Ministra Geral da Ordem Franciscana Secular, a espanhola Encarnación del Pozo, para acolher a todos neste espaço franciscano. Os demais Ministros Gerais da Ordem dos Frades Menores, Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, Ordem dos Frades Menores Conventuais e Ordem Franciscana Regular não conseguiram chegar para a abertura do evento e devem desembarcar no Rio nesta quarta-feira de manhã.

A Ministra da OFS desejou, em nome da Conferência Mundial da Família Franciscana, boas vindas a todos e agradeceu pelo espaço de encontro de todos os franciscanos do mundo presentes no Rio de Janeiro. “Eu não sei como definir este momento, mas sei que é um momento único para reunirmos todos os membros da Família Franciscana”, confessou Encarnación.

“É uma alegria incrível ver a Primeira Ordem, a Segunda Ordem, a Ordem Franciscana Secular e a Juventude Franciscana juntas. É um momento de graça que o Senhor nos concede para nos prepararmos tendo em vista o encontro com o Santo Padre. É um momento de encher o coração de alegria e abri-lo para acolher a palavra do Papa”, acrescentou a Ministra Geral da OFS.

Encarnación lembrou também que os jovens franciscanos já deram uma mostra de confraternização e alegria no Encontro Internacional da Jufra, que terminou nesta segunda-feira em São João del Rey, em Minas Gerais. “Foi uma explosão incrível de alegria na diversidade das culturas. Éramos 19 países juntos e que agora voltamos a nos encontrarmos aqui”, lembrou.

Um dos momentos mais marcantes da celebração foi a oração do Pai Nosso, que foi rezado nas línguas: português, espanhol, coreano, inglês, italiano, alemão e etíope.

No final de sua mensagem, agradeceu os promotores do espaço franciscano para que as famílias de Clara e Francisco pudessem se encontrar no Rio. “Que Deus nos dê abertura de mente e de coração para receber a mensagem do Papa. Como ele disse, não levando nada material, nem ouro, nem prata, mas o mais precioso: Jesus Cristo. Então, é para isto que viemos aqui: receber em nosso coração e levar a todos a Jesus Cristo.

Que Francisco nos ajude realmente nesta experiência de fraternidade com todos pobres do mundo”, completou Encarnación.

A celebração terminou com uma procissão para levar o Santíssimo Sacramento até a pequena capela criada no porão da Igreja da Ordem Terceira. O Santíssimo Sacramento ficará exposto até o final da Jornada Mundial e será adorado todo dia pelas irmãs Clarissas e Concepcionistas.

O Espaço Franciscano vai continuar nesta quarta e quinta-feira. Há ainda exposição da Jufra e também sobre o combate à Hanseníase. No local chamado de “Capela dos Escravos”, um espaço de adoração ao Santíssimo Sacramento especialmente preparado para os peregrinos e para as irmãs de vida contemplativa (Clarissas e Cocepcionistas).




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“O mundo precisa de jovens como vocês!”, disse o arcebispo do Rio na missa de abertura da JMJ Rio 2013

Verde. 4ª-feira da 16ª Semana Tempo Comum

LEITURAS

1ª Leitura - Ex 16,1-5.9-15
Salmo - Sl 77,18-19. 23-24. 25-26. 27-28 (R. 24b)
Evangelho - Mt 13,1-9



“Estamos iniciando a JMJ Rio 2013. Sejam todos bem-vindos!”, disse o arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta, na homilia da celebração eucarística celebrada na noite desta terça-feira, 23 de julho, e que marca, oficialmente, a abertura da 28a. Jornada Mundial da Juventude.

Dom Orani agradeceu a dom Antonio María Rouco Varelao, cardeal arcebispo de Madri, que apontou para esse encontro no Rio e saudou o Papa emérito Bento XVI que acompanha a Jornada. Reconheceu que essa Jornada era mesmo para ser presidida pelo primeiro papa latino-americano da história da Igreja. Dom Orani considerou que o Rio de Janeiro é o “Santuário Mundial da Juventude” nesta semana. Lembrou também que o cardeal Odilo Pedro Scherer, cardeal arcebispo de São Paulo, que foi o primeiro a receber os símbolos da JMJ. E afirmou: “Somos chamados a ser protagonistas de um mundo novo! o mundo precisa de jovens como vocês”.

“Queridos jovens: nossa arquidiocese sentiu-se chamada para acolher vocês”, disse o arcebispo. Dom Orani afirmou que, como os primeiros discípulos, as famílias da arquidiocese acolhem jovens do mundo inteiro. “Que possamos ser arautos da paz e da concórdia”, pediu o arcebispo. Convidou os jovens para andarem pela cidade e darem testemunho de alegria e recordou a afirmação dos primeiros discípulos: “como é bom estarmos aqui”.

Dom Orani também disse que “outro mundo é possível” e convidou os jovens a construir pontes ao invés de muros e obstáculos. “É tempo de despertar esperança e confiança”, disse o arcebispo. No final da homilia, lembrou os títulos de Maria como Aparecida, Penha e Nazaré, pediu a Nossa Senhora para caminhar com os jovens. “Ouviremos o Senhor dizer: ide fazei discípulos!” e afirmou que a resposta dos jovens e de todos seja de disponibilidade e prontidão.

Dom Orani Tempesta

Arcebispo do Rio de Janeiro
cnbb.org.br

terça-feira, julho 23, 2013

JMJ Rio2013 - Primeiro discurso do Papa no Brasil

Verde. 3ª-feira da 16ª Semana Tempo Comum
Leituras
1ª Leitura - Ex 14,21-15,1
Salmo - Ex 15,8-9. 10.12. 17
Evangelho - Mt 12,46-50

O Papa Francisco iniciou o seu discurso, em português, ressaltando que a Providência o quis conduzir na sua primeira viagem internacional, à sua amada América Latina, precisamente ao Brasil “nação que se gloria de seus sólidos laços com a Sé Apostólica e dos profundos sentimentos de fé e amizade que sempre a uniram de modo singular ao Sucessor de Pedro”.

Após, pediu “licença para entrar no coração dos brasileiros, revelando o que veio trazer ao Rio”:

“Aprendi que para ter acesso ao Povo Brasileiro, é preciso ingressar pelo portal do seu imenso coração; por isso permitam-me que nesta hora eu possa bater delicadamente a esta porta. Peço licença para entrar e transcorrer esta semana com vocês. Não tenho ouro nem prata, mas trago o que de mais precioso me foi dado: Jesus Cristo! Venho em seu Nome, para alimentar a chama de amor fraterno que arde em cada coração; e desejo que chegue a todos e a cada um a minha saudação: “A paz de Cristo esteja com vocês!”

Após o Papa saudou com deferência a Presidente Dilma Roussef e as autoridades presentes, agradecendo a acolhida e as palavras que externaram a alegria dos brasileiros pela sua presença no Brasil. O Santo Padre dirigiu então uma palavra de afeto aos seus irmãos no Episcopado, “sobre quem pousa a tarefa de guiar o Rebanho de Deus neste imenso País, e às suas amadas Igrejas Particulares. Esta minha visita outra coisa não quer senão continuar a missão pastoral própria do Bispo de Roma de confirmar os seus irmãos na Fé em Cristo, de animá-los a testemunhar as razões da Esperança que d’Ele vem e de incentivá-los a oferecer a todos as inesgotáveis riquezas do seu Amor”.

O Papa observou que a sua presença no Brasil, transcende as fronteiras do país, pois veio para a Jornada Mundial da Juventude: “Vim para encontrar os jovens que vieram de todo o mundo, atraídos pelos braços abertos do Cristo Redentor. Eles querem aconchegar-se no seu abraço para, junto de seu Coração, ouvir de novo o seu potente e claro chamado: ‘Ide e fazei discípulos entre todas as nações’”.

E acrescentou, “Cristo abre espaço para eles, pois sabe que energia alguma pode ser mais potente que aquela que se desprende do coração dos jovens quando conquistados pela experiência da sua amizade. Cristo “bota fé” nos jovens e confia-lhes o futuro de sua própria causa: “Ide, fazei discípulos”. Ide para além das fronteiras do que é humanamente possível e criem um mundo de irmãos. Também os jovens “botam fé” em Cristo. Eles não têm medo de arriscar a única vida que possuem porque sabem que não serão desiludidos”.

O Papa disse ter a consciência de que, ao falar aos jovens, fala também “às suas famílias, às suas comunidades eclesiais e nacionais de origem, às sociedades nas quais estão inseridos, aos homens e às mulheres dos quais, em grande medida, depende o futuro destas novas gerações”. E complementou:

“Os pais costumam dizer por aqui: “os filhos são a menina dos nossos olhos”. Que bela expressão da sabedoria brasileira que aplica aos jovens a imagem da pupila dos olhos, janela pela qual entra a luz regalando-nos o milagre da visão! O que vai ser de nós, se não tomarmos conta dos nossos olhos? Como haveremos de seguir em frente? O meu auspício é que, nesta semana, cada um de nós se deixe interpelar por esta desafiadora pergunta”.

O Papa ressaltou que a juventude “é a janela pela qual o futuro entra no mundo” e, por isso, impõe grandes desafios. “A nossa geração – disse Francisco - se demonstrará à altura da promessa contida em cada jovem quando souber abrir-lhe espaço; tutelar as condições materiais e imateriais para o seu pleno desenvolvimento; oferecer a ele fundamentos sólidos, sobre os quais construir a vida; garantir-lhe segurança e educação para que se torne aquilo que ele pode ser; transmitir-lhe valores duradouros pelos quais a vida mereça ser vivida, assegurar-lhe um horizonte transcendente que responda à sede de felicidade autêntica, suscitando nele a criatividade do bem; entregar-lhe a herança de um mundo que corresponda à medida da vida humana; despertar nele as melhores potencialidades para que seja sujeito do próprio amanhã e co-responsável do destino de todos”.

Ao concluir, o Santo Padre pediu a todos a “delicadeza da atenção e, se possível, a necessária empatia para estabelecer um diálogo de amigos. Nesta hora, os braços do Papa se alargam para abraçar a inteira nação brasileira, na sua complexa riqueza humana, cultural e religiosa. Desde a Amazônia até os pampas, dos sertões até o Pantanal, dos vilarejos até as metrópoles, ninguém se sinta excluído do afeto do Papa. Depois de amanhã, se Deus quiser, tenho em mente recordar-lhes todos a Nossa Senhora Aparecida, invocando sua proteção materna sobre seus lares e famílias. Desde já a todos abençôo. Obrigado pelo acolhimento!”.


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segunda-feira, julho 22, 2013

JMJ Rio2013

Amanhã começa a 28a Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, com a presença do Papa Francisco. E daqui do nosso Convento Santo Antônio, já estão lá 7 jovens, sob a responsabilidade de Fr Romildo.

Beatriz, Danyell, João Victo, Leylane, Lucas, Luana e Thais são jovens que fazem parte de nossa comunidade, do Ministério Jovem Frei Junípero e alguns também são acólitos. Estarão vivendo uma semana de fé e de troca de experiências com jovens do mundo inteiro.

Que Deus os abençoe.

Paz e Bem!

Para acompanhar a família franciscana na JMJ, acesse: http://jmjfranciscanos.com


“Mulher, por que choras?” Santa Maria Madalena, discípula de Jesus - 22 de julho

Branco. Santa Maria Madalena, Memória
Leituras1ª Leitura - Ct 3,1-4a
Salmo - Sl 62(63),2.3-4.5-6.8-9 (R. 2b)
Evangelho - Jo 20,1-2.11-18
Procuro o amor de minha vida

Deus, Senhor, Altíssimo… Não sabemos como designar esse que nos acena e penetra os mais íntimos de nossos sentimentos e os mais ardentes desejos de nosso coração. Deus, Senhor, Amado, Amante, Bem, Sumo Bem, Todo Bem…

A noiva do Cântico dos Cânticos exprime seus anseios e seus anelos mais profundos: “Em meu leito, durante a noite, busquei o amor de minha vida: procurei-o e não o encontrei. Vou levantar-me e percorrer a cidade, procurando pelas ruas e praças, o amor de minha vida: procurei-o e não o encontrei”. A noiva interroga uns e outros. Não obtém resposta.

A outra, Maria Madalena, levanta-se cedo. Em seu leito, durante a noite pensa em seu amado que, morto, fora colocado num sepulcro. Encontra o sepulcro vazio. Fica desesperada. Viera buscar o amor de sua vida. Continua seu sofrimento. Ele, o amor de sua vida, havia morrido e agora até seu corpo havia desaparecido.

Maria se sente perdida. Ela vai se queixar a Pedro e a João, o discípulo amado e pede-lhes ajuda. Fá-lo correndo, apressadamente, impulsionada pelo veemente desejo de encontrar o Amado. “Então ela saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava”. A noiva do Cântico também busca informações. Fala com os guardas que faziam a ronda. “Vistes por ventura o amor de minha vida?” Ao passar por eles, diz o autor do livro sagrado: “E logo que passei por eles encontrei o amor de minha vida!.

Misteriosamente Maria é abordada por anjos que querem que ela exprima a razão de suas lágrimas. “Levaram o meu Senhor e não sei onde o colocaram”! E havia naquele pedaço um misterioso jardineiro. “Choro, choro mesmo porque não sei onde colocaram o corpo de meu Senhor. Estou desolada. Tiraram o chão de meus pés. Agora não dá mais para viver. E não é que aquele misterioso jardineiro era o amor de sua vida! Há prostração diante do Amado… vontade de retê-lo, de fazer tenda e morar no eterno face a face. Teve ela vontade de agarra-lo, de segura-lo… “Maria, não me segures. Vou para o Pai. Tu me amas e eu te amo….Mas preciso de ti”. Maria tornou-se missionária de seu Amado. Foi anuncia-lo aos irmãos “Eu vi o Senhor”!.

Frei Almir Ribeiro Guimarães
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domingo, julho 21, 2013

Duas mulheres admiráveis: Maria e Marta

Verde. 16º DOMINGO Tempo Comum 

1ª Leitura: Gn 18,1-10ª
Sl 14 
2ª Leitura: Cl 1,24-28
Evangelho: Lc 10,38-42

Uma só coisa é necessária (Lc 10,42).

“Enquanto o grupo de discípulos prossegue seu caminho, Jesus entra sozinho numa aldeia e se dirige a uma casa onde encontra duas irmãs de quem ele gosta muito. A presença de seu amigo Jesus vai provar nelas duas reações diferentes.

Maria, certamente a irmã mais jovem, deixa tudo e “fica sentada aos pés do Senhor”. Sua única preocupação é escutá-lo. O evangelista descreve-a com traços que caracterizam o verdadeiro discípulo: aos pés do Mestre, atenta à sua voz, acolhendo sua Palavra e alimentando-se de seu ensinamento.

A reação de Marta é diferente. Desde que Jesus chegou, ela não faz senão desvelar-se para acolhê-lo e atende-lo devidamente. Lucas descreve-a angustiada por muitas ocupações. Chega um momento em que, sobrepujada pela situação e magoada com sua irmã, expõe sua queixa a Jesus: “Senhor, não te importa que minha irmã me tenha deixado sozinha com o serviço?. Dize-lhe que me dê uma mãozinha”.

Jesus não perde a calma. Responde a Marta com um grande carinho, repetindo devagar seu nome; depois faz ver que ele também se preocupa com o sufoco que ela está passando, mas ela precisa saber que escutar a ele é tão necessário que nenhum discípulo que nenhum discípulo pode ser privado de sua Palavra: “Marta, Marta andas inquieta e nervosa com tantas coisas. Só uma coisa é necessária e Maria escolheu a melhor parte e está não lhe será tirada”.

Jesus não critica o serviço de Marta. Como iria fazê-lo se ele próprio, com seu exemplo, está ensinando a todos a viver acolhendo, servindo e ajudando os outros? O que ele critica é seu modo de trabalhar, com os nervos à flor da pele, sob a pressão de demasiadas ocupações.

Jesus não contrapõe a vida ativa à vida contemplativa, nem a escuta fiel de sua Palavra e o compromisso de viver praticamente a entrega aos outros. Antes, alerta quanto ao perigo de viver absorvidos por um excesso de atividade, apagando em nós o Espírito e transmitindo mais nervosismo e afobação do que paz e amor.

Sob pressão da escassez de forças, estamos nos habituando a pedir aos cristãos mais generosos todo tipo de compromissos dentro e fora da Igreja. Se, ao mesmo tempo, não lhes oferecemos espaços e momentos para conhecer Jesus, escutar sua Palavra e alimentar-se de seu Evangelho, corremos o risco de fazer crescer na Igreja a agitação e o nervosismo, mas não seu Espirito e sua paz. Podemos nos deparar com comunidades animadas pro funcionários afobados, mas não por testemunhas que irradiam vigor” .

(José A. Pagola, O caminho aberto por Jesus: Lucas, Vozes, p. 187-188)

Frei Almir Ribeiro Guimarães
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sábado, julho 20, 2013

A graça da perseverança final

Verde. Sábado da 15ª Semana Tempo Comum

Leituras

1ª Leitura - Ex 12,37-42
Salmo - Sl 135,1.23-24. 10-12. 13-15
Evangelho - Mt 12,14-21

HOMILÍA

A oração que deve mover o nosso coração hoje é a de sermos firmes e fiéis ao Senhor até o fim

“Os fariseus saíram e fizeram um plano para matar Jesus. Ao saber disso, Jesus retirou-se dali. Grandes multidões o seguiram, e ele curou a todos.” (Mt 12, 14-15)

O Senhor não deixou de fazer o Reino de Deus acontecer porque muitos se opuseram à sua mensagem; muito pelo contrário, Ele seguiu seu caminho. Mesmo não sendo amado nem querido onde estava, Ele foi operar o Reino de Deus onde foi acolhido.

Em muitos lugares, Deus não será aceito nem acolhido. Claro que o nosso desejo é que muitos sejam tocados pela mensagem que Jesus nos trouxe, mas esta é incomoda e exige mudança de vida, por isso, quando não queremos mudar, é preferível rejeitá-Lo.

Muitas pessoas, um dia acolheram Jesus, mas preferiram seguir o seu modo de vida, seguindo o seu próprio deus. Por isso, a graça que eu peço ao Senhor, hoje, é a de sermos perseverantes, nunca negando Jesus nem retirando Ele de nossas vidas.

Saiba você que essa tarefa não é fácil; muitas vezes, a vontade será de desistir, pois nos sentiremos sozinhos. Por este motivo, precisamos da graça do alto, a qual não nos permite negar e abandonar o Senhor.

Deus abençoe você!

Pe Roger Araujo

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sexta-feira, julho 19, 2013

“Quero misericórdia e não o sacrifício”

Verde. 6ª-feira da 15ª Semana Tempo Comum
Leituras
1ª Leitura - Ex 11,10-12,14
Salmo - Sl 115,12-13.15-16bc.17-18 (R. 13)
Evangelho - Mt 12,1-8

REFLEXÃO

Teus discípulos estão fazendo o que não permitido em dia de sábado (Mt 12, 2)

Fariseus fanáticos tinham o costume de controlar as pessoas para ver se encontravam faltas em seu comportamento. Os discípulos de Jesus estavam arrancando espigas num dia de sábado, dia de descanso ordenado pela Lei de Deus. De fato, encontramos na Palavra de Deus esta ordem. Para a Lei de Deus a violação do sábado era falta muito grave. A Lei, no entanto, nunca havia dito que arrancar umas espigas para comer violava o descanso do sagrado. Esses exageros eram fruto das tradições que os fariseus defendiam como se fossem Palavra de Deus. Na realidade, a obrigação de descansar era uma forma de assegurar que o homem precisava viver com dignidade, não se convertendo num escravo do trabalho e que precisava dispor de um tempo de serenidade para encontrar-se com Deus. Essa a finalidade do descanso. Ora, o simples arrancar de espigas de trigo não impede a ninguém de estar com o Senhor.

Jesus, por sua vez, faz apelo à mesma Escritura para defender seus discípulos e mostrar sua inocência. Na realidade os sacerdotes ofereciam sacrifícios em dia de sábado, e com esta atividade não estavam quebrando o descanso sagrado. Jesus vai mais adiante e mostra que nenhuma norma é absoluta. Estava também terminantemente proibido comer os pães sagrados que se ofereciam a Deus no templo (Lv 24,5-9), e no entanto, Davi o fez num momento de necessidade (1Sm 21, 1-7). Em Marcos 2, 23-28 lemos que as leis existem para o serviço e o bem do homem.. Se não cumprem esta finalidade perdem seu sentido. “ O sábado é feito para o homem”.

Finalmente , aos que criticavam os discípulos de terem arrancado espigas para matar a fome, Jesus recorda um mandamento bíblico mais importante: “Quero misericórdia e não sacrifícios” (Os 6.6).

Inspira do em: El Evangelio de cada dia – Comentario y oración - Victor M. Fernández, Argentina, p 196.

Frei Almir Ribeiro Guimarães
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quinta-feira, julho 18, 2013

Vinde a mim…Peregrinos terão acesso à agenda da JMJ Rio2013 através de aplicativo

Verde. 5ª-feira da 15ª Semana Tempo Comum
Leituras1ª Leitura - Ex 3,13-20
Salmo - Sl 104,1.5. 8-9. 24-25. 26-27 (R.8a)
Evangelho - Mt 11,28-30

“Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração e vós encontrareis descanso. Por meus jugo é suave e meu fardo é leve” (Mt 11, 29).

Estamos diante do tema do Coração do Salvador. Na hospedaria do peito aberto do Senhor encontramos asilo e repouso.

Perto desse Coração e nesse Coração é que o nosso coração encontra descanso. Se ele nos ama, sabemos que o amor desse Coração é sem limites. Trata-se de um amor puro e verdadeiro. Esse Jesus do peito aberto é só amor. O Deus que nos ama desde sempre se debruçou sobre o abismo da morte e manifestou seu amor ao extremo. Mais era impossível dar. Através desse amor compreendemos que Deus é por nós, para nós. O Coração de Jesus é o lugar onde assassinos e ladrões, pecadores e toda sorte de infratores acham perdão e onde nossas noites de angústia encontram a claridade de dias novos. Ele, na cruz, suportou todas as noites. A cruz é esse lugar onde tudo se transforma em amor. O Coração de Jesus mostra a verdadeira natureza de Deus: dar tudo, até o fim, até à abertura do peito.

Que repouso buscamos no Coração do Senhor? Somos frágeis, pecadores, pecadores de verdade. Por vezes choramos porque, repetindo a experiência de Paulo, fazemos o mal que não queremos e deixamos de fazer o bem. Somos tecidos de egoísmo sem limite e deixamos que nossos irmãos morram de frio ao longo da vida. A experiência do pecado busca o perdão. A certeza do amor de Deus manifestada no sangue e água que jorraram do peito de Jesus nos reanima. Somos pecadores perdoados e assim descansamos nessa fonte de vida.

Não somente o pecado nos inquieta, mas também o sofrimento físico ou moral, a dor de ter um filho doente ou de receber insultos e agravos de nossos próximos mais próximos. Por vezes circulamos pelas avenidas do mundo com peso da dor: o filho nas drogas, o marido que bebe, o colega de apostolado que prefere brilhar em vez de fazer o Senhor aparecer, a dor da perda de um ente querido que se degrada no pecado. Nesses momentos nos reconforta o amor do Coração fissurado do Senhor.

Em nossos dias procuramos compreender melhor o simbolismo do evangelho de João na cena do lado aberto. O sangue é símbolo da morte, da morte redentora do Cordeiro sem mancha, sangue redentor que está no nascimento dos santos sacramentos da Igreja. Redenção pelo sangue, momento também em que é dado o Espírito pelo simbolismo da água. “No último dia, o dia da grande festa, colocando-se de pé Jesus exclamou: “Quem tem sede que venha a mim e beba aquele que crê em mim; como diz a Escritura rios de água viva brotarão de seu seio”. Isto ele disse referindo-se ao Espírito que haveriam de receber os que nele cressem; na realidade ainda não tinha sido derramado o Espirito porque Jesus ainda não tinha sido glorificado” (Jo 7,37-39). Sangue e Água: redenção e vinda do Espírito Santo.

Frei Almir Ribeiro Guimarães
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RIO DE JANEIRO, 16 Jul. 13 / 12:22 am (ACI/EWTN Noticias).- Dois aplicativos desenvolvidos pelo Comitê Organizador Local (COL) da Jornada Mundial da Juventude Rio2013, em parceria com a empresa Módulo, auxiliarão peregrinos e voluntários durante o evento, que ocorre na próxima semana, de 23 a 28 de julho e trará o Papa Francisco, pela primeira vez, ao Brasil. Os aplicativos estão disponíveis para Iphone e Android.

Com o aplicativo "Rio2013 Oficial" o peregrino poderá acessar informações sobre os Atos Centrais e culturais, catequeses, serviços no Rio, localização de restaurantes e hotéis, hospitais, pontos turísticos, esquema de transportes e toda agenda de eventos da Jornada. As informações poderão ser compartilhadas pelas redes sociais e marcadas na agenda do celular, através do aplicativo, tudo livre, sem a solicitação de usuário ou senha.

Outro aplicativo foi desenvolvido para os voluntários que trabalharão nos dias do evento, o "Voluntários JMJ Rio2013". O acesso é permitido utilizando os dados de usuário e senha enviados por e-mail pelo setor de Voluntários. O conteúdo é o mesmo do "Rio2013 Oficial", mas com a possibilidade de "Abrir uma ocorrência" para enviar informações da rua para a sala de gestão da JMJ Rio2013, ajudando na tomada de decisões dos organizadores e de receber "Notificações" a respeito do voluntariado.

Segundo um dos responsáveis pelo conteúdo informativo dos aplicativos, Daniel Araújo, que falou ao site oficial da Jornada, "o objetivo é situar os voluntários e peregrinos na cidade do Rio para poderem aproveitar ao máximo a JMJ".

Links para baixar os aplicativos oficiais da JMJ Rio2013:

App Peregrino
iPhone: http://goo.gl/prfZN

Android: http://goo.gl/6hCv4

App Voluntário

iPhone: http://goo.gl/2Gkyn
Android: http://goo.gl/nBvjF


fote: www.acidigital.com

quarta-feira, julho 17, 2013

Os jovens à luz da Fé - JMJ Rio2013

Vermelho. 4ª-feira da 15ª Semana Tempo Comum
Bv. Inácio de Azevedo Presb. e Comps.


Leituras1ª Leitura - Ex 3,1-6.9-12
Salmo - Sl 102,1-2.3-4.6-7 (R. 8a)
Evangelho - Mt 11,25-27



Dom Orani João Tempesta
Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ)


Estamos num período muito especial para a história da Igreja e, de modo específico, para a Igreja do Brasil! Tivemos a graça do anúncio da canonização próxima de dois gigantes da fé, João Paulo II e João XXIII, e o lançamento da primeira encíclica do Papa Francisco, a “Lumem Fidei”, texto iniciado por Bento XVI, completando a trilogia, amor (“Deus Caritas est”) e sobre a esperança (“Spes Salvi”).

Chegaram à nossa querida Arquidiocese algumas relíquias dos santos padroeiros e intercessores da JMJ, em especial, a do Papa Beato João Paulo II. Também chegaram os símbolos da Jornada Mundial da Juventude: a Cruz e o ícone de Nossa Senhora, que foram recebidos por milhares de jovens. Tudo isso preparando nossos corações para acolher nosso amado Papa Francisco e a milhões de peregrinos que já começam a desembarcar em nossa querida nação tanto para a JMJ aqui no Rio de Janeiro como para a Semana Missionária, período de evangelização que ocorrerá em todas as dioceses. Ela antecede e prepara o ardor missionário e abre os corações dos jovens a uma melhor escuta do Espírito Santo, que atuará de modo único e especial durante a JMJ-Rio2013. Foi divulgado também o decreto da Penitenciária Apostólica, concedendo indulgências por ocasião da XXVIII Jornada Mundial da Juventude.

Os trabalhos são muitos, mas me parece impossível não encher-nos de alegria e entusiasmo pelos imensos sinais que Deus está enviando a cada um de nós. Ele deseja algo grande. Não é fruto do acaso ou apenas da vontade humana o fato de a JMJ ocorrer neste ano no Brasil e perto de eventos tão especiais.

As dificuldades também são imensas e muitas vezes parecem superar as soluções. Sinto-me pessoalmente interpelado por Deus. Vejo que Ele é o primeiro interessado. E diante de tudo o que ocorre, surge em minha alma uma pergunta: o que Deus quer de nós?

Tenho certeza de que Deus sonha e deseja ardentemente nossa felicidade. Diante das crescentes dificuldades e, ao mesmo tempo, desse imenso amor divino, parece-me impossível não querer responder à altura de sua misericórdia. O que Deus está planejando para a Juventude Católica de todo o mundo? Para os jovens de nosso Brasil e do Rio de Janeiro?

Para responder a esta inquietação que assola meu coração, nada melhor do que guiar-nos pela nova encíclica “Lumem Fidei”, que foi promulgada justamente às vésperas da JMJ e neste Ano da Fé.

Não ter vergonha de nossa fé

O primeiro convite que o Papa faz é: não ter vergonha de nossa fé. “Cristo é o verdadeiro Sol, cujos raios dão vida” (Cf. 1). Atualmente somos quase que obrigados a pensar que a fé é um inimigo do ser humano. Que a fé foi um elemento importante para as sociedades antigas, mas que para a modernidade seria um obstáculo para o desenvolvimento da razão, do progresso e da liberdade. Ela “seria uma espécie de ilusão de luz, que impede o nosso caminho de homens livres rumo ao amanhã” (Cf. 2).

É muito comum afirmar que a fé é um salto no vazio, um passo no escuro, um elemento subjetivo que deve ser confinado dentro do campo das opiniões pessoais. Assim, não percebemos que a fé cai no relativismo e a privamos de sua característica essencial: ser luz através da qual a realidade pode ser vislumbrada em toda sua profundidade. A fé não é um obstáculo, ao contrário, só quem vive sua fé consegue descobrir quem realmente é em todas suas dimensões.

Não devemos dar por descontada a fé

Antes de tudo a fé é dom de Deus, mas que frutifica na medida da resposta livre e pessoal. Apesar de ser história e fazer história, a fé só alcança sua plenitude quando é acolhida, cuidada e revigorada. Não basta a fé de nossos pais, cada geração deve se renovar na fé. Ela não é adesão cega e mecânica a um ser supremo e absoluto que lhe obriga a ajoelhar-se diante de seu imenso poder. Isso não é Deus, é uma aberração de Deus, um tirano.

Acho muito interessante conversar com pessoas que não acreditam em Deus. E por que digo isto? Pois quando alguns começam a dar as razões pelas quais não creem eu penso comigo mesmo: se eu achasse que Deus é assim, eu seria o primeiro a não acreditar também.

Não devemos dar por descontada a fé (cf. 6)! Cada geração, cada pessoa deve fazer a experiência pessoal de Deus, de seu amor e de sua misericórdia. E justamente por que Deus é Pai e não um tirano, Ele não nos deixa só, pois ao mesmo tempo em que a fé nasce dessa adesão pessoal não podemos ser cristãos sozinhos. “Na fé, o ‘eu’ do crente dilata-se para ser habitado por um Outro, para viver num Outro, e assim a sua vida amplia-se no Amor” (cf. 21).

Não estamos sozinhos, o Papa insiste e dedica um capítulo à dimensão eclesial da fé. Temos os sacramentos, temos os mandamentos, temos a oração do Pai Nosso, temos o magistério da Igreja, temos nossa comunidade.

Não somos apenas indivíduos, somos pessoas que vivem em relação; faz parte de nosso ser o relacionar-se, o encontrar com o outro. “A fé transmite-se, por assim dizer, sob a forma de contato, de pessoa a pessoa, como uma chama se acende noutra chama. Os cristãos, na sua pobreza, lançam uma semente tão fecunda que se torna uma árvore, capaz de encher o mundo de frutos” (cf. 52). A fé, por sua natureza, abre-se ao “nós”. Não é apenas a relação entre um “eu” do fiel e o “Tu” divino, verifica-se dentro da comunhão da Igreja (cf. 39).

Meus amigos, Deus deseja dilatar nossos corações! Neste momento histórico da Igreja, Ele nos pede, através do sucessor de Pedro, vivermos a fé numa dupla dinâmica: do encontro pessoal e da vivência eclesial.

É no reconhecimento da herança recebida que deve ser transmitida, onde iremos solidificar de modo mais pleno nossa liberdade. Não há verdadeira adesão no amor sem conhecimento e reconhecimento dos benefícios recebidos. Antes de nós, muito sangue foi derramado, muitas orações foram elevadas aos céus. A fé é dom de Deus, que vem através de nossos antepassados. E agora fica a pergunta: que fé queremos transmitir para as futuras gerações? Isso cada um de nós deve responder.

Convido nestes dias que antecedem a JMJ a intensificar nossa vida de oração. Preparemo-nos através do Sacramento da Confissão. Emociona-me ver milhares de jovens organizando não apenas eventos culturais e musicais, mas principalmente momentos de adoração, peregrinação, celebração.

Fé, Verdade e Amor

De modo magistral, o Papa faz um espetacular entrelaçamento entre fé, verdade e amor. Não há uma virtude sem a outra. Para que cada uma seja autêntica e cristã, devem estar unidas na vivência cotidiana de cada católico.

“O homem precisa de conhecimento, precisa de verdade, porque sem ela não se mantém de pé, não caminha. Sem verdade, a fé não salva, não torna seguros os nossos passos. Seria uma linda fábula, a projeção dos nossos desejos de felicidade, algo que nos satisfaz só na medida em que nos quisermos iludir.” (cf. 24).

A fé sem verdade é puro sentimentalismo. Fé não é subjetivismo, mas o dom que vem de Cristo. Fé e verdade estão intimamente entrelaçadas. A grande crise que há de fé hoje em dia é, de certo modo, uma crise da razão. Duvidamos da capacidade de conhecer e transmitir a verdade. Há uma verdade absoluta e universal? É possível conhecê-la? Tudo se reduz à mera conformação do sujeito com suas próprias convicções? Defender uma verdade absoluta não seria fundamentar posições totalitárias e fundamentalistas?

“Na cultura contemporânea, tende-se frequentemente a aceitar como verdade apenas a da tecnologia: é verdadeiro aquilo que o homem consegue construir e medir com a sua ciência [...] depois haveria as verdades do indivíduo, como ser autêntico face àquilo que cada um sente no seu íntimo, válidas apenas para o sujeito, mas que não podem ser propostas aos outros com a pretensão de servir ao bem comum” (Cf.25).

A verdade é reduzida a materialismo cientificista e ao reino do individualismo subjetivista. Nesta dimensão e concepção de verdade, propor a fé como algo sobrenatural e como capacidade de criar comunhão e laços entre as pessoas parece um verdadeiro absurdo. Dentro desta perspectiva, o amor estaria conectado não com a verdade, mas com o mundo dos sentimentos. Não há dúvidas de que o amor tem a ver com o mundo de nossa afetividade, afirma o Papa, mas para abrir “à pessoa amada, e assim iniciar um caminho que faz sair da reclusão do próprio eu e dirigir-se para a outra pessoa, a fim de construir uma relação duradoura”, é necessário que o amor esteja unido à verdade, pois só assim pode perdurar no tempo, e não estar a mercê do vai e vem dos sentimentos.

Não há verdade sem amor e nem amor sem verdade. A primeira realidade seria fria e impessoal, não atingiria o âmago da pessoa humana; a segunda reduziria o amor a sentimentos e como este seria instável, frágil e descartável, como muitas coisas o são em nossa sociedade hoje em dia. Em ambos, o outro, o próximo, deixaria de ser sujeito digno de ser amado pelo fato de ser um ser humano com valores e dignidade, e o reduziríamos a simples objeto, coisa, instrumento, meio para alcançar fins egoístas ou imaturos. Certas situações fazem parecer que em algumas comunidades podemos acabar afastando o outro por causa de seus pecados. Somos incapazes de separar o pecado do pecador. E descartamos e abandonamos à própria sorte aqueles que no momento mais precisariam de um anúncio querigmático.

A fé ilumina a verdade, pois “ela dá uma nova dimensão a todas as nossas relações humanas, que podem ser vividas em união com o amor e a ternura de Cristo.” (cf.32).

Desse modo, a fé não pode ser intransigente e arrogante. Ela respeita o tempo do outro. Não somos os donos da verdade, mas apenas seus defensores e promotores. Quando promovo a verdade denegrindo a caridade, estou deformando o corpo de Cristo, pois não há verdade sem caridade e vice-versa. “Longe de nos endurecer, a segurança da fé nos põe a caminho e torna possível o testemunho e o diálogo com todos.” (cf.34).

A fé unida ao amor não é alheia ao mundo material. Ela nos impele a caminhar no caminho da promoção do bem, pois é próprio da luz irradiar, iluminar o que está em volta. A fé se apresenta como um tesouro para a promoção da humanidade e como patrimônio do bem comum. A fé não é alienação, mas promoção de uma humanidade mais completa e verdadeira.

Depois desta Jornada tenho apenas uma convicção: não podemos ser os mesmos. Deus nos dá oportunidade de ver seus sinais em nossa história de tal forma que o Senhor nos concede avivar a chama da esperança que deve estar presente em nossos olhos. Não podemos ser os mesmos. Se já temos uma caminhada na Igreja, Cristo nos convida a uma maior entrega.

Devemos ser em cada momento de nossa vida sinais vivos de que Deus existe. Não há melhor demonstração da existência de Deus do que um católico que vive com coerência a própria fé, que transpira o amor de Cristo e que com um sorriso é capaz de romper barreiras.

A fidelidade aos preceitos e mandamentos só terá uma efetiva transformação na vida pessoal quando formos capazes de transformar nossa fé em encontro com Cristo e com o outro. Será impossível convencer a outro que Deus existe se nós somos os primeiros a não arregaçar as mangas, e somos incapazes de entrar na academia do perdão e da escuta.

Muitas vezes, somos velozes em perceber os limites, imperfeições e quedas do nosso irmão, mas somos lentos em estender a mão, perdoar e ajudar a levantar. Falamos tanto em misericórdia, mas ao final, diante do pecado do próximo, somos os primeiros a fugir como se fossem leprosos capazes de contaminar nossa vida “santa”. Não tenhamos medo de estar próximo de quem necessita.

E recordemos que a experiência dos filhos de Deus é o levantar-se sempre com mais força e entusiasmo. Sempre aparecem os desafios, os problemas, as cruzes e as dificuldades!

Tenham confiança em Cristo, permitam que o amor de Cristo possa amadurecer e engradecer suas almas.

É ai, meus amados jovens, onde existe a miséria espiritual e material, as periferias do mundo, que vocês são enviados e devem estar mais presentes. A fé é dom de Deus, disso não temos dúvidas, mas se não se realiza em obras concretas não seremos verdadeiramente cristãos, mas apenas uma caricatura deformada daquilo que Deus tanto sonha e deseja para nós.

Em poucas semanas, acontecerá um grande milagre no Rio: milhares de jovens estarão caminhando pelas ruas, participando de eventos e exalando o perfume da alegria de Cristo. Que este perfume possa permanecer e impregnar nossa existência, e que nunca nos abandone. Tenho confiança em vocês! Muito obrigado, pois o testemunho de vocês ajuda a fortalecer a minha fé. Caminhemos juntos!

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terça-feira, julho 16, 2013

Maria, sempre Maria - Nossa Senhora do Carmo - 16 de julho

Branco. Nossa Senhora do Carmo, Memória

1ª Leitura - Zc 2,14-17
Salmo - Lc 1,46-47. 48-49. 50-51. 52-53. 54-55 (R.Cf.54b)
Evangelho - Mt 12,46-50


O Carmelo é cantado na Bíblia por sua beleza. Sobre este monte o profeta Elias defendera a pureza da fé israelítica do Deus vivo. No século XII alguns eremitas, retirados nessa montanha, lá teriam fundado a ordem dos Carmelitas, votada à contemplação, sob o patrocínio da Mãe de Deus. A “memória” de hoje foi instituída para recordar a data em que, segundo as tradições carmelitas, o primeiro geral da Ordem, são Simão Stock, recebeu da Mãe de Deus o “escapulário” com a promessa de eterna salvação. Maria Imaculada, em Lourdes, escolheu o dia 16 de julho para a última saudação a Bernadete. Maria é o ideal puríssimo de vida religiosa” (Missal Cotidiano da Paulus, p. 1680). 

Seu nome é Maria. Viveu em Nazaré. Foi mulher sempre cuidadosa em prestar atenção aos desígnios do Senhor. Foi visitada pelo Alto como nenhuma outra criatura. Foi envolvida pela graça, de tal forma que é mesmo chamada de a Cheia de Graça. No seio transparente dessa mulher de Nazaré o Verbo eterno do Pai se tornou tempo. A Palavra se fez carne na carne de Maria. O Altíssimo pede um assentimento de sua parte. “Eis aqui a serva do Senhor, que se faça em mim segundo a sua Palavra.” E assim, Deus todo fogo de amor, pode plantar sua tenda na terra dos homens.

Pura e transparente foi Imaculada desde a sua Conceição. Foi preservada da terrível desordem do pecado vivida por todos os mortais. Pobres e fracos queremos o bem e o bem não fazemos. Não queremos o mal e o mal toma conta de nós. Maria não teve tempos mortos em sua caminhada. Nada cometeu que tivesse que arrepender-se. Transcrevemos esta página belíssima de Karl Ranher a respeito da Imaculada que entra na glória da eternidade. “Houve um só ser humano, fora de Jesus, que teve vida diferente dessa que vivemos com nossos dilaceramentos: Maria, a Virgem Imaculada, a sempre pura. Eis um caso em que se verifica alguma coisa que temos dificuldade em compreender, tantas são as experiências amargas: que um ser humano fosse capaz de entrar em sua eternidade sem precisar se arrepender do que quer que seja. Este ser existe e é Maria. Não tinha que renegar nenhum momento de sua vida, nenhum que fosse vazio e estéril. Nenhum ato que pudesse fazê-la corar de vergonha, nenhum que tive as marcas da sombra, ato algum que tivesse caído no abismo do passado sem ter projetado uma luz eterna, sem irradiar um brilho que penetrasse tudo que nessa vida tivesse como possibilidades morais. Uma tal vida terminou pela volta de Maria à Casa de Deus (…). Toda existência de Maria entrou na eternidade.: cada dia e cada hora, cada pulsação de sua vida profunda, todas as suas alegrias e todos os seus sofrimentos, os maiores e menores momentos de sua vida. Nada se perdeu, tudo continua a viver, tudo foi assumido em sua plenitude eterna de sua alma que entrou na pátria bem-aventurada” (L”Homme au miroir de l’année chrétienne, p. 224-225).

Frei Almir Ribeiro Guimarães

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segunda-feira, julho 15, 2013

Ditos e ensinamentos de São Boaventura

Branco. 2ª-feira da 15ª Semana Tempo Comum
São Boaventura, bispo e doutor
Êxodo 1,8-14.22; Salmo 123; Mateus 10, 34-1,1

Nesta festa de São Boaventura queremos transcrever alguns textos desse franciscano renomado da Idade Média. Nasceu ele pelo ano de 1218, em Bagnoregio, na Etrúria, Itália. Estudou filosofia e teologia em Paris. Laureado Mestre, ensinou os seus confrades franciscanos com competência e proveito. Foi Ministro Geral da Ordem e governou-a com sabedoria e prudência.

O fundamento da fé

“É impossível a alguém propor-se conhecer a Sagrada Escritura antes de receber a fé em Cristo em si, infundida como lâmpada, porta e mesmo fundamento de toda ela. Enquanto estamos peregrinando longe do Senhor, a fé é o fundamento que sustenta. A lâmpada que orienta, a porta que introduz a todas iluminações espirituais. Além do que, nos é necessário medir pela medida da fé até mesmo a sabedoria que nos é dada por Deus, a fim de não saber mais do que convém, mas com sobriedade e cada um conforme a medida da fé a ele concedida por Deus”. (L. Horas III, p. 151-152).

O lado aberto

“Considera, ó homem redimido, quem é aquele que por tua causa está pregado na cruz, qual a sua dignidade e sua grandeza. A sua morte dá a vida aos mortos; por sua morte choram o céu e a terra, e fendem-se até as pedras mais duras. Para que do lado de Cristo, morto na cruz, se formasse a Igreja e se cumprisse a Escritura que diz: Olharão para aquele que transpassaram (Jo 19,37), a divina Providência permitiu que um dos soldados lhe abrisse com o lança o sagrado lado, de onde jorraram sangue e água. Este é o preço de nossa salvação. Saído daquele fonte divina, isto é, do íntimo de seu coração, iria dar aos sacramentos da Igreja o poder de conferir a vida da graça, tornando-se para os que já vivem em Cristo bebia da fonte viva que jorra para a eternidade” (L. Horas III, p. 571).

A árvore da cruz

Existe uma árvore que tem o poder de levar o homem da aridez à vida verdejante, da morte à vida. É a árvore da cruz. Porque o Filho de Deus enfrentou a paixão pelos homens e não pelos anjos? Por que o homem e não o anjo, é capaz de fazer penitência. O homem é aquela árvore que começa a germinar quando sente a umidade da água, que significa a graça da penitência. Se, pois, a cruz é a árvore da graça que nos dá a vida, e se nós, que tantas vezes estamos mortos por causa de nossos pecados, desejamos esta árvore, precisamos sofrer com Cristo” (Próprio da Família Franciscana, p. 49).

Frei Almir Ribeiro Guimarães
www.franciscanos.org.br

Pia União de Santo Antônio

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